Camila ainda se questionava do porque de Lauren estar disposta a pagar tanto por uma noite de sexo. Ela se achava tão simples, e honestamente, normalmente não era muito sexy.
– Shawn mencionou que você vai fazer tudo o que eu quiser? - Camila foi arrancada de seus pensamentos ao ouvir a voz da mulher.
– Desde que não envolva fezes, sangue ou crimes. - Ela precisou buscar coragem para dizer aquilo, por se sentir intimidada.
– Nada disso faz meu estilo. E eu não vou te fazer muitas exigências.
– Fora isso… - Camila fez uma pausa, para engolir a seco. - Eu sou sua, essa noite.
Camila deveria se sentir satisfeita ou com medo, depois do olhar que Lauren lhe dera? Parecendo faminta.
Não demorou muito mais até que o carro parasse na frente de uma casa grande, com um portão eletrônico abrindo sozinho, sem precisar esperar demais. Camila sentiu-se ridícula ao comparar sua quitinete com aquela casa, concluindo pela bilionésima vez que era uma fracassada.
Camila nem percebeu quando Lauren saiu do carro e abriu a porta para ela sair. Desceu do carro e se assustou ao sentir as pernas fracas, mais nervosa do que nunca, e totalmente perdida no meio daquela situação. Fez o que lhe restava: seguir Lauren por onde ela ia.
E a mulher, que era mais alta do que Camila esperava, abriu a porta da casa, dando espaço para que ela entrasse, e Cabello o fez, com a timidez de uma criança em uma escola nova. E a casa era enorme, elegante, e visivelmente cara, nada do que Camila já não esperasse. Mas era idiota ficar pensando em casas quando havia algo muito mais sério acontecendo.
– Venha. - Lauren pousou uma mão nas costas de Camila e a conduziu até uma das portas no corredor, a última, na esquerda.
E quando Camila adentrou o quarto, sentiu um alívio, por ser um quarto comum, sem correntes e coisas esquisitas de couro. Mas fora um alívio breve, o medo e nervosismo logo tomaram conta de sua mente e corpo.
Camila não sabia por onde começar e nem o que fazer. Mas ela vi Lauren se sentar na cama, apoiada no braços, avaliando Camila dos pés a cabeça, fazendo as bochechas dela ficarem com a cor da maça envenenada da Branca de Neve.
“Porque eu aceitei fazer isso?” Camila se perguntava, sentindo o cérebro pulsar.
– Você é melhor ainda sem aquele uniforme de garçonete. - Lauren mencionou. - No que você está pensando?
– Não estou conseguindo pensar. - Camila sentia o rosto queimar de vergonha. - É estranho demais pra mim.
– Eu não esperava que você agisse naturalmente. - Lauren parecia assustadoramente relaxada. - Vem aqui.
Camila hesitou, olhando para a porta, pelo canto dos olhos, pensando que poderia fugir. Mas acima de tudo, do nervosismo, medo, vergonha, ela se sentia curiosa. Então ela foi até Lauren, que apontava para o seu colo, e tremendo, Camila se sentou no colo da mulher, com uma perna em cima das coxas dela e a outra apoiada no chão. Com muita insegurança, Camila pôs uma mão no ombro de Lauren, para se segurar, tentando controlar a respiração, por estar ofegante.
– Eu não sei como se faz isso. - Camila desabafou, com medo da resposta.
– Essa é a parte interessante. - Lauren sorriu, colocando uma mão na coxa de Camila.
Camila se assustou ao sentir a outra mão de Lauren tocar sua nuca, sentindo o toque firme e confiante, os dedos longos se infiltrando por seu cabelo, causando um arrepio em seu corpo.
Camila olhou nos olhos de Lauren, notando pela primeira vez, o quão perto elas estavam uma da outra, ao ponto de conseguir sentir a respiração dela tocar seu rosto. Sentiu a mão de Lauren percorrer sua coxa até tocar sua cintura, pressionando como se aquela mão fosse feita para aquela parte do corpo de Camila. Com os dedos da mulher ainda acariciando sua cabeça, fazendo ela se sentir um pouco mole, mas sem quebrar o contato que seus olhos faziam.
Camila não sabia o que fazer, mas tinha certeza de que Lauren sabia.
– Você só precisa fazer o que eu mandar. - Ela disse, e Camila assentiu com a cabeça, praticamente hipnotizada por aqueles olhos verdes.
E Camila suspirou por um segundo antes de sentir os lábios de Lauren tocarem os seus, foi um primeiro toque suave, delicado, sem contato de línguas. Era como se uma orquestra de violinos tocasse atrás das duas, tão relaxante e calmo quanto boiar de olhos fechados em uma piscina… e de repente, foi como se Camila tivesse sido jogada em um show de heavy metal, com uma instrumental de vibrar os tímpanos, quando o beijo delicado fora trocado por um beijo totalmente molhado, intenso e… Excitante.
Camila quase caiu do colo de Lauren quando ela mudou de delicada para selvagem, após puxar seu cabelo e começar um beijo pesado e ágil. Eram lábios se amarrando e línguas se enrolando, enquanto Camila perdia o fôlego e Lauren afundava os dedos em suas costas, por baixo da blusa.
Camila poderia reclamar da brutalidade se ela não gostasse daquilo, mas Lauren Jauregui podia fazer tudo com ela. E não era como se isso fosse muito ruim.
Camila ergueu os braços quando Lauren deu sinal de que puxaria sua blusa, e ela tirou a peça de roupa, deixando Cabello nua da cintura pra cima. E elas voltaram ao beijo, tão intenso quanto o primeiro, fazendo o coração de Camila bater rápido demais, de forma preocupante até. Mas não importava.
Camila não acreditava que poderia ser possível se entregar tão facilmente a outra mulher, mas estava sendo.
Lauren empurrou Camila na cama, levantando-se e tirando a jaqueta, ficando com uma blusa branca, e em seguida, tirou os sapatos. Camila analisava a mulher enquanto ela estava de pé, encarando o corpo de Camila, os braços eram fortes. Mas ela saiu da breve hipnose ao sentir que Lauren tirava suas sandálias, deixando-a de saia.
– Você parece se tão gostosa de foder. - Lauren disse, ficando entre as pernas de Camila, e se inclinando até seus rostos ficarem próximos. - E eu quero isso desde que eu te vi naquele clube.
– Agora você me tem. - Camila disse, afinal, não estava mentindo. Lauren sorriu maliciosa, não teria como ser de outra forma, e retomou o beijo com Camila.
Camila queria dar um tapa na própria cara, pois ela começava a se sentir excitada.
E foi tão louco quando a língua de Lauren tocou seu maxilar, deixando molhado ali, foi como estar em um carro a trezentos por hora. Depois de passar tanto tempo sem nem dar uns amassos com ninguém, ter o pescoço chupado por alguém como Lauren, era como vencer o deserto e se jogar em uma piscina de água fria. E ela fechou os olhos para aproveitar os beijos por sua pele, os lábios macios tratando-a com mordomia, e a língua lambendo tudo ali que era sua propriedade.
Em momentos depois Camila arregalou os olhos ao sentir o que Lauren fazia com o quadril, fazendo sua ereção roçar com sua intimidade. E era bom demais.
Levou as mãos, um pouco insegura, até os ombros de Lauren, sentindo os músculos, e sentiu vontade de tocar a pele dela. Com as mãos fracas, puxou a barra da blusa de Lauren para cima, e tocou as costas da mulher, desfrutando da textura macia e definida. Era como tocar porcelana com pó na ponta dos dedos, era maravilhoso.
Camila podia sentir alguns pontos do pescoço arderem já, depois de Lauren fazer o que bem queria. Ela se levantou e tirou a camisa, deixando o tronco a mostra para Camila que analisou as quatro tatuagens.
– Gostou de alguma? - Lauren perguntou ao ver Camila estudando-a.
– Sinceramente… Nenhuma. - Camila não pensou muito para dizer, e Lauren riu.
– Pro chão, de joelhos. - Lauren ordenou, e Camila não entendeu direito, mas fez o que fora mandada, tendo uma ideia do que viria. - Vai me chupar.
Camila se sentiu realmente ferrada, e o nervosismo voltou como uma porrada. Ela nunca havia feito aquilo, e nem pensava que um dia faria.
– Se eu te machucar? - Camila perguntou, recebendo um sorriso malvado como resposta.
– Eu perdoo. - Lauren disse, com seu tom de voz calma de mais. - Você vai sentir mais dor que eu hoje.
Camila já se sentia fodida.
Ela viu Lauren abrir o botão da calça, e em seguida abriu o zíper, deixando a mostra o tecido de sua boxer preta. Mandando um olhar sugestivo para Camila, quase dizendo: quando quiser, querida.
Camila respirou fundo e levou as mãos trêmulas até o cós da calça, puxando devagar, até deixá-la na altura dos joelhos de Lauren, se deparando um grande volume por baixo da cueca. Era assustador ter um pênis duro tão perto do rosto. Camila olhou para Lauren, que parecia se divertir com a situação.
Camila abaixou o resto da calça, deixando que Lauren tirasse com os próprios pés o que restava. Ela pensou em Shawn e na raiva que estava sentindo dele, por ter apresentado aquela ideia. Aquilo só não era pior do que assaltar pessoas.
Camila podia sentir uma dor nas bochechas, de tão quentes que estavam, devido ao nível da vergonha.
– O que eu faço? - Perguntou, mal ouvindo a própria voz, de tão baixa.
– Nunca transou mesmo? - Lauren perguntou, com um sorriso pequeno e malvado.
– Não. - Camila respondeu quase inocentemente.
– Vem cá. - Lauren se sentou na cama, e Camila continuou ajoelhada no chão. - Você não precisa fazer isso.
Camila suspirou aliviada, agradecida por não ter que fazer aquilo, pelo menos não naquele momento.
– Tire a saia. - Disse Lauren e Camila se levantou, começando a tirar, mas a mulher a parou, e ela não entendeu. - Assim. - A virou, fazendo com que sua bunda ficasse de frente para ela, e Camila sentiu vontade de xingá-la mas contou alguns segundos e continuou a tirar a saia, enquanto a outra admirava sua bunda avantajada. Constrangimento definia Camila Cabello, e tudo só ficou pior quando ela teve que se inclinar para tirar totalmente a saia, tendo que empinar a bunda. E droga, Lauren riu!
Então antes de se virar ela sentiu duas mãos agarrarem a cintura, puxando-a para que se sentasse no colo da mulher, só de cueca. Sentiu beijos pelas costas, e uma massagem em suas coxas, sentindo as mãos fortes apertarem a parte inferior de suas pernas, quase alcançando a bunda. E Camila quis se matar quando se ouviu gemer baixinho, por sentir prazer com o que Lauren fazia.
– Toque. - Jauregui disse ao levar as mãos de Camila para trás, como quem vai ser algemado, até se aproximar de seu membro, fazendo-a tocar sem ver. Camila se sentia estranhamente excitada por tocar na ereção de mulher. Lauren estava tão dura, e Camila sabia que quando uma pessoa estava desse jeito, era porque estava muito excitado. Aquilo a fazia sentir medo. - Rebole… Me excite.
Mais uma vez Camila quis fugir dali, mas imaginar a surra que os caras daquele agiota podiam lhe dar, a fazia ter coragem de encarar a mulher que estava na cama.
– Okay. - Camilas se posicionou melhor, em cima virilha de Lauren, com uma perna de cada lado. - Mas eu não sei fazer isso direito. - Avisou, apoiando as mãos nas coxas dela.
– É só relaxar e imaginar uma boa música na cabeça. - Lauren ensinou, Camila não entendeu direito, mas procurou uma música na memória.
E por algum motivo idiota, a única música que vinha em sua mente, era Heaven Knows, talvez por se sentir uma pecadora, seguindo todos os caminhos errados possíveis. Se fossem analisar a situação, iriam ver que o lugar de Camila era bem lá em baixo.
Camila tentou reproduzir a música, e começou a rebolar devagar, de olhos fechados para não sentir uma vergonha maior ainda. Era estranho roçar a bunda em um pênis, Camila podia garantir, mas não era tão ruim. E fora até satisfatório ouvir um gemido sair da boca de Lauren, e Camila aumentou a intensidade dos movimentos, como se a música tivesse ficado mais alta. Ah, Camila se sentia sem dignidade alguma.
Sentir as mãos pesadas de Lauren em sua cintura não era de tudo ruim, já que o modo como ela a tocava fazia com que pequenos fios de prazer corressem pelo corpo de Camila. Era enlouquecedor e confuso, na mesma hora em que dava tesão.
O problema era que toda vez que Camila pensava em sua sexualidade, ela se desanimava um pouco, e foi quando ela decidiu esquecer de qualquer sexualidade, se concentrando em ter uma boa transa, já que faria aquilo mesmo. Soltou o quadril e continuou a rebolar com mais molejo, deixando que as coisas acontecessem como Lauren queria.
Camila se virou um pouco desajeitada e sentou novamente em cima da virilha de Lauren, rebolando com mais lentidão, mantendo -sem querer- um contato visual com a mulher, um pouco ofegante. Camila se sentou nas coxas de Lauren e sem pensar muito, apalpou o membro dela, sentindo novamente a textura de tudo, praticamente medindo o pênis, sem nenhuma dúvida de que era grande. Viu Lauren sorrir, com seus braços cruzados atrás da cabeça, Camila puxou o elástico da boxer, deixando que o membro saísse para fora, duro e pesado. Cabello suspirou, imaginando o quanto aquilo doeria, mas tentou se confortar ao imaginar no prazer que poderia vir depois.
Camila aproveitou o pré gozo de Lauren e começou a masturbá-la como tinha visto em alguns vídeos. Camila custava a acreditar que ela poderia realmente excitar alguém, mas ali estavam elas, então. Permaneceu com a mão na base por um momento, admirando o membro de Lauren, sentindo sua intimidade pulsar. Subiu a mão e passou pela glande, e desceu de novo, notando que estava focada naquilo e olhou para Lauren, que olhava para ela com um sorriso quase imperceptível e um olhar que era puro desejo e… satisfação. Camila não desviou mais o olhar, se sentindo dominada e hipnotizada por aquilo, e começou a mover o pulso para cima e baixo, sentido ada músculo daquela peça.
Camila nem acreditava que era mesmo possível sentir prazer masturbando outra pessoa, mas aquele era um fato, todo seu corpo estava quente, enquanto ela massageava um pau. Ela tinha certeza de que estava molhada, e queria se jogar de uma ponte, pois sua entrada estava pulsando. Mas afastou de sua mente as in´meras formas de suicídio e voltou a bater para Lauren, sentindo uma necessidade de tocar à si própria, mas ela não queria parar de estimular Lauren tão cedo.
Os gemidos da Jauregui saíam de forma tão sexy e Camila não sabia se estava certo ou errado, mas entendia todos os sons como sinal de satisfação. Se inclinou em cima de Lauren, sem tirar a mão de seu membro, e encarou os olhos dela de perto, assustada com a conexão que ela sentia, a beijou, de forma exasperada, com uma mão apalpando o ombro da mulher. Lauren se virou e ficou por cima, se encaixou no meio das pernas de Camila, com seu pênis roçando na intimidade de Camila, que ainda estava coberta. Se afastou um pouco e pegou uma cartela de preservativos em uma gaveta na cômoda.
E o coração de Camila explodiu em batimentos cardíacos quando ela sentiu os dedos de Lauren tocarem a borda da sua calcinha, sentindo mil e um tipos de sensações misturadas, como ansiedade, medo, vergonha, tesão e vontade de rasgar os pulsos. E assim que a mulher puxou a última vestimenta, Camila se encolheu e tentou esconder a intimidade com as mãos, sentindo de repente uma vergonha que nunca sentiu antes. Vergonha de estar completamente nua na frente de outra pessoa, e constrangida por agir feito uma criança medrosa.
– Logo você perde a vergonha. - Lauren sorriu como uma professora ensinando uma criança a escrever. Camila suspirou sem saída e afastou as mãos da intimidade, deixando a vista de quem estivesse ali. Sentiu Lauren começar a masturbá-la, com o mesmo sorriso perverso de antes. Aquilo era bom, não podia mentir, aquilo era realmente bom… as coisas só ficaram mais assustadoras quando Lauren abriu mais suas pernas e começou a passar os dedos perto da sua entrada. - Sua primeira vez, certo?
– Sim. - Camila respondeu, com a voz um pouco abafada, seguindo com os olhos as mãos de Lauren, principalmente a que não a estimulava, que fazia uma caminho meio arriscado para Camila. Então ela assistiu Lauren alcançar uma das camisinhas, abrindo-a e molhando as mãos com o lubrificante que vinha no preservativo, e jogou-a na cama novamente.
Camila viu Lauren abrir mais suas pernas, e ela nem conseguia reagir, era como se não tivesse controle de seu corpo, quase paralisado. Mas ela sentiu quando Lauren apertou seu clitóris, suspirando enquanto o fazia.
– Você vai ser gentil? - Camila nem mesmo sabia dizer de onde havia surgido aquela pergunta, mas sabia que não queria ser machucada.
– Uh… - Lauren sorriu delicada, o que fez Camila relaxar. - Não.
O mundo de Camila caiu quando ela sentiu dois dedos a invadirem, e seu primeiro instinto foi correr, mas ela não tinha força para isso, haviam estrelas em volta de sua cabeça, e em uma das constelações estava escrito: VOCÊ SE FODEU, CAMILA!
– Puta merda! - Foi o que Camila conseguiu dizer -gritar- antes de Lauren tapar sua boca com um beijo. Ela teve que agarrar o lençol, devido a intensa dor, enquanto os dedos de Lauren permaneciam no mesmo lugar, mas parados, sem se importar com a poça de lágrimas que borrava a visão de Camila.
Tudo be, tudo bem, foda-se a Camila, ninguém se importa com a Camila.
– Filha da puta… - Camila deixou escapar, entre o beijo, com a voz chorosa, mas um pouco mais calma.
– Isso. - Lauren sorriu e voltou a abrir mais as pernas de Camila, deixando o caminho livre para seus dedos.
Camila voltou a sentir dor quando Jauregui voltou a mover os dedos, tirando-os e os colocando de volta, era lento, mas era fundo, o que doía na alma de Camila. Mas ela respirou e tentou aguentar a situação.
Lauren se sentou e continuou o trabalho com os dedos, e com a outra mão começou a estimular o clitóris de Camila para tentar aliviar a dor.
Camila resolveu fechar os olhos, com os braços estirados no colchão, deixando que Lauren fizesse o que queria fazer. Não tinha muita força para tentar algo diferente mesmo. Ela queria se desligar, mas era impossível não sentir os dois dedos longos abrindo o que até então era fechado, mas o momento não era de tudo ruim, já que Lauren tocava seu clitóris, apesar de não ser o suficiente para compensar a dor.
Tentou relaxar enquanto tentava achar prazer nos movimentos de Lauren, já que dor e vergonha eram tudo o que havia ali. Mas havia algo excitante na ideia de ter dedos tão grandes dentro de sua entrada, e ela não sabia como isso era possível.
E justo quando Camila começava a gostar um pouco daquilo, Lauren parou e alcançou outro pacote de preservativo.
Camila olhou novamente para a mulher, medindo seu tamanho, e imaginando a intensidade da dor que ela sentiria quando Lauren colocasse aquilo para dentro. E de repente, a ideia de se enforcar não parecia tão ruim.
– Quer fugir? - Lauren sorriu normalmente, com um ar de quem sabe exatamente o que está fazendo.
– Como o Papa Léguas. - Camila disse mesmo, já que não tinha nada a perder, nem mesmo a virgindade.
– Se você não tiver um orgasmo hoje, eu adiciono mais mil dólares no seu pagamento. - Lauren apostou, fazendo Camila suar frio.
– Só não… Não me arrebente, por favor. - Camila pediu, assistindo sua dignidade ir pelo ralo.
– Não garanto nada. - Lauren sorriu travessa depois de terminar de pôr a camisinha, e Camila a encarou sem saber o que fazer. - Você é tão delicada…- Ela disse fazendo Camila se encolher de vergonha. - Vou adorar te comer.
E quando Lauren tocou suas coxas, para abri-las mais, Camila só quis acertar uma bala na própria cabeça. E ela achava que Lauren não devia brincar daquela forma, roçando o pênis em sua intimidade, pois aquilo era como uma morte pronunciada.
Era assustador estar por baixo naquela situação, Jauregui parecia tão grande daquele jeito.
Camila arregalou os olhos quando sentiu que Lauren estava perto de lá, e fechou os olhos, como quando assistia filmes de terror. Talvez fosse hora de encarar a coisa de uma forma melhor, porque talvez não fosse tão ruim. Porém, quando Lauren a penetrou, o soluço de dor que Camila deu provou o contrário, que aquilo seria sim muito ruim. Que droga!
– Me sinto como um monstro. - Lauren disse, enquanto acariciava a cintura de Camila e movia muito lentamente o quadril, vendo-a lá, deitada de olhos fechados, com as mãos agarradas ao lençol. - É boa a sensação.
Camila novamente sentiu aquela coisa, aquela vontade de fugir e de permanecer ali ao mesmo tempo. Como se a dor a mandasse sair, e toda a essência que Lauren expelia a ordenasse a ficar. Era uma convergência horrível.
– Abra os olhos. - Lauren disse e Camila tremeu um pouco as pálpebras antes de finalmente abrir, tendo a visão da mulher novamente, com um sorriso indecifrável e sua pose ereta.
Camila não soube como reagir quando começou a sentir Lauren se movendo em seu interior, o pênis dela era maior que seus dois dedos, era como ser penetrada pela primeira vez de novo. Mas havia algo de instigante na ideia de que Lauren era “grande”, algo que fazia Camila se sentir como uma puta.
Ela segurou mais firme no lençol e ficou observando Lauren se mexer, já que não fazia a mínima ideia do que deveria ser feito. E fora um susto quando ela sentiu suas pernas se contorcerem um pouco, quando Lauren atingiu um nível de estocadas. Era um ritmo contante, mas não bruto, que fizera com que a dor se dizimasse um pouco, dando espaço para -finalmente- um pouco de prazer. Não que Camila já estivesse totalmente acostumada com o pênis de Lauren, mas era um começo.
E ela se sentia como se assistisse a um filme pornô, por só conseguir olhar para a virilha de Lauren. Antes ela ficasse apenas olhando para baixo, pois quando ela olhou pra o rosto de Lauren, a verdadeira pornografia estava naqueles olhos verdes.
Camila estava sendo devorada de tantas formas diferentes.
Pela milésima vez, Camila quis se afogar no mar turbulento, depois de ouvir um gemido sair da própria garganta. Mas seria impossível segurar algum ruido aquela altura do campeonato, quando Lauren já mostrava ter força e fôlego, ainda penetrando Camila com velocidade, pondo mais pressão.
Aquilo parecia tão fácil para Lauren, enquanto que para Camila, era difícil ate de não escorregar da cama, devido as investidas, que a empurravam mais para fora da cama a cada novo movimento. E quando Lauren a puxou de volta, fazendo com que sua entrada cobrisse com violência o seu pênis, Camila soltou um gritinho, revirando os olhos, sentindo o prazer beliscar seu abdômen.
Palavras como “porra” e “isso” já saíam da boca de Camila, e ela nem mesmo tinha controle disso. Ela só sabia que era bom, e que ela queria cada vez mais, sabia que toda vez que Lauren fazia mais forte, era mais prazeroso. Seu folego era praticamente zero, e nem era ela que fazia a parte mais “difícil”.
Quando Lauren diminuiu o ritmo de estocadas, sem perder a intensidade, foi como uma chance de respirar melhor para Camila. Lauren se inclinou sobre Camila, aproximando seus rostos para um beijo.
– Estou gostando de te comer. - Não era bem a coisa mais delicada do mundo, mas Camila sorriu um tanto, por simpatia. - Comece a gemer meu nome daqui pra frente. - Ela não deu nem chances de Camila processar a frase e voltou a penetrá-la com força, com ate mais combustível que antes. - Vamos, Camila! - Lauren disse e Camila não conseguiu dizer nada, extasiada pelo prazer, aproveitando da sensação boa que era ter um corpo pesado e grande sobre o seu. - Camila!
– Lauren! - Camila gritou, quando Lauren conseguiu atingir seu ponto g, fazendo-a morder o lábio e rebolar o quadril. Ela se segurou no ombro de Lauren, sentindo ela atingir seja lá o que fosse, levando-a a gemer cada vez mais alto. Ela fechou os olhos, por não conseguir se concentrar em nada, por conta daquele tesão frenético que a deixava sem saber o que fazer, e quando ela abraçou a cintura de Lauren com as pernas, diminuirá o espaço pra se movimentar, fazendo ela pôr um pouco mais de pressão, deixando mais intenso. - Oh porra, Lauren! - Ela gemeu alto, enquanto Lauren gemia no pé de seu ouvido, dizendo coisas obscenas.
Ela nem acreditava que sua primeira transa seria com uma mulher intersexual e bruta, estava sendo melhor do que imaginou que seria. Mas sim, Lauren fazia a dor valer a pena.
E Camila não conseguiu segurar por muito mais tempo, deixando que o orgasmo saísse, acompanhado de um gemido arrastado. Sentiu seus braços caírem na cama e sua cabeça pesar, ela nem sentia mais o corpo. Lauren continuou a fodendo, prologando seu prazer e tentando chegar ao próprio ápice, e Camila começou a rebolar em seu membro, sentindo Lauren ir ainda mais rápido, fazendo ela gemer de novo, voltando a sentir o mesmo tesão de um momento atrás, e quando Lauren soltou o gemido mais alto de toda transa, ela tombou na cama.
Ar fresco era o que Camila precisava depois de toda a ação. Mas nem conseguia se mover direito, seu corpo estava sem forças e o orgasmo ainda dava choques em seu abdômen.
– Puta merda. - Foi o que ela disse, com a respiração ainda pesada.
E lá se foram 12 minutos de silêncio, até Camila se sentar na cama. Sem certeza do que fazer, já que Lauren não dissera nada.
– Agora eu vou embora? - Perguntou, insegura novamente.
– Que? - Lauren se sentou também, ao seu lado.
– Bom… É isso, não é? - Camila definitivamente não sabia o que fazer.
– Mas não acabamos ainda. - Disse Lauren, e Camila arregalou os olhos. - Não diga que não quer. Vai estar mentindo.
Camila devia cortar os pulsos, se enforcar ou se jogar de uma ponte? Ou até mesmo deitar nos trilhos do trem? Porque, sim, ela queria transar com Lauren, de novo.
– Eu quero. - Camila disse, já que não tinha nada a perder mesmo.
E no dia seguinte, quando ela abriu os olhos, antes de lembrar de onde estava, sentiu como se tivesse sido pisoteada. Tudo doía, desde o couro cabeludo até o dedo mindinho do pé. Ela se espreguiçou e sentiu que aquela cama era boa demais para ser a de sua casa, e então se deu conta de que estava na casa de Lauren Jauregui.
Ela se sentou na cama, viu que estava nua e sozinha, olhou para fora e viu que estava de dia. No relógio marcava 02pm, o que a assustou, então se levantou e soltou um gemido ao sentir sua intimidade doer. Parecia que ela havia sido rasgada ao meio, doía demais.
Camila tentou não olhar para a ducha, mas era quase impossível, então, mesmo sem uma autorização, ligou o chuveiro e tomou banho, se sentindo imediatamente mais leve. Saiu do box e pegou uma das toalhas alia, com um pouco de insegurança em cada movimento.
Com a toalha enrolada no corpo, voltou para o quarto e recolheu suas roupas espalhadas. E começou a se vestir, pensando na noite passada… E meu Deus!
Depois do primeiro “round” vieram mais três, e Lauren era uma filha da puta que não cansava!
Camila se olhou no espelho que cobria quase uma parede e viu que tinham manchas roxas no pescoço e ombros, e manchas nas coxas. Lauren gostava de chupar e morder.
Terminou de calçar a sandália e abriu a porta do quarto e saiu. Na cozinha ela viu uma empregada, que limpava um jogo de taças de vinho.
– Sra. Jauregui disse que era para a senhorita comer algo antes de ir embora. - Ela disse, pegando Camila de surpresa.
– Uh.. Não precisa. - Camila disse, sentindo vergonha de estar ali.
– Sente-se, precisa comer algo. - A mulher disse.
Tudo bem, Camila estava morta de fome, mas não aceitaria.
– É sério, não precisa. Mas obrigada. - Ela não sabia mais o que falar.
– Tudo bem. - a mulher entrou em uma porta, deixando Camila sozinha lá, esperando a morte do bezerro. - Aqui está. - Ela voltou com um pacote em mãos.
Camila nem lembrava que ainda tinha dinheiro para pegar… tinha se esquecido que fizera tudo por dinheiro.
– Ah, sim. - Ela pegou o pacote. - Bem, vou indo…
– Não, o motorista irá levá-la. - Ela disse, fazendo Camila segui-la até a porta.
– Não precisa, não… Eu vou sozinha. - Camila tentou negar, mas quando viu, o motorista e a empregada já a empurravam para dentro do carro de luxo.
– O endereço, por favor. - O homem disse, e Camila suspirou um pouco irritada, antes de dar seu endereço.
Ela só esperava que aquele homem e a mulher não estivessem na casa durante a noite, porque ela gritara alto pra caramba.
– Está entregue. - O homem disse ao parar o carro, depois de algum tempo dirigindo.
– Obrigada! - Camila agradeceu e abriu a porta do carro.
– Espere. - O chofer disse e Camila parou com um pé para fora do carro. - Sra. Jauregui mandou dizer que: foi incrível.
É, a morte as vezes vem bem a calhar.
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