História Dirty Work - Party All Night Long.

“Nós gostamos de dormir o dia todo e fazer festa a noite toda. É assim que gostamos de levar a vida. ” — Sean Kingston.

— Pode ir embora, gato. — Eu falo ofegante ao lado do loiro gostoso, o qual ri me olhando. Falo gato porque não faço a mínima ideia de qual é o nome dele, só me lembro que depois que eu fui pegar um simples café no starbucks, ele ficou me olhando com um olhar tipo gato de Cheshire, ai bem, uma coisa desencadeou a outra né.

— Qual é, não vai me deixar nem passar a noite? — Ele ri e eu analiso seu peito todo suado que subia e descia por conta da respiração acelerada, ele passa a mão pela minha cintura destapada e eu suspiro.

— Não, a porta você sabe onde fica, então pode pegar suas coisas e sair. Qualquer coisa se eu precisar de algo te ligo, mas acredite, não vou. — Falo levantando nua, livre, leve e solta, como vim ao mundo, e ando em direção ao meu quarto. Aquele loiro tinha sido QUASE uma bela foda até, mas porra, teve uma hora antes da 2 rodada que ele broxou, e aquilo foi tenso pra caralho. Entro no meu quarto e suspiro ao finalmente me jogar na minha cama macia e gelada.

— Pelo visto a atividade foi boa. — A Carla fala rindo sem graça enquanto entra e eu nem tento tapar meu corpo, estava cansada demais para isso.

— Pois é. — Rio e me viro, logo fechando os olhos e caindo no sono.

(…)

Nesse exato momento estou eu descendo do meu porsche roxo, depois de ter o estacionado na garagem da empresa. Dou de cara com a Ashley aqui embaixo e até estranho.

— Bom dia Ashley, por que está no primeiro andar? — Questiono no mesmo momento que ela chama o elevador para mim.

— O senhor Malik precisava de alguns ficheiros daqui, então vim pegar para ele. — Ela fala e eu rio, mas mantenho o pensamento para mim, Zayn não perde tempo com nenhuma, puta que pariu. Quando chego no meu andar eu vejo o Louis e o Harry jogando golfe no meio do meu andar, sim, vocês leram certo, golfe.

— Desculpe atrapalhar. — Sorrio irônica pisando em cima do buraco improvisado e escuto o bufo deles.

— Queria ver se tu ia pisar tão fundo nesse buraco se ele fosse a tua buceta. — O Louis fala puto e eu rolo os olhos, simplesmente levantando o dedo do meio para o bundudo. Quando entro na minha sala já ouço seus passos atrás de mim. — A foda da noite não foi boa né? Por isso ta irritada? — O Louis começa com as piadinhas e eu bufo, bufo por ele estar coberto de razão.

— Pior que não, acredita que ele broxou? — E ele e o Harry se matam rindo.

— Eu nunca broxei contigo. — O Harry fala confiante e eu rio, céus Styles.

— Sim querido, você já broxou sim. Aquela vez depois do ano novo quando nós tinhamos 16 anos. — Falo e ele para tentando lembrar. Como já falei, eu e o Harry sempre dávamos uns pegas quando mais novos e transávamos demais, tarados sexuais, mas quando fomos crescendo se tornaram só brincadeirinhas, afinal nenhum de nós tem capacidade pra um relacionamento ou porra do tipo.

— Isso não conta, eu tava bêbado.

— Se você diz.

— Mas então, conte-me mais sobre o cara que não se excitou com Cassidy Louren Benson, acho que ele é o primeiro do listão, não é?

— Louis qual é, me irritou sabe. — Me sento na minha cadeira e aponto para o meu frigobar, logo o Harry me estende uma lata de energético.

— O que irritou você? Conte-me mais sobre o assunto. — O idiota me faz rir quando se passa por um desses psicólogos ou caralho do tipo.

— Tipo não sou brinquedo sabe, se vai me foder, fode direito. — Faço um biquinho e eles riem.

— Acho que tu precisa de um cavalheiro na cama Cassie, ai sim ia ser fodida direito.

— Ah sim Harry? E você é o cavalheiro eu suponho?

— Sim, tanto que o meu pênis sempre levanta pra você sentar. — Ele pisca o olho e nossa, quase bati palmas para essa, porque foi boa.

— Vou lembrar disso da próxima vez que eu precisar de alguém na cama comigo. — Dou de ombros e ele então faz uma cara duvidosa.

— E o Payne?

— O que tem ele, Harry?

— Como foi com ele? — E agora eu rio.

— Medo da competição é?

— Meu bem, to nessa jogada á anos já, só queria saber se ele é tão bom quanto tu faz parecer. — E sim, é super normal ficar falando das minhas experiências sexuais assim com eles.

— Céus Harry, acha que eu sou assim tão vadia? Eu conheço o cara a pouco mais de uma semana, não vou chegar nele e falar “Olha Liam, minha vagina não é sushi, mas pode enfiar o pauzinho”. — O Louis me olha chocado enquanto o Harry quase se engasgava de tanto rir.

— Tu e o Harry tão afiados hoje, não é mesmo? — Dou de ombros bebendo mais do meu energético e suspiro.

— Louis tem alguma coisa importante para fazer na empresa hoje? Ou melhor, amanhã? — Já começo a pensar em algumas coisas e juntos os pontos.

— Amanhã eu achei que tu nem vinha, por quê?

— Bem, hoje á noite combinei de me encontrar com o Drake e o Josh, para ver as armas novas que eu tava querendo comprar. — Comento e o Louis dá de ombros.

— Isso, comprar armas para ensinar o Liam a usar né? — Os dois riem e não sei porque diabos, mas eu não achei graça.

— Não seu imbecil.

— O que é então?

— Comprar armas e mirar na suas bolas, ver se munição sai rapidinho. — O Louis responde o Harry.

— Bem, eles queriam me encontrar e depois iam para uma das boates aqui da cidade. 

— Boate? Ouvi certo? — O Zayn entra sem bater e eu rolo os olhos.

— Sim querido, vamos?

— Hum… Por que não? Eu topo, mas espero ser recompensado no final da noite, Cas. — O Harry fala e eu nego.

— Já tenho uma presa. — Eles dão de ombros e concordam. Ontem mais cedo com o Liam eu fui fraca, tão fraca que fui rapidinho para o loiro depois,e estava necessitada, mas hoje não, hoje ele que vai querer, ficar de pau duro e eu nem a merda vou o mandar, simplesmente o ignorar na questão sexual. Ia falar qual o nome da boate, mas então batem na porta do escritório. — Viu Zayn? É isso que se faz antes de entrar. — Resmungo e ele bufa indo abrir a porta, revelando o Liam com uma camiseta preta justa, o que destacava bastante seus músculos.

— Cassie, eu tava falando com o Oliver. — Ele fala e na hora eu arregalo os olhos, fazendo todos estranharem.

— Sobre o que?

— Sobre os dados do FBI que tu mandou eu entrar, para ver a ficha do Donovan lembra? — Concordo já mais relaxada e ele continua. — Bem, eles já pegaram o corpo no dia do evento, e como ele era bem procurado o caso foi pro FBI e eles tem uma lista de suspeitos. — Ele joga o papel para mim e os três idiotas ficam atrás de mim lendo nome por nome, vendo que estávamos bem longe dessa lista.

— Certo Liam, obrigada. — Falo e ele até estranha por eu agradecer, acho que é por conta do meu bom humor ou algo do tipo, vai saber.

— De nada. — Ele fala já saindo, mas o Harry acaba o chamando.

— Liam por que não vai na boate hoje com a gente? Se deixarem eu escolher, eu vou pegar uma com várias streapers cara. — O Harry fala malicioso e me olha, mas que diabos?

— Quem vai? — O Liam não desgruda os olhos de mim, me deixando até um pouco sem jeito, por não estar nua e em cima dele é claro.

— Nós todos aqui, e seria até bom porque antes vamos nos reunir com os nossos fornecedores de armas. — O Harry fala e o Liam ri.

— Drake e o Josh eu suponho? — E na hora eu estranho, como ele sabe tanto porra? Supostamente a polícia não devia saber disso.

— Liam se tem algo que a polícia sabe e que pode nos comprometer eu acho que essa é a hora de nos falar.

— Não é isso, mas eles são os maiores fornecedores de armas e sinceramente só não foram presos ainda, porque alguém bem corrupto da polícia federal sempre limpa a barra deles, então os melhores, para a melhor. — Ele dá de ombros e eu rio.

— Liam, até eu tenho alguém infiltrado na polícia, hoje em dia todos os traficantes tem, eu pago 5x mais do que ele ganha no salário da polícia, é só ele ir me avisando sempre que algo sobre mim aprece. — Falo de maneira simples e ele concorda.

— Sim, é por isso que pessoas morrem e ninguém liga não é? Porque sempre tem alguém para cobrir a merda dos outros, né? — Ele ironiza e os meninos ficam quietos olhando a cena, ele realmente não vai querer armar ela aqui, não comigo.

— Ah sim? Me diga o nome de um único filha da puta que eu matei e nunca fez nada de errado, absolutamente nada.

— As pessoas erram, mas você não é Deus para ficar tirando a vida delas ou não.

— Por isso mesmo, todos somos pecadores aos olhos de Deus, então porque eu não dou uma força pra ele e já adianto o serviço? Mandando uns pro inferno antes da hora, ele deveria me agradecer. — Ironizo e ele ri seco.

— Tanto faz.

— Isso incomoda você Liam? Pois nesse meio se você não matar, você é morto. Acha mesmo que aquele cara que eu matei com você atrás da empresa aquele dia, se tivesse a chance não me mataria? Por favor, dá um tapa na sua cara antes que eu faça isso. — Levanto já indo em direção a porta e ninguém se atreve a falar nada. — E a propósito Payne, assim que recebermos o novo carregamento de armas eu vou levar você á uma aula de tiro ao alvo, porque eu não quero ter que ser sua babá a cada missão que eu te levar, e pelo que eu vejo, você nunca matou ninguém. — Falo firme saindo da sala, acho que daqui a pouco nem ir para a cama com ele ia me impedir de o demitir, porque caralho, desde quando eu tenho um dos bonzinhos no meu time? Ele é um puta de um ganancioso que vendia informações da polícia para traficantes por dinheiro, o que ele quer falando porra?

— Precisa de algo senhorita Benson?

— Ashley, se algum deles perguntar por mim, diga que fui a merda. — Sorrio e já chamo o elevador, nossa, passar essa meia hora na empresa foi tão satisfatório. Quando já ando com meu carro pelas ruas de São Francisco eu aproveito para passar no starbucks e pegar um café gelado, acho que era tudo o que eu precisava no momento. Quando piso em casa eu já vou até o meu escritório e penso no próximo roubo que nós criamos fazer, os maiores comerciantes de drogas que eu tenho são do México, e ultimamente eu compro deles para vender por um preço absurdo para a Inglaterra, onde lá eles comprar, no entanto o Bieber está me enchendo para ir no Canadá assinar de uma vez com ele, ele quer mesmo que fiquemos sócios e para ser sincera isso me ajudaria, porque ai eu cuidaria aqui nos EUA e o Canadá ficaria sob a sua supervisão, facilitaria muito a expansão e sei que ele não é nem louco de tentar me passar a perna. Para mim meio que já somos sócios, pois trabalhamos como tais, no entanto com contrato sempre fica melhor, pois ai cada um fica no seu território, ele não se mete nos Estados Unidos e eu se for pro Canadá, vai ser só para fazer uma visitinha á ele.

Passo a tarde toda organizando umas papeladas, verificando os funcionários da empresa, vendo se os pagamentos estavam em dia e infelizmente ninguém estava me devendo dinheiro, pelo menos o prazo de quem estava não acabou ainda, céus queria tanto um pouco mais de ação, as coisas andam monótonas ultimamente.

— Cassidy? — A Carla bate na porta e entra devagar.

— Sim?

— Louis está na sala e disse que Drake e Josh já estão chegando. — Ela fala e na hora arregalo os olhos olhando para o relógio, caralho passou muito rápido que eu nem querer me arrumei para a boate depois porra.

— Ah… Avise ele que eu estou saindo do banho e que ele deve me aguardar na sala com os dois.

— Sim, pelo que ele falou o Liam deve vir também. — Concordo levantando em um pulo e trancando a porta depois que nós as duas saímos do cômodo, muita gente aqui dentro para deixar aberto. Entro no chuveiro direto, nem dando tempo de passar na jacuzzi ou algo do gênero. A Carla separa o vestido que comprei da Versace quando fui a Milão e até hoje não usei, ele era extravagante demais, no entanto, assim como eu, é perfeito. Quando saio eu já chamo os maquiadores para o meu quarto e faço para fazerem com pressa, porque pelas vozes o Drake, Josh e Liam já estavam aqui. E sim, tenho preguiça de me maquiar sozinha e como tenho dinheiro para ter uma equipe aqui 24h ao meu dispor eu to cagando e andando, por isso Mary é minha cabeleireira, Caroline minha maquiadora e Tyler meu estilista, assim não tem erro. Me visto correndo pegando o mais novo salto cheio de pedras Swarovski e coloco ele pulando já.

— Cuida com os cachos menina! — Eu rolo os olhos me arrumando melhor em frente ao espelho e sorrio com o resultado, eu tava gostosa pra caralho, senhor. Ando com os meus saltos embatendo no chão, quando chego no topo das escadas de vidro em espiral gigantes da minha mansão, todos já prestam atenção na minha pessoa para variar.

— Caralho. — O primeiro a soltar é o Liam.

— Drake, Josh. — Sorrio para eles que estendem a mão para me cumprimentar, como se fossem educados.

— Cassie, acho que precisamos vir te visitar mais vezes, cada vez que a gente vem, o pacote fica mais completo ainda. — O Drake comenta me olhando de cima a baixo e eu sorrio maliciosa.

— Ah sim? Podem vir quando quiserem, sempre que pelo menos tragam o armamento. — Já elevo uma sobrancelha e o Josh concorda.

— Trouxemos o carregamento, o Louis mandou deixar na garagem, vai querer ir lá conferir?

— Claro, a propósito você emagreceu em. — Passo a mão por sua barriga e sorrio, ele concorda sem jeito e segue comigo até a minha garagem, onde encontro meus seguranças descarregando um caminhão cheio de armamentos. Consigo ver armas de todos os tipos, desde AK-47, pistola 938Calibre, Sniper No Calibre Ponto 50, Desrt eagle, Glock 25, AR-15 a muitas outras.

— Trouxeram quantas de cada?

— 25 de cada, inclusive a AK-47 veio do Iraque especialmente para você gata. — Sorrio para o Drake, animada.

— Bem, vamos ao meu escritório então, para eu pagar vocês. — 150 armas não iam me sair nada baratas, mas iam sair mais baratas do que eu comprando terreno para enterrar os corpos mortos dos meus seguranças por falta de armamento bom. Após eu lhes dar a facada que eles cobraram, que sinceramente eu achei fora do comum, eles vão na nossa frente para a boate e eu já aciono o Mark para que chame o chofer.

— Por que você não dirige? — O Liam questiona, fazendo o Louis rir antes de acender o cigarro de maconha e por na boca.

— Ela quer se divertir também, beber, fumar, e inclusive achar o cara da noite. — Ele explica por mim e eu concordo como se fosse a coisa mais simples da vida.

— Hum…

— E esperamos que dessa vez ela não invente de subir em um dos pollydances.

— Louis indelicado. — Falo entrando no carro e ele ri se sentando do meu lado, logo o Liam passa e se senta do meu outro lado. — Sabem meninos, isso é uma limusine, então tem outros lugares para se sentarem sem ficarem me encoxando.

— Eu gosto de contato físico. — O Liam fala dando de ombros e eu suspiro tirando o cigarro da mão do Louis e já dando uma tragada. O caminho até a boate é tranquilo, mas me irrita o número de pessoas na frente por conta da fila, esses deuses gregos já deveriam estar lá dentro. — A gente tem que entrar lá? — O Liam aponta, fazendo eu e o Louis rirmos.

— Minha cara de quem para na fila né, dá licença. — O Louis fala após descer e eu faço o mesmo, seguida do Liam. O Louis cumprimenta o Luiz, que nos libera a entrada na hora.

— Nossa, vir para esses lugares com vocês não me parece nada mal.

— Não viu nada ainda Payne. — Sorrio de maneira arrogante enquanto vejo o Mark e outros seguranças abrirem caminho para que nós cheguemos até a área vip. Vejo o Harry e o Zayn com algumas streapers em sua volta e sorrio, eles literalmente não perdem tempo nenhum, senhor.

— Vou pegar uma bebida, quer? — Concordo com o Liam que vai em direção ao bar enquanto eu ficava de pé analisando a pista de dança.

— Fez um belo trabalho com essa lugar, Cassie. — Me assusto quando o Oliver fala perto do meu ouvido, mas logo sorrio cruzando os braços abaixo dos meus seios, que estavam bem expostos por conta do vestido.

— Gostou das luzes na volta das barras?

— Olha, quando comprou esse lugar a um ano atrás eu nunca ia dizer que ia ter uma fila daquele tamanho lá fora. — Ele levanta o copo como se estivesse a brindar por mim.

— Eu sei o que é fazer um bom negócio Oliver. — Bieber era um idiota, mas uma das coisas que eu mais aprendi com ele foi como gerenciar uma boate, as que ele tem em Toronto são espetaculares, ele literalmente sabe o que é dar uma festa. Um rapaz na pista de dança não tirava os olhos de nós os dois, analiso bem o físico e acho que esse sim daria para o gasto.

— A propósito já comecei as minhas pesquisas sobre aquele assunto. — Por um instante me perco no que ele falou, pois estava prestando atenção demais nele. Não, não era mais o gato da pista de dança, era o senhor Liam Payne. Ele andava na minha direção com as bebidas em mão e parecia meio desnorteado, eu sei que ele já havia vindo a festas e tudo mais, no entanto tem algo a respeito dele que me intriga, se ele não estava acostumado com toda essa minha rotina, o que ele queria vindo trabalhar comigo? — Me escutou? — O Oliver me cutuca e só então saio do transe.

— Ah? — Antes de ele responder o Liam sorri me estendendo a minha bebida.

— Aqui está.

— Valeu. — Sorrio e me sento um pouco nas poltronas de veludo que haviam aqui, por mais que eu tivesse pago muito nos ar condicionados, aqui continuava estando um calor dos infernos, mas eu não sei porque toda a vontade e animação que eu estava de vir aqui simplesmente sumiu quando eu pus os pés aqui.

— Então Cassie? Não vai dançar? Eu estava esperando ver um belo show vindo de você naqueles pollydances. — Ele sorri bebendo um pouco de sua vodka e eu sorrio.

— Não sei, eu acho que perdi a vontade. — Dou de ombros e já estranho, é incomum para mim estar em uma conversa com alguém que trabalhe para mim, fora os meninos, que não seja sobre morte, drogas ou armamento. 

— Bem, podemos conversar se quiser. — Eu fico rindo né.

— Sério? Quer conversar aqui na boate? Com várias pessoas dançando, bebendo, fumando e quase se comendo?

— Quer fazer alguma outra coisa? — Ele sorri e eu nego.

— Hoje não vou para a cama com você gato, estou entediada. Se bem que eu ia adorar uma conversa entre a sua boca e a minha vagina. — Pisco o olho para ele que já me olha mais sério.

— Bem, então para tirar esse desanimo você pode muito bem conversar, me conte mais sobre você. — O olho duvidosa e logo faço um olhar sério.

— Por que você não me conta mais sobre você? Eu conheço toda a vida dos outros, mas tem algo em você Payne, que me deixa surpresa. Você tem uma família, e suponho eu que você se dê bem com eles. — Eu acho que toquei na ferida, porque ele faz uma cara nada bonita.

— Eu me importo muito com a minha família para ficar trazendo ele para essa porra de vida que eu to levando, quando se cria inimigos nesse meio eles tentam te atingir onde mais podem, tu não tem medo que quando tu saía com teus pais ou o teu irmão alguém tente algo? — Nego dando de ombros.

— Qualquer um que conhece o lado ilegal da minha vida sabe muito bem o que acontece com o desgraçado que sequer tentar se meter no meio da minha vida pessoal e afetar alguém com quem eu me importe. Sabe, eu posso parecer uma vaca, mas quando é para cuidar de alguém que eu me importo, eu cuido.

— Não duvido.

— Mas, por que entrou nessa vida? Tipo, você já tinha uma vida feita na polícia com um bom salário, por que mais? — E agora ele ri bebendo mais.

— Por que você começou? Seus pais tinham muito dinheiro, o que quer mais? — Ele está tentando virar o assunto da conversa para mim.

— Sabe como é, dinheiro demais, atenção de menos. — Dou de ombro, pela primeira vez bebendo um pouco da bebida que ele havia me dado.

— Sério? Não sabia que você faz o tipo afetiva, pelo menos não aparenta.

— Tem muita coisa que você não sabe sobre mim, Liam.

— Eu acho que conseguiria escrever um livro sobre você, alguém que é fria quando quer, mas também simpática quando quer. Alguém que tem tanto poder em mão e mesmo assim quase nunca mata inocentes, mas que quando mata, mata para valer.

— Vai querer primeiro o autógrafo ou babador? Porque a baba ta caindo aqui meu filho. — Sorrio levantando e ele faz o mesmo.

— É disso que eu to falando, eu te conheço á uns dias e já vi qual é a sua, quando fica desconfortável faz piadas para mostrar que não ta nem ai, mas ta.

— Pois bem Payne, minha vida, meus problemas. — Tento achar o cara da pista de dança, onde ele se meteu?

— Eu ainda daria tudo para entrar na sua mente, ou estar na sua pele por um minuto nem que fosse.

— Você não aguentaria nem um único segundo, não pense que é só dar ordens e ganhar dinheiro, envolve muito tempo, trabalho e cansa minha beleza para ser sincera. — Avisto o menino e já lanço um sorriso malicioso para ele, largo a bebida na mesa e dou um tapinha no ombro do Liam antes de sair em direção a pista.

— Pensei que estava entediada. — Ele segura meu braço e eu me solto na hora.

— Bem, está na hora de tirar o tédio. — Dou de ombros andando até o garoto que já esfregava a mão uma na outra, como se estivesse prestes a comer uma refeição gostosa, a qual o prato principal sou eu, é claro. Chego nele sem falar absolutamente nada, ele sorri já circundando minha cintura com suas mãos, me fazendo sorrir. Eu chego os meus lábios perto de sua orelha. — Sabe, eu andava te observando dali. — Mordo o lábio apontando com a cabeça para a área vip.

— Eu sei gata, mas eu não podia chegar lá, não liberam a entrada para qualquer um. — Ele fala soprando sobre o meu pescoço, logo fazendo seus lábios começarem a deixar leves chupões sobre o meu pescoço, ah, é hoje. Definitivamente é hoje que eu passo a noite em claro só pra transar. Assim que ele levanta a cabeça eu mesma colo meus lábios nos dele, ele começou o beijo com calma, mas quando eu envolvo o seu pescoço com as minhas mãos, a porra fica mais séria. Minha língua entra em contato com a dele e eu sorrio ao sentir o sabor forte da maconha. 

— Não acha melhor nós irmos para… — Mal termino de falar quando o sinto uma mão no meu ombro, eu me viro mais do que puta da vida e estranho ao ver o Harry.

— Harry que merda, não tem outra hora para atrapalhar não? — Tiro as mãos do cara que eu nem sabia o nome do meu corpo e cruzo os braços.

— James. — Basta ele falar isso que eu já congelo na hora.

— Como ele ousa? — Empurro o loiro da minha frente e olho para a entrada da boate, onde estavam o James e seus seguranças, claro que o infeliz não teria coragem de vir aqui sozinho.

— O Mark já foi acionado, ele quer saber se tira o James ou o que?

— Eu vou lá falar com ele, ser amigável, não é? — Falo sem nem sorrir falsamente, eu odeio esse filho da puta desgraçado. Ando até ele devagar, o mesmo que quando me vê já sorri e dá um tapinha no segurança, para que vá pegar uma bebida para ele ou porra do tipo.

— Benson, é uma honra ver você aqui! — Ele sorri esticando a mão e eu simplesmente a olho com desdém, sem nem fazer questão de tocar.

— É minha boate, esperava que eu estivesse onde?

— Hey calma, não precisa ser grossa assim no papo, se quiser só na cama. — Ele me olha de cima a baixo e eu o olho com nojo, porra James, tem idade pra ser meu pai.

— Posso saber o que traz lixo para a minha boate?

— Qual é, essa é a maneira que recebe seus convidados?

— Olha, se não sair daqui a pouco, o próximo convite que vai ter é da minha mão pressionando o gatilho e enfiando uma bala nessa sua cabeça podre. Agora, o que faz aqui?

— Eu queria me divertir um pouco, só isso.

— Ah claro, e suas boates são lixo demais para você ter diversão, eu suponho? — Falo cruzando os braços e ele ri.

— Cassie Benson, sempre um doce de pessoa, não é mesmo meus caros? — Ele fala para os seguranças que chegaram e eu o olho furiosa.

— Sabe, eu posso muito bem mandar os meus homens te arrastarem até o meu escritório e te torturar lá, afinal eu não sou de aceitar traficantes rivais na minha boate, no entanto como você mesmo tendo o dobro da minha idade continua atrás de mim nas vendas e domínio, acho até que vou fazer a boa ação do ano e te deixar aqui. — Bato as mãos como se de fato fosse uma boa ação, mas basta eu falar que eu tenho mais poder que ele já fica puto.

— Cassie Benson, um dia quando eu tirar esse seu traseiro do topo, você vai rastejar pedindo que eu sequer te aceite na minha gangue. Não pode contar com a sorte muito tempo, Benson.

— E você com a minha paciência, então sugiro que coloque o pinto no meio das pernas e aquiete o cu, porque senão meu caro, o sangue do seu corpo vai ser a nova marca no piso daqui. — Sorrio meiga e ele me olha sério, seus olhos azuis pareciam ainda mais cristalinos com as luzes que piscavam aqui dentro, no entanto ele é mais velho do que eu, pelo menos acho que o pênis dele nem levanta mais, no entanto que ele é charmoso eu não tenho como negar, quem sabe, se ele não fosse ele, acho que até rolaria, uma experiência pra vida, né?

— Vejo que tem uma nova aquisição ali. — Ele aponta com o olhar para a área vip, onde vejo o Liam nos olhar sério, é um fofo esse ciumentinho!

— Ah, qual é James, não me diga que está interessado naquela beldade? Não sabia que você jogava no mesmo time que eu! — Sorrio e ele nega.

— Você não faz a mínima ideia, não é? — Ele ri debochado e noto um número grande de seus seguranças entrando na minha boate do nada, onde está o maldito do Luiz que deveria controlar a entrada de todos?

— Que porra? — Procuro o Mark com o olhar e não o acho, o que para ser sincera não trazia nada de positivo para mim. Os meninos estavam um em cada canto e só o Liam nota meu desespero, pois é o único que vem até a minha direção de maneira mais do que rápida.

— Não sou de visitar sem deixar lembranças. — Ele sorri soltando a bebida no chão e se vira para sair, noto algo que pisca de maneira acelerada sendo jogado no chão pelo segurança dele, esse imbecil realmente não fez isso. Agora eu aqui para tentar dar uma aviso e salvar qualquer merdinha que esteja aqui dentro da boate.

— BOMBA! — Berro o mais alto que consigo e quando me viro dou de cara com o Liam, que enrosca os braços na minha volta ao mesmo tempo que nós os dois somos jogados para longe devido ao dano da explosão. Eu sentia o meu corpo esmagado por conta de alguém em cima de mim, sentia minha respiração falhar por conta da fumaça, sentia a água caindo dos extintores de emergência, mas principalmente, sentia a minha raiva aumentar. Parece que o senhor James vai ter que cavar uma cova bem funda, porque eu vou retirar órgão por órgão antes de matar o filho da puta que fez essa porra toda.