1. Spirit Fanfics >
  2. Disease >
  3. The beggining of nothing

História Disease - The beggining of nothing


Escrita por: furwild

Notas do Autor


essa é a minha primeira oneshot e meu primeiro yaoi, espero que gostem

♡ pra bater um papo comigo, é só me seguir no twitter, @jaehyunkitty

boa leitura ^^

Capítulo 1 - The beggining of nothing


Fanfic / Fanfiction Disease - The beggining of nothing

Todos nós temos que arranjar um jeito de sobreviver e nos sustentar, isso é fato. Mas quando não se estuda o suficiente, acabamos por realizar trabalhos mais árduos ou que não eram exatamente o que nós sonhávamos em exercer quando éramos crianças. Contudo, como dizia minha vózinha - e que Deus a tenha -, todo trabalho, desde que seja honesto, é válido e digno.

Não é como se eu quisesse estar aqui, eu realmente não o faço, mas nisto eu deveria ter pensado antes e agora é muito tarde para chorar pela sombra não aproveitada. Apesar dos pesares, não me sinto pior do que ninguém porque por mais que eu seja só mais um braço trabalhando no grande corpo que compõe esse prédio, se não fosse por mim, esse corpo seria mais frágil. Eu sou importante e tenho ciência disso.

Acho que essa é a hora em que eu finalmente digo em que eu trabalho.

Eu sou faxineiro no hospital local da cidade onde eu moro, mais especificamente, trabalho na ala dos pacientes que sofrem com o câncer. Parece deprimente, eu sei... ver pessoas morrerem todos os dias por causa dessa doença maldita, mas, na realidade, eu até gosto.

Creio eu, com toda minha ignorância sobre o assunto, que a primeira coisa que alguém faz ao descobrir que possui câncer é tentar afastar a todo custo quem quer que esteja próximo, seria menos doloroso morrer sabendo que não deixou ninguém triste pela sua partida para trás, eu imagino. É por isso que eu faço amizade com todos os pacientes que encontro.

Pude perceber que alguns deles não pareciam estar à beira da morte, superficialmente, os mais sortudos pareciam estar saudáveis, mas obviamente não estavam. Eles são como nós, mas sofrem mais. Eu não consigo me imaginar no lugar de qualquer uma dessas pessoas ou da família e amigos delas... bem, eu não conseguia até alguns dias.

Foram entre as risadas e as minhas tentativas, às vezes falhas, de tentar tornar o dia daquela gente minimamente melhor, que eu o conheci.

Youngjae.

Céus, acho que nunca conheci alguém com sorriso mais adorável e caráter mais admirável - tirando a parte de sua teimosia, que me irritava muito, diga-se de passagem.

Lembro-me perfeitamente do dia em que Youngjae havia feito uma cirurgia para tentar retirar seu tumor no estômago. Deus, acho que nunca vi tanto sangue como naquele dia.

O paspalho cismou de que queria andar pelo quarto, eu não sei porque até hoje sua urgência repentina de querer ver a lua da maior janela do quarto, que se estendia desde o teto até o chão.

Eu tentei argumentar, juro que tentei.

"Choi Youngjae, você acabou de fazer uma cirurgia, senta essa bunda gorda na cama e sossega!"

"Você não entende, Jaebum, não entende e espero que realmente nunca entenda..." Ele murmurou, com um pequeno sorriso ladino, que logo deu lugar a uma careta de dor assim que ele tentou se levantar da cama.

Eu entendo agora, Youngjae, mas, ao contrário do que você pensava, eu não me arrependo disso.

Ficamos minutos a fio ali, comigo tentando convencer Youngjae a não fazer besteira e ele, como sempre, testando minha paciência e indo contra o que eu digo. Já passava do meu horário, a essa hora eu já deveria estar há horas no meu sono pós trabalho, mas eu decidi esperar Youngjae sair da sala de cirurgia e ele me agradece assim.

Nome: Im Jaebum 

Maior qualidade: Ter um coração mole

Maior defeito: Ter um coração mole

Ao final, Youngjae venceu meu bom senso e me convenceu a ajudá-lo a caminhar até a tão aclamada janela; aquela foi uma das piores decisões da minha vida. Assim que o ajudei a dar o primeiro passo, depois de retirar os aparelhos que o seguravam, Youngjae gritou alto como eu nunca havia ouvido alguém gritar.

O susto maior veio quando ouvi o som de algo pingando no chão. Rapidamente olhei para Youngjae, que por sua vez encarava seu abdômen com o rosto pálido. E então minha ficha caiu. Os pontos haviam sido abertos.

Talvez você pense o porquê de eu ser tão burro ao ponto de me apegar a pessoas que eu sei que vão morrer. Não, eu não sou masoquista, mas acho que seja egoísmo da minha parte ver aquelas pessoas sofrendo sozinhas e não tentar ajudá-las para prevenir o meu sofrimento futuro.

O mais engraçado era justamente o fato de eu me apegar mais aos pacientes em estado terminal. Não era como se eu escolhesse isso, simplesmente calhava de os mais simpáticos serem sempre os mais próximos da morte. Youngjae estava nessa categoria.

Quando eu chegava ao hospital pela manhã, começava meu trabalho e não encontrava algum deles em sua respectiva cama, eu sabia que eles haviam sido curados, eles haviam ido para casa.

No dia em que uma ahjumma que já estava comigo há muito tempo, a senhora Bae, foi para sua casa, Youngjae me perguntou pela enésima vez o que eu havia visto nele, o porquê de eu ainda estar ali, sabendo de seu estado.

"Porque eu te amo e, quando nós amamos alguém, se machucar vem no pacote." Recitei, lembrando daquele seriado tosco que ele havia me feito assistir nas poucas vezes que conseguíamos ficar sozinhos.

Lembro do quão bom era passar as mãos pelas suas maçãs do rosto que vez ou outra se avermelhavam, lembro de seu sorriso tímido sempre que dizia algo bonito para ele, lembro do quão inseguro ele era com a sua carequinha adorável.

"Youngjae, vamos, a doutora te liberou e está nevando lá fora, eu sei o quanto você ama neve!" Implorei, puxando sua mão grande e quente para fora da cama.

"Eu não quero, Jaebum." Ele disse, fazendo um biquinho inconscientemente. Aproveitei seu descuido e juntei nossos lábios por uma fração de segundos, surpreendendo o mesmo.

"Vai vir ou eu vou ter que dar um show para a Yangmi e a senhora Bae?" Perguntei, cruzando os braços e apontando para as companheiras de quarto de Youngjae.

Senhora Bae ainda estava no hospital naquela época, era uma velhinha muito faladeira e vivia dando broncas em mim, por não tomar as rédeas do meu relacionamento com a personificação da teimosia. Yangmi era uma garotinha de apenas oito anos, ela vivia fazendo caretas para Youngjae, por ser chato na maioria do tempo - mas não se engane, ela o adorava -, e reclamava muito quando acontecia de nós dois demonstrarmos... afeto.

"Que nojo! Sai logo daqui antes que ele faça de novo, Jaejae!" Yangmi gritou, como a vida de Youngjae dependesse daquilo.

Por fim, Youngjae pôs uma touca, que mais tarde eu acabei por jogar fora. Novamente, uma péssima escolha.

Apesar de nós termos nos divertido como nunca e eu ter finalmente conseguido fazer florescer um sorriso incessável no rosto de Youngjae, a partir dali tudo foi de mal a pior.

Pneumonia, fora isso que ele recebera por ter sido feliz, por eu ter feito o que meu coração mandou. Lembro de ter chorado a noite inteira, com a cabeça no colo de Youngjae, que me fazia carinhos no cabelo e tentava me acalmar. Na verdade, deveria ser ao contrário.

Lembro de todas as nossas primeiras vezes. Nosso primeiro beijo, nossa primeira fuga - que foi da ala terminal até o refeitório -, nossa primeira vez assistindo The Walking Dead - eu chorei na morte do Tyreese -, nosso primeiro olhar, nossa primeira conversa, a primeira vez que seguramos a mão um do outro em público e sem medo, daquela primeira vez - admito que tive medo, Youngjae era frágil.

"Aish, você não se lembra de como tirar um cinto?" YoungJae dá um tapa em minhas mãos, que estavam trêmulas demais para tentar ao menos desafivelar aquele maldito cinto. E se ele desmaiasse?

"Youngjae..." Chamo, mas aquilo mais pareceu um gemido do que qualquer coisa, já que antes que eu pudesse raciocinar o mesmo já havia invadido minha boxer com sua mão.

Mas principalmente lembro do dia em que o chamei para conversar e ele admitiu que queria falar comigo também, e acabamos nos pedindo em namoro, simultaneamente.

Na manhã seguinte, Youngjae estava curado. Youngjae havia ido para casa.

"Sim, tenho saudades.

Sim, acuso-te porque fizeste o não previsto pelas leis da amizade e da natureza

Nem nos deixaste sequer o direito de indagar

Por que o fizeste? Por que te foste?"


Notas Finais


acho q geral ta ligado q nosso baby youngjae morreu, mas acho q esse final aí confundiu vcs rsrsrsss fica no ar a dúvida

vcs podem achar mais coisitas de minha autoria procurando pela tag 'furwild' ou entrando no meu perfil ♡
neptune xx


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...