1. Spirit Fanfics >
  2. Disable >
  3. Princípio.

História Disable - Princípio.


Escrita por: littlediao

Notas do Autor


Olá, sejam bem-vindos. Essa é minha primeira fanfic na categoria originais, espero que gostem, e por gentileza, deixem seus comentários para que eu saiba se estou fazendo progresso <3 Sobre a atualização da fanfic, pode ser que demore um mês, pode ser que demore uma semana, vai variar, me desculpem por não ter uma data certa para postagem, sabem como é, a inspiração tem que vir.

PS: A moça da foto é uma representação da Sarah Reineck. Colocarei algumas imagens de atores para vocês terem uma ideia dos personagens.

Capítulo 1 - Princípio.


Fanfic / Fanfiction Disable - Princípio.


 Michigan, 1999.


 Era uma noite fria de inverno, Sarah estava no sofá assistindo a um filme com seu pai, enquanto sua mãe preparava a cama dela.
 
 – Querida, já está tudo arrumado, hora de ir pra cama. – Disse Abby, descendo as escadas.


 – Mas mãe.. – Resmungou Sarah, que não queria ir dormir. George a pegou no colo e a fez cócegas, Abby observava com um sorriso no rosto.


 – Sem essa, garotinha, amanhã você tem um longo dia pela frente, precisa descansar. – Disse George, motivando-a, Abby colocou a mão no ombro do marido, concordando com ele.


 – Tá bem, tá bem.. – Cedeu Sarah, bocejando. Nisso, George ouviu um barulho vindo da garagem, e resolveu verificar.


 – Boa noite filha, durma com os anjos, papai ama você. – Disse ele, dando um beijo na testa de Sarah, e a entregando para Abby. 
 
 – Boa noite papai. – Disse ela, carinhosa. George parecia um tanto preocupado, Abby notou.

 – Algum problema, querido? – Perguntou ela.


 – Não, tudo bem, acho que ouvi alguma coisa vindo da garagem, eu vou dar uma olhada. – Ele deu um beijo em sua esposa, que retribuiu com um sorriso.


 Abby subiu com Sarah, e George foi investigar o barulho que havia ouvido, ao se aproximar da porta da garagem, ouviu novamente, era como um grunhido, George abriu a gaveta de uma estante e de lá tirou uma Taurus RT 44, arma a qual ele tinha guardada para o caso de alguma emergência. Ele se aproximou da porta e a abriu lentamente, olhou em volta atento, mas não encontrou nada, na tentativa de procurar mais a fundo, deu passos lentos até atrás do carro, com a arma na mão, olhou o lugar, e acabou se assustando com um rato, o qual ele acreditava ser o causador dos grunhidos estranhos que ele havia ouvido. Suspirou aliviado, e voltou para sala, Abby estava voltando do quarto de Sarah.


 – Tudo bem? – Ela se aproximou, olhando para a arma preocupada. George guardou a arma na gaveta novamente.


 – É, eu quase dei um tiro em um rato. – Disse ele, colocando o cabelo da esposa para trás, ela riu.


 – E eu aqui preocupada, era só um rato. – Disse ela, George desviou o olhar da esposa e olhou fixamente para a parede que estava atrás de Abby, ela se virou e viu também. – Oh meu Deus.. Não.. Sarah!!


 – Abby, pegue a Sarah, rápido, temos que sair daqui! – Disse ele, puxando a esposa para a escada nervoso. Abby correu assustada para pegar a filha.


 A parede estava pichada em sangue, com palavras que diziam "Ela me deixou", de uma forma amedrontadora, o que mais assustava o casal, era que, quando Catherine e Joseph, os pais de Abby, foram encontrados mortos, e a parede deles tinha a mesma coisa escrita. A família Reineck acredita que é amaldiçoada, pois há muito tempo atrás, uma Reineck se casou com um assassino, e quando ela soube disso, quis se separar, e ele não aceitou perde-la, sendo assim, jurou que se ela o deixasse, ele a mataria com uma facada no pescoço,  e se enforcaria depois. Pois bem, foi o que ele fez. A alma perturbada do assassino ficou presa, e ele se tornou um espírito vingativo, matando, seletivamente, os ancestrais da amada que o deixou.
 Não deu tempo de Abby chegar até o quarto de Sarah, o espírito a arrastou pela escada brutalmente, George tentou impedir, mas acabou sendo jogado no chão com tanta força, que o fez desmaiar por alguns segundos, tempo o bastante para que o espírito tirasse a vida de Abby. Ele cortou sua garganta com a mesma faca que havia matado sua amada, e ela começou a ter uma grave hemorragia, George tentou se levantar, mas não tinha forças, ele olhou para as escadas, e lá estava Sarah, olhando tudo pálida, aterrorizada com tal cena, ele tentou alerta-la para que ela saísse dali, mas o espírito avançou nele, e cortou-lhe a garganta da mesma forma que fez com Abby.


 – Pai!! – Gritou Sarah chorando, apavorada, o espírito se aproximou dela, olhando fixamente em seus olhos, e depois para seu amuleto, uma corrente fina de ouro, com um pingente azul, que havia ganhado de sua tia Jane, ela ficou pasma enquanto ele encarava seu colar.


 – Deu sorte. – Disse ele, antes de sumir completamente em uma fração de segundo.
 Sarah correu até seus pais, que já estavam mortos, ela ficou tentando acorda-los, sem sucesso. Lembrou que sua mãe tinha dito que se algo acontecesse, ela devia ligar para o número da geladeira. Ela pegou o celular de sua mãe, e foi até a geladeira, digitou os números igual estavam no papel, com dificuldade.


  "– Alô? Abby? 
   – Tia Jane? A-Aconteceu uma coisa horrível.."


 Minnesota, 16 anos depois.


 – Tia? Você tá em casa? – Disse Sarah, entrando, e colocando sua mochila em cima do sofá.


 – Estou trabalhando. – Disse Jane, cansada, em frente ao computador. Sarah foi até seu escritório.


 – Eu trouxe rosquinhas, suas favoritas. – Disse ela, abraçando a tia, animada. Jane sorriu.


 – Ah, que honra. – Disse Jane, ainda concentrada no trabalho. Sarah sentou no sofá ao lado dela.


 – Então, qual é o feitiço? – Perguntou Sarah, pois Jane era uma bruxa, e seu trabalho era vender feitiços e materiais necessários para prepara-los, e de vez em quando caçar, e cuidar para não ser caçada. Bruxas tem má reputação no mundo dos caçadores, porque a maioria delas usa magia para o mal, diferente dela, mas todos sabem que colocar isso na cabeça de um caçador não é nada fácil.


 – Não é feitiço dessa vez, estou caçando uma coisa. – Disse Jane, focando em Sarah, séria. Sarah a olhou com dúvida.


 – Que coisa? Que cara é essa? – Perguntou Sarah, curiosa. Jane pegou alguns papéis e colocou sobre a pequena mesa que ficava em frente ao sofá, e se sentou ao lado de Sarah.


 – O espírito. – Disse ela, diretamente. Sarah olhou pra ela sem jeito.


 – ... – Sarah ficou em silêncio durante alguns segundos, até que começou a ficar irritada. – Eu sabia que ia fazer isso! Eu não acredito numa coisa dessas. 


  – Eu encontrei seus ossos, vou invoca-lo e depois, acabar de uma vez com isso. – Disse Jane, determinada. Sarah deu uma risada sarcástica, e se levantou, colocando a mão na testa nervosa. 
 
 – Ele vai matar você, assim como fez com a vovó, o vovô, a mamãe, o papai.. Não faça isso. – Sarah estava intrigada com a decisão de Jane, era muito arriscado.


 – Sarah, eu tenho tudo que eu preciso pra mata-lo, vai dar tudo certo. – Disse Jane, num tom mais alto.


 – Você é tudo o que eu tenho tia, eu não quero perder mais ninguém.. – Disse Sarah, com os olhos cheios d'água. Jane se levantou e abraçou-a.


 – Eu só quero proteger você Sarah, sabe disso. Confie em mim, vai dar tudo certo. – Disse Jane, Sarah abaixou a cabeça pensativa.


 – Sabe, eu não concordo com essa sua ideia de vingança, mas não posso deixar você sozinha nisso. – Disse Sarah, decidida. Jane suspirou com um olhar orgulhoso.
 
 Jane começou a explicar a Sarah sobre as estratégias dele, ela ficava cada vez mais ansiosa para que chegasse logo a hora. Elas prepararam tudo o que precisavam, trancaram toda a casa, sal em todas as janelas e portas, menos em uma, pela qual ele entraria, não tinha jeito do espírito sair dali após invocado. Pelo menos, era o que elas acreditavam. Jane, intrépida, começou a invocação, às 02:58, pois ele deveria aparecer as exatas 03:00, ela segurava um livro antigo, em volta de um círculo feito com terra de cemitério, junto a 7 velas negras acesas, Sarah segurava uma caixa parecida com uma mala, que contia os ossos do espírito, pois, quando os ossos dos espíritos são queimados, eles somem. O plano era o seguinte, Jane chamava o espírito, e o prendia ali, e Sarah queimava os ossos do maldito. Tudo isso não era necessário, mas Jane fazia questão de vê-lo indo direto para o inferno, após todo o trabalho que teve para encontrar informações dele, viajar até longe para recolher os ossos e enfim queima-los. Era o fim dele.
 
 – "Spiritus , hic manifestat , te appello permotus animi tui appello..." – Jane começou a invocação, após repetir tais palavras, elas começaram a ouvir sons estranhos, o que significava que ele estava ali. – "Videtur, spiritus!"


 – Ora ora ora, o que temos aqui. – Disse o espírito sarcástico, Sarah estava ao lado da porta, logo que o viu, cobriu o vão com sal, ele olhou para ela e começou a dar risada.


 – Por que fez tudo isso? – Perguntou Jane, enquanto o espírito dava voltas em torno dela.


 – É o que eu faço. Eu devia aniquilar todos de uma só vez. Mas é claro, quando eu resolvo poupar algum, eles me procuram, eu sinceramente não entendo a lógica dessa família.  – O espírito estava visivelmente irritado.


 – Não cabe a você decidir quem deve ou não ficar vivo. Mas tem uma coisa que todos deviam saber, os mortos, devem ficar mortos. – Disse Jane, que olhou para Sarah, a mesma abriu a caixa, e acendeu seu isqueiro sobre os ossos já encharcados de álcool e sal, do espírito assassino.


 Seu rosto começou a queimar lentamente, o que o deixou extremamente zangado. O espírito jogou uma estante de livros em Sarah brutalmente, que a fez derrubar a caixa com os ossos do maldito, Jane tentou apanhar a caixa antes que ele alcançasse, mas não conseguiu, ele avançou nela com toda a fúria.


  – Bruxa maldita!  – Disse ele, enquanto se aproximava para mata-la. Sarah correu até os ossos, e continuou a atear fogo neles, um único golpe foi dado pelo espírito no pescoço de Jane, antes que ele começasse a pegar fogo.


  – Tia Jane! Não!  – Sarah não conseguia ver nada além da fumaça e do sangue escorrendo no chão. Ela largou a caixa em chamas, e correu até Jane, que ainda estava viva, carregando-a para longe do espírito que estava completamente coberto pelo fogo. Sarah, chorando, colocou a cabeça de Jane em seu colo com cuidado.  – Tia, olha pra mim, você conseguiu, nós conseguimos…
 Antes que elas pudessem notar, as janelas se abriram e o vento soprou com força, Sarah colocou a mão em frente ao rosto, parecia uma explosão de fumaça, o espírito havia virado pó, e o vento havia levado suas cinzas. Sarah observou tudo atentamente, satisfeita por ter finalmente acabado, logo desviou o olhar novamente para Jane, que havia perdido muito sangue, Sarah tentou estancar, mas não adiantava.


  – Acabou, tia, acabou tudo, por favor não se vá… Vai ficar tudo bem.  – Ela acariciava o rosto ensanguentado de Jane, que não podia falar, sua garganta estava profundamente cortada. 


 Não demorou muito para ela morrer nos braços de Sarah, que chorava angustiada, sem acreditar no que estava acontecendo. Ela olhou para a janela escancarada e ouviu a sirene da polícia, mas não deu importância, só conseguia abraçar sua falecida tia e lamentar o que tinha acontecido. A polícia tocou a campainha algumas vezes, como ninguém abriu, eles arrombaram a porta, e viram aquela cena perturbadora, o chão repleto de sangue, velas apagadas jogadas ao chão, móveis quebrados…


  – Coloque as mãos atrás da cabeça!  – Disse um dos dois policiais que invadiram a casa apontando uma arma para Sarah, o outro chamava por outras viaturas. 
 Sarah levantou a cabeça vagarosamente, e levantou as mãos sujas de sangue. O que ela estava sentindo naquele momento era indescritível, dizer que era dor seria eufemismo. O policial algemou a garota, e a colocou na viatura, os vizinhos começaram a sair de suas casa para ver do que se tratava, Sarah não dava importância a nada, não disse sequer uma palavra durante todo o trajeto até a delegacia. Foi interrogada por um policial que declarou que ela passaria algum tempo na cadeia até que a história que ela contou fosse confirmada, e é claro que ela não contou a verdade, e eles também não poderiam prende-la sem provas. Após recuperar um pouco suas forças, ela pediu para fazer um telefonema, o delegado permitiu, por sorte. Sarah ligou para Rebecca, uma grande amiga de Jane que trabalhava na polícia, e que também lidava com demônios de vez em quando, era a única pessoa em quem ela acreditava poder confiar num momento daqueles. Rebecca atendeu, eram aproximadamente 04:30 da madrugada, Sarah resumiu os acontecimentos para ela, que disse que estava a caminho, Rebecca morava em Michigan, cidade natal de Sarah, eram algumas longas horas de carro até Minnesota, ela sabia do espírito, e sabia que Sarah era inocente, e que não tinha como explicar uma coisa dessas a policiais, fora que Jane era uma velha amiga, isso fez com que ela desse prioridade a situação.
 Rebecca chegou no dia seguinte, por volta das 21:00 para buscar Sarah, ela era superior aos policiais daquela área, então jogou alguns papos furados neles, dizendo que tinha checado a área e que o assassino estaria por aí, fez eles saírem para procurar, e mais algumas coisas para complementar. Um guarda abriu a cela de Sarah, que estava com uma expressão de cansaço, mas ao mesmo tempo aliviada, Rebecca também não estava com uma cara muito boa, afinal, viajar por 13 horas não é lá muito divertido.


   – Eu.. Ah, eu nem sei como te agradecer por ter vindo Rebecca.  – Disse Sarah, sorrindo. Rebecca sorriu para ela, meio triste.


  – Não precisa. Eu sinto muito pela Jane.  – Disse ela, aparentemente magoada, Sarah também estava abalada com isso.  – Bom Sarah, temos muito o que conversar.


  – Claro, claro.  – Respondeu Sarah, ambas caminharam até a saída da delegacia, Rebecca acenou para um dos policiais.


 Sarah e Rebecca foram até um bar próximo para terem uma longa conversa sobre todas as coisas que haviam acontecido. Elas se sentaram em duas cadeiras próximas ao balcão, uma garçonete as atendeu, trazendo uma cerveja para Rebecca, e um whisky para Sarah, ela não costumava beber, mas aquela era uma boa hora para encher a cara. Rebecca observou ela tomar a dose toda em um gole, um tanto surpresa.


 – Bom, eu sei que não é o momento certo, mas eu gostaria de te fazer uma pergunta. – Disse Rebecca, tentando ficar a vontade, não era bem a praia dela ficar em um bar. Sarah pediu outra dose.


 – Ah, não se preocupe. Prossiga. - Disse Sarah. Rebecca prosseguiu, e a garçonete lhe trouxe outra dose.


 – Eu queria lhe propor que voltasse comigo para Michigan, você pode ficar na minha casa até se recuperar bem, não é um hotel 5 estrelas mas eu acho que é uma boa. – Disse Rebecca, humildemente. Sarah olhou para os lados confusa.


 – Rebecca eu... Eu sinceramente não sei. – Disse Sarah, cabisbaixa, tomando sua dose de whisky, agora com moderação.


 – Eu entendo perfeitamente, e é por isso que eu lhe peço que venha comigo, não é bom você ficar sozinha num momento desses, sabe. Precisa de apoio. – Disse Rebecca, Sarah sorriu para ela.


 – Eu não sei, não quero dar trabalho... – Disse Sarah. 


 – Ora, não seja modesta querida. É o que Jane gostaria que você fizesse. – Concluiu Rebecca. Sarah olhou para ela e mexeu a cabeça como sinal positivo.


 – Sabe Rebecca, eu não consigo pensar em nada, só em acabar com esse tipo de coisa. Quero tentar impedir que façam isso com outras famílias, impedir que aconteça com eles o que aconteceu comigo... – Disse Sarah, com um ar determinado. Rebecca ficou alguns segundos em silêncio.


 – Você quer ser uma caçadora? – Perguntou Rebecca, séria.
 – Não tem mais nada que eu possa fazer para preencher esse vazio, a não ser tentar proteger as pessoas dessas coisas, como a tia Jane, como você... – Disse Sarah, Rebecca olhou para baixo, pensativa.


 – Não é tão fácil quanto parece, sei que você tem uma base em caçar, mas quando você entra nessa vida, não tem como sair. – Disse Rebecca.


 – Eu pensei bastante nisso, sei as consequências, é o que eu quero. – Disse Sarah, com os olhos cheios d'água.


 – Você tem certeza que quer isso? – Perguntou Rebecca. Sarah hesitou, mas acenou positivamente com a cabeça.


 Após muita, muita conversa mesmo, foi decidido que Sarah iria para casa com Rebecca, ela estava decidida a se tornar uma caçadora, e Rebecca estava de prontidão para apoia-la. Rebecca tinha uma filha, Elizabeth, que também era uma caçadora, e tinha mais dois caçadores que moravam com ela, Kristen e Richard, a história de como eles foram morar com Rebecca é história pra outro dia. Ela explicou a Sarah que Kristen e Richard eram como filhos dela, e os quatro eram uma família, e um ajudava o outro sempre. Ambas foram até a casa de Sarah pegar as coisas de Sarah, a casa estava coberta com a faixa da polícia, aquela clássica amarela que diz "Não ultrapasse". Enquanto ela arrumava suas coisas, Rebecca atendia um telefonema da polícia local, que dizia que haviam casos parecidos com aquele, que eram os pais de Sarah, a polícia acreditava que o assassino estaria a solta, e finalmente Rebecca afirmou que Sarah era inocente. É fácil jogar um papo furado na polícia. Era madrugada, e as duas estavam na estrada, conversando, Rebecca contou a Sarah sobre algumas caçadas, e sobre várias outras coisas relacionadas, por incrível que pareça, Sarah estava animada para começar. Ela sempre foi assim, destemida, desde sempre, e a morte de Jane só reforçou isso, caçar era um trabalho perigoso, e o bom é que Sarah era compreensível quanto aos assuntos que envolviam essas coisas que maioria das pessoas não acreditariam.
  A viagem foi demorada, pararam no posto de gasolina várias vezes durante o caminho, e revezaram o volante. Chegaram a casa de Rebecca às 19:00, a casa era um sobrado grande de cor azul escuro, e um quintal espaçoso, a garagem ficava ao lado, e também era muito grande. 


 – Bem-vinda ao lar. – Disse Rebecca, colocando a mão no ombro de Sarah, que estava um tanto nervosa.


 Ambas entraram em casa, Rebecca estava exausta, ela havia dormido um pouco no carro, mas mesmo assim, ela não era de ferro, Sarah também estava cansada. Elizabeth estava no computador, com vários jornais e livros em volta dela, lembrava um pouco a Jane quando trabalhava, quando ela viu as duas chegarem se levantou animada.


 – Você veio! Que ótimo! Quanto tempo eu não te vejo! – Ela abraçou Sarah, sorridente. Liz era uma menina super simpática, com aproximadamente 1,65 de altura, com os olhos castanhos, um óculos quadrado simples, e cabelos loiros. Sarah a abraçou também. – Eu sinto muito por tudo...
  – Não se preocupe. Eu senti saudade de brincar com você. – Sarah deu risada, Liz também. Sarah e Liz brincavam juntas quando pequenas, antes dos pais de Sarah morrerem.


 – Eu vou tomar um banho e ir pra cama, filha, mostre o quarto para Sarah, ela precisa descansar também. Fique à vontade, querida. – Disse Rebecca, subindo as escadas, exausta.


 – Está bem, mãe. – Disse Liz, Sarah acenou positivamente com a cabeça para Rebecca. Liz mostrou a casa para Sarah, e depois a levou até o quarto de hóspedes, que agora era o quarto dela.


 – Bom, tem tudo aqui, lençóis, cobertores, travesseiros... O banheiro é aqui ao lado do closet! Fique à vontade, a casa é sua. – Liz estava animada com a chegada de Sarah.


 – Está bem, muito obrigada mesmo pela recepção. E, Elizabeth, onde estão a Kristen e o Richard? – Perguntou Sarah, observando o quarto.


 – Eles saíram para caçar faz alguns dias, eles voltam amanhã provavelmente. E por favor, me chame de Liz. – Sorriu Liz. – Bom, vou deixar você descansar, amanhã temos muito o que fazer.


 – Está bem, boa noite. – Disse Sarah, grata.


 – Boa noite, bons sonhos. – Disse Liz, saindo e fechando a porta. A tia de Sarah acabou de morrer, ironia dizer isso não é?


 Assim que Liz saiu do quarto, Sarah sentou na beira da cama, e pôs-se a chorar, lembrando de sua tia, mas logo secou as lágrimas se recompondo. Após isso, foi tomar um banho, ela passou bastante tempo na banheira refletindo sobre tudo, mas a ideia de caçar continuava intacta em sua mente. Após o banho, ela arrumou suas roupas no closet, e colocou suas poucas coisas na estante, ela olhou para o relógio que estava pendurado na parede, eram 21:38, ela não costumava dormir nesse horário, mas Sarah realmente estava cansada, e precisava de uma boa noite de sono. Ela lembrou que havia deixado uma mala no carro, a qual tinha seu mini arsenal, ela tinha duas armas, uma ASG Dan Wesson, e uma Remington de 1875, que havia ganhado de presente de sua tia, fora os canivetes que ela tinha também, a paranóia dizia para ela que ela devia pegar a mala imediatamente. É, nunca se sabe. Ela abriu a porta e saiu do quarto, percebeu que seu sapato estava desamarrado, e abaixou para amarra-lo, assim que fez isso, ouviu o barulho de alguém carregando uma arma.


 – Não se mexe. – Sarah olhou de relance, era uma moça, mas parecia um rapaz. Aproximadamente 1,74 de altura, cabelos pretos curtos e bagunçados, os olhos dela é que chamavam a atenção de Sarah, um deles era castanho, e o outro azul. Sarah ficou olhando para ela surpresa, e começou a se levantar lentamente.

 – Eu mandei não se mexer, fica parada, porra! – Ela chegou mais perto de Sarah, com a arma apontada para ela, a mesma ficou parada.


 – Você deve ser a Kristen não é? – Perguntou Sarah. 


 – Eu faço as perguntas. Quem é você? – Perguntou ela, Sarah continuou se levantando lentamente, e ela continuava a apontar a arma.


  – Kristen!! Abaixa isso!! É a Sarah! – Liz apareceu nervosa, Kristen abaixou a arma olhando suspeita para Sarah.


 – Ninguém me avisa nada nessa casa, querem que eu adivinhe que vai ter visita? – Disse Kristen, guardando a arma.


 – Ah, me poupe. Sarah, essa é a Kristen, Kristen, essa é a Sarah. – Disse Liz, apresentando as duas meio sem jeito pela situação que se encontravam.


 – Ah.. Oi. – Disse Sarah, também sem jeito. 


 – Oi. – Disse Kristen, olhando a garota de cima a baixo. Ela virou as costas e desceu as escadas.


 – Desculpe por isso... Ela é assim mesmo. – Disse Liz.
 – Tudo bem, faz parte. – Disse Sarah, sorrindo.


 Liz acompanhou Sarah até o carro para pegar sua mala, e ela conheceu Richard, que estava na sala, tirando o casaco, ele notou a presença dela, Kristen também estava na sala, sentada, de um jeito bem desleixado no sofá, com uma garrafa de cerveja.


 – Sarah, certo? – Perguntou ele, se aproximando dela, cumprimentando-a.
 – Sim, isso mesmo. E você é o Richard, prazer. – Disse ela, cumprimentando ele também. – Bom eu.. Vou subir, com licença.
 Sarah subiu para seu quarto, e os três ficaram na sala.


 – Ela é gata. – Disse Kristen. Kristen era, digamos, a "engraçadinha" do grupo.


 – Cala boca. – Disse Richard, alguns centímetros mais alto que Kristen, com os olhos azuis, e seus cabelos loiros escuro.


 – Então, como foi? – Perguntou Liz, se sentando ao lado de Kristen. 


 – Tranquilo, o cara só queria um enterro descente. – Disse Kristen.


 – Onde está a Rebecca? – Perguntou Richard, bocejando.


 – Descansando, ela foi para Minnesota buscar a Sarah, não faz muito tempo que chegaram. – Disse Liz.


 – E essa Sarah, ela caça? – Perguntou Kristen, curiosa.


 – Ela quer caçar, e nós vamos ajuda-la. – Disse Liz, arrumando seu óculos no rosto.


 – Vish, não sei não. – Disse Kristen.


 – Qual é, bota fé na garota. – Disse Richard, abrindo uma cerveja também.


 – Ela vai com vocês na próxima caçada, tudo bem? – Disse Liz. Kristen deu risada.


 – Tá brincando? A garota vai ser trucidada. – Disse Kristen, Richard acenou positivamente, concordando com Kristen.


 – Ela tem uma base, não sejam chatos. Agora me dêem licença, tenho que trabalhar. – Liz levantou do sofá, voltou para o seu "escritório", e fechou a porta. Kristen e Richard olharam um para o outro surpresos.


 – Será que rola? – Perguntou Richard.


 – Sei lá, ela parece durona. – Disse Kristen, sorrindo de canto.


 – Temos muito o que saber sobre essa garota. – Disse Richard.
 
 


Notas Finais


É isso pessoinhas, até o próximo capítulo <3


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...