História Dirty Minds - Finally

Points Of View Lívie Murray

A língua de Justin era a mais doce que eu já provei em toda a minha vida, e também a mais quente. Seu beijo conseguia ser ao mesmo tempo romântico e possessivo. Nossas bocas se encaixavam com tanta naturalidade que o medo de acordar e perceber que tudo não passava de um sonho era constante. 

Era domingo de manhã e todos, exceto nós dois, estavam dormindo no andar de cima; Por outro lado, eu e meu namorado não conseguíamos dormir de maneira nenhuma. Tive cinco orgasmos desde a noite passada e já estava prestes a obter o meu sexto. Sentada em seu colo, eu levantava meu quadril com força e depois descia com a mesma intensidade.

Gemia contra a boca dele enquanto suas mãos agarravam minha cintura de uma forma possessiva e vigorosa. Meu corpo estremeceu ao chegar no ápice do prazer. Gritei ao gozar e senti ele me preencher com seu líquido quente.

(...)

Já estávamos vestidos e deitados no sofá. Aquela tinha sido a melhor noite da minha vida. Nada melhor do que uma maratona de sexo para unir duas pessoas. Eu fazia linhas imaginárias no peito dele e Justin alisava meu cabelo com delicadeza. Sentia sua respiração contra os fios suados e me arrepiava a cada vez que o ar quente acertava meu pescoço.

— QUEM É O PAI MAIS FODA DO MUNDO? 

Brandon entrou na sala gritando e assustando-nos. Sentei no sofá com rapidez e agradeci mentalmente a Justin por ter me obrigado a colocar minha roupa, dez minutos antes. Imagina se meu pai me pega transando ou pelada no sofá? Não seria uma cena muito agradável.

— O que houve? — Bieber já estava de pé. Só de shorts e com o cabelo super bagunçado. Merda! Se Brandon não tivesse chegado eu iria arrastá-lo para o sofá novamente e ter o meu sétimo orgasmo. 

— Achei aquele filho da puta que vem atormentando vocês. 

— O que? — Eu e Justin falamos em uníssono.

— Primeiro privilégio de ser o dono de uma das melhores facções do mundo: Ter amigos em todo o mundo. Foi só mandar uma foto do bacaca para meus colegas que logo o identificaram. 

— Acharam ele onde? — Julian sorriu e se jogou no sofá. Se ele soubesse o que tinha acontecido ali alguns minutos mais cedo...

— Na África. Aquele babaca está negociando alguma troca indispensável e parece que lá também é um ótimo lugar para se esconder quando duas equipes se unem para destruir sua vida.

— Na verdade, agora são três equipes. — me joguei ao seu lado e ele passou os braços em volta do meu pescoço. Justin sentou ao nosso lado e pousou sua mão na minha coxa, inclinou o corpo para olhar meu pai melhor.

— Certo. Quando vamos poder ir atrás dele e o buscar para acertamos nossa conta?

— Que tal em algumas horas? — olhei para meu namorado e pude ver o momento que suas pupilas dilataram em esperança.

— Vou acordar os meninos. Acho que finalmente teremos paz — levantou e saiu correndo em direção as escadas. 

Algumas horas. Caramba. Quanto tempo será que demorava daqui para África? Talvez tempo suficiente para eu conseguir organizar meus pensamentos e minha ficha cair. Julian estava prestes a conhecer uma Lívie obscura, tão guardada que até mesmo eu tinha medo de colocá-la para fora. Portanto, ele seria o primeiro a conhecer. Sofreria mais do que Marcus, mais do que Jensen, mais do que qualquer outra pessoa que já conheci e torturei. Eu acabaria com sua vida aos poucos, lentamente e sem piedade.

— Obrigada por achar achá-lo — sussurei, esperando que Brandon fosse ouvir.

— É o mínimo que eu poderia fazer depois de tantos anos perdidos — apertou seus braços com mais força ao redor de meus ombros.

— Quando isso acabar, você vai continuar mantendo contato comigo?

— Quando isso acabar eu prometo que tudo será ainda melhor. Quero que você conheça a minha família, que seja parte da dela. 

Engoli seco e assenti. Não falei mais nada até Justin aparecer com os meninos. Se eu tivesse falado, certamente teria chorado. Fiquei apenas apreciando o carinho que Brandon demonstrava e desejando que minha mãe nunca tivesse tido que mentir. Naquele momento, uma saudade avassaladora tomou conta do meu coração. Mais uma vez eu me segurei para não chorar.

Points Of View Justin Bieber

Nós estávamos dentro do jatinho particular de Brandon, talvez essa fosse a vantagem de ter um sogro muito importante: podia ir para qualquer lugar, qualquer hora, e chegar em pouco tempo. O chefe da Yakuza estava mais para um teletransporte ambulante.

Eu estava ao lado de Lívie, que me encarava ansiosa. Podia vê-la secar as mãos na calça de cinco em cinco minutos, como se tivesse afastando o suor. Sorri com a cena.

— Se acalma, baby — pedi.

— Não da, Justin — me olhou — Estou ansiosa. Não vejo a hora de tirar a vida daquele desgraçado com minhas próprias mãos.

— E você vai, em breve. Tenha calma, amor — pude vê-la sorrir, e se aproximou de mim, dando-me um selinho.

— Até que estou gostando desse novo Bieber — comentou.

— Não se acostume, Murray — sorri, e ela me acompanhou — Sabe, Lívie...

— Lá vem... — suspirou.

— Eu estava pensando, será que você aceitaria ir até a casa de meus pais conhecer eles e meus irmãos? — Pude perceber que a pergunta a pegou em cheio, e ela engasgou.

— Eu não sei... — seu olhar ficou vazio — Não sei se estou pronta para ver sua família, sabendo que eles nunca vão poder conhecer a minha, porquê eu não tenho uma.

— Agora você tem uma, Lívie — olhei para seu pai, e ela acompanhou mei olhar — Brandon, seus irmãos... Você tem uma família.

— Mas não é a mesma coisa...

— Lívie, para de olhar para o passado! O que foi, já foi. Sua mãe estaria feliz de você estar se adaptando a uma nova vida, você precisa disso, e todos nós estamos aqui porquê somos sua nova família — ela vacilou, mas assentiu.

— Obrigada, você está sendo incrível — me beijou, e eu sorri.

— Acho que chegamos — comentei, ao sentir o jatinho parando.

— Vamos pegá-lo, meu amor — Os olhos de Lívie brilharam, e eu agradeci mentalmente por esse momento ter chegado. Nós vamos matar Julian, finalmente!