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História Disable - O bebê da camareira.


Escrita por: littlediao

Notas do Autor


Finalmente, né? Só tenho uma sugestão a fazer: Antes de ler esse capítulo, dê mais uma lida no capítulo "Back home" pra você não ficar boiando tanto, porque a introdução desse caso está toda lá. Boa leitura!

Capítulo 17 - O bebê da camareira.


Fanfic / Fanfiction Disable - O bebê da camareira.


– Liz? Alguma coisa aí? – Perguntou Richard, com uma xícara de café nas mãos em frente ao seu notebook. Passava das duas da manhã, e sua pesquisa não tinha dado resultados.


– Oi pra você também. – Resmungou Liz, do outro lado da linha. Estava acostumada a receber ligações no meio da madrugada. – Não encontrei nada, parece que os pactos são meio… Discretos.


Richard suspirou, cansado. Tinha sido um dia cansativo, e não havia nenhuma pista para lhe dar ao menos motivos para continuar procurando. Liz percebeu pelo suspiro que ele estava frustrado.


– Olha, pode deixar isso comigo, eu me viro. – Disse, disfarçando o sono.


– Não, nem pensar, está tarde, você pode voltar a dormir. Eu vou continuar procurando por aqui, não pode ser que não tenha absolutamente nada no meio de… – Começou a argumentar com sua teimosia, mas a garota o interrompeu.


– Deixe comigo. Eu não estava dormindo. – Mentiu, levantando da cama deixando de lado o cansaço. – Vá dormir, é melhor.


Nisso, Richard ouviu a porta abrindo. Era Kristen e Sarah voltando, elas estavam conversando, mas pararam assim que viram que ela estava no telefone.


– Tem certeza? – Perguntou ele, preocupado. Liz deu risada no telefone.


– Tenho. Cadê a Kristen e a Sarah? – Perguntou ela, vestindo um casaco enquanto segurava o telefone com dificuldade com seu ombro.


– Acabaram de voltar, estavam resolvendo umas coisas. – Ele olhou para as duas enquanto falava, Sarah sorriu com os olhos murchos, e Kristen simplesmente se jogou na cama exausta. – Sabe que essa é minha cama não é?


– O sofá é sua cama. – Disse Kristen, com a cara enfiada no travesseiro. Richard revirou os olhos.


– Resolvendo que coisas? E porque o sofá é sua cama? – Perguntou Liz, bocejando. Enquanto isso, Sarah estava tirando suas botas.


– Eu te explico amanhã. O quarto só tem duas camas, sabe como é. – Explicou brevemente. Liz apenas balançou a cabeça negativamente.


– Está bem, eu vou vasculhar as notícias por aqui e te ligo amanhã de manhã. – Disse ela, descendo as escadas com o telefone no ouvido. – Diga a Sarah que mandei um beijo, e se cuidem vocês.


– Eu digo, se cuide também, até amanhã. – Assim que se despediu, desligou o telefone. – Liz mandou um beijo.


– Ela está acordada a essas horas? – Sarah sorriu, enquanto caminhava até onde Richard estava. – Vá dormir, eu vejo isso pra você, estou sem sono.


– É, parece que tudo indica pra eu ir dormir. – Ele se levantou, espreguiçando-se. – Boa sorte, eu não consegui nada.


– Lá vamos nós. – Sarah se sentou onde Richard estava, e olhou as notícias em aberto no notebook.


– Alguém pode apagar a porra da luz? – Kristen já havia bebido um pouco mais de whisky do que devia, e isso a deixava numa chatice insuportável.


– Dorme aí e cala boca. – Resmungou Richard, deitando na cama ao lado, já vestido com uma roupa confortável para dormir.


Kristen acabou dormindo rápido, e Richard também. Sarah ficou no computador por um tempo ainda, procurando por pistas, e acabou encontrando algo, numa rede social. Era o Facebook de uma adolescente que ficou famosa recentemente com um canal no YouTube. O estranho era que sua fama tinha vindo num piscar de olhos, e todos a adoravam. E o conteúdo era nada mais nada menos que tutoriais mal feitos de maquiagem. Podia não ser uma pista concreta, mas era algo. A “fama” da garota tinha vindo em quase duas semanas, e cada vez suas visualizações aumentavam. Seria uma coincidência muito estranha. Sarah dormiu um pouco, e pela manhã, ligou para Liz e passou as informações que tinha conseguido, e Liz também tinha uma novidade. Havia encontrado nas notícias menos importantes, o caso de um bebê que estava com um tumor maligno no cérebro, e a mãe se negava a fazer a cirurgia, que era de alto risco, alegando que o bebê ficaria bem. Eram duas ótimas pistas.


– Alguma coisa? – Perguntou Kristen, sonolenta. Sarah se assustou ao ver a outra já em pé, mal tinha percebido que ela tinha se levantado.


– Que susto! – Suspirou, Kristen franziu o cenho desentendida. – Duas coisas na verdade.


Sarah se aproximou dela e entregou a notícia que Liz havia encontrado, tinha impresso ela para mostrar a eles quando acordassem.


– Você acha que essa mulher fez um pacto pra salvar o bebê? – Perguntou Kristen, enquanto lia a notícia sentada na beira da cama. Sarah assentiu. – Pode ser. Mas também pode ser que ela seja uma daquelas fanáticas religiosas que acreditam que tudo se cura com oração e blá blá.


– Sim, mas ainda pode ser uma assinante. A outra pista que temos é essa adolescente. – Sarah virou o notebook para que Kristen visse o canal da garota, com mais de um milhão de inscritos. – Ela ficou famosa de uma hora pra outra, e o conteúdo dela não é lá essas coisas.


– Essa sim é uma pista boa… Que menina feia. – Completou, depois de analisar por alguns segundos o perfil da menina. Sarah ergueu as sobrancelhas como se concordasse, mas não quisesse admitir.


– Ela estuda num colégio aqui perto, está no primeiro ano do ensino médio. Você e o Richard podem checar, eu estou mais interessada no caso do bebê. – Disse Sarah, ainda olhando o perfil de garota, pela milésima vez. Kristen ficou levemente surpresa com a atitude de Sarah.


– Certo… – Levantou-se, sorrindo de canto. Sarah a olhou confusa.


Kristen se trocou, e depois acordou Richard para irem atrás da garota. Sarah continuou no hotel, procurando mais informações sobre o caso do bebê. Dirigiram os dois até o colégio, era o horário de entrada dos alunos, bem cedo. Estavam disfarçados de imprensa, e iam abordar a garota oferecendo patrocínio.


– Cara, detesto colégios. Olha esse bando de moleque na puberdade. – Ambos caminhavam até o pátio da escola, depois de descer do cadillac. Richard pigarreou sem dar muita importância. – Qual é o nome dela mesmo?


– Acho que não precisamos procurar. – Richard apontou para um grupo de adolescentes em volta de uma garota, que estava sorridente como se fosse a última bolacha do pacote. Kristen suspirou.


– Ok, lá vamos nós. – Disse ela, sem vontade nenhuma de realizar a tarefa.


Andaram até o grupo de adolescentes histéricos que pediam autógrafos e fotos para a garota como se ela fosse uma celebridade. Estavam vestidos adequadamente para a tarefa, como se fossem aqueles repórteres engomadinhos. Kristen, sem paciência para esperar a rodinha se distribuir pela escola, se enfiou no meio dos adolescentes sem muita delicadeza.


– Ah, quem de vocês é a Hanna? – Perguntou, os estudantes a olharam com estranheza. A menina estava sentada num murinho baixo, e empinou o nariz quando ouviu seu nome.


– Sou eu. Você é outra fã? Por favor se acalme. – Como eles tinham pensado: A garota era um poço de narcisismo. Kristen olhou para Richard que estava meio longe, e fez uma cara feia.


– Eu sou da imprensa. – Deu a mão para cumprimentar a garota, e ela a cumprimentou curiosa. – Eu e meu amigo repórter trabalhamos com novas estrelas do YouTube, entrevistamos para nossa revista. E você, minha cara, se tornou uma.


– Sei disso. – Ela se pôs em pé, começando a se interessar pelo que Kristen dizia. Os outros alunos começaram a comentar entre si. – Acho que tenho um minuto pra você e seu amigo.


– Ótimo, me acompanhe. – Kristen virou de costas, para que a garota a acompanhasse, e revirou os olhos. Nada pior do que uma adolescente com um ego gigante desses.


Richard estava parado com um terno meio extravagante, como se fosse um empresário ou algo do gênero. A garota assinante do pacto era baixinha e larga, tinha os cabelos grisalhos. Maquiagem, muita maquiagem. Caminhava segurando uma pasta rosa como se estivesse em uma passarela.


– Hanna. – Richard cumprimentou a garota, com um sorriso no rosto. Ela tinha um ar esnobe quase que insuportável. – Sou George, da revista TeenPower, nós conhecemos seu canal graças a fama repentina dele. Gostaríamos de fazer algumas perguntas…


– TeenPower? Que ridículo… – Kristen não se conteve e sussurrou baixinho, para que só ele ouvisse. Richard apenas arregalou os olhos como se mandasse ela calar a boca.


A garota não ouvia o que ele dizia. Abria um pirulito enquanto cantarolava algo, sua cabeça estava em outro lugar.


– Você nos cede uma entrevista? – Ele falou um pouco mais alto, para que ela prestasse atenção. Negociar com adolescentes é algo impossível. Ela colocou o pirulito na boca, e o encarou com os olhos semicerrados e os braços cruzados.


– Tem que marcar hora. – Respondeu, desinteressada. Kristen respirou fundo para não ser grossa com a menina. – Nunca ouvi falar da TeenPower.


– É porque não somos daqui, somos do Canadá. Viajamos para cá apenas para entrevistá-la, você entende o quanto é importante? Você é uma estrela! – Kristen estava mais forçada que nunca. Tentava convencer a garota a qualquer custo. E o pior é que estava funcionando, os olhos de Hanna brilharam, dava para ver seu interesse. Mas ela se fazia de durona.


– Legal. E que tipo de perguntas são essas? – Perguntou a garota, fingindo desinteresse. Richard e Kristen se olharam, finalmente viram o que era preciso para convencer Hanna. Bajulação.


Depois de muito elogiarem a garota, conseguiram lhe tirar alguma coisa com as perguntas. Ela ficava nervosa quando o assunto era a fama repentina. Assim que ela entrou na escola, os dois entraram no carro para ir até a casa da garota procurar por pistas e ter certeza da teoria. Enquanto isso, Sarah estava no hotel buscando mais informações sobre a mãe e o bebê, e ela acabou encontrando algo relevante.


– Como eu não vi isso antes, porra… – Ela passou as mãos dentre os cabelos, indignada e ao mesmo tempo aliviada. Na notícia dizia claramente “(...) A camareira não quis fazer mais comentários sobre o milagre de seu bebê (...)” – Tá, mas isso não significa que seja um avanço. Existem muitos hotéis e muitas camareiras por essa cidade.


Sarah parou por um segundo, e semicerrou os olhos. Percebeu que estava falando sozinha. Levantou-se para pegar seu celular em cima da cama, e assim que o pegou, ouviu um grito de socorro vindo da recepção do motel. Pegou a arma debaixo do travesseiro quase que em um movimento automático e colocou no cinto, saindo dali em disparada. Desceu as escadas enquanto ouvia os gritos. Assim que chegou, entendeu o desespero. A recepcionista que havia recebido eles na noite passada estava ajoelhada no chão em frente a bancada do motel, chorando em desespero, com seu bebê quase que totalmente roxo nos braços. Estava sufocando.


– O que aconteceu?! – Sarah se aproximou da moça, haviam duas pessoas que ouviram os gritos dela da rua que estavam entrando para ver o que tinha acontecido. – Meu Deus…


– Me ajuda! É o meu filho!! Chame uma ambulância!! – Ela estava em um estado incontrolável. Sarah não sabia o que fazer, apenas olhou para a criança, e por instinto, pensou em uma solução.


– Rápido de alguns tapas nas costas dele, eu vou tentar fazê-lo vomitar! – Obviamente o bebê estava engasgado. Uma das pessoas que entraram no local já estava acionando a ambulância.


– Não! Vai machucá-lo! – A recepcionista não conseguia pensar, e seu filho ficava cada vez pior.


– Ele vai morrer se não fizer isso! – Gritou Sarah, sem tempo para tentar convencer a moça de forma calma. A mulher, sem opção, começou a dar tapas nas costas de seu filho com as mãos trêmulas.


Sarah segurou o rosto do bebê para baixo, e colocou dois dedos na garganta do mesmo, tentando provocar ânsia, para que ele soltasse o que estava preso. Ela tomava cuidado para não machucá-lo, enquanto a mãe dele estava quase desmaiando. Alguns segundos depois, o bebê vomitou. Todos que estavam ali presentes ficaram pasmos com o que estava provocando o afogamento.


– Uma barata...? – Sarah ficou parada olhando para o inseto no chão ainda vivo, era uma barata grande. A recepcionista começou a abraçar seu bebê enquanto o balançava em prantos. A criança soluçava enquanto tentava recuperar o fôlego assustada.


– Meu Deus… Deus… – A mulher estava com os olhos fechados abraçando seu bebê anestesiada. Sarah a olhou ligeiramente desconfiada, aquela situação era muito estranha.


A ambulância não demorou a chegar, eles levaram a criança para ficar em observação. No caminho, ele acabou desmaiando, e teve que ser encubado. Sarah acompanhou a mãe até o hospital, para lhe dar apoio, e também porque tinha um palpite importante. Depois de toda a sessão de terem internado o bebê, Sarah ainda estava com a recepcionista no hospital. A mulher só sabia chorar.


– Tudo bem, foi só um susto. – Ela tocou o ombro da moça tentando confortá-la. A mãe do bebê fechou os olhos com força enquanto passava os dedos delicadamente pelos cabelos finos de seu filho deitado no berço hospitalar, todo cheio de agulhas. – Você se chama Alice, não é?


– Sim, isso. – A moça olhou para seu crachá, o qual tinha seu nome escrito. – Me desculpe eu nem te agradeci pelo que fez pelo meu filho.


– Não se preocupe com isso. Mas então, Alice… Como ele se chama? – Sarah olhou para o bebê carinhosamente. Alice passou as mãos no rosto, enxugando as lágrimas.


– Erik. Meu pequeno Erik. – Falava enquanto encarava o chão melancólica. Sarah levantou as sobrancelhas e sorriu.


– É um nome bonito. – Disse, apenas. Pigarreou antes de criar coragem para fazer mais uma pergunta. Alice era como uma bomba relógio, qualquer pergunta sem delicadeza a faria voltar a chorar. – Mudando de assunto um pouco… Você sempre trabalhou de recepcionista ali no motel?


– Não, não. – Ela levantou a cabeça tentando se recompor. – Eu era camareira, mas consegui subir de cargo. Não é muito melhor mas já ajuda.


Eureka.


– Entendi. – Sarah sentiu um arrepio ao ver que sua teoria de que Alice era a camareira da notícia podia ser real. – Você está melhor um pouco?


– Sim, eu vou ficar bem. Muito obrigada mesmo, eu nem sei o seu nome, estava tão desesperada que mal tive tempo pra perguntar. – Perguntou Alice, com a voz falhada por conta do choro.


– Meu nome é Sarah, e está tudo bem. Se você quiser eu posso avisar o gerente do motel sobre o que aconteceu quando eu voltar pra ele não estranhar sua ausência, por mais que ele já deva saber o que houve… – Disse Sarah, que queria ajudar de alguma forma. Alice sorriu, e segurou a mão pequena de seu bebê desacordado.


– É muita gentileza sua. Você já pode ir se quiser, eu vou ficar bem. – Afirmou, tossindo de leve. Sarah analisou a moça antes de responder.


– Eu vou lhe dar o meu telefone, qualquer coisa você pode me ligar está bem? – Tirou do bolso um papel com seu número, ela sempre deixava um guardado pra esse tipo de coisa. – Qualquer coisa.


– Certo, obrigada Sarah. Você foi um anjo. – Alice se levantou e deu um abraço nela, suspirando aliviada. Sarah retribuiu, sentindo sua consciência limpa.


– Cuide-se. – Ela foi até a porta do quarto, e saiu logo em seguida acenando para Alice.


Antes de ir embora, passou na recepção do hospital com a cabeça confusa. Não queria que sua teorias fosse verdade, Alice não merecia perder o filho. Parou em frente ao balcão, haviam algumas enfermeiras por lá.


– Boa tarde, eu preciso de uma informação. – Cumprimentou a enfermeira, a mesma sorriu de volta.


Depois de conseguir o que queria, saiu do hospital se sentindo tonta pela conclusão que tinha acabado de chegar. Ela havia pedido para enfermeira checar a ficha de Erik, e ele já tinha passagem pelo hospital. Para surpresa de Sarah, ela era mesmo a camareira da notícia. Sem saber o que fazer, ligou para o telefone de Kristen enquanto andava de um lado pro outro.


“– Sarah?

– Kristen! Que bom que atendeu. Você não vai acreditar no que acabou de acontecer.

– O que houve? Você está bem? Que voz é essa?

– Sabe a camareira da notícia? É a recepcionista do motel que estamos, se lembra?

– Caralho…

– É sério! O filho dela quase morreu afogado a algumas horas atrás na recepção do motel, por sorte conseguimos desengasgar ele a tempo de trazer pro hospital… Ele engoliu uma barata Kristen.

– Sarah não sai daí, o demônio tá atrás dela e vai tentar matar esse bebê de novo. E-Eu ainda não acredito que nisso! Quais as chances?

– O que eu faço?! Eu digo o que pra ela?

– Diga a verdade, mas se acalma antes, e de jeito nenhum deixa ela sozinha com o bebê. Eu e o Richard estamos voltando da casa da garota do YouTube, vamos direto pra aí.

– Não demorem por favor… O quarto é no segundo andar, 23.

– Sarah se acalma, vai dar tudo certo, você consegue.

– Tá certo. Estou esperando.

– Ok, logo estamos aí.

– Ok…”


Respirou fundo antes de tirar o telefone da orelha. Esperou alguns segundos enquanto processava o que tinha acabado de acontecer, e voltou para dentro do hospital tentando parecer o mais calma possível. Bateu na porta do quarto antes de entrar, e adentrou em seguida.


– Alice… – A moça se virou surpresa, Sarah estava preocupada, e sua expressão facial não colaborava.

– Oi… O que foi? – Ela estava com um crucifixo nas mãos, provavelmente estava orando pelo seu bebê. Sarah entrou por completo no quarto e respirou fundo mais uma vez.


– Precisamos conversar sério. – Disse, firme. Alice arregalou os olhos molhados confusa.


Enquanto isso, a caminho do hospital, Kristen estava contando a situação para Richard, que estava tão surpreso quanto ela.


– Jesus… – Richard coçou a nuca, olhando para frente pasmo. Kristen estava dirigindo, e quase não conseguia prestar atenção no trânsito. – Como é que pode…


– Foi o que eu disse pra Sarah, quais as chances da porra da assinante do pacto ser justamente a recepcionista do motel que estamos? – Kristen não se conformava com a coincidência. Richard ainda processava a informação.


– Acelera, cara. O demônio já tentou matar o bebê, foi sorte nossa ele não ter conseguido. E é lógico que ele vai tentar de novo, não podemos deixar. – Richard estava assustado. Preocupado. Tinha simpatizado com Alice desde o começo, e sabia que não poderia deixar aquele demônio matar um bebê inocente.


– Calma, Richard. Vamos chegar lá a tempo e vai dar tudo certo. – Por incrível que pareça, Kristen é quem estava tentando manter a situação em controle. Geralmente quem perdia a calma era ela.


Chegando no hospital, seguiram as instruções de Sarah sobre onde ficava o hospital e foram pra lá com a bolsa de armas cheia de sal e chumbo grosso pra meter na cara do demônio quando ele aparecesse. Ao chegarem no quarto, Kristen sequer bateu na porta, entrou direto.


– Quem são vocês?! – Alice estava em pé ao lado da janela junto a Sarah, em choque. O bebê ainda estava no berço hospitalar, que agora estava em volta de um círculo de sal que Sarah tinha feito.


– Calma, esses são os meu amigos que eu falei, eles vão ajudar. – Ela tocou os ombros de Alice que estava prestes a ter outro ataque de pânico.


– Meu Deus que situação… – Choramingou a recepcionista, quase sem forças. Sarah olhou para Kristen e Richard parados ofegantes, com a bolsa nas mãos. Por sorte, Sarah já tinha falado com a mãe do bebê sobre o demônio que estava atrás dele, e ela confessou ter feito o pacto para salvar a vida de Erik.


– Moça, vamos ajudar, não se preocupe. Ninguém vai matar o seu filho. – Richard tentou confortar Alice, ela lembrou de seu rosto assim que o olhou. Kristen pegou o sal, e começou a colocar na fresta da porta.


Richard se aproximou da moça para conversar e ajudar a acalmá-la. Sarah foi em direção a Kristen com os braços cruzados, com o cenho franzido de tensão.


– Você tá melhor? Como foi fazer ela contar que fez o pacto? – Kristen terminou de proteger o cômodo, e se levantou para conversar com Sarah. A mesma estava muito tensa.


– Não foi fácil, você sabe como é. – Afirmou, desviando o olhar. Kristen suspirou, e sorriu de leve. – Temos que avisar a Liz.


– Você foi bem, fez a coisa certa. Eu sei como é complicado. Agiu como uma caçadora experiente. – Apontou o círculo de sal ainda sorrindo. Sarah não pode deixar de sorrir quando percebeu que a maior estava tentando confortá-la. – Eu ligo pra Liz assim que tudo se acalmar.


– O que fazemos agora? – Perguntou ela, sentindo-se um pouco melhor. Kristen olhou para Richard, ele ainda estava conversando com Alice.


– Eu acho que devemos esperar ele vir. Já está quase anoitecendo, se ele aparecer, pegamos o filho da mãe. – Disse ela, decidida. Sarah não botou muita fé nisso, mas era a única opção.  



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