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História Disable - Instinto.


Escrita por: littlediao

Notas do Autor


Olá <3 Não tenho muito o que que comentar sobre esse capítulo, desculpe. O cara da foto é uma representação de Richard Manson. Colocarei algumas imagens de atores para vocês terem uma ideia dos personagens.

Capítulo 3 - Instinto.


Fanfic / Fanfiction Disable - Instinto.

Washington, Redmond, 2016.

Depois de muita pesquisa, encontraram o lugar onde os olhos do menino haviam sido enterrados, era um cemitério à mais ou menos duas horas do motel. Eles esperaram a noite cair para que pudessem realizar o trabalho, assim que deram 22:00 da noite, Richard abriu a porta da frente enquanto colocava seu casaco, para chamar Kristen, ela estava lendo do lado de fora do quarto, na varanda.

– São 22:00 horas, acho melhor a gente ir. – Disse ele, ajeitando o casaco no corpo. Kristen desviou o olhar do livro não muito contente.

– Tá, eu vou pegar meu casaco. – Ela se levantou, e entrou em casa, Richard entrou junto. Seu casaco estava jogado em cima do sofá, ela o pegou e vestiu.

– Já estamos indo? – Perguntou Sarah, que estava folheando algumas informações que talvez fossem relevantes, Kristen virou-se para ela.

– Eu não sei onde você vai, mas eu e o Richard estamos indo queimar uns olhos. – Disse ela, pegando o isqueiro do bolso da calça e guardando no casaco.

– Como assim? – Perguntou Sarah, se levantando da poltrona onde estava.

– Damos conta, tudo bem. – Disse Richard, sorrindo. Na percepção de Sarah, ambos estavam duvidando de sua capacidade.

– Ah, eu… Eu não deveria ir também? – Perguntou ela, meio envergonhada.

– Não. Não vai precisar. Fica aí e se comporta. – Disse Kristen, sarcástica, abrindo a porta da frente. Sarah pensou em mandar ela se ferrar, mas achou melhor manter a calma.

– Sarah, não leve a mal, não vamos demorar, tudo bem? – Disse Richard, chegando perto dela. Richard era gentil, e era o oposto de Kristen. Ambos eram melhores amigos, e ele vivia consertando as bobagens que ela fazia, mas ele também não era nenhum santo.

– Claro. – Disse Sarah, virando-se de costas, e voltando onde estava, com uma expressão meio sem graça. Richard olhou pra ela, hesitou alguns segundos antes de ir para o carro com Kristen.

Se ela tinha ficado chateada por eles não a levarem? Oh, sim. Na percepção dela, haviam dado a entender que ela não seria útil, não era o esperado dela, mas Sarah estava levando tudo para o lado negativo, sendo pessimista com tudo, talvez ela estivesse certa, talvez não. O que ela podia fazer? Eles eram experientes e ela era uma principiante, ouvi-los parecia a melhor opção. Passaram alguns minutos desde que eles saíram, Sarah ouviu um telefone tocar, ela pode reconhecer toque do celular, era o instrumental da música “Wasted Years” do Iron Maiden, e deduziu que era o telefone da Kristen. Ela se levantou para procura-lo e atender, o celular estava em cima da pia, ao lado de uma pequena pilha de louça suja, ela atendeu.

“– Alô?

– Alô? Policial Hanz? Aqui é a Katy Madinson, mãe da Geena.

– Oh, sei, sou eu, policial Hanz. Posso ajudar?

– Pediu para eu ligar se acontecesse algo estranho…

– S-Sim. O que houve?

– Meu marido está deitado na cama debaixo de umas 5 cobertas tremendo de frio, eu sei que isso não tem nada a ver com o seu departamento, mas preciso de ajuda, estou com medo…

– Senhora, eu estou a caminho, fique atenta.”

Sarah vestiu seu sobretudo rápido, pegou sua mala, e pegou uma arma, o canteiro que Liz havia lhe dado, e uma lata cheia de sal. Guardou tudo na mochila, e saiu para casa de Katy. Ela estava sem carro, e ir a pé demoraria demais, teve que tomar uma atitude meio… Errada. Sarah invadiu um carro que estava no estacionamento do motel, ligou-o com aquele método de juntar os dois fios, e saiu em disparada para a casa dos Madinson, enquanto dirigia, ligou para Richard do telefone de Kristen.

“– Sarah? É você?

– Sim sou eu, a mãe da Geena ligou no telefone da Kristen dizendo que o marido dela está suando frio, como a filha dela estava antes de morrer!

– Essa não, estamos chegando no cemitério agora.

– Eu estou indo pra lá, não demorem.

– Sarah espere!”

Ela desligou o telefone, e acelerou ainda mais o carro, chegou na casa de Katy em alguns minutos. Sarah desceu do carro com a mochila nas mãos, e bateu forte na porta, chamou por ela várias vezes, Katy não respondia, então tentou abrir a porta, e ela estava aberta. Sarah entrou, com a arma na mão.

– Katy? Onde está? – Ela começou a subir as escadas devagar, olhando cada canto. Estava um silêncio absoluto, ouvia- se apenas os passos de Sarah. Até que ela ouviu um grunhido, vindo do banheiro, ela correu até lá, ficou ao lado da porta e a abriu rapidamente, apontando direto a arma para o cômodo. Não havia ninguém.

– Estou aqui! Aqui em cima!  – Disse Katy, sua voz estava trêmula. Sarah correu para o andar de cima, e entrou no quarto onde eles estavam.

– Katy! Vocês estão bem?  – Ela se aproximou rapidamente deles, o marido dela estava deitado na cama suando feito um porco, Katy segurava sua mão, sentada ao seu lado.

 – Você não é a agente Hanz. – Ela olhou Sarah ainda mais assustada que já estava.

 – Ela me enviou aqui, não se preocupe, eu vou ajudar. – Disse Sarah, sorrindo, tentando acalmar a moça. – Moça, viu algo estranho aqui?

 – Eu podia jurar que vi um fantasma. – Ela olhou para a janela que estava aberta, Sarah olhou também, não havia nada, o fantasma provavelmente devia ter se escondido. Sarah pegou a lata de sal em sua mochila, e começou a fazer um círculo no chão, Katy olhava aquilo apavorada, quando terminou o círculo, largou a lata, e deu uma boa olhada em volta.

 – Ok me escute, você e seu marido tem que entrar aqui agora mesmo. – Disse Sarah, se aproximando de Katy, que se esquivou, seu marido já estava desmaiado.

 – Você é louca, o que é isso?! Onde estão as viaturas?! – Katy reagiu como qualquer pessoa normal, pensou que Sarah era louca de pedra.

 – Katy, tem um fantasma aqui, você mesma viu, ele vai matar você e seu marido se não entrar nesse círculo agora! – Sarah aumentou o tom de voz para que ela entendesse, de imediato a porta se fechou bruscamente, assustando as duas.

A coisa tava feia para a Sarah. Enquanto isso, Kristen e Richard haviam chegado ao cemitério. Richard desceu do carro, e pegou a chave com Kristen para pegar as coisas necessárias no porta-malas, a mesma estava ligando para o telefone que estava com Sarah, e nada dela atender, assim que ele pegou as coisas, foi até a janela do motorista, e olhou para ela esperando que descesse.

– Ela não atende cara, e não faz a menor ideia do que tá fazendo. – Disse Kristen, Richard jogou a chave para ela, e balançou a cabeça.

 – Vai, eu me viro. – Disse ele, passando em frente ao carro, com uma pá, uma lata de gasolina, e uma lata de sal em mãos.

Kristen saiu em disparada para a casa de Katy, pensando consigo mesma “Que droga, Sarah.”. Voltando ao fantasma, Sarah, Katy e seu marido, estavam dentro do círculo, ele teria de ter sido arrastado para lá, pois estava desacordado, Sarah tinha em mãos uma arma, ela acreditava que aquilo adiantaria com um fantasma, mas não. Elas estavam ferradas. O fantasma do menino apareceu, e tinha um vazio que escorria sangue no lugar de seus olhos, Katy fechou os olhos, e abraçou seu marido, ele estava em seu colo, parecia que estava… Bom, ele ainda respirava. Sarah atirou no fantasma, e foi aí que percebeu que não adiantou nada. Ele sumiu, e depois apareceu, do outro lado do quarto. A expressão surpresa dela naquele momento foi indescritível, um vento forte e gelado começou a soprar pela janela escancarada, e o círculo começou a se desfazer, eis que alguém arromba a porta com um chute, e mete uma bala de sal no fantasma, dessa vez ele ia demorar um pouco mais para aparecer de novo.

– Kristen! – Gritou Sarah, Katy olhou para ela um tanto perdida. Kristen, não disse nada apenas virou a cabeça na direção da porta rapidamente, dando a entender que elas deveriam sair dali. – Ele está desmaiado.

– Tira eles daqui, rápido! – Disse Kristen, com um tom de voz nervoso, Sarah ajudou Katy a se levantar, e ambas carregaram o homem pelos braços com dificuldade, quando chegaram na porta, Kristen entregou a arma a Sarah, que ficou surpresa. – Se ele aparecer você atira.

Ela hesitou alguns segundos antes de sair do quarto, pois Kristen estava desarmada. No cemitério, Richard finalmente tinha achado o “caixão” do moleque revoltado, e estava prestes a atear fogo. A porta do quarto fechou novamente, e Kristen estava presa no quarto, ela olhou em todos os cantos, procurando o fantasma, e procurando também algum objeto de ferro, o ferro é uma das maiores fraquezas dos fantasmas. Kristen começou a sentir um frio arrepiante, desde então soube que ele estava ali, não havia nenhum objeto feito de ferro a vista ali, o fantasma deu um belo chute em Kristen, que se virou para ele, levou uma porrada na cara, que a fez ser lançada na parede, e depois cair no chão. O menino foi se aproximando lentamente.

– Não acredito que tô apanhando de uma criança. – Ela colocou a mão no braço, que havia machucado ao ser lançada na parede. O menino estava em sua frente, ele colocou as pequenas mãos no pescoço de Kristen, ele tinha uma força incrível.

Ela tentou faze-lo parar, tentando tirar as mãos deles de seu pescoço, mas foi inútil, Kristen ouviu Sarah gritando seu nome enquanto subia as escadas, o menino olhou fixamente em seus olhos, e sussurrou tal confissão: “Foi o papai”, e então, começou a pegar fogo. Sarah entrou no quarto com a arma pronta para atirar.

 – Tarde demais, fiel escudeira. – Disse Kristen, que estava deitada no chão com o nariz sangrando, Sarah abaixou a arma e suspirou aliviada.

Os mocinhos salvaram o dia, o marido de Katy ficaria bem, e ela também, com uma boa terapia. Quando tudo terminado, os três voltaram ao hotel. Eram aproximadamente 01:30 da madrugada, não era tão tarde, Kristen jogou a chave do carro em cima da mesa, e abriu os braços com aquela cara de “Pô, mano!”.

 – Você é louca? Podia ter morrido! – Disse Kristen, olhando para Sarah, visivelmente brava. Richard passou por elas, e colocou a mochila com as armas em cima da cama.

 – Então eu deveria ter feito o que? Devia ter ficado aqui, sentada, enquanto um fantasma mata um casal inocente? Qual é, quem sabe o que ia acontecer se eu não tivesse ido! – Respondeu ela, também irada. Kristen se aproximou dela, olhando fixamente em seus olhos.

– Vocês três poderiam ter morrido, garota! Achou que ia adiantar atirar em um fantasma com uma bala comum? Você é idiota? – Disse Kristen, num tom mais alto. Richard estava ao lado da mesa, de braços cruzados, ouvindo a bronca. Eis que ele dá um murro forte na mesa, causando silêncio.

 – Chega! Kristen para de ser babaca! Ela salvou aquelas pessoas, você queria o que? É a primeira caçada dela! – Disse ele, Kristen olhou para os dois, e foi em direção a porta do quarto, ainda brava, ela saiu do quarto.

 – Richard me desculpe, eu não… – Ela começou a falar, mas ele a interrompeu.

 – Olha, o que fez foi muito perigoso, você precisa de umas aulinhas de caça, na boa. – Disse ele, tentando quebrar o clima tenso. Sarah suspirou. – Ela só ficou preocupada com você, nesse tipo de “emprego”, perdemos muita gente sabe…

 – Eu sei disso, mas eu… Eu precisei ir até lá. – Disse ela, com um olhar determinado. Richard sorriu de canto.

 – Você fez a coisa certa. – Disse ele, ela sorriu para ele meio sem graça. – Só foi quase um suicídio. Bom, vou falar com a esquentadinha, você vem?

 – Não acho que ela esteja querendo me ver agora… Espero vocês aqui. – Disse Sarah, com os braços cruzados, Richard saiu do quarto. Ela se sentou na cadeira, e colocou as mãos no rosto, ainda nervosa com a situação.

Ao sair do quarto, Richard viu Kristen sentada no meio fio do estacionamento, com uma garrafa de Jack Daniel’s nas mãos, e se sentou ao seu lado.

 – O que que foi? Vai fazer discurso gay? – Disse Kristen, olhando para o nada. Ele pegou a garrafa da mão dela, e deu um gole, depois devolveu.

 – Não acha que talvez a gente devesse dar uma chance? A gente não sabe nem a metade pelo que ela passou, tudo bem que ela quase não tem experiência na coisa, mas o mais importante ela tem. Ela tem coragem. – Disse Richard, colocando as mãos nos bolsos da jaqueta. Kristen hesitou alguns segundos, suspirou, bebeu um gole de whisky, e olhou para ele.

 – Eu sei cara, boto fé nela, mas é que isso aqui não é uma excursão pra Disney. Se ela não souber agir quando o bat-sinal tocar ela vai pra fita. – Disse ela, mais tranquila. Richard concordou com a cabeça.

 – Eu teria feito o que ela fez. – Respondeu ele, olhando para Kristen.

 – E você acha que eu não? A questão é que ela podia ter morrido, e aquele casal também. – Disse ela. Richard ficou quieto.

Ambos voltaram para dentro depois de mais algumas conversas, Sarah já estava dormindo, ou pelo menos fingiu pra evitar ter que conversar sobre o assunto.

E mais dia foi salvo, graças as meninas super poderosas.



   


Notas Finais


Espero que tenham curtido, e até o próximo capítulo. o/


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