História Distracted Souls - Ficando escuro.

                                                                                           [Park Hani on]

Na manhã seguinte, o despertador tocou, me acordando de um sonho um pouco confuso. Levantei assustada e joguei o maldito relógio no chão. Olhei pra janela, a mesma estava embaçada e o tempo estava nublado, o que pra mim, era um dia ótimo, ótimo pra ficar na minha cama e não ir pra aula. Mas como era o primeiro dia, eu era obrigada a ir. Fui escovar meus dentes, depois, coloquei uma calça rasgada preta e uma regata larga com uma blusa xadrez por cima, fiz uma trança de lado no cabelo e calcei o primeiro tênis que eu achei, abri o armário e peguei a mochila, em seguida, fui em direção à porta, quando à abri, novamente, o mesmo garoto de ontem, passou no corredor, Park Chanyeol. O que estaria fazendo por aqui? Esperei com que ele passasse e saí do quarto, o trancando e guardando a chave na mochila.

Pra chegar até o prédio da universidade, teria que passar por um caminho não muito longe, mas estava neblinado e garoando, chegaria um pouco molhada. Olhei em direção ao caminho e repensei um pouco se deveria ir ou esperar mais um pouco. -Quer ajuda pra chegar lá? -Olhei pro lado, era Chanyeol.

-Não preciso da sua ajuda. -Respondi, novamente olhando pra frente, com nenhuma expressão no rosto. -Aliás, o que está fazendo aqui? O prédio masculino fica do outro lado. -Cruzei os braços e sem o olhar, questionei.

-Do mesmo jeito que não precisa da minha ajuda, também não precisa saber da minha vida. -Não respondi mais, apenas fiquei em silêncio, pensando em um jeito de chegar lá sem me molhar. Ouvi o garoto bufar impaciente. -Toma. -Ele jogou sue casaco em mim. -coloca ele e ponha a toca, vai ajudar a não se molhar. -Em seguida, ele começou a andar no meio da garoa, indo pro prédio da universidade. Observei ele ficando cada vez mais distante, depois, coloquei o casaco. 

-Conheço esse cheiro de algum lugar... -Franzi a sobrancelha, após levar as mangas da blusa até perto da minha boca, onde consegui sentir o perfume. Dei de ombros para o que havia acontecido e comecei a andar, observei em volta, havia um pátio com algumas estátuas de anjos, que faziam o lugar ficar com um ar daqueles filmes de Terror.

Não demorou muito, lá estava eu, dentro da universidade, ao chegar na porta, retirei o casaco e coloquei no meu braço,olhei em volta procurando pelo garoto, mas não o encontrei. Comecei a andar pelos corredores, onde ainda estavam vazios, acho que cheguei um pouco cedo demais... -Te achei! -Alguém puxou meu braço me fazendo entrar dentro de uma sala, já preparada pra dar um tapa na cara de quem fosse, exitei na hora, pois vi que era Suga. -Ei! Calma, sou eu! -Ele deu um passo pra trás. 

-O que custa me encontrar de um jeito normal poxa? -Coloquei a mão no coração, o sentindo acelerado por causa do susto. 

-Porque é mais engraçado assim. -Ele deu uma risadinha baixa.

-Idiota. -Bufei. 

-Vai ficar assim até quando? -Suga cruzou os braços me fitando. 

-Assim? Assim como? -Perguntei, como se não soubesse do que ele estava falando.

-Você sabe. -Deu um passo pra frente. -Está com ciumes da Rachel. -Afirmou, tentando não dar risada.

-Não, eu não sou estou com ciumes dela. De onde tirou isso? -Arqueei a sobrancelha direita e revirei os olhos. 

-Eu já te disse que você não sabe fingir. -Descruzando os braços, imediatamente ele esticou o braço direito e me puxou pra perto dele, me abraçando em seguida. -Você é uma completa idiota, mas não vou trocar você por uma garota que eu conheci ontem. 

-Ah, então se conhecesse ela à mais tempo, trocaria? -Empurrei ele o olhando nos olhos, mas novamente ele me puxou pra perto dele.

-Você entendeu muito bem o que eu quis dizer. -Ele fez carinho no meu cabelo. -Agora, para com essa chatice toda. -Em seguida depositou um beijo na minha cabeça. Ele estava sendo muito carinhoso, cheguei até a estranhar um pouco. -De quem é essa blusa? -Ele perguntou, fitando o casaco que eu ainda estava segurando.

-Ah.. esse casaco? -Fiquei com um pouco de receio de falar e ele acabar ficando bravo, mas era melhor eu não mentir. -Eu estava saindo do prédio e estava garoando, Chanyeol apareceu e me emprestou para que eu não me molhasse. -O garoto franziu as sobrancelhas, mas não disse nada na hora.

-Ah claro, Chanyeol. -Suga disse essa frase em um tom debochante e no final revirou os olhos.

-Você o conhece? -Perguntei, me sentando em cima de uma carteira.

-Claro, somos do mesmo prédio esqueceu? Não fui com a cara dele desde a hora que eu o vi pela primeira vez. Ainda mais agora.

-Suga, ele só me emprestou um moletom, não me agarrou nem nada. -Desci na carteira me aproximando dele.

-Você não é a única que tem o direito de sentir ciúmes sabia? -Ele deu um sorriso fraco e segurou minha cintura. 

-Mas isso não é motivo pra ter ciúmes. -Olhei nos olhos dele. 

-Muito menos você tem. -Retrucou.

-Ah, eu sou diferente. Não vem confundir blusa emprestada com patifaria não.-Apertei de leve a bochecha do mesmo, que imediatamente me surpreendeu com um selinho.

-Tá bom senhora Park. Você venceu. -Demos risada daquilo, em seguida, saímos da sala, já começara a chegar mais alunos.

                                                                                               [...]

Durante a aula, o mesmo garoto que eu vi somente uma vez ontem, de olhos azuis, estava na mesma sala que eu. Pra minha ''sorte", eu não conhecia ninguém, então literalmente, não conseguia nem me mexer direito sem ter medo de alguém falar algo, não sei porque, sempre tive esse problema com desconhecidos, mas era só nos primeiros dias, depois passava. Mas percebi que o garoto não parava de me encarar, o que já estava me incomodando e literalmente não dava pra ficar parada sendo olhada daquele jeito. De repente comecei a sentir uma forte tontura, que veio de repente em mim, senti que iria desmaiar, mas tentei me esforçar pra ficar consciente.

                                                                                               [Min Yoongi on]

Infelizmente, não tive a sorte de ser da mesma classe que a Hani. A aula estava rendendo, o pessoal já estava se enturmando, o que mais me incomodava ali, era o fato de que as garotas não sossegavam, pareciam estar obcecadas por atenção masculina, então eu respirava fundo pra ter paciência e não ser mal-educado com nenhuma delas. 

Foi aí que ouvi alguns gritos e alguém falando alto na sala ao lado, que seria a sala da Hani

-Levem ela pra enfermaria! Rápido! Dylan, você, leva ela! 

Minha sala ficou curiosa pra saber o que tinha acontecido, então nos levantamos e fomos até a porta, não demorou muito pra um garoto sair correndo da sala com uma menina nos braços, no caso, a menina era a Hani.