História Discovery - And I want Camila Cabello

Início de maio. Eu estava escorrendo do sofá pro tapete da sala quando Camila gritou algo da cozinha e eu literalmente me esparramei no tapete da sala como um gato velho e gordo. 

- O que foi isso? Você caiu do sofá? – Correu de volta pra sala e me olhou confusa com um sorriso divertido no rosto.

- Eu estou morrendo de sono, Camz. Por favor. Me deixe dormir 5 minutos. – A implorei ainda com os olhos fechados.

- Nada de 5 minutos. Levanta o bumbum do chão e vem me ajudar com o jantar já que não está mais trabalhando nas fotos. – Falou firme e seguiu de volta para a cozinha. O tapete da sala nunca foi tão confortável. Nem daquela vez que Camila estava entre minhas pernas durante uma maratona de Friends. Eu poderia dormir aqui todos os dias. - LAUREN!!

- Hmm.. Eu estou indo. – Talvez eu parecesse um zumbi agora me arrastando pelo piso do apartamento. Me apoiei na poltrona e me ergui de pé respirando fundo. Eu realmente precisava de um cochilo, mas se Camila não te deixa dormir, então você simplesmente não dorme. – Aqui estou.

- Você não está tão cansada assim, amor. – Riu sozinha enquanto colocava uma uva na boca e a mastigava como se fosse a melhor uva que já havia comido em toda a vida.

Eu amo comida, mas no momento nem isso estava afastando o sono excessivo dentro de mim. Sentei em um dos bancos do balcão e baixei meu rosto na pedra gelada. Era confortável para um cochilo também.

- Lauren, não é hora de dormir. – Assobiou no meu ouvindo e eu gemi irritada.

- Você esta tentando me privar de tudo agora? Ontem foi o sexo, hoje é o sono. O que vai ser amanhã? – Levantei a cabeça a seguindo com o olhar pela cozinha.

- Te privei de sexo? Lauren, eu disse que ontem eu não podia. Você sabe muito bem o porquê. Deixe de ser birrenta ou você vai dormir sem jantar. – Autoritária.

- Me deixe dormir sem comer então. Eu preciso da nossa cama. – Choraminguei.

- Okay, bela adormecida. Vem jantar comigo e eu te libero para dormir. – Me puxou de volta pra sala enquanto colocava um prato de sopa quente nas minhas mãos.

Eu quase baixei a cabeça sobre o prato. Camila me empurrou para o lado e eu caí de cara com o sofá. Acordei assustada.

- Como pode estar com tanto sono? – Perguntou com seu tom de preocupação. - Okay, vamos pra cama. Você come mais quando acordar desse sono estranho.

Me ajudou a caminhar até a cama e me cobriu com um cobertor fofinho, limpo e cheiroso. Eu sorri com o seu beijo de boa noite e seu sussurro de eu te amo. “Eu te amo mais” respondi em minha mente, mas logo tudo apagou e eu adormeci.

Era madrugada ainda quando acordei, mas não tão tarde e sim quase cedo. O sol desbravaria o céu mais uma vez e não demoraria muito.

Caminhei esfregando os olhos de volta para a sala. Camila estava jogada no sofá com o notebook do lado. Uma xícara de café até a metade, biscoitos e rosquinhas sobre a mesa de centro. Ela iria acordar dolorida.

- Camz, acorda. Vamos pra cama. Você vai ficar dolorida. – Falei baixo e ela me puxou sem que eu esperasse para mais perto e então envolveu meus ombros com os dois braços e se inclinou mais para frente.

- Me leve pra cama. – Sussurrou e eu a tomei em meus braços enquanto ela envolvia as pernas as encaixando na minha cintura. Ela cheirava incrivelmente bem, mas café era um cheiro predominante após seu perfume. – Obrigada.

Agradeceu, mas não soltou de mim quando a deitei na cama junto comigo. Eu levantaria para apagar algumas luzes, mas foi tão confortável, que eu apenas me aconcheguei mais ao seu abraço e adormeci novamente em seus braços

- Aii... Mas que merda. – Acordei ouvindo Camila reclamar sobre algo. Ela gemeu e eu abri um olho para então encontra-la tentando esticar a coluna. Eu disse que ela ficaria dolorida.

- Dolorida? – Perguntei. Minha voz totalmente arrastada. Ela gemeu outra vez. Um gemido de dor. – Deita aqui. Vou te fazer uma massagem.

Camila deitou quase imediatamente na cama. Ela estava sem blusa e eu agradeci por isso. Era mais fácil fazer uma massagem assim. Sentei na cama e respirei fundo. Ela com o rosto enfiado nos travesseiros.

- Eu avisei que ficaria dolorida. – Sentei um pouco abaixo da sua bunda enorme e a encarei cogitando a dar um tapa, já que ela sempre me batia na bunda. Desisti quando ela gemeu de dor outra vez ao tentar se mover. – Okay, fica parada. Vou tentar dar um jeito.

Ela gemeu novamente quando a toquei firme nas costas enquanto massageava onde parecia doer um pouco mais. Camila pareceu ir relaxando mais ao longo dos minutos de massagem. Gemeu outra vez. Dessa vez um gemido não mais de dor, apenas um gemido de aprovação.

- Melhor? – Perguntei quase deitando o tronco sobre suas costas e falando baixo em sua orelha. Ela sorriu.

- Quero casar com você. Me diga que vai fazer essa massagem em mim pra sempre. Por favor! – Falou manhosa e eu beijei sua nuca logo endireitando a postura para não jogar meu peso sobre ela. Sorria feito boba outra vez.

- Se casarmos mesmo, eu não me incomodo em acordar todos os dias pra te fazer uma massagem. – Trouxa, Lauren. Muito trouxa. Mas quem não seria por Camila Cabello?

- Hmm, garota. Eu sabia que você era a melhor. – Virou os rosto um pouco mais de lado contra o travesseiro e eu vi o seu sorriso perfeito. – Fome?

- Menos dolorida? – Perguntei de volta.

- Sim. Obrigada. – Respondeu tentando se virar, mas continuei onde estava. Ver Camila sem blusa e apenas com essas calças de moletom que eu adorava usar, não era a imagem menos convidativa. Baixei novamente o corpo contra o seu e deixei beijos em seu ombro. - Lauren, não foi essa fome que me referi.

- Mas você é tão gostosa. – Gemi contra a sua pele tentada a não mover minhas mãos para a sua cintura e a apertar.

- Levante. Vou preparar algo para comermos. – Me girou na cama e ficou por cima de mim. Minhas penas em volta da sua cintura. Eu sorria abertamente. Me deu um beijo rápido e pulou para fora da cama. Revirei os olhos.

- Por que não quer transar comigo? – Perguntei irritada.

- Quero transar com você, mas você precisa aprender a ter controle. – Vestiu uma das minhas blusas gigantes.

- Eu tenho que aprender a ter controle? Foi você quem me fudeu em uma cabine do banheiro do supermercado. – Sentei na cama a encarando dar de ombros.

- Você fica irresistível naquela calça jeans, garota. Eu sempre disse que não teria controle sobre ela. – Fez um coque mal feito no cabelo e sorriu.

- Aham.. E aquela vez que estávamos no cinema? – Elevei uma sobrancelha.

- O filme era chato e... Você tava linda naquele vestido. Foi impossível manter o controle. – Respirou fundo como se lembrasse do dia do cinema.

- Quem te olha de longe nem imagina que você está sendo a ativa da relação, mas eu gostaria de lembrar pra senhorita, que eu não sou passiva. – Eu levantei da cama e caminhei vagarosamente até ela. Camila com um sorriso grande nos lábios.

- Pois eu digo, você é uma passiva muito escandalosa. – Deu um tapa no meu braço e correu para a cozinha. Um inferno que eu era passiva escandalosa.

Estava ficando tensa por não poder a tocar como eu queria e mesmo que as vezes ela tentasse aliviar a tensão, quando ela se afastava, eu me irritava mais uma vez. Por que eu não abria suas pernas de uma vez e mostrava como se chupar alguém? Ela não negaria se minha língua estivesse na sua...

- Lauren!! Você esqueceu de levar o lixo pra fora. Parece que tem um animal morto na minha cozinha. – Gritou.

- Sua cozinha. Seu lixo. – Gritei de volta revirando os olhos novamente. Eu não faria nada que ela pedisse até que a tivesse pra mim novamente.

- O que disse? – Apareceu no corredor. Eu a encarando antes de entrar no banheiro. – Hey...

- Sua cozinha e seu lixo. Foi o que eu disse. – Joguei minha roupa no cesto de roupas sujas e entrei no box para tomar banho. Não voltaria a dormir mais.

- Ficou com raiva porque te chamei de passiva escandalosa? – Gargalhou.

- Sai do banheiro, Camila. Estou tomando banho. – Rosnei. Ela riu outra vez.

- Hmm... Crianças. – Disse antes de sair do banheiro e fechar a porta. Eu mal podia esperar para lhe mostrar a criança e a passivinha escandalosa. Camila não sabia com estava mexendo.

O dia no trabalho foi insuportável. Literalmente insuportável. Camila estava caminhando de um lado para o outro na editora com essa maldita saia social grafite e esse decote em sua blusa social que me deixava ver seu sutiã preto toda vez que ela passava por mim.

Me senti uma drogada em abstinência sem sua droga favorita. Eu precisava do seu gosto na minha boca, os seus gemidos falando meu nome alto e meus dedos a batendo o mais fundo possível.

- Melhor? – Sussurrou no meu ouvido me assustando um pouco antes do almoço.

- Melhor sobre o que? – Rosnei outra vez.

- Okay... Não melhor ainda. Preciso ir no apartamento buscar alguns documentos que eu esqueci sobre a mesinha de centro da sala. Você vai comigo no almoço ou precisa que eu busque algo? – Perguntou. Minha mente me deu um tiro de ideia e eu virei o rosto para que ela não visse meu sorriso diabólico.

- Vou com você no almoço. – Tentei falar como se ainda estivesse irritada. Camila se aproximou e me beijou o topo da cabeça enquanto acariciava suavemente meu cabelo.

- Certo. Eu passo aqui pra gente sair ao meio dia. – Falou novamente e me beijou a bochecha. – Te amo.

Droga, Camila. Eu estava te jogando contra a parede do nosso apartamento e me enfiando dentro de você sem aviso enquanto você gemia na minha boca e agora você diz te amo de uma forma tão fofa. Tudo foi embora. Eu sorri ternamente a olhando nos olhos.

- Te amo também. – Devolveu o meu sorriso e não se incomodou em se aproximar outra vez e me dar um selinho rápido e correr de volta pra sua sala. Eu precisava dela no almoço mais do que precisava de ar para sobreviver. Os Jauregui sempre tem aquilo o que querem e eu queria Camila Cabello para o almoço.