História Discovery - Say yes like a good girl

- Você deveria ter me mostrado essa foto antes. – Camila sorriu novamente com o porta retrato com a nossa foto do ano novo na estante da sala do meu apartamento. Eu tentando empurrar tudo para dentro de três malas e algumas mochilas.

- Você não lembrava de qualquer jeito e eu não queria ter que criar uma história para a foto. – Coloquei a terceira mala perto da porta.

- Eu lembro um pouco agora. – Veio na minha direção com nossa foto nas mãos. Sorriu mais largo e me beijou suavemente por alguns segundos. Os braços envolvendo meu pescoço. – Não acredito que está se mudando pro meu apartamento.

- Eu também não. – Meu coração disparou inconscientemente e aos poucos tudo sobre o novo ano havia me atingido como um raio atravessando meu corpo inteiro. Eu explodi por dentro. Explodi olhando nos olhos da mulher por quem eu estava apaixonada. A mulher a qual eu estava amando. Eu amava Camila e aquilo me consumia da melhor forma possível agora. Era quase como se eu fosse morrer a qualquer segundo e não quisesse tirar meus olhos dos seus porque ela deveria ser a última coisa boa na minha visão. – Eu estou mesmo fazendo isso?

- Sim. Você está indo morar comigo, garota. Você aceitou e eu não aceito que caminhe para trás. Tenho uma surpresa pra você mais tarde. – Sua última frase foi um sussurro no meu ouvido, fazendo com que todos os pelos do meu corpo se arrepiassem e eu prendesse a respiração por uns segundos para permanecer guardando seu cheiro gostoso dentro de mim. - Vamos, baby. Termine de arrumar suas coisas. Está ficando tarde.

Me beijou rapidamente uma última vez antes de se afastar e voltar a caminhar pela sala atrás de algo para colocar também dentro de uma mochila que eu havia a entregado para objetos da sala, o que era quase nada, apenas algumas fotos, cds e poucos livros. Eu a observando guardar minhas coisas o mais rápido que ela conseguia, talvez eu realmente só devesse enfiar tudo nas malas e finalmente respirar o ar de volta no seu apartamento.

Eu não demorei mais que 30minutos para ter tudo pronto e por fim, colocamos as malas e mochilas no uber que ela havia pedido. Mais uma vez, Camila fez questão de pagar, porque ela disse que havia me convidado e os convidados não pagam. Parecia a pessoa mais feliz do mundo enquanto seguia uma conversa totalmente animada com nosso motorista enquanto ele nos parabenizava por estarmos morando juntas finalmente.

O porteiro do seu prédio nos ajudou com as malas e mochilas. Eu ansiosa talvez sem motivo algum e Camila quase saltitante como se fosse uma criança correndo para sua festa de aniversário.

Respirei fundo quando finalmente fechamos a porta do seu apartamento. Todas as minhas coisas na sala próximas a poltrona. Camila sorriu divertida e deu um pulo nos meus braços enquanto me abraçava e beijava meus rosto varias vezes me fazendo gargalhar. Meu peito enchendo de fogos de artifícios fazendo eu quase sufocar de tanta alegria.

- Nós podemos arrumar tudo no lugar nesse final de semana. – Beijou a ponta do meu nariz. Eu fechei os olhos respirando mais uma vez seu perfume que agora era o meu favorito em todo o mundo.

- Sim. Tem certeza que não vai incomodar ou mudar muito o seu apartamento? – Perguntei receosa sobre sua reação. Ela fez a melhor cara de deboche e confusão e então me beijou a testa.

- Não é mais o meu apartamento, amor. É nosso. Estamos morando juntas. Essa é sua casa também. – Eu sorri largo e ela me abraçou forte. Talvez ela pudesse sentir o quão forte meu coração também batia agora. Eu não havia dito a ninguém que mudaria para a casa dela. Meus pais ao menos sabiam direito que eu estava com alguém. – Vamos comer?

- Nós não compramos nada. – Sorri e ela foi para o chão.

- Eu liguei para a Dinah e pedi que ela trouxesse algo pra gente. – Segurou minha mão e nos guiou para a cozinha.

Havia sua pequena mesa montada com a nossa refeição. Estava tudo extremamente bonito e elegante. Camila em segundos mudou de pessoa fofa e muito animada, para uma mulher elegante, fina e literalmente sexy. Talvez fosse a iluminação ou o jantar parecendo romântico depois de eu ter finalmente mudado para morar com ela, mas havia algo me parecendo ainda mais diferente agora. Como se o seu perfume tivesse ficado mais forte, ou meus sentimentos haviam aflorado com o seu andar firme e confiante e seu sorriso provocador.

Sentamos uma de frente para a outra. A mesa era pequena, então não estávamos distantes. Eu sorria sem jeito e ela com um sorriso brilhante expondo todo o alinhamento dos seus dentes.

- Eu juro que dessa vez não é pizza. Dinah escolheu com a Mani, então o jantar também é surpresa pra mim. – Destampou a travessa no centro da mesa e gemeu sozinha por ser um prato que ela realmente gostava. Não era pizza, mas uma das melhores comidas italianas.

Camila nos serviu e se enrolou para abrir o vinho que também estava sobre a mesa. Eu a ajudei e ela me beijou como agradecimento, logo me empurrando de volta para a minha cadeira.

Nós comemos enquanto riamos e conversávamos sobre algo extremamente bobo e quase sem importância alguma. Era uma simples conversa durante o jantar. Eu senti um nervosismo fora do normal quando ela deu seu último gole no vinho da sua taça e levantou vindo na minha direção.

Ela empurrou a mesa suavemente para longe de mim e sentou no meu colo ficando de frente para o meu corpo. Ri nervosa com a taça da minha bebida ainda na mão.

- Ainda vai beber isso? – Perguntou divertida olhando o meu copo quase vazio.

- Se importa? – Tentei sorrir também. Ela quase rebolou no meu colo e meu sangue correu rápido demais quando meu coração voltou a bater sem controle. – O que está fazendo?

- Olhando pra você. – Disse simplesmente. Agora séria. Minha respiração ficou presa na garganta. – Quero te fazer um pedido e eu não sei mais fazer rodeios quando eu quero realmente algo, então... Já que acabou aceitando morar comigo e nós beijamos uma a outra e fazemos bem mais que isso, mas não assumimos quase nada de verdade, eu quero oficializar nosso relacionamento. Não vejo mais motivos para ter medo de você não aceitar, então eu vou fazer o pedido e você diz sim como uma boa garota. Okay?

Deus! Ela realmente faria o pedido? Ela estava fazendo o pedido? Iria perguntar o que eu estava achando que iria?

- Okay. – Minhas bochechas tremiam por eu estar tentando controlar o tamanho do meu sorriso. Camila respirou fundo.

- Seja a minha namorada, okay? Você quer ser minha namorada? – Perguntou e eu quase gargalhei. Camila rindo suavemente. – O que foi? Tem algo no meu dente?

- Não, Camz. Não tem nada no seu dente. Eu só lembrei que pensei que já estivéssemos namorando. – Ela apertou meus ombros de empurrando para trás e gargalhando junto a mim.

- Ainda não respondeu. – Elevou uma sobrancelha e segurou meu rosto em suas mãos. Minhas bochechas doendo ainda mais pelo tamanho enorme do meu sorriso.

- Sim, amor. Eu quero ser sua namorada. Você quer ser a minha? – Perguntei divertida e ela sorriu com o olhar fixo nos meus olhos.

- Eu quero que você me beije pela primeira vez sendo minha namorada. Deus! Eu quero que você beije todo o meu corpo. – Sua voz soou roupa e baixa e meu corpo arrepiou outra vez. Ela pediu apenas que eu a beijasse, mas eu me imaginei percorrer os beijos pelo seu corpo inteiro de verdade e isso me acendeu por dentro. – Me beije, Lauren Jauregui

Eu realmente tenho que confirmar sobre o que pessoas apaixonadas dizem. Até o seu nome sendo pronunciado por alguém que você ama, soa diferente aos seus ouvidos. Ela disse o meu nome e eu me perdi por segundos até me encontrar novamente em sua boca quando a beijei com carinho, amor e desespero ao mesmo tempo. Nós estávamos namorando. Eu podia dizer a todos que Camila Cabello era minha namorada e isso me fez aquecer um pouco mais.

- Pra onde está me levando? – Camila riu quando a peguei no colo e levantei da cadeira bebendo o resto de vinho da minha taça e caminhando com ela para fora da cozinha.

- Estou te levando para a nossa cama. Vou te beijar o corpo inteiro lá. – A respondi e ela sorriu olhando pra mim. Eu tentando não bater com ela contra alguma parede e arrancar todas as suas roupas antes de chegarmos ao NOSSO quarto.

O meu desespero não era apenas por querer tê-la nua na cama. Eu queria poder a amar agora mais do que antes sabendo que estávamos em um relacionamento sério. Que ela havia me pedido para ser sua namorada e que ela também era a minha. Eu a queria amar mais a cada segundo do tempo em que passávamos juntas e ainda mais quando não estava com ela.

O meu peito chegava a arder por dentro tamanha a intensidade dos sentimentos que me atingiam a toda hora. Ela sorria deitada na cama enquanto eu a despia com calma e a beijava cada pedacinho do seu corpo agora descoberto. Eu sorria enquanto tirava minha própria roupa e ela me assistia antes de se aproximar e me ajudar a fazer tudo mais rápido. Nós sorrimos e nos amamos naquela cama como se estivéssemos selando algo real e extremamente importante. E nós estávamos.

- Você vai me amar até eu morrer? – Perguntou sonolenta já deitada sobre o meu peito. Eu acariciando suavemente seu cabelo.

- Vou te amar por quantas vidas eu te encontrar. Vou te amar eternamente. – Respirei fundo a sentindo rir vagarosamente.

- Você não sabe se o eternamente ou o infinito existem, garota. – Se aconchegou mais ao meu corpo.

- Bem, se nenhum dos dois existirem, então terei que os criar para poder te amar para sempre. Não falharei no meu amor por você. – Seu abraço foi mais forte. Ela beijou meu pescoço e sorriu.

- Não seja sempre tão linda, Lauren. – Gargalhou.

- Não estou fazendo nada. – A acompanhei sorrindo. – Eu só estou dizendo que vou te amar para sempre.

- Okay, garota. Eu vou te amar para sempre e o dobro disso.

- Vai? – Eu queria ver os seus olhos, mas já era tarde e estava escuro demais no quarto para que eu pudesse ver seu rosto.

- É claro que vou. Você me ama eternamente e eu te amo pelo infinito. - Beijei o topo da sua cabeça e ela trouxe o cobertor um pouco mais para o seu corpo. Estava frio. – Amo quando o seu coração acelera quando estamos juntas. Ele está batendo rápido agora.

- É sempre por você. Se eu morrer de ataque cardíaco, lembre de escrever o seu próprio nome no laudo da minha morte. – Ri e ela ficou quieta. Quieta demais. – O que foi?

- Só vamos parar de falar de mortes. Estamos vivas e devemos aproveitar isso ao máximo. Não quero ter de pensar coisas ruins enquanto estou ao seu lado aqui hoje.

Eu apenas concordei e ela não voltou a puxar assunto. Sei provavelmente o que havia agora na sua cabeça. A deixei descansar já que tínhamos trabalho na manhã seguinte. Camila não demorou para dormir e eu a acompanhei para o sono minutos depois. Sorri para o universo todo antes de cair no sono. Camila e eu estávamos namorando. Eu mal via a hora de contar para alguém.