História Dirty Work - My enemy, my ally.

“Não preciso de autorização, tomei a decisão de testar meus limite porque é da minha conta, Deus é minha testemunha. Começar o que terminei, não preciso me segura, tomando o controle dest.e tipo de situação. Estou pronta e segura, completamente focada, minha mente está aberta. Algo sobre você faz eu me sentir uma mulher perigosa, me leva a fazer coisas que eu não deveria. — Ariana Grande.”

— Vadia. — Ele fala e se aproxima, segurando o Ian com raiva e me fazemos saltar mais do que puta. — Não espera nem meia hora? Nem meia maldita hora? — Ele joga o Ian com tudo no chão e vejo o mesmo olhar de raiva que eu havia visto antes, a única diferença é que agora ele está completamente sóbrio. 

Vou ao banheiro e visto meu roupão, bufando ao ver o Ian apanhando no chão e me irrito, vou acabar com essa porra agora.

— Payne. — Chamo após destravar a arma e apontar a mesma na sua direção, ele me olha como quem não acredita e continua a bater nele. — Payne, solta ele, agora. — Falo furiosa e ele me olha sério.

— Ou o que? Vai atirar em mim? — Ele fala soltando o Ian, após chutar seu rosto de novo e vir na minha direção. — Vai, atira em mim, faz o teu ponto de que é durona e a mais foda delas. Olha, eu sei que eu errei, mas eu tava…

— Não ouse dar alguma desculpa de merda, se for pra continuar falando bosta pode sair por onde entrou. — Falo séria e ele me encara ainda ofegante, ele ta completamente puto, mas eu também to.

— Porra meu, tinha que fazer isso? — Ele passa a mão pelo cabelo como quem ta se segurando e se vira, jogando o abajur pra longe.

— Sai da minha casa. — Falo firme e ele continua explodindo, quebrando tudo a volta. Vejo o Ian que levanta e ia na direção do Liam, e quer saber? Eles que se matem, que se fodam e façam o que bem quiserem, mas bem longe de mim.

— POR QUE ELE? CARALHO! — Ele berra e eu rio.

— Porque eu queria te ver exatamente assim, queria te ver furioso, queria te ver magoado, queria te ver dessa maneira. E sabe por quê? É só olhar pra minha cara que você sabe. — Me aproximo e ele não tem coragem de olhar para o meu rosto, se bem que eu consigo ver bem os estragos que eu fiz nele, filho da puta. — Olha pra mim o filho da puta, olha pra minha cara. — Levanto o rosto dele com o cano da arma e ele o vira, mas eu faço questão de segurar o rosto dele firme e fazer ele encarar meu rosto seriamente. — Tenho cara de mulher que apanha de cara que bebeu?

— Eu tava fora de mim, eu nunca faria isso contigo, tu sabe que eu me importo contigo e…

— Pouco me importa o que tu tava, tu não tem o mínimo direito de meter a mão em mim e tentar dar uma de esperto, some da minha frente, some da minha vida. — Quando falo isso ele arregala os olhos.

— Qual é, a gente sempre resolve as coisas e… — O Ian só observava tudo enquanto se vestia já, sabia decisão.

— Meu bem, agora eu não quero te ver nem pintado de gozo, eu mandei sair. — Aponto a arma pra ele e o Ian sai do quarto, sinalizando pra mim que nos falaríamos depois, e sim, falaríamos, e de preferência na frente desse inútil novamente.

— Atira em mim, mostra o teu ponto. — Ele fala me provocando e eu rio. — ATIRA. — Ele berra sério e vejo o Mark na porta, me olhando como quem esperasse por ordens.

— Fora Mark, de animal eu sei cuidar. — Falo apenas isso e ele se manda, fazendo eu encarar o Liam. Ele ta duvidando de mim, ele acha que eu não tenho coragem.

— Anda, atira e… Merda. — Ele geme com dor quando eu finalmente acerto um tiro no pé dele, fazendo ele cair no chão e fechar os olhos com dor extrema. Ele tenta por as mãos por cima do pé, mas quando pousa ambas por cima da feria recém feita, percebe que não seria a melhor ação para se fazer nesse exato momento.

— Desculpa, tinha falado o que?

— Vagabunda.

— Obrigada querido, ah, e se eu fosse você iria imediatamente para um hospital, vá que né… — Aponta para o sangue que escorria e ele tenta levantar, mas não consegue. — O que, quer ajuda? — Ironizo e ele me olha como quem não acredita.

— De onde tira tanta maldade?

— Devo ter tirado da sua força, que foi bem grande quando começou a me bater e puxar os meus cabelos. — Pisco o olho e passo por ele, passando por cima. — E meu bem, eu só não piso na sua cara, porque odeio pisar em falso. — Sorrio indo até o corredor e encontrando meus funcionários horrorizados com o que havia acabado de acontecer. — O que, alguém quer levar um tiro também para saber como é? — Falo fria e todos voltam á suas atividades, menos o Mark que me olha esperando por minha ordem.

— Levo ao hospital ou chamo o médico particular?

— Se ele não fosse ficar aqui sujando a minha casa, deixaria apodrecer, leva no hospital e fica com ele para ver que desculpa ele vai dar, depois larga a criatura na casa dele e tira o dia de amanhã de folga. — Falo e ele concorda, logo entrando no quarto para tirar aquele exu de lá, e peraí, dei o dia de folga, essa não é a Cassie Benson de sempre, e sim a que eu tava me tornando. — Mark? — Entro no quarto e o Liam tava com os olhos quase fechados, quase me bate um arrependimento, mas quando vejo o roxo no rosto dele, me lembro de como ele foi parar ali.

— Sim?

— Amanhã quero que venha trabalhar, sem folga. — Falo apenas isso e me viro, saindo e indo em direção ao andar de cima, para o meu quarto.

(…)

— Certeza que vai para a empresa com esse salto? Você nunca usa salto 15 de livre expontânea vontade. — O Tyler fala e eu concorda.

— Sabe aqueles dias que você só quer se sentir mais poderosa do que já é?

— Já saquei tudo! — Ele sorri e monta o look para mim olhar.

— Não tem vestido mais decotado? — É sério, to querendo causar já, quero chegar captando olhares, não que eu não faça sempre, mas já se passaram 2 dias desde o “triste” acidente, e amanhã é que irei ai Canadá para acabar com o James. O Liam? Acho que ainda ta no hospital, pelo menos é o que o Mark havia me falado ontem, não que eu esteja muito preocupada ou grande merda né, vai saber.

— Solto ou preso? — A Mary pergunta em relação ao meu cabelo.

— Solto, e bem volumoso. — Me sento na cadeira e sorrio, de tanta felicidade que eu to hoje, capaz até de fazer uma tatuagem, só pensar bem no que eu quero.

— Menina, você ta um a-rra-so! — O Tyler fala estalando os dedos e eu sorrio ao ver o meu reflexo inteiro no espelho, realmente, eu to um luxo.

— Obrigada. — Sorrio passando a língua sobre os lábios e a Caroline faz uma cara nada feliz.

— Espera o batom secar pelo menos. — Ela fala e eu concordo, além de reforçar o batom, ela demorou bastante na base e o pó, pra esconder as marcas que sim, ainda estavam no meu maldito rosto. Sorrio ando uma última olhada no vestido da Versace que eu to usando, ele tem alças largas e um decote que vai praticamente até o meio da barriga, deixando meus seios em seus formatos bem naturais. Não preciso nem dizer que ele é bem justo na bunda e vai até a altura do joelho, me deixando com um ar menos puta e mais elegante, e para acompanhar é claro, os meus lindos saltos da Schutz, que não poderiam faltar. 

Desço com toda a paciência do mundo e após pegar meu café, vou até a garagem, olhando em volta e percebendo que eu precisava de novos carros, esses aqui já estavam começando a me enjoar. Subo no meu Jaguar e vou em direção a empresa, já chegando com tudo e parando na minha bela vaga reservada. 

— Senhorita Benson. — A Ashley fala ao me ver e me analisa por completo, me fazendo sorrir e a olhar.

— O que faz no andar de baixo? Não deveria estar lá em cima? — Ia chamar o elevador, mas o querido Zayn já faz isso por mim.

— Caralho em. — Ele passa a mão na minha cintura e recebe um tapa, e não, não foi de mim, mas sim da querida Ashley. — Qual é babe, eu conheço a…

— Não quero ouvir essa palavra perto de mim de novo, me dá náuseas. — Faço uma careta e entro no elevador, subindo sozinha mesmo. Assim que chego ao meu andar, o Louis já me olha sorrindo e passa a mão no queixo, como quem estivesse a observar uma bela vista. — Cuidado com a baba. — Pisco o olho e vou em direção a minha sala.

— Cas, você está linda! — Ouço a voz de uma das estagiárias novas e eu sorrio.

— Já ta na hora, né meu bem?

— De que?

— De cortar essa intimidade que eu não te dei. — Aceno para ela antes de entrar na minha sala, como é bom estar de volta, caralho em. Sento de frente para a minha mesa e abro o computador, vendo que haviam alguns documentos que eu precisava analisar, o problema? Eram documentos federais, ou seja, onde está o meu hacker não estúpido? 

— Ashley. — Chamo pelo telefone.

— Sim?

— Quero que mande o Oliver vir aqui, agora. 

— Certo. 

— Que eu mal pergunte, mas aconteceu algo? — O Harry fala entrando na minha sala com o Louis e eu nego.

— Não, por quê?

— Faz tempos que eu não te via tão…

— Cassie. — O Louis completa e eu sorrio, cruzando as pernas e sorrindo.

— Sei lá, parece que uma parte de mim voltou.

— A parte estúpida sem coração?

— Não tem como algo que nunca saiu de mim, voltar. Não acha, Louis? — Ironizo e ele nega, se jogando no sofá e suspirando enquanto brincando com uma bola de tênis que ele tinha com ele.

— Que horas vamos amanhã pro Canadá? Eu queria chegar lá cedo, já tenho planos para mais tarde.

— Nossa Styles, já contatou a puta fixa de lá?

— Ué, já que tu não ta mais liberado a buceta sagrada, to tendo que ir atrás do que já tava acostumado também, não acha? — Ele pisca e eu sorrio, encarando ele já com um olhar malicioso.

— Pois bem, amanhã cancela com ela, porque eu e você teremos planos. — Falo mordendo os lábios e ele se senta na minha frente como quem não acredita, enquanto o Louis ergue a cabeça e nos olha.

— Desculpa cortar o papo que provavelmente vai acabar com a língua dele te chupando, mas e o Payne? A propósito, cadê ele? — Ia responder, no entanto um Malik nada contente entra na minha sala.

— Porra Cassie, quero ver tu acalmar a fera depois. — Ele fala se sentando do lado do Louis e eu rio.

— Não devia passar a mão em mim na frente da sua namorada, a culpa não é minha.

— Melhor passar na frente dela do que atrás. — Ele fala e eu concordo.

— Amo a sua sinceridade.

— Eu sei, e para ser sincero, essa roupa ta linda, mas to com uma vontade de tirar ela. — Ela passa a língua pelos lábios, do jeito que só esse maldito filho da puta sabe fazer, e eu pisco o olho para ele.

— Amanhã já combinei com o Styles, mas hoje to livre. — Levanto passando a mão pelo tecido do vestido e o Louis também levanta.

— Repetindo a minha pergunta, onde o…

— Foi mal pelo atraso. — O Oliver fala, ao finalmente aparecer.

— Aconteceu algo cara? — O Harry pergunta e o Oliver nega.

— Não, eu só não tava afim de vir. — Ele fala sério, olhando diretamente para mim.

— Credo Oliver, parece que está tendo um péssimo dia, não precisa compartilhar ele com a gente. — Ironizo e ele nega rindo.

— Qual é Benson, acha que eu não to ligado? — Ele fala se sentindo na minha poltrona e eu bufo.

— Ligado no que?

— Payne, hospital. — Ele gesticula com as mãos e os outros três viram rapidamente para mim, esperando que eu fale algo.

— E como sabe?

— Mark. — Ele fala apenas isso e eu bufo, por que eu não demiti ele mesmo em?

— Bem, aconteceram uns imprevistos.

— Tu atirou nele, na tua própria casa!

— Exatamente, o que eu faço dentro da minha casa não devia dizer respeito a ninguém, ah, a não ser eu. — Falo séria e ele bufa.

— Por que atirou no coitado? Ele te traiu ou te pegou com outro? — Ele fala rindo e eu suspiro, se falar o que aconteceu ANTES de ele me pegar com outro, os meninos vão ficar putos com ele e nunca perdoar, e eu não sei porquê diabos, mas quero essa raiva só para mim, esse direito de odiar ele só pra mim, e não para eles.

— Bem, digamos que o Ian apareceu lá em casa e ele não curtiu muito. — Falo dando de ombros e o Harry já ri.

— Não me diz que ele pegou vocês no flagra!

— Eu já peguei ele no flagra com outra também, e não sai batendo nela! — Ta, eu bati nela, e bati feio, inclusive arranquei cabelo, mas eles não precisam saber desse mínimo detalhe.

— Qual é, por que dormiu com outro se vocês davam bem? — E agora é a hora do Louis se meter, eu em.

— Qual é meninos, eu sei que não gostavam dele antes, então não precisam se fazer de defensores e…

— Isso foi antes de vocês se envolverem mesmo, agora ele é um de nós, e nenhum de nós nunca baleou o outro. — O Zayn fala fazendo drama e eu bufo.

— Quantas vezes tu já não me acertou no paintball? Isso não vale nada é? — Todos levantam o dedo do meio pra mim, o que me faz rolar os olhos e me encostar na parede de vidro que dava para a bela cidade de São Francisco.

— Se ele te pegou na cama com outro, não deveria ser ele a ta puto? — O Louis questiona e eu bufo.

— Ele ficou brabinho, ai começamos a discutir e ele começou a puxar por mim, achando que eu não seria capaz de ser a mesma mulher durona e estúpida que eu sempre fui, ai ele ficou cada vez pior e…

— Peraí, ele não meteu a mão em ti, né? — O Harry fala levantando e olhando com um olhar assassino já, e viu, é isso que eu não queria. Por mais que já tenhamos passado por muitas coisas juntas, seja de forma íntima ou não, o sentimento que eles tem por mim é de irmãos, pode até ser chamado de amor entre irmãos, e se eles sonham que um dia um cara meteu a mão em mim, é capaz deles fazerem o cara dormir com pregos nos olhos.

— Claro que não, minha cara né!

— É que pra tu ter se exaltado tanto e atirado nele… — O Louis completa e eu nego.

— Eu atirei no pé, não foi pra matar, foi só pra provar o meu ponto, nada demais, acreditem. — Falo séria e eles me encaram como quem não acreditasse.

— Tu não atira em uma pessoa pra provar o teu ponto!

— Foi no pé dele, agora não me encham. — Bufo e tiro o bundudo da minha cadeira, me sentando e encarando todos. — Se forem ficar com essas caras de bunda já podem se mandar, caso contrário, podem me ajudar. — Falo séria e eles bufam, me encarando a espera que eu explique.

— Quando me encontrei com o Ian antes do ano novo, ele me falou que o Greg estava procurando por provas minhas e inclusive o James e a mamãe Marshall, antes de ser morta é claro, estavam tentando achar provas a qualquer custo que fosse, para me ver fora das grades.

— Quer que eu invada o sistema da polícia? — O Oliver fala já entediado e eu concordo.

— Não só isso, mas que dê um jeito de entrar no computador pessoal do Greg, o de lazer, porque a operação dele atrás de mim já deve ser por fora da polícia, a polícia não dá mais verba para ele ficar atrás de uma pessoa que ajuda tantas causas sociais e traz benefícios a sociedade.

— Certo, vou pegar meu MacBook. — Ele fala saindo com pressa e eu concordo, encarando os imprestáveis a minhas frente.

— E vocês, não tem nada para fazer não?

— Ficar te admirando assim já ta me dando o maior trabalho. — O Harry pisca pra mim e sorri, deixando a mostra suas belas covinhas.

— Tem razão, pode ficar. — Ironizo já mais irritada e bufo, só de trazer aquele maldito como assunto, conseguiu mudar a minha felicidade do dia, para o mal humor que eu não tava afim de aturar hoje não.

— Voltei.

— Posso ver. — O Oliver rola os olhos com o meu comentário e se joga no meu sofá, começando a fazer o seu trabalho. Eu me levanto para ir ao banheiro, mas na mesma hora o meu celular toca, indicando o número do Mark, ótimo.

— E o que o fofoqueiro de plantão tem para me contar?

— Ele sumiu. — Ele fala sério e eu não entendo porra nenhuma.

— Quem sumiu?

— Eu tava aqui com ele no hospital, eu simplesmente fui pegar um sanduíche e quando voltei pro quarto, nada dele, ele simplesmente sumiu. — Ele fala e eu seguro o telefone com mais força ainda.

— Como uma pessoa, que praticamente não pode caminhar, foge de você assim no hospital? Mark, depois que achar ele, está despedido!

— Não foi culpa minha, e ele tava com roupa, como que deixaram ele sair? — Pela sua respiração sei que ele está a correr pelos corredores do hospital. Eu bufo e respiro fundo.

— Dê voltas pelas redondezas do hospital e vê se tu acha ele, eu e os meninos também vamos procurar, esse filho da puta que me aguarde. —  Qual é, o Liam comeu merda? Ele achou melhor fugir do que simplesmente me encarar? Que tipo de merda que ele comeu em? Puta que me pariu, caralho.

— O que…

— Os três inúteis que não estão fazendo nada, cada um no seu carro procurando pelo Liam. Louis procura perto do apartamento, Harry vai pela volta do hospital com o Mark, e Zayn, você vê nem que seja pela volta da casa do Ian. — Falo porque ele sabe o endereço. — E Oliver, você fique exatamente onde está, porque…

— É perfeito? — Ele ironiza e eu levanto o dedo do meio, saindo puta da cara. Porra Liam, vai fazer eu te perseguir com esse salto de 15cm no pé? Ta querendo sentir a morte de perto, só pode né, caralho. 

Assim que subo no meu carro, já acelero e ando sem rumo, onde esse filho da puta pode ter ido? Digo, onde… Por que ele fugiu do hospital? Por quê diabos ele não podia ter a coragem de me encarar em? Esse cachorro desgraçado, vai apanhar ainda mais, isso sim é uma certeza que eu tenho.

Sigo em direção a polícia e não vejo ele e nem algum carro dele, sim, passei só para conferir né, vá que o babaca resolva fazer uma queixa pelo tiro ou porra do tipo. Começo a ir em direção a ponte e o meu celular começa a tocar, espero que sejam boas notícias, mas quando vejo o nome do Ian na tela, eu só bloqueio o celular e bufo, continuando a dirigir.

— Caralho. — Murmuro quando o Ian liga pela sétima vez, fazendo eu bufar e de tanta raiva até estaciono o carro pra falar com esse merda.

— Benson, o…

— Meu bem, no momento não vai rolar outra foda, se tu…

— Ele ta com o Liam. — Ele fala ofegante e eu não entendo nada.

— O que?

— O  meu pai, ele acabou de me ligar, ele disse que os planos mudaram e… — Ele se enrola todo e eu entro em choque.

— Como assim, o Liam tava…

— No hospital, meu pai aproveitou e pegou ele de lá, ele tava armado, não tinha como o Liam reagir, embora eu ache que ele mereça, eu…

— Cala a boca seu puto. — Falo entre dentes e respiro fundo, é óbvio que o Liam não ia ter fugido, como eu não pensei nisso antes? Mas que porra, caralho. — Onde eles tão? E ele não devia ta no Canadá?

— Será que da pra tu me escutar? Ele tava só te distraindo e esperando pela chance perfeita de simplesmente te atingir pela morte da minha avó, ele quer te machucar.

— Ele não me machuca por pegar o Liam. — Falo firme e o Ian bufa.

— Olha, quer se fazer de forte pode se fazer, mas já aviso, meu pai pelo visto pretende te avisar que ta com ele, mas com o cadáver já. — E com isso o meu coração parece que vai saltar para fora do meu peito. — Eu vou tentar distrair ele e encontrar, já mandei o endereço pro teu celular, mas só… Não brinca com o time que ta ganhando, Cassie. — Ele suspira.

— O que você quer dizer com isso? — Engulo um seco.

— Que ele pretende matar o Liam, tipo agora. Ou seja, você…

— Não tem muito tempo. — E com isso eu deixo o celular cair da minha mão. E então Cassie Benson, o que vai fazer agora?

CONTINUA...