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História Distrust - Uma péssima viagem


Escrita por: CohenWriter

Notas do Autor


O capítulo tá meio grande , sim , eu sei 😂 Mas não desista se ler não , pq tá muito legal u.u Vai acontecer muuuuuuitas coisas , se preparem . Esse capítulo é muito importante para a Demi e o Stefan .
Aviso: o Adam tá muito fofo com a Demi nesse capítulo 😍 Espero que gostem ❤
Booa leitura 💓

Capítulo 14 - Uma péssima viagem


Fanfic / Fanfiction Distrust - Uma péssima viagem

...Eu não entendo o porquê dessa paranoia do James. Ele fica insistindo nisso, sendo que eu já disse que não sinto nada por ela. Isso é ridículo! Mas tenho que admitir que isso me deixa preocupado, pois o James faz transparecer a visão dele sobre nós, e o que ele diz, não é nada bom, porque segundo ele, eu pareço estar apaixonado por ela, e eu não aceito isso! Mesmo se estivesse, eu nunca reconheceria, pois eu não quero estar. Mas mesmo não querendo estar apaixonado, não posso evitar de me sentir balançado por ela. Isso é uma coisa que eu não consigo explicar.
Ela tem o poder de invadir meus pensamentos. Às vezes isso me assusta.  Aquela pequena mulher, garota, sei lá o que ela é... Está conseguindo me deixar maluco.


Narração Lovato

Será que eu o amo? Não sei... Mas de uma coisa eu sei: eu gosto muito de estar perto dele. É muito cedo para tirar conclusões... Ele me faz tão bem... Me faz rir, me ajuda nos momentos complicados. Estou tão confusa... Mas amanhã, quando nós formos visitar seu pai, talvez eu tire alguma conclusão.
   - Então você vai amanhã mesmo?
   - Vou - Falei abrindo uma mala e colocando algumas roupas em seu interior.
   - Eu vou sentir saudades - Falou melancolicamente.
   - Mas só vão ser dois dias - Argumentei.
   - Mas você faz falta... Agora, quem eu vou encher o saco?
   - O Nick - Ri.
   - O Nick nem tá ficando em casa direito.
   - Verdade... Falar em Nick, ele vai voltar pra casa hoje?
   - Acho que sim, porque ele comentou comigo hoje mais cedo que ia voltar pra se despedir de você.
   - Que bom...
   - O Stefan vai passar aqui que horas?
   - Nós não vamos sair muito cedo não. Mais ou menos umas 11h... Eu espero que o pai dele goste de mim.
   - É impossível alguém não gostar de você - Sorriu. - E se não gostar, é louco - Riu.
   Ri. - Que exagero... Eu só vou terminar de arrumar minhas coisas e vou dormir.
   - Tá terminando?
   - Tô - Olhei na minha gaveta e fiquei inquieta ao perceber que meu casaco não estava lá. - Que merda.
   - O quê?
   - Eu esqueci o meu casaco preferido na casa do Adam.
   - Agora eu te pergunto: o que você não esquece? - Riu.
   - A cabeça, porque é grudada - Ri. - Segunda eu vou lá pegar.
   - E se o Adam trazer?
   - Eu vou incomodar ele... Ele é um homem muito ocupado, e não vai ficar perdendo o tempo dele comigo.
   - Verdade...
   - Terminei.
   - Então vou deixar você dormir... Boa noite, Demi - Falou me abraçando.
   - Boa noite - Sorri.
Eu estava cansada, então não demorei pra dormir. Também, depois de um dia daqueles...
Já era dia, e levantei-me apressadamente. Fiz meus rituais matinais, tomei um café e fui me arrumar. De repente, ouço batidas em minha porta do quarto. Abro e é o Nick.
   - Nick! - Abracei-o.
   - Você vai nos abandonar? - Perguntou melancolicamente.
   - Mas só vão ser dois dias. Na segunda eu tô de volta.
   - Vou sentir sua falta.
   - Eu também.
   - Você vai agora?
   - Daqui a pouco. Eu só tô terminando de conferir minha mala... Aí é só esperar o Stefan chegar. Ele já deve estar chegando.
   - Se ele te faltar com respeito, eu quebro a cara dele!
   - Calma, Nick - Ri. - Ele não vai fazer isso.
   - É bom mesmo.
   De repente, escuto a campainha tocar.
   - Deve ser ele - Falei animadamente.
   - Demi! Você vai abrir ou eu abro? - Gritou Miley.
   - Eu vou abrir.
Fui correndo abrir a porta.
Quando finalmente abro a porta, percebo que não se trata do Stefan, mas sim, do Adam. Ele estava diferente do que de costume. Estava de smoking, terno, sei lá... O Stefan vai ter que me perdoar, mas eu não consigo tirar os meus olhos daquele homem. Ele está tão bonito, tão atraente, tão sedutor, que seria impossível não olhar. Minha sala estava clara, por conta do sol que fazia lá fora, então percebo que seus olhos verdes estão muito mais evidentes do que de costume.
   - Adam? Eu não esperava você por aqui...
   - Eu vim te trazer isso - Falou com o meu casaco nas mãos.
   - É verdade... Eu tinha esquecido - Sorrio sem graça e ele me entrega o casaco. - Você tá indo pra onde tão elegante desse jeito?
   - Eu tô indo pra um evento muito chato.  E eu tô assando dentro disso aqui... E você? Tô vendo uma mala ali - Esboça um sorriso de canto.
   - Eu vou... - Antes de concluir, Miley aparece na porta para cumprimentar o Adam.
   - Você não quer entrar?
   - Não... Eu tô com pressa.
   - Atá...
   - Então... Como tava dizendo... Eu vou ficar dois dias fora. Eu vou com o Stefan na casa do pai dele.
   - Com o Stefan?! - Falou irritado.
   - É...
   - Boa sorte... - Falou sarcasticamente.
   - Não fala assim dele... O Stefan é um amor de pessoa - Esboço um sorriso de canto.
   - Será?! - Sorriu cinicamente. - Demi... Você não falou nada, né? - Perguntou em tom baixo.
   - Não... Claro, se ele não falar, eu falo... Mas por enquanto eu não vou falar nada - Retribuí o tom baixo de voz, fazendo com que, nossa conversa, desse apenas para nós escutarmos e ficasse inaudível para quem estivesse longe.
   - Eu confio em você.
   - Eu pensava que você não confiasse em ninguém... Aliás, você mesmo me disse isso - Concluí com um sorriso irônico no rosto.
   - Então se sinta honrada, porque eu não costumo mesmo acreditar nas pessoas - Finalizou com um sorriso irônico no rosto. - Bom... Eu tenho que ir agora.
   - Tchau - Sorri. - Ah! Não precisava se preocupar. Eu ia buscar segunda na sua casa. Desculpa ter incomodado.
   - Você nunca incomoda - Esboça um sorriso de canto.
   Retribuo. - Obrigada - O abraço.
   - Tchau, Demi - Solta um sorriso de canto.
   Sorri.
Ele foi embora e eu desmoronei. Estava um pouco nervosa na presença dele. Não sei porque, mas estava.
   - E aí, Demi... O bonitão já foi? - Riu maliciosamente.
   - Já.
   - Melhor você mudar essa cara aí, antes que o Stefan chegue.
   - O que tem minha cara? - Perguntei preocupada.
   - De besta.
   - Nada a ver...
   - Hum... - Olhou-me ironicamente. - Mas o que vocês tavam cochichando?
   - Nada...
   - Melhor não me esconder nada, ein, Demi...
   - Não é nada...
   - Você tá traindo o Stefan com ele?
   - Miley! - Falei indignada. - Claro que não! Que absurdo!
   - Desculpa, é que vocês dois são tão estranhos.
   - Estranhos como?
   - É que parece que vocês se gostam.
   Ri. - Nunca! Isso é tão ridículo.
   - Ah, mas há uma possibilidade.
   - Possibilidade zero. Eu não gosto dele, não assim como você tá insinuando.
   - Bom... Não parece, mas se você tá falando...
   De repente, a campainha toca e eu vou apressadamente atender.
   - Stefan - Sorri.
   - Já tá pronta?
   - Já.
Eu dei espaço para ele entrar.
   - Oi, Stefan - Falou Miley. - Já vai roubar a Demi de mim?!
   - Roubar não, mas só vou pegar emprestada - Sorriu.
   - Não sou um objeto não, gente - Ri.
   - Cuida dela, ein - Falou Nick.
   - Com certeza.
   - Tchau Miley, tchau Nick - Abracei-os.
   - Tchau - Falaram.
   - Eu vou te ligar mais tarde, pra gente conversar sobre aquilo - Falou Miley.
   - Aquilo?
   - É... Aquilo.
   Stefan olhou-nos intrigado. - Aquilo o quê?
   - Nada de mais - Falou. - Coisa de mulher.
   - Ah... Vamos, Demi?
   - Vamos.
Stefan pegou minha mala e andou até a porta e respectivamente, abriu-a.
   - Tchau, gente.
Saí pela porta, deixando para trás, meus melhores amigos.
Entrei no carro e logo ele entra também.
   - Onde seu pai mora?
   - Em Boston. Se prepara, porque serão cinco e longas horas de viagem.
   - Caralho...
Stefan guia sua mão até as chaves do carro, e vira a mesma, fazendo com que, um grande e estrídulo ruído de motor invadissem meus ouvidos, fazendo com que meus tímpanos vibrem enfadonhamente com o barulho do motor.
Pneus gritam com o atrito do asfalto, fazendo um grunhido agudo. Esses ruídos fazem uma robusta e harmoniosa orquestra automotiva, e que incendeiam meus ouvidos, e traz uma antítese à minha alma.
De tempos em tempos, conversamos pelo caminho. Stefan pôs uma música para nós escutarmos. Eu estava ficando impaciente, pois minha personalidade é de uma constante e insistente ansiedade. Eu queria chegar logo. Quanto mais eu pensava na chegada, mais o tempo demorava para passar. Daí lembrei da teoria da relatividade, pois segundo Einstein, o tempo é relativo para todos, afinal, a percepção de tempo de um indivíduo para o outro, diverge. Bom... Não gosto de pensar muito nessa teoria, pois só de pensar nela, minha cabeça dá um nó, e até começa a doer. Eu não sou uma pessoa tipo Einstein... Me identifico mais com Holmes, pois ele sempre dizia para Watson: "A mente é como um sótão vazio, que serve apenas para armazenar coisas; e sendo finito, devemos apenas armazenar coisas importantes e não supérfluas". Contudo, tentei distrair-me, e tentei por diversas vezes, mas felizmente, consegui.
De tanto que minha mente viajou, eu acabei pegando no sono. Quando acordei, perguntei para Stefan se estávamos chegando, e ele respondeu que sim. Finalmente!
Não demorou muito até ele estacionar o carro.
   - Chegamos.
   - Finalmente!
   Riu.
O local era muito bonito, muito encantador. Ele continha um gramado verde, com um jardim muito bonito. Um lote extenso. Stefan abre a porta do carro para mim. Ele abre o porta malas, com o objetivo de apanhar nossas bagagens.
Seguimos o caminho até chegarmos em frente à porta de entrada. Ele faz com que seus dedos caíssem ligeiramente no botão da campainha. O ruído sucede esta ação. Logo um senhor, de mais ou menos 50 anos, abre a porta.
   - Pai! - Falou abraçando-o.
   - Filho, que saudade!
   - Pai, essa aqui é a minha namorada, Demi. Demi, esse é o meu pai, Sr. Connor
   Cumprimentei-o. - Muito prazer.
   - O prazer é todo meu... Vamos entrar?
   - Claro - Falou.
Entramos. Olhei de forma circunspecta o local. O local era muito bonito e antigo. Era como aquelas casas luxuosas de filmes antigos.
De repente, uma mulher surge na sala. Uma mulher bonita e jovem. Ela devia ter uns trinta e poucos anos.
   - Essa é minha mulher, Debbie.
Mulher? Como assim? Tudo bem que o amor não tem idade, mas cara... Ela parece filha dele! - Pensei.
   - Você casou de novo, pai?! E nem me convidou?!
   - Casamos escondidos em uma capela de Las Vegas.
   - Eu e o seu pai, estamos nos divertindo há dois meses - Falou maliciosamente.
   - A Debbie tá preparando o jantar. Daqui há pouco tá pronto, né, querida?
   - É.
   - Então volta pra cozinha, mulher! - Falou dando um tapa na bunda dela.
Eu e o Stefan nos entreolhamos.
   - Eu vou apresentar a casa pra você, Deni.
Eu e o Stefan o seguimos.
   - Aqui é meu quarto. Bom... Meu e da Debbie - Andamos mais uns 7 passos. - Aqui é o banheiro, e aqui costumava ser o quarto do Stefan. E aqui é o quarto onde vocês vão ficar.
   - Não dormimos juntos - Sorri sem graça.
   - Não tem problema. Então você fica nesse quarto.
   Sorri. - Perfeito.
   - Querido! O jantar tá pronto.
   - Parece que o jantar tá pronto...
O seguimos.
Nos sentamos e Debbie começou a nos servir.
   - Então, Dani... - Falou Connor.
   - É Demi - Falou Debbie e respectivamente sorriu para mim.
   - Tanto faz... Então, Demi... Há quanto tempo você tá saindo com meu filho?
   - Vai fazer um mês.
   - E onde vocês se conheceram? - Perguntou animadamente Debbie.
   - Na faculdade.
   - Você faz a mesma faculdade que o Stefan? - Indaga Debbie.
   - Sim, Jornalismo.
   - Eu me lembro muito bem quando eu conheci o pai dele... Estávamos numa boate, e eu tinha bebido demais. Aí eu senti alguém pegar na minha bunda, aí foi tirando minha calcinha, e depois eu senti essas enormes mãos - Falou segurando as mãos do senhor Connor. - Colocar os dedos dentro da minha...
   - Não precisa dar os detalhes - Falou Stefan.
   - Tá... Mas aí fomos no banheiro, porque eu já tava doida pra dar pra ele.
   - Debbie, ele já disse que não quer saber os detalhes - Sr. Connor falou irritado.
   - Mas a Demi não falou nada, então eu acho que ela quer saber.
   - Não... Não precisa... Assim será muito mais fácil apreciar o jantar.
   Stefan olhou para mim e riu.
   - Mas Stefan... E a Sandra? - Perguntou Connor.
   - A Sandra é passado.
   - Que Sandra? - Perguntei.
   - Sandra era uma antiga namorada dele. Ela terminou com ele e o Stefan ficou um mês chorando.
   - Sério? - Ri.
   - Mentira, Demi... Não acredita nele.
   - Muito sério.
Ao terminar de jantar, fui para varanda, atender uma ligação da Miley.
   - Não é que você ligou mesmo - Ri.
   - Claro... Eu tô super curiosa pra saber o que você e o Adam conversavam.
   - Ai meu Deus... Sério que foi só pra isso?
   - Sim... - Falou animadamente. - Então pode começar falando o que vocês cochicharam.
   - Não foi nada de mais... Na verdade, é um segredo que o Adam pediu pra mim guardar.
   - Ah... Agora deu pra ser confidente dele... Tá, eu entendo...
   - Você é bem curiosa, ein...
   - Mas ele foi bem atencioso, né...
   - Miley... O que você tá querendo insinuar?
   - Nada... - Sua voz soou em tom leviano.
   - Você e essas suas besteiras - Ri. - Vou falar de novo: eu e o Adam não temos nada, se é isso que você quer saber.
   - Que pena.
   - Que pena?! - Falei rindo.
   - Não é porque eu não gosto do Stefan, mas eu só prefiro você e o Adam.
   - Não se ilude - Ri.
   - Sempre vou ter esperanças - Riu. -  Então... Como andam as coisas por aí?
   - Bem... Sei lá...
   - Tão te tratando bem?
   - Tão, mas parece que só fazem isso por educação. Pode ser só impressão minha...
   - Deve ser... Do jeito que você é paranoica.
   - Amiga, eu vou tomar banho e vou dormir. Eu tô muito cansada.
   - Vai lá... Boa noite. E me liga amanhã, tá?
   - Tá... Boa noite. Manda um beijo pro Nick.
   - Mando.
Desligamos. Subo até o corredor onde ficava meu quarto e encontro Stefan.
   - Boa noite, meu amor - Falei beijando e o abraçando.
   - Já vai dormir?
   - Vou. Tô com sono.
   - Então vai lá - Esboçou um sorriso de canto. - Boa noite.
   Entrei no quarto e observei um banheiro no mesmo. Então fui tomar um banho. Não demorei muito e logo saí. Estava com sede, então resolvi descer até a cozinha para beber água.
Desço as escadas em passos suaves, para evitar qualquer tipo de barulho. Quando chego no meio da escada, fico estagnada ao ouvir Stefan e seu pai conversando sobre mim. Então agacho-me e fico escutando.
   - Não sei porque você trouxe essa garota pra cá.
   - Trouxe, porque achei que você ia ficar feliz em conhecê-la.
   - Ficaria feliz se você voltasse com a Mercedes.
   - Pai, eu já disse que eu e a Mercedes não daríamos certo. Ela é muito sufocante.
   - Mas é rica.
   - Nós já conversamos sobre isso...
   - Eu não me conformo... Por isso chamei ela pra vir aqui amanhã, pra tomar café com a gente.
   - Não era pro senhor fazer isso!
   - Já fiz.
   - O que a Demi vai pensar?! - Falou indignado.
   - Foda-se o que ela vai pensar.
Voltei para meu quarto chocada. Nem fiz questão de descer para beber água. O desgosto foi tanto que até a vontade passou.
Deitei na cama e tentei dormir. Tive muita dificuldade pra pegar no sono, mas depois de muita insistência, eu consegui.
Amanhã eu conheceria essa tal de Mercedes.
Abri os olhos e já era dia. Pensei que fosse muito cedo, mas não. Eram 10h da manhã.
Levantei-me da cama e fui tomar banho. Quando saio do banheiro, ouço batidas na porta e respectivamente, Stefan diz que o café já está pronto.
   - Já tô indo - Falei.
Troquei de roupa e desci. Sr. Connor e Debbie, já estavam tomando café, mas percebo que o Stefan não está lá.
Sento-me na cadeira e começo a tomar café.
   - Bom dia - Falou Debbie.
   - Bom dia - Sorri. - Cadê o Stefan?
   - Tá na cozinha... Eu acho - Connor falou sisudamente.
Eu comecei a lembrar da conversa dos dois de ontem à noite, e comecei a me sentir desconfortável. Então decido ir atrás do Stefan, para que eu não fique sozinha na mesa com os dois. Então largo meu café e vou procurá-lo.
   - Eu vou chamar ele - Falei levantando-me e indo em direção à cozinha. Quando chego em frente da entrada da mesma, sinto uma raiva imensa me consumir. Stefan estava beijando uma mulher. E era um beijo daqueles. Os dois estavam quase transando em cima da mesa.
Ela era uma mulher um pouco alta, branca, cabelos ruivos, muito bonitos, por sinal. E tinha lindos olhos azuis.
   - Que cena mais linda - Falei sarcasticamente.
   - Demi... - Falou Stefan, jogando aquela mulher para o lado. - Não é nada disso que você tá pensando.
   - Me esquece, Stefan - Falei amargamente. Dei as costas para os dois e subi até o meu quarto. Peguei minha mala que estava no canto e apanhei algumas coisas que estavam fora dela. Logo Stefan entra no quarto e fecha a porta.
   - Demi, você precisa me escutar.
   - Eu não tenho nada pra escutar! Eu já entendi tudo!
   - Foi ela que me beijou! Eu não tive culpa de nada!
   - Certo... Mas se você não quisesse que ela tivesse te beijado, você já teria empurrado ela, e não ficar quase engolindo ela viva, e quase fodendo naquela cozinha! Isso não pareceu um beijo roubado, mas sim, um beijo retribuído... Juro que pensei que você fosse diferente, mas pelo jeito, eu me enganei.
   - Demi, eu amo você! Você não pode me deixar!
   - Chega, Stefan! Acabou!
   - Você precisa acreditar em mim! A Mercedes me beijou e não eu!
   - Então aquela é a Mercedes? - Perguntei indignada.
   - Você já conhecia ela?
   - Só de nome... Eu escutei esse nome ontem, quando o seu pai falava um monte de bosta sobre nós e sobre mim.
   - Você precisa desculpar o meu pai... Ele não pensa antes de falar.
   - Eu não tenho que desculpar ninguém. Quer saber? Eu vou ir embora - Falei tirando a mala de cima da cama e andando em direção à porta.
   - Por favor... Não vai.
   - Tchau, Stefan.
Desci as escadas e observei Debbie e o pai do Stefan preocupados.
   - Mas você já vai? - Perguntou docilmente Debbie.
   - Já... Muito obrigado por terem me recebido aqui, e desculpem o incômodo... Eu tenho que ir - Falei e andei apressadamente até a saída.
Quando coloco meus pés na rua, percebo que eu não conheço aquele lugar e não tinha a mínima ideia de como voltar pra casa. Observo taxis passando na rua, então pergunto pra uma senhora qual era o ponto de taxi mais próximo. Ela me instrui e eu sigo as instruções dela.
Ao observar o ponto, me aproximo do motorista e peço para ele me levar até o centro da cidade, de preferência, perto do terminal de ônibus de viagem.
Demoramos cerca de uma hora para chegarmos. Paguei o motorista e fui buscar saber quanto e que horário sairia o próximo ônibus com destino à Nova York.
O valor era um pouco salgado, mas felizmente, eu tinha aquele dinheiro comigo. Quanto ao horário, o próximo ônibus chegaria em uma hora e meia, e com direito a uma hora de descanso para o motorista... Ou seja, eu sairia daquela cidade, aproximadamente em duas horas e meia. Já eram meio dia, e eu estava impaciente. Tentei ligar, por diversas vezes, para a Miley, mas ela não me atendia. Talvez estivesse com o James... Não sei. Depois de duas horas, meu celular toca. Atendo.
   - Alô - Falei.
   - Demi! - Uma voz de criança invadem meus ouvidos.
   - Maddie?! - Indaguei entusiasmada.
   - Sou eu, irmã.
   - Como você conseguiu meu número?
   - A Dallas. Na verdade ela me emprestou o celular dela pra mim ligar pra você, porque eu tô com muitas saudades.
   - Eu também... Mas agora, mais do que nunca, não vou poder ir aí.
   - Por quê?
   - Porque tô com muito trabalho... Sou estagiária, e também... Agora estou trabalhando pro Adam Levine, então vai ser muito difícil eu ir pra aí.
   - Adam Levine? - Perguntou entusiasmada.
   - Sim... Mas não conta pra ninguém... É segredo.
   - DEMI! EU QUERO CONHECER ELE! EU AMO A BANDA DELE, AMO AS MÚSICAS DELE! DEMI, ME LEVA PRA VER ELE, POR FAVOR!
   Ri. - Calma. Um dia eu te apresento ele.
   - Não vejo a hora! Ele é legal? É bonito?
   - Ele é bem legal sim... Quando você conhece ele, a sua primeira impressão é que ele é um babaca, mas não... Ele até virou meu amigo.
   - Nem acredito que você é amiga do Adam Levine, logo dele! Eu vou contar pra todas as minhas amigas da escola!
   Ri. - Maddie, eu vou ter que desligar. Eu vou entrar no ônibus. Quando eu chegar, eu ligo pra você. Dá um beijo na Dallas por mim. Tchau, Maddie. Eu amo você.
   - Também amo você. Tchau, Demi.
   - Tchau, minha pequena.
Desliguei.
Entrei no ônibus e o motorista logo voltou e deu partida. Foram seis longas e cansativas horas, mas felizmente, cheguei viva. Estava arrasada. Aquilo acabou comigo. Durante a viagem inteira ficava imaginando aquela cena horrível do Stefan com outra. Quando pensava muito, não podia evitar de chorar. E neste momento, enquanto caminho pelas extensas ruas movimentadas de Nova York, lágrimas estão descendo no meu rosto. As pessoas me olham de forma esquisita, talvez seja curiosidade, ou até mesmo, compaixão. Caminho com objetivo de pegar um outro ônibus, para finalmente chegar em casa, mas subitamente, um carro para do meu lado, abaixa o vidro e chama pelo meu nome. Era Adam.
   - Demi! O que aconteceu? - Falou abaixando as mangas de sua camisa, com o objetivo de esconder suas tatuagens. Vestiu um boné ridículo e colocou óculos escuros, com fins de não ser reconhecido. Então sai do carro e vai ao meu encontro.
   - Demi... O que foi? - Falou secando minhas lágrimas.
   - Decepções.
   - Vamos entrar, aí você me conta - Falou pegando minha mala e colocando no banco detrás. Pegou na minha mão e me guiou até o carro, logo em seguida, ele entra e dá partida.
   - O que aconteceu? Você não foi viajar com o Stefan? - Falou tirando os óculos e o boné.
   - Fui, mas aconteceu uma coisa muito desagradável.
   - Tipo?
   - Primeiro eu escutei uma conversa do Stefan com o pai dele. O pai dele não gostou nada de mim. Até aí tudo bem, foda-se. Mas aí de manhã, eu pego o Stefan com outra. Eles tavam se pegando na cozinha... Mas eles tavam se pegando mesmo. Foi horrível... Ou seja, o Stefan me traiu.
   - Eu vou matar ele - Falou psicóticamente. - Se eu ver ele na rua, eu vou acabar com ele. Não vai sobrar mais nada daquele monte de bosta! Quem ele pensa que é pra fazer isso com você?! - Falou indignado. - Fica tranquila, Demi. Eu cuido dele pra você.
   - Adam, pelo amor de Deus! Não vai fazer besteira.
   - Não é besteira! Aquele cara te fez chorar! E eu não vou admitir isso! - Falou estacionando o carro.
Saímos do carro e Adam pega minha mala. Quando chegamos em frente da minha porta, pego minhas chaves e abro a mesma. Nós adentramos. Adam deixa minha mala no canto da sala.
Sento ao seu lado no sofá.
   - Obrigada por ser tão atencioso comigo. Sei que isso deve estar já te deixando incomodado, porque...
   - Demi, eu já disse que você nunca me incomoda - Cortou minha fala.
Esboço um sorriso de canto. - Mas mesmo assim... Eu agradeço muito por você estar aqui comigo.
   - Mas o importante é você estar... - Antes de concluir, sua frase é interrompida por barulho de chaves. De repente, vejo Miley e James juntos. Ambos ficam surpresos.
   - Demi... O que você tá fazendo aqui? Você não ia voltar amanhã? - Ela se aproxima e indaga. - O que aconteceu? O que o Adam fez pra você?
   - Eu não fiz nada! - Falou frustrado.
   - Ele não fez nada... Foi o Stefan.
   - O que ele fez? - Perguntou alterada.
   - Ele me traiu - Falei e uma lágrima desceu do meu olho. Adam passa as suas mãos em meu rosto, com o objetivo de secar minhas lágrimas. E após ele ter feito isso, o abraço, fazendo com que meu rosto ficasse escondido em seu peito. Adam acaricia meus cabelos e beija a minha cabeça.
   - Eu já falei pra ela que eu vou matar esse Stefan - Falou pra Miley.
   - E eu ajudo.
Olhei pra Miley, mas ainda estava abraçada a ele, e esboço um sorriso de canto pra ela.
   - Eu acho que tô ficando com ciúmes - Falou Miley debochadamente. - Adam, desgruda da minha amiga.
   - Miley, melhor eu ir... Amanhã a gente se vê - Falou James. - Adam, cuida bem da Demi, ein - Sorriu maliciosamente pra ele.
   - Vocês já se conhecem?
   - Bem pouco - Falou James.
   - E você cria juízo - Falou Adam.
Miley o levou até a porta.
Deito minha cabeça no colo do Adam e ele fica brincando com as mechas do meu cabelo.
   - Minha irmã mais nova ligou pra mim hoje... E eu descobri que ela é sua fã - Olho em seus olhos e sorrio.
   - Agora eu te pergunto... Quem não é meu fã?
   - Para de ser metido - Sorrio. - Eu não sou sua fã... Mas eu prometi pra ela que eu levaria ela pra te conhecer.
   - Então quer dizer que eu vou conhecer sua irmã? - Falou animado.
   - Vai... Mas não sei quando.
   - Adam! Que melação é essa com a minha amiga? - Falou debochadamente.
   - Se você quer que eu vá embora... Tudo bem, eu vou - Falou rindo.
   - Não precisa... Ela é assim mesmo... Ciumenta.
   - Eu tô zoando. Pode ficar - Riu.
   - Mas eu já vou indo... A Demi já tá melhor, e eu preciso ir - Falou e eu me levantei para que ele pudesse levantar.
   - Tchau, Miley - Falou abraçando-a.
   - Ah, Demi... Se quiser, não precisa ir amanhã.
   - Mas eu vou sim.
   - Então eu venho aqui te buscar.
   Aquiesci.
   - Tchau - Falou e beijou minha testa.
   Sorri para ele. - Até amanhã - O abracei.
   - Até - Sorriu.
Quando eu fecho a porta, Miley solta aquele famoso "hum" malicioso.

   - Que foi?
   - Vocês... Sei não, ein... - Sorriu maliciosamente. - Vocês são tão lindos! - Gritou.
   - Mas a gente não têm nada. Somos só amigos.
   - Por enquanto. Demi, escuta o que eu tô dizendo: vocês ainda vão ficar juntos.
   - Esse é o seu sonho...
   - Demi, vocês super combinam. Eu já tô apaixonada por vocês dois. Foi tão lindo quando você abraçou ele! E aquele beijo na sua testa? Lindos! - Falou suspirando.
   De repente, começo a rir loucamente. - Ai, Miley... Só você mesmo pra me fazer rir numa hora dessas.
   - Eu e o Adam - Olha-me maliciosamente.
   - É verdade.
   - O melhor casal.
   - Nós não somos um casal! E você não deveria fazer essas suas piadinhas. Não se esqueça que eu acabei de terminar um relacionamento.
   - Desculpa...
   - Hoje foi horrível! O Stefan me decepcionou muito. Eu não quero nunca mais olhar na cara dele.
   - Mas me explica uma coisa... Como foi que você descobriu?
   - Eu não descobri, eu vi.
   - E o que você viu?
   - Eu vi o Stefan quase transando em cima da mesa da cozinha com uma mulher.
   - Juro que pensei que o Stefan era diferente.
   - Eu também... Foi horrível, péssimo, um desastre... Mas eu não fico triste porque eu amava ele, não, eu não amava ele... Mas fico triste, porque eu confiava nele e ele acabou com isso.
   - Você não ama o Stefan?
   - Não, mas eu gostava dele.
   - Então vai ser mais fácil superar.
   - Sim... Espero.
   - Mas amiga... Bola pra frente e esquece ele! Faz como eu: arruma outro.
   - Por enquanto eu não quero me envolver com mais ninguém.
   - Tá, mas não fica chorando por causa desse cara. Ele não merece suas lágrimas.
   - Eu não vou mais chorar. Eu prometo.
   - É bom mesmo! Agora eu vou deixar você descansar, porque com certeza, você deve estar muito cansada.
   - E pior que tô mesmo.
   - Amanhã a gente conversa, quando você tiver melhor.
Miley me deixa sozinha e eu vou pro quarto. Me jogo na cama e adormeço rapidamente.
Eu não entendo porque ele me enganou, o porquê dizia que me amava, sendo que só estava comigo, com a esperança de conseguir algo a mais. Eu fui tão idiota de acreditar nas suas mentiras, tão frívola. Me sinto enganada, e esse sentimento é terrível. A decência das pessoas não está em suas aparências, e tampouco em suas palavras, mas sim, em suas atitudes, e quando descobrimos essas verdadeiras atitudes subjacentes à máscaras, o impacto é maior, afinal, descobrir que tal pessoa não é exatamente aquilo que imaginávamos, é penoso.

                                                        Continua..


Notas Finais


O que vocês acham que vai acontecer com a Demi e o Adam ? Será que ela está começando a gostar dele? Isso vcs só vão descobrir no próximo capítulo 💓


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