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História Distraction - The Perfect Not Date


Escrita por: MissLadyNoir

Notas do Autor


Olá leitoras lindas e maravilhosas, tudo bom com vocês? Comigo está tudo ótimo, porque nessa 1 semana de fic ela bombou mais do que eu esperava o que me deixou mega contente para fazer uma continuação para vocês! Então vamos aos recadinhos, pré leitura.
* Esse capítulo ta muito amorzinho, todo romântico, mas como todos os caps dessa fic, ela tem hot!
* Na história vai aparecer a expressão "noite baunilha", pra quem não sabe, o significado é algo simples, fraco, porém gostoso.
* Hoje vocês vão ver como o Harry vai se sair estando e descobrindo que é apaixonado pela América e a passar a entender um pouco mais dele, já que o cap todo é ele quem narra.
Boa leitura pessoas que fazem meu dia mais alegre!

Capítulo 2 - The Perfect Not Date


Fanfic / Fanfiction Distraction - The Perfect Not Date

 

P.O.V. Harry

Três semanas haviam se passado desde o casamento de Louis e Cindy. O meu acordo e o de America estava dando mais que certo. Contando com aquele dia, já havíamos nos "encontrado" 5 vezes. Mas quem está contando?

Todos os nossos encontros tem sido incríveis. Somos loucos e selvagens e parecia que não conseguíamos ficar juntos sem tocar um no outro. E sobre aquela primeira noite ter sido a melhor transa da minha vida, era verdade, porém agora eu já não sabia mais, pois todas as nossas transas pareciam que superavam a outra. Eramos incontroláveis.

O problema, era que eu não sabia o que estava acontecendo. Venho sentindo coisas estranhas, coração acelerado, ansiedade, dor de estômago, insônia e entre outros. Já havia sido louco e procurado esses sintomas na internet, mas desisti ao perceber que aparecia doenças absurdas e que me davam até medo de saber o que era. Mas o curioso da história, era que tudo isso acontecia quando eu estava prestes a ver a America, ou até mesmo pensando nela.

Pra alguns isso poderia ser bem claro, mas pra mim? Eu não estava entendo mais nada! Só sei que quando estava com ela, tudo passava. Teve até a vez em que eu não estava me aguentando e a chamei falando que precisava de uma distração, apenas para estar com ela e tudo isso passar. Não que tenha sido um esforço, porque America além de todos os seus atributos na cama, é uma garota linda, gentil e louca. Apesar do nosso acordo ser puramente sexual, havíamos criado uma amizade. Não eramos melhores amigos, mas era algo simples e aconchegante. A intimidade nós já tínhamos, então o que poderia dar errado? Só tínhamos a ganhar com tudo isso.

Hoje Louis e Cindy voltavam da lua de mel, e eu aguardava o casal chegar em meu apartamento para batermos um papo. Eles haviam ido para o Hawaii, onde Cindy aproveitaria para formar uma tese, e Louis prometeu ajudar, apesar que tinha certeza que era apenas porque queria provar algo novo no sexo. Esses dois não tinham jeito.

Paro com meu raciocínio quando escuto a porta ser aberta, já que Louis tem a chave de nosso antigo apartamento. Me levanto e vou até os dois os abraçando. Já sentados, começamos a botar o papo em dia. E como todos os nossos papos, o assunto era sexo.

- Sério Harry, aquele cara, me dava medo de tão estranho que a língua dele era! - Cindy me explicava sobre um cara que tinha a ponta da língua dividida em duas partes. - Sabia fazer coisas maravilhosas com aquilo, mas dava medo!

Cindy parecia relembrar o momento, e Louis a olhava com sua cara de apaixonado. Eu só conseguia rir do quão loucos eram meus amigos. Estava com saudade daqueles dois!

- Mas e você garanhão, como foi sua noite com a gostosa da America? - Perguntou Louis, mas logo recebeu um tapa de Cindy. - Não mais que você amor, nunca! - Beijou sua esposa.

Contei sobre o nosso acordo de distração e sobre a noite do casamento deles. Expliquei também, como funcionava e sobre os nossos outros encontros, durante essas três semanas que se passaram. Fiquei em dúvida se falava sobre as coisas que eu estava sentindo, mas eles eram meus melhores amigos, quem melhor que eles para eu poder contar isso?

- Só que vem acontecendo algo muito estranho. Quando eu to com a America, tudo parece perfeito e eu esqueço o mundo afora, parece bem aqueles clichês em que o casal vive numa bolha. Mas longe é estranho, eu não posso parar pra pensar nela que eu começo a sentir umas dores. - Confessei a eles. O casal após ouvir meus relatos, ao mesmo tempo, arregalaram seus olhos, entreolharam-se e se voltaram pra mim. Que porra ta acontecendo?

- Que tipo de dores exatamente Haroldo? - Perguntou Louis preocupado. Será que eles sabiam o que estava acontecendo comigo?

- Ah, várias coisas. Insônia, dor de estômago, ansiedade. Eu até estranhei, mas como tava pensando na Meri, a chamei mentido que precisava de uma distração apenas pra ver se passava. Funcionou, mas quando ela foi embora, tudo voltou. - Terminei mostrando o quanto aquilo era confuso para mim. Novamente os dois se olharam e isto já estava me deixando puto.

- E isso só acontece quando você pensa na America ou quando está longe dela? - Perguntou Cindy. Enruguei a cara parando para pensar.

- A maioria das vezes, por que?

O que veio depois foi uma das cenas mais confusas que já presenciei. Os dois pularam do sofá, onde estávamos sentados, enquanto gritavam com animação. Eu estava assustado, mas eles pareciam nem reparar nisso enquanto se abraçavam e continuavam gritando. Se separaram, mas continuaram pulando. Louis veio até mim e deu um abraço apertado. Eu não sabia dizer o que me dava mais medo, a inquietação dos dois ao ficarem pulando ao meu redor, ou o sorriso em seus rostos como se tivessem acabado de ganhar na loteria.

- Eu vou ir buscar o champagne, amor. Vá buscar as taças, isso é motivo para se brindar. - Gritou Cindy.

- JÁ CHEGA! -Gritei antes que os dois fossem embora. Quando eles viraram para me olhar, eu estava com o rosto contorcido em raiva.

- Vocês podem me explicar que porra ta acontecendo aqui?

Pela milésima vez no dia, eles olharam um para o outro, porém a reação agora era diferente. Eles começaram a rir. Rir de mim. Se eu já estava irritado antes, agora podia se dizer que eu estava com fumaça saindo pelos ouvidos. Queria bater nos dois, e foi exatamente o que fiz. Me dirigi até Louis que estava curvado, com as mãos nos joelhos, rindo sem parar e acertei meu melhor soco em seu estômago. Ele logo estava no chão.

- Caralho Harry, pra que isso? - Perguntou Louis se contorcendo de dor no chão. Cindy havia parado de rir e estava ajoelhada ao lado de Louis, fazendo carinho em seus cabelos.

- Dá pra parar de rir de mim e me contar o que está acontecendo? - Praticamente gritei. Cindy levantou do chão, pegou em minha mão, me levando até o sofá para nos sentarmos.

-Olha Harry, eu sei que você vai ficar assustado de qualquer jeito, então vou ser o mais direta possível. - Começou Cindy me olhando com compaixão. Não estava entendo. - Você está apaixonado pela America.

E então aquela foi a bomba que chocou a minha vida. Tudo fazia sentido e eu já sabia que era verdade. Todos os sintomas de repente faziam sentido. Na minha cabeça eu já sabia, só não queria admitir. Mas como o cara maduro que sou, decidi levar aquela notícia da melhor forma que eu podia. Continuar negando.

- Vocês só podem estar chapados com alguma droga do Hawaii! Eu não estou apaixonado! Eu sou imune ao amor! - Neguei ao máximo, mas Louis e Cindy me olhavam com piedade. Droga, merda, caralho! Eu sabia que era verdade, mas não podia.

- Harry, tudo o que você descreveu é sintoma de gente apaixonada, cara. - Explicou Louis. - É assim que eu e Cindy nos sentíamos no começo. É assim com todo mundo...

Coloquei as pernas para cima do sofá e as abracei, afundando minha cabeça no meio delas. Isso não podia estar acontecendo, simplesmente não podia. Nunca havia estado apaixonado e só a ideia de estar já me apavorava. Era só uma atração sexual, tinha que ser. Por favor.

- Não pode ser verdade. Vocês estão enganados. A America é legal, mas eu só sinto atração por ela. Só isso. - Deixar de negar era impossível. 

Louis agora também estava sentando ao meu lado e Cindy do outro. Enquanto ele passava a mão em minhas costas, ela segurava minhas mãos. Os dois já haviam entendido que eu acreditava, só não gostava da verdade. Suspirei frustrado. Negar não levaria o sentimento embora.

- O que eu vou fazer? Ela absolutamente não está apaixonada por mim e deixar de ver ela não está na minha lista de afazeres. - Esclareci meu medo. 

- O que toda pessoa apaixonada faz, Harry. Tenta fazer a outra pessoa se apaixonar por ela. - Falou Cindy como se fosse óbvio. Mas na minha cabeça não era tão fácil.

- Você não está entendo a situação Cyntia  Elizabeth Tomlinson. - Usei seu nome inteiro apenas para irritá-la. - Uma das formas de convencê-la a ir para minha cama foi falar que eu era um pegador. - Os dois arregalaram os olhos. - E as palavras exatas dela para me propor esse acordo foram " Eu não quero uma relacionamento sério e muito menos você". Eu estou fodido.

- Realmente Harry. Boa sorte. - Disse Louis concordando com a cabeça. Cindy novamente bateu nele. - DÁ PRA VOCÊS PARAREM DE ME BATER? - Porém Cindy apenas o ignorou.

- Olha Harry. Você tem que decidir se você está disposto a correr atrás dela. Porque sei que vai ser duro, mas se você quer saber. O amor pode machucar e doer muito, mas eu juro Hazza, quando ele é retribuído, é a melhor coisa do mundo. - Cindy disse me olhando séria e eu acreditei em suas palavras. - Agora eu e esse insensível vamos te deixar pensando ok? Se precisar de ajuda pode pedir.

Todos nos levantamos do sofá e nos despedimos. Eles estavam de mãos dadas enquanto caminhavam até a porta. Chamei por Cindy e logo que ela virou pra mim, deixei claro a minha decisão.

- America gosta de frutos do mar?

(...)

Olhava ao redor do quarto de hotel, procurando algum defeito, porém não achei. Suspirei satisfeito. Se esse não seria a melhor noite que America já teve, eu não seria apto a conquistar aquela garota. Liguei para a recepção pedindo para já trazer o jantar para o quarto e terminar de deixar tudo pronto.

Eu estava no Lanesborough Hotel em Londres. Um hotel de alta classe e um dos mais chiques que conheço. Por sorte, meu amigo era um dos sócios, então eu ganhava alguns benefícios por isso. Estava preparando o encontro da minha vida e chamei America para ser minha acompanhante, numa tentativa desesperada de fazer ela se apaixonar por mim.

" O celular em minha orelha discava o número de America e a cada bipe, meu coração dava uma falhada. Se ela não atendesse esse negócio, logo teria uma parada cardíaca. Eu era patético.

- Alô? - Ouvi sua voz suave. O coração disparou a mil.

- Meri? Oi, é o Harry. - Porra Harry, todo celular tem bina, idiota.

- Oi cacheado. - Sua voz estava baixa, seduzente. - Precisando de uma distração? - Senti meu pau endurecer. Firme Styles, firme.

- Quase isso, linda. Você conhece o Lanesborough Hotel?

- Conheço sim, por que? - Perguntou confusa.

- Meu amigo é um dos sócios de lá e me deu um convite. Ganhei um quarto hoje e algumas outras coisinhas. Tava pensando se você não queria ter uma noite de distração diferente. - Falei esta última parte retribuindo seu tom sexy. Sua resposta demorou um pouco a vir.

- Ás oito? - Questionou. Abri um sorriso animado.

- Perfeito. Te encontro lá. Fique gostosa para mim, Meri. - E encerramos a ligação."

Minha ideia inicial era buscá-la na república onde vive, mas havia me lembrado dela reclamando do quanto achava brega quando um ex nunca a deixava ir aos encontros sem que ele a buscasse. Decidi não arriscar.

Estava terminando de arrumar a mesa do jantar quando o interfone tocou avisando que America havia chegado. Permiti sua subida e corri até o grande espelho do banheiro para dar um última olhada. Estava um pouco envergonhado por ter me arrumado como se fosse um modelo, mas queria a impressionar, então decidi pagar o mico. Voltei correndo para a porta do quarto e a abri bem a tempo.

America saia do elevador e quando bati meus olhos nela, pedi piedade a Deus. Porra, eu estava tentando ter um encontro aqui, mas ela chega querendo estragar tudo, todo gostosa daquele jeito, fisgando meu pau. Minhas mão formigavam, implorando para tocarem no monumento em forma de mulher que andava até mim com um de seus lindos sorrisos.

Perdi o controle quando ela parou em minha frente e agarrei sua cintura, lascando um beijo quente e molhado dela. Nossas línguas exploravam o espaço em que tinham. Eu abraçava sua cintura colada em meu corpo, não deixando brecha para que ela fugisse. Não que ela quisesse, até porque uma de suas mãos acariciava meus cabelos longos e a outra pousava em meu peito. Interrompi o beijo antes que perdesse o controle e a levasse para a cama.

- Olá. - Disse de olhos fechados e com a testa colada a sua. Ela soltou um risinho.

- Olá cacheado. - Respondeu me dando um selinho.

- Quando disse que era pra vir gostosa, não imaginei que viria querendo que meu pau te fodesse a noite toda. - Soltei o comentário malicioso e ela corou, mas sorrindo como se gostasse do elogio.

Lembrei que isso era um encontro (pelo menos para mim) e que encontros não começam com o cara dizendo que queria foder a menina. Caralho Harry, faça algo direito, America merece ser uma princesa hoje, e não sua transa da noite. Descolei nossos corpos e levei minhas mãos até as suas, elevando-as para que eu pudesse beijar uma de cada vez. America achou o ato estranho, mas sorriu ao ver a cena.

- Desculpa, comecei errado a noite. - Me desculpei.

- Começou? - Questionou soltando uma risada. Abri um sorriso de canto e levei minha mão até uma maçã de seu rosto, a acariciando.

- Hoje quero fazer diferente Meri. Aproveitar o que o hotel nos tem e depois quero te propor algo pra essa noite, mas só no final, pra encerrar com chave de ouro. - Respondi sério.

Fiquei com medo dela não querer nada além de um companheiro sexual, mas minha dúvida foi sanada quando ela abriu um sorriso e assentiu, mostrando que gostava da ideia. Sorri para ela de volta. Larguei uma de suas mãos, e usei a outra para a puxar comigo.

- Tomei a ousadia de pedir o jantar. Aqui, sente-se. - Puxei uma cadeira pra ela.

- Você está tão fofo hoje Harry. Se isso tudo for pra compensar tudo que fará comigo na cama hoje, fico até tremendo. - Fez uma piada enquanto ria. Soltei um riso baixo, fingindo achar graça.

Era o que ela esperava de mim. Que estava sendo romântico para ganhar liberdade de transar com ela. Não consegui evitar a pontada no coração dela ter essa visão de mim, um cara que apenas quer tê-la na cama. Não podia culpá-la, já que eu realmente fazia isso antes, mas com ela tudo era diferente. Eu realmente gostava dela, da companhia dela, da risada dela, das conversas com ela. Não era só sobre sexo, acho que desde a primeira vez. 

Lembro de como havia ficado inseguro no começo, quando ela estava me arrastando para o carro para irmos transar em algum lugar. Eu só conseguia a admirar, ela era demais. Demais para mim, mas mesmo assim estava comigo. E agora que sei que realmente a quero de todos os jeitos, só me convenço que conseguirei mostrar que por trás do pegador, pode existir sim, um cara romântico e que era capaz de conquistar a garota que ele queria. E eu queria America, mais que tudo.

- Essa noite não é sobre sexo, Meri. Essa noite eu só quero jantar com você, assistir um filme abraçado e ficar em frente a lareia, conversando e tomando um bom e velho vinho tinto. - Expliquei minha ideia. Ela pareceu surpresa. Entrelacei nossos dedos e intensifiquei nosso olhar. - Você aceita?

Ela me olhava com a boca entreaberta, mas não conseguia identificar sua reação. Fiquei nervoso. Estar apaixonado é uma merda. Aproximei-me e colei nossos lábios. Diferente do beijo da entrada, este era suave, só demonstrando um carinho. Quando me separei dela, havia um sorriso em seus lábios, fazendo com que surgisse um nos meus.

- Aceito. - Respondeu America. Abri um sorriso maior ainda. - Acho que é o primeiro encontro entre ficantes/ amigos/ distração sexual que já existiu na Terra. - Disse fingindo uma cara de dúvida. Joguei a cabeça para trás em uma risada.

- Então vamos fazer desse o melhor encontro entre ficantes/ amigos/ distração sexual da galáxia. - Disse. puxei sua mão indicando que era para ela se sentar. Havia posicionado as cadeiras lado a lado, pois não queria sentar longe dela, então sentei ao seu lado e levantei a  tampa da bandeja. - Gosta de camarão com vieiras ao molho de Cherne com batatas assadas?

Os olhos de America brilharam e eu sabia que aquele era seu prato preferido. Cindy havia me contado. Se dependesse de mim, Clark nunca esqueceria aquela noite. Eu estava apaixonada por essa mulher, e ela estará por mim em breve, vocês verão.

(...)

A noite estava seguindo as mil maravilhas, exatamente como eu havia planejado. O jantar estava delicioso, e America parecia uma criança contente comendo seu prato predileto, o que nos rendeu várias risadas. Admito que na maioria dessas risadas, eu havia parado e brisado em seu rosto. Não me controlava, seu sorriso era lindo.

Por volta das nove e meia da noite, decidimos começar a assistir o filme. Havia deixado America escolher o filme enquanto trazia um cobertor para o sofá. Ela havia posto em Simplesmente Amor, alegando que era seu filme favorito, o que achei uma puta coincidência, pois também era o meu. Assistimos o tempo todo abraçados, ela com a cabeça em meu peito e meu braço circundando seu corpo. Jeito melhor não havia. 

Agora estávamos sentados em frente à lareira, conversando sobre nossas vidas enquanto tomávamos uma garrafa de vinho tinto. A chama da lareira aquecia o ambiente e admito que estava um puta clima, conseguia sentir a tensão sexual no ar, porém não estava incômodo, estava gostoso. Queria manter aquele momento por mais um tempo, até propor o que tinha para ela. Poderia ser estranho estar nervoso por isso, já que é parte do nosso acordo, mas não conseguia evitar. Tudo sobre America me deixava nervoso.

- Com o que você trabalha Haz? Você nunca me contou. - Perguntou America olhando para mim.

- Trabalho numa gravadora. Faço de tudo um pouco, mas principalmente como compositor. - Respondi com um sorrisinho. Amava o que eu fazia, e tinha orgulho disso.

- Você compõe músicas? Então você deve saber cantar e tocar né? - Perguntou America mais uma vez, parecendo empolgada com a descoberta.

- Ah, tocar sim, mas cantar só um pouco. Prefiro muito mais compor e ficar por trás de tudo. - Esclareci com um pouco de vergonha. Sou tímido em relação a minha voz.

- Não acredito nisso. - Ela disse rindo. Olhei em seus olhos.

- O que foi?

- É porque no ensino médio sempre tive quedinhas por músicos. Passava um garoto que tocava ou cantava, eu já achava que estava apaixonada. - Contou com humor e acabei gargalhando.

- Muito bom saber disso. - Disse com um sorriso malicioso. Ela riu e se aproximou de mim, me dando um beijo curto. Quando voltou a seu lugar, resolvi tirar uma dúvida também. - Como que você decidiu ser sexóloga? É uma profissão tão diferente. - Os olhos de Meri se arregalaram em surpresa. Achei que havia falado algo de errado, mas logo ela começa a gargalhar muito, se contorcendo. Fiquei confuso, mas não segurei a risada ao ver ela toda linda segurando a barriga de tanto rir.

- Harry, eu não sou sexóloga. - Ela disse me fazendo entender o porque dela rir.

- Como não? Cindy me disse que vocês eram amigas da época da faculdade. - Perguntei confuso. Ela me olhou sorrindo.

- E somos. Faculdade de pré-medicina. Sou pediatra, Harry. Tenho uma clínica onde trato crianças. Ela fica lá pro centro e...

E naquele momento, eu só consegui a amar mais ainda. Sorrindo pra mim e afirmando ser pediatra. Me mostrando que gostava de crianças. Apesar desse meu jeito pegador e de não querer me apegar a ninguém, sempre tive o sonho de ser pai. Ter um serzinho meu, biologicamente ou até mesmo adotado. E agora a olhando, enquanto ela falava com tanto orgulho de seu trabalho, só conseguia pensar que me apaixonei pela garota certa.

- Você é demais, America. - Disse de repente, a olhando sério. Ela parou de falar e se envergonhou.

- Por que ta falando isso?

- Porque é verdade. - Disse e me aproximei dela, coloquei a mão em seu rosto, acariciando sua bochecha. Colei nossos lábios e a beijei lentamente, querendo passar carinho e admiração por aquele contato tão singelo. Fui retribuído.

Sem pararmos de nos beijar, peguei as nossas taças e as coloquei a uma certa distância. Voltei minha mão para a cintura de America e a empurrando, fazendo com que ela se deitasse no tapete e eu ficasse sobre ela. Soltei seus lábios e mantive meu olhar no seu, tentando ver algo.

- Eu quero te propor algo diferente hoje. - Eu disse. - Pode ser meio estranho vindo de nós dois, mas... eu queria tentar pra continuar com o clima da noite.

- Pode falar cacheado. - Disse America fazendo carinho em meu cabelo.

- Que tal uma noite baunilha? - Perguntei de uma vez. America fez uma cara de preocupada.

- Harry, ta acontecendo alguma coisa? Eu sei que você ta fazendo essa noite linda, mas você normalmente não é assim. Quer me contar alguma coisa?

Que merda, por que ela não pode simplesmente me achar um cara romântico? - "Porque ela não é burra Harry" - Disse minha consciência, o que era absolutamente verdade. America não se apaixonaria por mim. Na sua visão eu era apenas seu parceiro sexual e o motivo de eu estar sendo diferente com ela é porque aconteceu algo comigo. Se ela pensa assim, então assim será, mas essa noite não. Essa noite eu mostrarei pra ela o cara que a ama, que faz tudo por ela. Ela pode até me ver apenas como o cara pro sexo, mas nesta noite, ela vai lembrar de mim como o cara dos seus sonhos.

Sem responder sua pergunta, voltei a beijá-la, porém com intensidade e desespero. Circulo minha língua pela sua boca até encontrar com a dela. Intensifico o aperto em sua cintura, já ela me retribui, acariciando nossas línguas uma na outra e entrelaçando suas pernas em meus quadris. 

Lembrei que era pra tudo ser baunilha, então acalmei os ânimos e voltei a beijá-la de forma romântica e calma. Decidi que queria estar dentro dela ali mesmo, naquele tapete felpudo e com a lareira do lado aquecendo nossos corpos. Já havíamos tirado nossos sapatos no fim do jantar, junto ao cinto de seu vestido e o meu terno, então não tive muito trabalho ao desfazer o laço que prendia seu vestido ao pescoço. Ela ao perceber que estava a despindo, começou a retirar meu casaco, mas sem desgrudar nossas bocas.

Desci meus beijos para seu pescoço, espalhando beijos carinhosos por todo o comprimento, enquanto America jogava meu casaco em algum canto do chão e logo voltando para abrir os botões da minha camisa. Subi os beijos a caminho de sua orelha, e dei fracas mordidas da hélice até o lóbulo, ouvindo os seus pequenos gemidos de prazer.

-  Essa noite você vai se sentir uma princesa, Meri. Vai se lembrar de mim por muito tempo. - Chupei o lóbulo de seu ouvido. - Nenhum cara vai te amar como eu estou fazendo agora. Porque só eu sou todo seu e você essa noite, é toda minha.

Segurei a parte de cima do vestido que America usava e enquanto eu abaixava-o, deixava rastros de beijos por onde sua pele ficava desnuda. Beijava seus seios, descendo pelo abdômen, lambi seu umbigo e chupei aquela parte de pele. Os sons que saiam da boca de Meri eram deliciosos, ela estava de olhos fechados, aproveitando meus carinhos. Sua pele era macia e cheirosa, ela havia passado um hidratante com cheiro de rosas, o que só me instigava mais a continuar beijando-a por todos os cantos possíveis. Ao retirar seu vestido pelos pés, subi todo o caminho de novo, retirando minha blusa já aberta e colando nossos lábios novamente.

Levei uma de minhas mãos até seu seio esquerdo massageando-o, enquanto a outra se entrelaçava com sua mão. Desci meus lábios até seu outro seio e o chupei com força, deixando uma marca.

- Harry... - Meri soltou um gemido sôfrego.

- Que foi amor, pode falar. - Mordi levemente seu mamilo enquanto apertava o outro em minha mão.

- Mais rápido... 

- Não linda, hoje é tudo calmo - Respondi beijando seu rosto. - Mas se você quer mais, eu te dou.

Novamente desci meus beijos por seu corpo, até chegar em sua virilha. Desentrelacei suas pernas de meu corpo, agarrei os dois lados de sua calcinha e fui a descendo, enquanto deixava mordidas leves em suas coxas. Abri suas pernas e lambi do interior das suas coxas até o a sua entrada, onde enfiei minha língua enquanto ouvia o sonoro gemido de America. Explorava aquela região enquanto apertava suas coxas em minhas mãos. Arrastei minha língua até seu clítoris, onde fiquei fazendo movimentos rotatórios.

- Isso Harry... - Gemeu America enquanto segurava meu cabelo em sua mão.

Abandonei sua intimidade e voltei com beijos até nossas bocas estarem juntas novamente. Uma de minhas mãos foi até seu seio, o apertando, enquanto abaixei a outra para brincar com seu clitóris. Fazia movimentos calmos, sem apressar nada e America rebolava de volta tentando intensificar tudo, porém não deixava.

- Mais rápido Haz... Eu to quase lá. - Gemeu America. Então foi ai em que eu parei tudo que estava fazendo. Ela resmungou, mas selei nossos lábios.

- Agora não bebê. Quero que você goze com eu dentro de você. - Expliquei.

Voltei a beijar seu lábios enquanto eu e ela abríamos juntos a minha calça. Eu tirava o cinto enquanto ela abria os botões. Quando joguei o cinto longe, ela já abaixava minha calça junto da minha cueca. Meu pau saltou pra fora e me esfreguei lentamente na intimidade de America, querendo mais contato e para a provocar um pouco mais. Quando me direcionei para sua entrada, ela descolou nossos lábios e me olhou.

- E você? - Perguntou. Entendi que era sobre ter pulado a parte em que ela me masturbava.

- Hoje é tudo sobre você Meri. Te dar prazer, me causa também. - Expliquei. Investi fortemente dentro dela. - Além do que você me deixa duro de qualquer jeito amor.

America agarrou minhas costas, porém tirei suas mãos de lá e as pus ao lado de sua cabeça, entrelaçando nossos dedos e deixando meu rosto em frente ao seu para eu poder ver todas suas reações enquanto eu fazia amor com ela. Ela poderia até não me amar, mas eu a amava e iria demonstrar pra ela. Criei um ritmo lento entre as estocada, porém saia e entrava com força dentro dela. A cada investida ela soltava um gemido. Olhávamos um para o outro, nunca nos perdendo de vista. Ela era linda a toda hora, mas acho que enquanto nos conectávamos, era o auge de sua beleza. Pura e natural. Linda e inteiramente minha.

Ela havia entendido o que eu queria para hoje e contribuía para tudo ficar mais gostoso. Seu quadril se elevava sempre que eu estocava para dentro dela, causando um atrito delicioso. O som de nossas intimidades se encontrando, junto com o de nossos gemidos era alto e dominava o cômodo inteiro.

Sentia o orgasmo se formar e pronto para vir, mas estava me segurando, queria que America viesse primeiro. Ela gemia meu nome várias vezes, o que indicava que elas estava perto. Cansei de ir devagar e aumentei o ritmo da estocadas. O movimento de vai e vem estava muito rápido e já não conseguíamos mais nos controlar. Sentia a intimidade de America começar a me apertar. Para acelerar o processo abaixei minha mão até nossas intimidades e apertei o ponto sensível dela, a fazendo gozar loucamente.

- Harry... Meu Deus... - Gritou America.

Não esperei por mais e me libertei também. Cai sobre America ficando sobre ela. Havia sido um orgasmo muito intenso, mais do que todos os outros em que já havíamos tido. Não tinha forças para tirar meu peso de cima dela, mas como ela me abraçou, vi que não era necessário. Ainda estava dentro dela, sentindo suas paredes me apertarem. Estávamos muito quentes por dentro e fora, acalmando nossas respirações depois do sexo que tivemos. Senti que o desafio que eu tinha imposto sobre mim mesmo estava cumprido. Tinha dado a melhor noite de amor que America já teria na vida, então a sensação de satisfeito jazia em meu corpo.

Quando senti que estávamos mais calmos, me retirei de dentro dela, percebendo o quão melados e suados nos encontrávamos. Joguei meu corpo ao seu lado no tapete e deixei uma de nossas mãos ainda entrelaçadas. Virei minha cabeça para Meri e fiquei a observando por um tempo. Ela tinha seus olhos fechados e seu peito subia e descia em uma respiração calma. O que mais me agradou foi o pequeno sorriso estampado em seus lábios, mostrando que ela também havia sentido todo o amor durante a noite.

Uma esperança crescia dentro de mim, de que ela poderia sim me amar também. Tudo o que passamos hoje foi muito intenso e só serviu pra me mostrar como eu queria ter muito mais desses encontros bobos de namorados com ela. Queria passar muito tempo ainda com America. Poderia parecer antecipado por nos conhecermos a tão pouco, mas eu não estava a pedindo em casamento. Apenas a queria do meu lado por um tempo, ela era tudo que uma garota poderia ter de melhor. Era linda, legal, divertida, engraçada, humilde e muito mais.

E nessas circunstâncias, tomei a decisão mais doida da noite. Queria lhe dizer tudo que tava preso, dizer que estava apaixonado por ela. E quando ela retribuísse, poderia abrir mão na minha regra de não namorar, caso ela quisesse um compromisso sério. Por ela eu faria esse sacrifício. 

- Arrependida de ter tido uma noite baunilha? - Perguntei em tom de humor, pois estava estampado na nossa cara a satisfação com nossa noite de sexo. America soltou um risinho e virou seu rosto pra mim.

- Harry, eu não sei o porquê, mas você fez dessa noite umas das mais lindas que eu já tive. - Comentou America. Meu coração acelerou de repente. Havia conseguido.

- Porque você me faz querer te dar tudo do melhor Meri. - Disse ainda olhando em seus olhos. Ela pareceu um pouco desconfortável e eu fiquei nervoso. Mas agora não tinha volta, eu ia dizer.

- Nossa Haz, falando assim até parece que você ta...

- Apaixonado. - Terminei sua frase por ela, afirmando o que ela pensava. 

Os olhos dela se arregalaram, completamente assustada. Ela soltou nossas mãos e se sentou. Apavorado com sua reação me sentei também. Ela virava sua cabeça a procura de provavelmente seu vestido, porém a impedi me aproximando dela e segurando seu pulso, mas em uma reação assustada, ela se largou de mim. Me senti despedaçado neste momento.

- Desculpa Harry, mas... - Começou America, mas a interrompi.

- Você não sente o mesmo? - Perguntei olhando em seus olhos, não aceitaria uma resposta sem que ela me olhasse de frente. Ela suspirou.

- Cacheado... Isso não está certo, você deve estar enganado. Nós começamos isso exatamente por não querermos um relacionamento lembra? - Me olhou com piedade. Mas tudo que eu menos queria agora era piedade. Abaixei minha cabeça, rompendo nossa troca de olhares, não queria mais olhar pra ela, estava envergonhado.

- Não estou pedindo um relacionamento sério e também não estou enganado America. Sei o que estou sentindo e não escolhi me apaixonar, apenas aconteceu...

Estava sentindo uma sensação horrível dentro do peito, como se o mundo tivesse acabado naquele momento. Meus olhos lacrimejavam, mas eu me recusava chorar na frente dela, seria muita humilhação para uma noite só. Fiquei no chão enquanto America colocava seu vestido. Ela de repente parou e senti seu olhar em mim.

- Então acabou tudo? - Perguntou America. 

- A menos que você queira. Apesar de tudo esse acordo me faz bem. - Esclareci. Poderia ser loucura, mas eu era egoísta de mais para conseguir ficar longe dela. Isso poderia me ferir de formas inimagináveis, mas qualquer coisa era melhor do que ficar longe dela.

- Mas e isso, quer dizer... - Se enrolou.

- Apenas esqueça. Prometo não te importunar mais com isso. - Falei. 

O silêncio reinou por o que pareceram horas. Ela já estava devidamente vestida e eu ainda estava no chão sem olhar para ela. A noite havia sido perfeita, exatamente como eu arquitetei, mas o final dela foi catastrófico e eu só conseguia me culpar por tudo. Eu havia sido precoce, era pra essa noite só ter sido o começo e não eu tacar a bomba de uma vez. Você é um burro Harry Styles, por isso que essa garota não gosta de você.

- Desculpa Harry... - Sussurrou America já com sua bolsinha na mão. Assenti com a cabeça. - Você não quer que eu...

- Só me deixa sozinho Meri, por favor. - Pedi.

Ela assentiu com a cabeça, compreendendo meu pedido. Vi seus pés indo até a porta do quarto onde estávamos hospedados. Ela virou seu corpo pra mim como se fosse falar algo, mas o quer que seja, ela desistiu e foi se embora, levando com ela toda a alegria que tive nessa noite e uma parte do meu coração, que estava despedaçado naquele tapete, onde minutos atrás, estávamos nos amando como nunca antes. Pelo menos eu estava né... 
 


Notas Finais


Espero que vocês tenham gostado! Comentem o que vocês quiserem, se quiserem perguntar algo, ou sugerir alguma coisa para a fic é muito bem-vindo. (Ou se quiser apenas comentar continue também aceito haha)
* Como eu disse a fic terá 5 caps, mas talvez eu faça um epílogo só de bondade pra vocês haha
* O próximo quem narra é a Meri e vai mostrar a reação dela ao saber que o Harry é apaixonado por ela, o pq dela estar recusando tanto ele e o que ela vai fazer sobre isso. Será que ela vai terminar o acordo? Será que ela vai se declarar? Haha
Próximo cap creio que postarei Domingo, igual hoje ok lindas? Se ficar pronto antes, posto antes! Beijo e boa semana!


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