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História Discovery - Let's work together


Escrita por: camren-in-love

Capítulo 53 - Let's work together


Fanfic / Fanfiction Discovery - Let's work together

Horas infinitas passaram. Eu estava me sentindo dolorida quando acordei. Estive esperando que quando acordasse naquele dia, teríamos uma notícia positiva sobre a Danny, mas tudo o que ouvi e vi quando acordei foi desespero.

Camila havia desaparecido da sala de espera. Metade da sala estava chorando e a outra metade tentava confortar as pessoas tristes mesmo tendo a pior expressão em seus rostos. Tudo era um caos. Eu me senti tonta. Quando haviam chegando tantas pessoas?

Levantei de onde estava e olhei outra vez em volta a procura dela. James balançou a cabeça negativamente em minha direção enquanto abraçava Cris que chorava em seus braços.

O corredor foi meu próximo destino, mas ao parar na porta e encarar os dois lados tentando escolher qual deles seguir primeiro para minha busca, me fez tonta outra vez. E se eu levasse o caminho mais longo para a achar? Danny havia morrido durante a cirurgia? Porque...? Eles não estariam chorando se ela estivesse viva, Lauren.

Eu tomei a esquerda e corri esbarrando em uma multidão de funcionários do hospital. O corredor pareceu pequeno a princípio, mas a cada passo novo que eu dava, ele ganhava o dobro do seu tamanho e parecia nunca ter fim. Haviam diversas portas agora. Eu tentei as abrir quando estava livre dos funcionários, nenhuma delas estava aberta.

- Camila. – Gritei seu nome e ouvi minha voz ecoar pelo corredor sem fim. Minha única resposta foi minha própria voz respondendo seu nome de novo e de novo. - Camila!

- Lauren. – Senti alguém me sacudindo e abri os olhos novamente, dessa vez Camila tinha uma das mãos no meu rosto e me olhava parecendo preocupada. Ela deu um sorriso curto e beijou minha testa. – Foi só um sonho ruim. Está tudo bem.

Acariciou meu rosto novamente e me abraçou forte esfregando meus braços tentando me aquecer. A sala parecia mais fria. Olhei em volta e todos nos encaravam parecendo confusos. Dinah bagunçou meu cabelo e Camila empurrou sua mão.

- Ela está bem. Estava apenas sonhando. – Camila disse olhando para os outros enquanto eu continuei em silêncio tentando entender tudo melhor.

- A Danny. Cadê a Danny? – Levantei em um salto da cadeira e Camila me puxou de volta segurando firme em meus ombros enquanto tentava ocupar meu campo de visão perdido.

- Ela está em cirurgia ainda, amor. Ela está bem. Não tivemos notícias ainda, mas ela deve estar bem. – Sua voz foi firme. Eu respirei fundo e cocei a cabeça ainda me sentindo perdida e um pouco sufocada. - Okay, levanta. Vamos dar uma volta. Talvez você se sinta melhor.

Tomou minha mão a sua e nos guiou para fora da sala. Lá estava o corredor, mas não tinham mais os funcionários por todos os lados ou tantas portas quanto antes quando começamos a caminhar. Tudo era calmo e o corredor acabava não muito longe dali. Camila empurrou uma das portas para a varanda e a segurou me puxando a mão um pouco mais forte para que eu passasse primeiro. Caminhei até o parapeito e olhei para a rua lá embaixo. Poucos carros estavam estacionados ali em frente. O movimento estava calmo e já havia anoitecido. Eu não fazia ideia de que horas deveriam ser agora.

- Hey, você garota. – Camila disse ao me abraçar por trás e beijar meu ombro. Não a respondi nada, apenas devolvi o abraço aos seus braços ao meu redor. Ela me segurou mais forte. – Foi só um sonho ruim. Quer falar sobre isso?

- Não. Está tudo... Está tudo bem. Foi só um sonho. – Falei baixo e olhei minha mão sobre a sua. Sua cabeça descansou sobre meu ombro. – Não falaram nada ainda? Por quanto tempo eu dormi?

- Você dormiu um pouco. Pensei que fosse acordar um pouco dolorida porque não estava na melhor posição do mundo, mas também não quis te acordar porque já estava acordada durante todo esse tempo. Tive que te deixar dormir um pouco. Você está bem? – Ela perguntou me virando de frente pra ela e mantendo suas mãos na minha cintura. Eu ainda com a mão sobre a sua.

- Estou bem. A Danny? – Perguntei outra vez sentindo meu estômago vibrar pela lembrança do sonho.

- Ainda não nos deram notícias, amor. Ela ainda está em cirurgia. Eu sempre vou achar estranho aquela enfermeira, Luise, passar pela sala de espera ou trazer suco pra mim e dar o maior sorriso do mundo me agradecendo por trazer o Shepherd. – Sorriu balançando a cabeça para os lados. – Não fique negativa, certo? Danny vai sair dessa. Eu tenho certeza que vai.

Foi quase como se eu estivesse sendo puxada de volta para um sonho. Dessa vez não foi James que apareceu na porta da varanda e sim Dinah. Ela tinha uma expressão receosa e Camila teve que deixar seu animo cair um pouco ao olhar o rosto da amiga. Eu senti minhas orelhas queimarem por quase entrar em desespero e chorar ali mesmo.

- Vem, Camila. O médico está nos esperando. – Foi o tom de voz mais sério que já ouvi Dinah falar. Meu coração partiu diretamente ali e eu senti a primeira lágrima rolar.

Camila respirou fundo. Fechou o rosto. Apertou a mandíbula e segurou minha mão antes de me olhar com um olhar um tanto inseguro, mas ela não quis transparecer. Que isso não fosse como no meu sonho.

Voltamos caminhando mais rápido pelo corredor. Eu engoli minhas lágrimas a cada novo passo. Meu coração se sentia fraco e a tensão aumentava a cada segundo. Dinah abriu foi a primeira a entrar, então Camila me encobriu a visão do cirurgião.

- Aí está você. – Sua voz não era tão negativa quanto eu estive esperando ouvir. - Bem, já que eu estou aqui, sua mãe deve estar em algum lugar, certo?

- Você pode pular toda essa parte de drama e dizer apenas o que eu quero saber? Não quero ser rude, mas estou impaciente. Por favor! – Camila o cortou. Eu não podia mais ver seu rosto, mas podia apostar em seus ombros tensos e sua mão apertando forte a minha que ela estava quase como eu, mas era um pouco mais dura.

- Tudo bem, senhorita. Como quiser. Tivemos uma complicação ainda a pouco, mas ela está bem. O tumor realmente é complicado para extração, mas novamente se você foi me buscar em Seattle, devo dizer que confia no meu trabalho. Por hora a Danny voltou ao quarto. Vou dar uma pausa com ela devido a complicação que tivemos. Voltaremos a sala de cirurgia o mais rápido possível quando ela estiver um pouco mais estável. Eu estou tão perto. Vocês só precisam rezar para que ela seja forte e aguente um pouco mais até que eu termine o que vim fazer por ela. – Disse calmo. Eu tive que dar um passo para o lado para ver seu rosto. Ele parecia tranquilo, mas era cirurgião, ele nunca iria poder transparecer qualquer insegurança em seu trabalho ou estaríamos todos em prantos agora. – Tenham um pouco de paciência e sejam fortes para a apoiar. Eu vou te devolver sua mãe daquela sala com vida, exatamente como eu te prometi em Seattle, Camila.

- Eu sei que vai. Obrigada. – Camila lhe deu um sorriso curto de lado. A expressão ainda indecifrável em seu rosto enquanto todos tinham suas rugas de preocupação saindo para fora dos seus rostos.

- Não me agradeça ainda. Eu indicaria que fossem para casa agora, tentassem relaxar um pouco e voltassem pela manhã. Vai ser uma noite longa e acho que tem gente demais aqui para esperar por tanto tempo. Vou deixar que decidam. – Shepherd olhou para todos. Eu soube o que Camila pensou.

- Não posso passar a noite com ela? – Perguntou com urgência.

- Olha, não vou te deixar entrar no quarto porque você precisaria tomar um banho e vestir roupas mais limpas. Você chegou e voltou de Seattle e ainda esta com as mesmas roupas. Eu ficarei a noite com a Danny. Não se preocupem com isso. A sua poltrona vai ser minha essa noite. Ela não está muito estável, então não tirarei meus olhos dela. Eu prometo. – Sorriu.

- Eu tomei banho durante esses dias. – Camila disse séria.

- Eu sei que sim, mas as roupas... Bem, vá pra casa, Cabello. Leve sua garota com você. Acho que todos merecem um descanso. Amanhã vocês retornam e eu lhes digo notícias melhores. Combinado? – Elevou as sobrancelhas esperando uma resposta. Ela séria dura.

- Vou estar aqui as 6 horas. – Camila falou e todos a olharam confusos. Ela tinha aceitado deixar o hospital?

- Às 6 te darei melhores notícias. – Confirmou com ela. Um sorriso curto outra vez em seus lábios. – Sua mãe vai ficar bem.

- Eu sei que sim. – Foi tudo o que ela disse.

James fez algumas perguntas. Camila buscou sua bolsa e a minha mochila encostadas nas cadeiras onde estávamos e apenas acenou se despedindo de todo mundo. Ela estava preocupada demais para desejar boa noite para todos.

- Camila, podemos dormir na sua casa? – Ally perguntou acompanhada de Dinah e Normani atrás dela.

- Sim. – Respondeu. Ela colocou minha mochila em suas costas e jogou a bolsa sobre o ombro. Segurou minha mão outra vez e caminhamos todas para fora do prédio em direção ao estacionamento.

Eu pensei que fosse odiar ver aquele carro outra vez, mas devo dizer que fiquei feliz em ter um transporte para nos levar pra casa agora.

Estava indo em direção ao banco do motorista quando ela me fez dar a volta e abriu a porta do outro lado. Entrei sem perguntar ou falar nada. Ela colocou a mochila perto dos meus pés e perguntou rapidamente se eu poderia levar a sua bolsa, logo já estava correndo para alcançar a outra porta.

- Você vai dirigir? – Normani perguntou.

- Não. Sentei aqui porque é o banco mais confortável do carro. – Revirou os olhos. Dinah riu. - Desculpa, Mani. Estou... Eu só... Eu preciso dirigir um pouco pra me sentir um pouco melhor.

- Tudo bem, Mila. É que a Lauren sempre dirige pra você, eu só pensei que ela que fosse dirigir. – Normani aceitou a mão que Camila lhe ofereceu e elas sorriram.

- Prefiro dirigir hoje. Daqui a pouco já estaremos em casa. – Suas amigas concordarem e Camila logo moveu o carro para longe dali.

O caminho foi em silêncio absoluto. Ninguém se pronunciou sobre nada. Quase não havia contato visual entre nenhuma delas. Eu podia as enxergar pelo espelho do retrovisor, mas todas estavam muito perdidas em suas mentes. Camila pareceu apenas prestar atenção no tráfego movimentado do centro da cidade. Estava acontecendo um evento no Central Park e tivemos que esperar alguns minutos para conseguir chegar na rua lateral do outro lado por conta do engarrafamento ali perto.

Estacionou o carro, cumprimentamos Marcos e subimos também em silêncio até o apartamento. Estava tudo exatamente como ela mantinha. Tudo em ordem em seu lugar. Ela olhou em volta como se checasse como estava tudo e respirou fundo.

- Vocês querem dormir onde? – Perguntou virando de frente as 3 amigas.

- A gente se arruma aqui pela sala mesmo. Quando for de manhã voltamos no hospital com vocês. – Ally respondeu por todas. Dinah sentou no sofá ao lado da Normani.

- Certeza? Vocês podem ficar com a Lauren na cama e eu me viro por aqui. – Perguntou mais uma vez.

- Não, Mila. Acho melhor vocês duas ficarem juntas essa noite. Eu acho que vão precisar do apoio uma da outra. Nós damos um jeito. Tomem um banho e a gente busca alguns cobertores pra passar a noite. Eu sei onde encontrar tudo. – Dinah falou agora levantando e dando seu lugar a Ally que concordou com a amiga.

- Okay. – Seguimos para o quarto. Camila ajudou Dinah a pegar tudo que elas precisariam para dormir na sala. Uma ficaria no sofá e as outras duas dormiriam sobre cobertas mais grossas sobre o tapete que também não deixava de ser confortável.

Eu segui para o banheiro e joguei minha cabeça debaixo da água fria. Meu corpo inteiro tremeu e eu me praguejei por não ter verificado a temperatura antes. Camila entrou no banheiro minutos depois e não se importou em me ajudar a terminar meu próprio banho enquanto ela tinha coisa demais na cabeça para dizer algo.

Seu banho não foi longo uma vez que sabíamos que suas amigas também precisavam de um banho relaxante pelo dia longo. Nós trocamos de roupa e quando decidi a ajudar a preparar algo para comermos, Camila se negou de um modo quase raivoso. Ela precisava fazer algo para ocupar sua mente. Foi tudo o que deduzi pelas suas ações seguintes.

Ela quis fazer tudo sozinha, mas após o jantar, que foi basicamente sanduíches de pasta de amendoim e suco que havia na geladeira, ela desabou nos meus braços na cama e me abraçou como se fosse uma criança com medo de tempestades.

Não havíamos trocado nenhuma palavra sobre o assunto ainda, ela teve apenas que me olhar por três segundos depois que sentei na cama e então eu percebi que ela não estava tão segura assim. Sua cabeça descansava sobre minhas coxas enquanto ela tentava me segurar de volta de alguma forma. A respiração presa pelo soluço cortando seu choro silencioso. Me doía agora duas vezes mais. Eu estava com medo por Danny e queria que eu pudesse tomar metade da dor do medo da mulher em meus braços. Seria eternamente mais difícil pra ela.

Nós demoramos a dormir naquela noite. Parecia haver um barulho ensurdecedor, mas eram apenas as possibilidades de ter uma manhã pior que a outra. Deveríamos ter dormido um pouco, mas é quase impossível parar a sua mente quando algo te perturba.

Era madrugada ainda. Camila estava deitada de frente para mim a poucos centímetros. Me afundei em seu olhar e ela se prendeu ao meu. Vi seu medo, seu quase desespero, sua dor e ansiedade aumentando aos poucos. Tínhamos o celular entre nós para qualquer notícia, mas não esperávamos realmente o ouvir tocar.

Ela pareceu analisar meu rosto segundos depois. Traçou cada detalhe em mim com a ponta do dedo e sorriu suavemente cortando sua expressão machucada.

- Você é linda. – Sussurrou.

- Você também é linda. – Lhe devolvi o elogio e sorri de volta. Ela respirou fundo.

- Não quero te perder nunca. Me deixe morrer primeiro, okay? – Pediu como se fosse uma coisa a qual eu pudesse concordar.

- Camila...

- Eu estou só pedindo. Não posso te perder nunca. Se você morrer, eu morro. – Seu sussurro foi mais baixo ainda.

- Se você morrer, eu morro também. – Repeti suas palavras. Ela quase chorou. – Não precisamos falar sobre isso agora, Camz. Nós estamos bem, a Danny vai ficar bem. Tudo vai voltar ao normal como no início do ano.

- Queria ter te conhecido antes, talvez você fosse a salvação para todos os demônios em mim. – Ela fechou os olhos ao toque da minha mão em seu rosto.

- Acha que ainda posso te salvar de todos eles? – Me aproximei um pouco mais. Nossas testas quase coladas uma a outra.

- Eu acho que sim. – Seu sussurro sobrou contra meu rosto. Ela abriu os olhos e manteve nosso olhar até que tivéssemos que cortar quando Dinah apareceu na porta do quarto com seu cobertor nas mãos.

- Vocês me adotam por uma noite? Eu não consigo dormir no chão. A Mani se agarrou na Ally no sofá e eu fiquei sozinha. – Falou como uma criança de 5 anos. Camila sorriu e me puxou para o seu lado da cama. Eu quase deitando sobre ela. – Vocês estão melhor?

- Vamos ficar bem. Deita aqui. – Bateu suavemente no meu lado da cama e Dinah se jogou do nosso lado. – Melhor?

- Sim. Obrigada. – Dinah sorriu e se cobriu com seu cobertor. Camila escorregou para o meio da cama e eu a abracei as costas lhe deixando relaxar em meus braços.

O silêncio não demorou a tomar conta de todo o apartamento. Eu não consegui apagar, porém. Camila também não. Eu podia sentir seus dedos correrem suavemente pelo meu braço em uma carícia lenta durante todo o resto do tempo até que o despertador tocasse e levantássemos.

Nos arrumamos primeiro para depois deixar as garotas se arrumarem também. Dinah agradeceu novamente por termos a acolhido na cama na noite passada enquanto Normani reclamava sobre Ally ter a atingido com uma joelhada na barriga.

Não demoramos para correr para fora do apartamento e seguirmos de volta ao hospital. Paramos no caminho em um drive thru apenas para comprar 5 cafés e eu voltei a dirigir para nosso destino final.

Camila parecia mais calma dentro do carro após dois goles de café preto e amargo. Seu nervosismo e tensão voltou no andar do quarto da Danny. Foi a primeira a entrar. As meninas resolveram ir para a sala de espera para não causar tumulto no quarto.

Dr. Shepherd estava verificando Danny assim que entramos. Ele sorriu e continuou seu trabalho enquanto o observávamos ainda de longe. Ele parecia positivo e isso me fez respirar melhor.

- Bom dia, garotas. Eu lhe prometi notícias boas as 6 e como você foi pontual, srta. Cabello, aqui estão elas. Danny parece estável e passou a noite bem. Acho que suas preces foram ouvidas. Vamos a verificar novamente as 8h, se ela ainda estiver estável como agora, retornaremos a cirurgia o mais breve possível. – Sorriu. Camila relaxou os ombros e devolveu seu sorriso a ele. Danny estava logo atrás, mas não quis focar nela assim com a cabeça enfaixada e ligada a mais aparelhos ainda. – Eu olhei a revista de vocês enquanto esperava e vou ter que dizer, precisamos de uma assim em Seattle também.

- Talvez algum dia e sobre a Danny, eu vou continuar confiando em você sobre a me trazer bem. – Ela empurrou seu café pra ele e se aproximou da cama com um sorriso suave. – Eu sei que ela pode fazer isso também, então vamos trabalhar nessa juntos.

- É exatamente o que eu digo. – Piscou pra mim divertido. – Ela não está tão ruim, como eu lhe disse já antes. Eu operei casos mais complicados e hoje eles vivem igual antes de terem o tumor. O problema da Danny foi não ter aceitado o tratamento oferecido antes. Isso fez com que o tumor crescesse livre para todos os lados. Estou tentando fazer o meu melhor, mas atingir alguma área importante do seu cérebro ou ter hemorragias durante a cirurgia é o que mais me preocupa, por isso demos uma pausa. Precisamos estar bem para que tudo ocorra como o planejado.

- Então me devolve o meu café e vai dormir um pouco também. Eu sei que você não pode tremer um músculo sequer do seu braço ou isso pode acontecer, então vai dormir. – Tomou seu copo de volta e nós rimos. Ela o empurrou pra longe. O clima estava leve como deveria estar. O sorriso dela clareava a minha alma e me trazia mais esperança ainda.

Camila confiou tudo nele, eu confiei tudo nela e Danny deveria estar confiando em todos nós para ficar tudo bem.

Trabalhamos um pouco na sala de espera enquanto ouvíamos a chuva suave bater contra a janela da sala. As garotas haviam ficado mais calmas com a notícia e deixaram o hospital para resolver algumas coisas dos seus trabalhos. Camila tinha que começar outra campanha e é claro que ela tinha as melhores ideias na mente para tudo. Mandou alguns e-mails. Ligou para James para o informar e pedir que acalmasse todos na editora. Voltou sua busca para seu novo tema. Eu tive que voltar as minhas fotos enquanto ela me ajudava a selecionar as melhores. Era quase maldade a interromper em algo para pedir ajuda, mas eu a tinha ajudado tanto no trabalho que ela não se negou em segundo algum a me dar uma segunda opinião, o que acabou facilitando muito o meu trabalho com as fotos da exposição. Ela havia lembrado fotos as quais eu nem havia pré selecionado. Realmente, sua visão para negócios, até mesmo com a fotografia, era incrível.

As 8 horas fomos informadas que Danny voltaria a cirurgia depois das 11. Camila passou algum tempo com ela enquanto eu ainda terminava meu trabalho e atendia seu celular que não parou de tocar por alguns minutos enquanto ainda tinha que informar a todos sobre como Danny estava.

Camila almoçou a força comigo na lanchonete próxima ao hospital. Ela parecia impaciente até sua comida chegar, então ela jogou tudo goela abaixo e me apressou para comer mais rápido. Eu tive que rir por ela se engasgar com sua vitamina.

Danny estava a 2 horas de volta a sua cirurgia. A sala de espera havia voltado a ficar cheia com nossos amigos. Dinah acabou dormindo sobre Normani depois de algum tempo. Camila encarava a porta da sala enquanto brincava com meus dedos impaciente.

Tiveram conversas paralelas. Silêncio. Nervosismo. Sono. Muito sono e ansiedade. James trouxe café no meio da tarde quando Camila saiu para atender um telefonema. Ela voltou minutos depois acompanhada do cirurgião. Ele estava sério e ela me olhou parecendo confusa. Todos ficaram de pé esperando qualquer notícia.

- Bem, acho que terminamos por hoje. – Sorriu. – Consegui remover praticamente todo o tumor. Danny sofreu uma pequena hemorragia ontem durante a cirurgia, então ainda não estamos certos sobre qualquer dano futuro, mas esperamos o melhor e estamos bastante positivos. Ela está voltando para o quarto e ficará sedada até amanhã de manhã. Está estável e com um tratamento posterior, as chances de um novo tumor voltar a crescer é quase nula, eu espero.

- Você conseguiu? – Halsey perguntou quase chorando.

- Sim. Conseguimos. Ela vai ficar bem. – Ele deu um sorriso bem maior e Camila deu uma volta entrando e saindo da sala com as mãos na cabeça. Todos abriram um sorriso também. – Eu os libero para visitas quando ela estiver mais descansada, certo? Ainda é muito cedo para visitas grandes, então tenham só mais um pouco de paciência.

- Eu posso vê-la? – Camila perguntou parando quase a sua frente. Minha cabeça estava explodindo, mas era de felicidade, eu não estava sabendo reagir a nada até que James e Jacob me puxassem para um abraço em grupo e eu acabasse sorrindo junto com eles. Ela estava bem. Ficaria melhor a cada dia.

- Bem, ela é quase a sua mãe, mas só vou liberar a sua entrada agora porque sei que você pode me jogar pela varanda se eu não o fizer. – Ele brincou e Camila o abraçou forte enquanto ele continuava sorrindo para nós.

- Muito obrigada!! – Falou alto quando o soltou. Ela olhou pra mim e eu vi o seu melhor sorriso de volta ao seu rosto. Todos nós estaríamos bem em breve.

Dr. Shepherd falou um pouco mais e logo seguiu com Camila enquanto a sala continuava a se abraçar e sorrir comemorando o sucesso da cirurgia. Eu esperei pela volta da Camila para enfim a abraçar forte e nos duas choramos por tudo ter dado certo. Eu mal podia esperar para ter Danny acordada de volta e nossa vida voltasse ao normal como antes. 



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