História Discovery - Miami

Era quinta, último dia de trabalho antes do feriado prolongando da Páscoa. Ninguém parecia estar fazendo nada importante do lado de fora da porta da sala da Camila.

Ela respirava forte e apertava a madeira grossa da sua mesa. Vez ou outra ouvíamos alguém caminhar passando pelo corredor. Ela sorria e mordia o lábio inferior. As mãos afundavam um pouco mais no meu cabelo e ela os puxava causando uma dor fraca, mas gostosa.

- Deveríamos fazer isso sempre quando estivermos entediadas... Hmm Lauren... No trabalho. – Falou baixo e gemeu ao mesmo tempo. Eu quase sorrindo vitoriosa.

Minha cabeça estava entre suas pernas. Sua saía acima da cintura enquanto sua calcinha repousava no chão ao lado dos meus joelhos. Ela sentada em sua mesa. Alguns papéis espalhados pelo chão quando ela os jogou para longe da mesa e eu a sentei ali minutos atrás.

- Eu amo a sua boca. – Falou puxando meu cabelo outra vez. Sua respiração mais pesada a cada segundo. – Eu amo a sua língua. ... Isso, garota. Eu amo quando você faz assim.

Camila gemeu e eu apertei suas coxas com as mãos ao ouvir me chamar de garota. No início quando nos conhecemos e ela me chamava assim, eu ficava irritada porque não queria ser vista como uma simples garota, mas agora, toda vez que ela pronunciava essa palavra, era como se eu acendesse um pouco mais por dentro. No fim do dia, eu ainda seria sua garota. Ela me tinha tão fácil.

Sorri largo após seu beijo longo enquanto ela provava seu próprio gosto em minha boca e ainda gemia por sentir o corpo tenso pelo orgasmo que a havia atingido segundos atrás. Eu também amava sua boca, seu corpo, seu gosto. Eu amava tudo sobre ela.

Camila desceu da mesa e arrumou a roupa em seu corpo enquanto brigava comigo por continuar descendo o zíper da sua saia. Ela me batendo e me empurrando para terminar de se vestir direito. Eu tentando não gargalhar tão alto.

- Você é uma peste. Pare com isso! – Bateu na minha mão e eu a puxei de volta. Camila tentando fazer uma expressão brava, mas falhava ao sorrir. - Pare, amor.

- Eu queria tirar toda essa roupa e te foder direito sobre essa mesa. – A puxei para mim e ela gemeu baixo quando se chocou ao meu corpo. Eu falando em sussurros para ela, que apertou meus braços e se afastou novamente me olhando com um sorriso provocante.

- Mas você não pode. Talvez outro dia, baby. – Riu e caminhou para sua recolher os papéis espalhados pelo chão. Ela tinha mesmo que ficar nessa posição? – Não esqueceu de colocar nada na mala? Guardou os presentes para os seus pais e seus irmãos?

- Sim. Estão todos guardados e eu não lembro de ter esquecido nada. – Balancei a cabeça tentando tirar a ideia e a despir novamente e sentei na poltrona de frente para a sua mesa. Camila agora batia os papéis contra a madeira enquanto os organizava.

O dia na editora passou voando. Quando as 17h chegou, todos correram para seus planos de feriado. Camila e eu não fizemos diferente.

Pegamos um uber até seu apartamento e terminamos de guardar algumas coisas. Camila trocou de roupa, mas decidiu continuar com roupas sociais, já que segundo ela, ela queria causar uma boa impressão aos meus pais. Eu vesti apenas uma calça jeans surrada nos joelhos e uma camisa de banda que havia adotado da Camila. Ela não se importava.

Outro uber até o aeroporto. Nós encontramos Danny também esperando um vôo, mas ela iria para o Texas antes de voar para Miami. Disse que precisava resolver alguns assuntos antes de aproveitar o feriado.

Longos minutos depois e o nosso avião partia destino a minha casa. Eu realmente sentia falta da minha família e de alguns amigos.

Nunca pensei que o vôo fosse tão longo. Ou talvez eu só estivesse impaciente demais em ter de olhar Camila em suas melhores roupas sociais, que a deixavam fudidamente sexy e me excitavam até a borda da minha insanidade. Eu não a podia tocar agora e isso estava piorando a situação da minha imaginação mais que fértil.

Cruzei as pernas e respirei fundo para tentar acalmar minha mente. Como ela poderia me excitar e me deixar molhada apenas em estar vestida como sempre se vestia par ao trabalho? Eu estava alcançando o nível extremo na escala de trouxa.

Camila sorriu ao olhar pra mim e eu quase pulei para cima dela naquela poltrona do avião para a implorar que aliviasse a pressão forte abaixo da minha cintura. Eu precisava que ela me tocasse também porque ela sempre fazia isso tão bem.

Acabei colocando meus fones e ouvi música até apagar. Acordei com Camila me sacudindo e informando que estávamos finalmente pousando. Pelo menos minha excitação havia diminuído e minha animação em ver minha família voltado a preencher minha mente. Eu realmente precisava apresentar Camila a eles.

Papai e Tay nos receberam no desembarque. Camila de longe pareceu tímida. Ela foi bastante formal no início apenas mostrando o quão educada e séria ela era, mas seu olhar não me enganava. Ela estava realmente bastante animada.

Entrou em uma conversa mais animada ainda com Taylor e meu pai enquanto falava como eu era no trabalho e como eu era a melhor fotografa que ela conhecia em NY. Papai me olhando rapidamente com um orgulho que eu nunca havia sentido tão forte vindo dele como agora. Eu estava transbordando a felicidade por estarmos indo tão bem, então papai falou da Danny e contou como eram ano atrás. Camila simplesmente silenciou e deixou um sorriso fraco nos lábios enquanto ele continuava a falar sem saber que falar de Danny agora não era a coisa mais divertida para Camila ouvir.

Chegamos em casa e mamãe nos recebeu tão bem quanto meu pai e Taylor. Ela puxou Camila para dentro da casa e mais uma vez, Camila se mostrou o mais educada possível, mesmo quando eles contavam algo constrangedor sobre mim e eu esperasse que ela também ficasse envergonhada.

- Onde está o Chris? – Perguntei sentindo falta do meu irmão na sala durante nossa conversa.

- Ele está com a namorada. Chega amanhã para o almoço. – Papai informou e eu e Taylor nos olhamos com um sorriso malicioso no rosto. Eu sabia que Chris iria conseguir conquistar a garota que estava atrás.

Taylor acompanhou mamãe para a ajudar com o almoço, já que era quase meio dia. Papai continuou na sala e eu arrastei Camila para a apresentar o resto da casa e a ajudar com as malas até meu quarto.

- Sua cama é 3 vezes melhor que a minha. – Camila disse ao se jogar na minha cama quando eu fechei a porta do quarto. Não era mais a mesma mulher formal de antes e eu amava quando ela se sentia mais do que a vontade do meu lado.

- Eu quase não lembro como é. – Falei sorrindo e colocando as malas no canto da parede ao lado da porta. Me deitei ao seu lado. – O que achou deles?

- Seus pais e sua irmã? – Devolveu a pergunta.

- Sim. - Deitei de lado e apoiei a cabeça sobre o braço para poder a enxergar melhor. Camila sorriu e fechou os olhos.

- Eles parecem ótimos. São realmente bons. – Olhou pra mim novamente. – Desculpa por não ter uma família a qual eu possa te apresentar.

- Camz... – Seu sorriu agora era triste e ela quase deixou uma lágrima escorrer, mas respirou fundo outra vez e me abraçou. – Você não tem que pedir desculpas sobre isso.

- Eu sei, mas eu queria que você pudesse conhecer meus pais e a Sofi. Eles iriam te amar tanto. – Falou abafado contra meu ombro. – Eu sinto tanto a falta deles.

- Eu sei que sente, amor. Eu também amaria os conhecer. – Ela apertou os braços ao meu redor. – Você vai ficar bem? Pode ficar com a minha família pra você também se quiser. A gente casa e então viramos uma família só.

Gargalhou contra o meu ombro e me deu um tapa no braço. Eu sorrindo por a ouvir finalmente rir de algo bobo e deixar a expressão triste de lado.

- Eu amo você. – Disse antes de beijar o meu pescoço. Eu sorri mais largo.

- Eu também amo você. – Meu coração mais uma vez estava batendo para fora do meu peito e Camila sorriu beijando a veia saltante do meu pescoço. Eu sabia que ela podia sentir meus batimentos fortes ali. – Você está com fome? Mamãe vai servir o almoço daqui a pouco. Quer tomar um banho e trocar de roupa?

- Só se você me ajudar. – Falou manhosa e eu quase derreti por dentro.

Nós tomamos um banho rápido e trocamos de roupa. Agora um roupa mais leve, já que Miami estava quente como sempre. Taylor nos chamou para almoçar e descemos juntas encontrando já todos na mesa.

O almoço em família foi suuper animado. Camila gargalhada sempre de alguma besteira que meu pai contava e eu ria envergonhada sobre todas as bobagens. Taylor o ajudando a me fazer passar vergonha.

Um pouco antes do fim da sobremesa, mamãe perguntou sobre a família da Camila e eu a olhei como se esperasse que ela caísse, mas ela fez o contrário. Olhou minha mãe com um sorriso leve e contou sobre o acidente onde havia perdido sua família. O clima então era totalmente triste e todos estavam focados em detalhes que ela nos contava. Camila com a mão sobre a minha por baixo da mesa talvez buscando um pouco mais de força para continuar a contar sua história.

- Eu sinto muito por tudo isso, querida, mas vamos agradecer ainda por tudo o que você pode ter hoje. É um mulher linda, bem sucedida, saudável, divertida, tem bons amigos, pelo o que contou e bem... Acho que ter o apoio da Lauren é algo muito importante. – Mamãe falou e Camila sorriu mais largo ao ouvir meu nome. Os olhos brilharam na minha direção e ela apertou minha mão um pouco mais forte.

- Sim, o apoio da sua filha é uma das coisas mais importante para mim agora. Eu não sei se conseguiria me manter firme o tempo inteiro no trabalho sem ela. Tudo ficaria mais louco e eu provavelmente teria morrido de fome e desidratada. – Todos riram. – Eu não parava muito com o trabalho, então a Lauren me lembrou bem de como eu devo viver mais e deixar o trabalho um pouco de lado.

- Então vamos brindar a isso hoje. – Papai ergueu sua taça de vinho no ar e então Camila o acompanhou rapidamente seguida por todos nós. Tay com seu copo de soda.

- Vocês estão morando juntas agora, certo? Lembro que a Lauren ligou e disse isso. Ela te dá muito trabalho? – Minha mãe voltou a sua onda de perguntas e Camila não pareceu cansar em me elogiar até quase os defeitos. Eu corando e então sentindo meu coração querer explodir. Eu nunca iria conseguir deixar de a amar tanto.

Camila insistiu em ajudar com as louças do almoço, o que me fez insistir também para a ajudar a terminar tudo mais rápido. A louça não era muita, então demoramos mais conversando sobre qualquer coisa do que realmente lavando, secando e guardando as coisas.

- Você me leva a praia? – Perguntou animada enquanto eu arrumava os últimos copos no armário.

- Quer ir agora? – Perguntei de volta com um sorriso.

- Sim. Só trocamos de roupa e então você me leva, okay? Eu estou morrendo de saudades de ir a praia. – Eu a beijei a bochecha rapidamente e então a guiei de volta para meu quarto. Ela acenando para meus pais assistindo algo na sala.

Ela havia colocado esse único biquíni em sua mala e eu realmente agradeci a Deus depois que ela saiu do banheiro apenas com as peças pequenas ao seu corpo. Meu corpo inteiro aqueceu. Ela sorriu e deu uma volta.

- Está bom? – Olhou o próprio corpo no espelho grande do meu guarda roupas.

- Não quer cancelar a praia e ficar no quarto comigo? – Perguntei observando seu corpo cada vez mais de perto enquanto eu me aproximava. Ela sorriu para o nosso reflexo.

- Não. Quero ir a praia e você prometeu me levar. Vamos, troque de roupa rápido. – Se afastou em direção a sua mala e eu ri feito boba apaixonada.

Não demoramos a chegar na praia porque não era realmente longe. Nós tínhamos as mãos dadas e Camila observava ao máximo tudo o que podia ver antes mesmo de por os pés na areia. Eu observando seu sorriso e o seu caminho ao mesmo tempo para que ela simplesmente não fosse de encontro ao chão por tropeçar em algo que não via ao caminhar.

- Vamos ficar aqui. – Jogou suas coisas sobre a toalha de piquenique que eu havia pego com minha mãe e respirou fundo o vento forte da praia. Sorriu mais forte. Tirou o short quase minúsculo que usava e a blusa com alças finas as jogando também sobre a toalha na areia. – Vem comigo?

Perguntou antes de eu também começar a tirar minha roupa para a acompanhar para um mergulho. Em segundos nossos pés estavam sendo molhados pela água em uma temperatura ótima.

O sorriso forte em seu rosto e a animação por estar dentro d’água a fazia parecer uma criança e eu não me contive em apenas a observa-la. Camila estava em meus braços e eu a beijei os lábios provando mais uma vez o gosto enlouquecedor da sua boca.

Não passamos muito tempo na água. Resolvemos sair da areia também e ocupamos um dos espaços de uma barraca de luxo na praia. Pedimos algumas bebidas e conversamos sobre Miami e coisas que ela gostaria de ver. Eu comecei a ter outros planos porem.

Sua beleza era sem igual e eu pensei que nunca fosse um dia poder superar o quanto Camila poderia ser linda sempre. Eu tive que a fotografar quase no pôr do Sol. Aquela foto seria de longe uma das minhas favoritas.