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História Distrust - Texas, part one


Escrita por: CohenWriter

Notas do Autor


Nesse capítulo , vcs vão ter pena da Demi 💔 Vai acontecer algo muito chato com ela 💔 Tudo por culpa da Miley 😂 Simplesmente a nossa Demi não estará com sorte 😂😂
Booa leitura e até as notas finais 💓❤

Capítulo 18 - Texas, part one


Fanfic / Fanfiction Distrust - Texas, part one

...A Miley estava magoada, e com razão. Aquilo que o James fez, foi um desatino. Um erro colossal. Ele já começou errado, então não tinha como dar certo no final. Fico triste pela Miley, pois ela só está se fodendo com relacionamentos. Uma das coisas que é preciso para um relacionamento dar certo, é ser sempre sincero, mesmo que a verdade doa, ela tem que ser dita. É preciso ser convergente.
Mas talvez, se eles começarem do zero, e dessa vez, não faltar com a verdade, há grandes chances desse relacionamento dar certo. Eu torço para que eles se dêem uma nova oportunidade. Um recomeço.


            Narração Lovato

Ontem, eu e a Miley ficamos até tarde conversando. Buddy ficou fazendo companhia para nós. A noite estava fria. Havia uma ventania gélida, que até doía a cabeça.
Já era dia, e eu fui a última a levantar.
Quando desci até a cozinha, lá estava Dallas (junto de Lucy), Miley e Maddie.
   - Bom dia - Falei sorrindo e me juntando a elas.
   - Ah, Demi... Eu quero te pedir um favor - Falou Dallas.
   - Pode pedir - Falei enquanto enchia generosamente uma xícara de café.
   - Eu queria que você ficasse, por algumas horas, com a Lucy... É que eu vou levar a Miley pra visitar uma antiga amiga nossa.
   - Claro que fico - Sorri. - Mas e a mãe? Onde ela tá?
   - Eu não sei. Quando eu acordei, ela já tinha saído.
   - Parece que ela tá me evitando mesmo, hem...
   - Pois é - Miley concordou.
   - Mas vocês vão que horas?
   - Agora - Disse Dallas. - A gente só estava esperando você acordar.
   - Pode ir tranquila. A Lucy está em boas mãos - Finalizei.
   - Cuida dela, hem - Sorriu.
   - Com certeza.
   - Eu vou sair sem ela me ver, porque senão ela fica chorando... Tchau, Demi - Falou em tom baixo.
As duas saíram.
   - Agora só somos nós três - Falei para Maddie. - Maddie... Você tem ideia pra onde a nossa mãe possa ter ido?
   - Não tenho ideia... - Olhou para cima, como se buscasse uma resposta. - Pensando bem... Ela pode estar na casa da irmã Neide.
   - Dona Dianna indo pra igreja? - Ri.
   - Ela vai de vez em quando.
   - Já é alguma coisa - Ri.
Já eram aproximadamente 14h, e nada de Miley e Dallas aparecerem, e muito menos Dianna.
De repente, meu celular vibra. Penso que é alguma mensagem, mas não, alguém estava me ligando.
   - Alô - Falei.
   - Demi?!
   - O que você quer, Adam?
   - Nossa... Que mal humor.
   - O que você deseja, meu amado, meu adorado, meu excelentíssimo Adam?
   - Sem falsidade - Riu.
   Ri.
   - Então... Eu te liguei, porque eu quero que você venha aqui me encontrar no aeroporto.
   - Mas você já chegou?! - Perguntei. - Eu pensei que viria outro dia.
   - Acabei de chegar.
   - Então espera aí, porque eu já tô indo.
   - Tá.
Desliguei.
   - Maddie, eu preciso sair.
   - Aonde você vai?
   - Buscar o Adam.
   - O quê?! - Surtou.
   Ri. - Isso mesmo que você ouviu.
   - Mas e a Lucy?
   - Eu vou levar comigo. Não vou demorar muito.
   - Então vai logo, porque eu tô louca pra conhecer ele.
   Ri. - Mas lembra do que eu falei: não crie expectativas.
   - Vou tentar.
Subi com Lucy até o quarto de Dallas, a coloquei na cama, coloquei uma blusa nela, pois estava frio. Coloquei também uma touca vermelha. Ela estava muito fofa.
   - Fica aí, Lucy. A tia já vem.
   - Tá, tia.
   - Fui para o meu quarto, passei um perfume e vesti meu casaco preto.
   - Vamos passear com a tia?
   - Sim! - Falou batendo palmas.
A peguei no colo e desci as escadas.
   - Vê se não apronta, hem, Maddie. Eu já volto.
   - Tá. Pode ir e traz ele logo! - Falou animada.
   - Não bota fogo na casa - Falei em tom de deboche.
Peguei um táxi e fui para o aeroporto. Demorou cerca de vinte minutos até chegarmos.
Peguei o motorista e desço do carro.
   - Moço, espera aqui, porque eu vou voltar. Só cinco minutinhos.
   - Tudo bem, moça.
Quando entro no local, procuro com atenção, onde estaria Adam.
De repente, ouço alguém me chamar.
Olho para a pessoa e percebo que não era Adam. Ele era alto como ele, mas era muito diferente do Adam que conhecia. Era discrepante. Esse homem tinha cabelos parcialmente ondulados. Não era comprido, mas era maior que o do Adam. Ele tinha uma barba grande e volumosa.
Não foi possível observar seus olhos, pois estava com óculos escuros. Ele era um pouco esquisito, mas muito sofisticado, pois estava com um casaco muito elegante.
Olho para esse homem com um semblante confuso.
   - Sou eu Demi. O Adam - Tirou os óculos rapidamente, para que eu confirmasse que era ele de fato.
   - Você tá irreconhecível! - Falei de boca aberta.
   - Essa é a intenção - Sorriu.
   - Você tá usando peruca? - Ri.
   - Tô - Riu.
   - Você tá ridículo.
   - Obrigado - Sorriu cinicamente. - Mas e essa criança? É sua filha? - Indagou preocupado.
   - Claro que não! É minha sobrinha. O nome dela é Lucy.
   - Quem é ele, tia Dem?
   - Ele é o tio Adam. Mas não fala muito com ele, porque ele é mau.
Ela escondeu o rosto no meu peito.
   - Você tá com medo dele?
Ela assentiu. - Ele é estanho.
   Olhei pra ele e ri descaradamente. - Ele é feio, né?
Aquiesceu.
   Dei risada.
Quando entramos no táxi, Adam tira a peruca, a barba volumosa e os óculos.
Oh céus! Como ele é lindo! - Pensei.
   - Ai que susto! - Falei brincando.
   - Hoje você tirou o dia pra acabar com minha autoestima - Riu.
   - Tia?!
   - O quê?
   - Quem é ele? - Perguntou.
   - Tá vendo, Adam! Você deixou a menina confusa - Ri.
   - Ele é o tio Adam.
   - Ele não é feio, tia. Não é feio - Falou balançando o dedinho indicador de uma forma extremamente fofa. Após fazer isso, ela olha para ele e faz força para sair do meu colo, com a intenção de ir com ele.
   - O tio Adam é mau. Ele não gosta de crianças.
   - Quem disse isso?! - Falou indignado. - Eu adoro crianças! Vem aqui com o tio - Falou pegando-a.
   Lucy ficou brincando com a barba dele. Com a barba verdadeira dele.
Ela colocava a mão e tirava rapidamente, e dizia rindo: - Espeta, tia.
Adam parecia estar encantado com Lucy.
Quando o motorista estaciona o carro, nós saímos do mesmo, e logo o motorista aparece com as coisas de Adam. E ele carregava consigo, um enorme sorriso. Adam o pagou.
   - Você é Adam Levine, né? - Pergunta entusiasmado.
   - O próprio.
   - Cara, minhas filhas são apaixonadas por você! Eu posso te pedir um autógrafo? Elas iriam amar.
   - Claro - Falou me dando Lucy. Ela não queria ficar comigo, ela queria ficar com ele.
   - O tio já te pega, tá? - Falei para ela.
Encantei-me com a atenção e gentileza que Adam tratava aquele homem.
   - Muito obrigado.
   - Não foi nada... - Sorriu.
   - E a propósito... Sua namorada é muito bonita. Com todo respeito, claro.
   - Não... - Sorriu. - Ela é minha amiga.
   - Ah... - Sorriu envergonhado. - Mas muito obrigado. Foi um prazer te conhecer.
Quando aquele homem entrou no carro novamente, eu entrego Lucy para ele.
   - É, Adam... Agora a Lucy só quer ficar com você.
   - Fazer o que... Eu sou mais legal que você. É claro que ela iria preferir ficar comigo - Sorriu cinicamente. - Fala assim Lucy: a tia Demi é chata.
   - A tia Dem é chata.
   - Adam! Não é pra ensinar essas coisas pra ela.
   - Não é Adan, tia! É tiu.
   Rimos.
   - Não, Lu... É Adam - Falou. - E não tio. Só você pode me chamar assim.
   - Até ela sabe que você já é um tiozão - Ri.
   - Eu sou novo ainda.
   - Muito novo... - Falei em tom de ironia. - Se você é novo, eu sou o que?! Uma criança - Falei debochando.
   - Vai rindo... Quando começar a aparecer as suas primeiras rugas, eu vou estar lá pra rir da sua cara - Falou rindo.
   - Enquanto esse dia não chega, eu vou rir das suas. - Ri.
   - Pode rir, porque quanto mais você ri, mais rápido as rugas aparecem.
   - O que é luga, tia?
   - É isso que o seu tio tem na cara - Ri.
   - Engraçadinha.
   - Vamos entrar, porque tem uma louca lá dentro te esperando.
Abri a porta e logo avisto Maddie, com um enorme sorriso no rosto.
Adam entrega-me Lucy.
Maddie corre para abraçá-lo.
   - Eu amo você! Eu amo suas músicas! Eu amo tudo que você faz.
   Revirei os olhos e saí de perto deles. Levei Lucy até o meu quarto. Coloquei ela sentada na minha cama. Tirei meu casaco e prendo meu cabelo com um coque. Vou até o quarto dela e apanho roupas limpas,   fralda, etc., pois eu iria dar um banho nela, para que ela pudesse dormir.
Após dar banho nela e trocá-la, desço com ela até a cozinha. Coloco-a no chão e em seguida, preparo sua mamadeira.
Levo-a novamente para cima, ligo a televisão e coloco um desenho. Sento ao seu lado e espero ela pegar no sono.
De repente, alguém abre a porta. Era Adam.
Quando ele adentra, faço sinal para ele não fazer barulho.
Me levanto e a cubro com uma coberta. Desligo a tevê e nós vamos para fora. Deixo a porta entreaberta, para caso ela acordasse, eu escutaria.
   - Você tava assistindo desenho? - Pergunta rindo.
   - Não! Era a Lucy.
   - Mas ela já tava dormindo e você tava vidrada na televisão - Riu.
   - Eu não sei que parte com o capeta os produtores fazem, mas essas merdas hipnotizam.
   - Eu não acredito que você tava assistindo desenho... - Riu. - Que bonitinha.
   Revirei os olhos. - Cadê a Maddie? Ela te liberou?
   - Sim - Riu. - Agora eu sou todo seu - Sorriu maliciosamente.
   - Todo meu, é?! - Falei envolvendo meus braços em torno de seu pescoço, para ver até onde aquele papo chegaria.
   - Todinho - Quando percebi que ele iria me beijar, o abraço.
Neste momento, gostaria muito de ter também olhos atrás, ou até mesmo se houvesse um espelho atrás de mim, só para mim poder observar o semblante de frustração do Adam, que com certeza ele estava esboçando nesse exato momento.
Como sou má - Pensei.
   - Demi! - Falou Maddie.
Levo um susto, pois ela chegara na hora errada, pois eu e Adam ainda estávamos abraçados.
   - Me mata logo, Madison! - Falo assustada. - Você quase me mata de susto!
   - Só tá tão assustada, porque tá fazendo coisa errada - Fala me debochando.
   - Tá... O que você quer?
   - A Miley chegou.
   - Já tô descendo... E a mãe? Ela resolveu aparecer?
   - Não...
   - Já imaginava... Fala pra Miley que eu já vou.
   - Tá.
   - Você ainda não viu sua mãe? - Perguntou.
   - Não... Ela não quer me ver.
   - Por quê? - Perguntou inconformado.
   - Porque ela me odeia.
   - Você deve estar exagerando... Nenhuma mãe odeia seu filho.
   - Mas ela é uma exceção... Vem, vamos descer, antes que a Miley suba até aqui.
Descemos.
   - Demoraram, hem... - Falei.
   - Você sabe como a Miley fala... - Falou Dallas.
   - Então, Dallas... Esse é o... - Antes de concluir, Maddie aparece e intromete-se.
   - Ele é o Adam Levine - Falou se colocando no meio de nós dois.
   - Elas sabem, Maddie - Falei rindo.
   - Maddie... Melhor você sair do meio dos dois - Falou Miley.
   - Por quê? - Indagou confusa.
   - Porque você tá virando vela - Falou rindo.
   - Como você é engraçada - Falei ironizando.
   - Eu sou Dallas, a irmã mais velha da Demi - Falou o cumprimentando.
   - Então é essa sua irmã que tem o nome estranho?!
   - Adam... Por que você não experimenta ser um pouquinho mais discreto? - Perguntei sem graça.
   - Ah, desculpa... - Falou sorrindo. - Então é essa sua irmã que tem o nome um pouquinho incomum?
   Dallas riu.
   - Uma hora vocês se acostumam com ele - Falei cochichando para elas.
   - Eu tô ouvindo, Demi - Disse sarcasticamente Adam.
   - Cadê a Lucy, Demi?
   - Tá dormindo.
De repente, surge um homem. Ele tinha cabelos castanhos, olhos cor de amêndoas, não era muito alto, mas era muito bonito. Era Eddie, o noivo de Dallas.
Ele beijou Dallas. - Oi, meu amor - Respectivamente, cumprimentou Adam.
   - Esse é o Eddie, meu noivo - Falou. - E ele é músico, como você - Sorriu.
   - É mesmo?! E você toca o quê? - Perguntou animado.
   - Guitarra - Respondeu sorrindo. - E você é um monstro tocando - Falou com os olhos brilhando.
   Fiz sinal para que nós quatro saíssemos da sala, para deixar os dois conversarem.
Elas me seguiram até a varanda.
   - Pronto. O Eddie encontrou uma pessoa  pra conversar sobre instrumentos - Disse Dallas.
   - Já era, meninas... Perderam seus homens - Falou Miley.
   - Miley! Melhor você nem começar. Você sabe muito bem que eu e o Adam somos só amigos. Eu já tô cansada de sempre falar a mesma coisa!
   - Não liga, Demi... A Miley é bobona mesmo - Riu Dallas.
   - Mas bem que você e o Adam poderiam ter alguma coisa a mais, né?! - Indagou Maddie. - Seria tão legal falar pra todas as minhas amigas que, minha irmã não é mais amiga de Adam Levine, mas sim, a namorada dele! Seria muito legal! - Falou entusiasmada.
   - Mas isso não vai ser possível, porque somos só amigos mesmo... E Dallas... Espero que você não tenha estranhado o jeito do Adam. Ele é um pouco inconveniente às vezes.
   - Eu adorei o jeito dele. Achei ele engraçado - Riu.
Subitamente, levo um susto, pois sinto alguém me abraçando por trás. Olho para os braços dessa pessoa, observo tatuagens, então claramente se tratava do Adam. Viro-me em sua direção, e o abraço.
   - Onde vocês vão? - Perguntou Dallas a Eddie.
   - Vamos no estúdio que eu tenho em casa, e vamos fazer um som.
   - Vê se não vai ficar bêbado - Cochichei no ouvido do Adam. - Porque o Eddie é um pinguço, e como eu sei que você adora um álcool... Eu já tô avisando.
   - Fica tranquila - Sorriu e beijou minha testa.
Os dois foram e não tardou para que Miley começasse a encher minha paciência.
   - Hum... Que tanto cochilavam, hem?
   - Nada de mais.
   - Hum, sei.
   - Deixa ela, Miley - Falou Dallas rindo.
   - Mas e aí... Como foi a visita de vocês? - Indaguei.
   - Foi ótima - Disse Dallas.
   - E trouxemos uma coisinha pra você - Miley sorriu diabolicamente.
   - O quê?
   - Vem comigo.
Nós estávamos na sala, e lá tinha uma sacola.
Abria-a e avistei em seu interior, uma caixa. Quando abro essa caixa, fico surpresa com o que há dentro dela.
   - Um sapato? Sério?!
   - Não é um simples sapato... É um salto alto - Disse Dallas.
   - Eu não vou usar isso - Finalizei.
   - Por quê? - Indaga Maddie.
   - Porque eu não sei andar em cima desse treco aí.
   - Eu te ensino - Falou Dallas.
   - Não precisa.
   - Para de ser chata, Demi! - Disse Miley.
   - Eu já sou atrapalhada andando sem salto, imagina com...
   - Então você vai ir no casamento de tênis?! - Miley indaga indignada.
   - Talvez.
   - Não! Eu não vou deixar. Você vai se arrumar igual a uma dama - Finalizou Miley.
   - Mas gente...
   - Mas nada! - Miley interrompeu-me. - Pode calçando. - Falou tirando minhas botas.
   - Tá... - Revirei os olhos.
Quando calcei, elas me obrigaram a caminhar pela casa.
Parecia que havia tijolos sob meu pé, pois eu caminhava com muita dificuldade.
   - Parem de rir! - Falei.
   - É muito engraçado - Miley soltou uma gargalhada. - Andando nisso, você parece aquelas pessoas que têm poliomielite.
   Ri. - Acho que essas pessoas saberiam andar mais certo que eu.
   - Tenta andar, mas não fica pensando que não consegue - Disse Dallas.
   - Depois eu tento.
   - Depois nada! Você vai ficar com isso até você se acostumar - Disse Dallas.
   - É só falar que o Adam tá ali, que ela saí correndo, e nem vai perceber que está de salto - Disse Miley.
   - Idiota - Falei.
   - Tá... Continua andando. Quer saber? Eu acho melhor você sair correndo com os saltos - Falou Miley.
   - Pra que? Pra eu cair?!
   - Você não vai cair...
   Tentei andar depressa, mas Miley sempre falava para mim andar mais rápido.
   - Você até que tá indo bem... Vamos dificultar as coisas... Eu quero que você suba as escadas.
   - Melhor do que ficar correndo - Resmungo.
Subo todos os degraus, com certa dificuldade, mas subo.
   - Agora desce.
Receosa, desço as escadas. Quando estou no meio dela, piso errado, e meu pé dá um mau jeito. Mau jeito não é o melhor modo de descrever, mas sim, dei uma torcida no pé.
Seguro-me no corrimão, para que eu não desabe escada abaixo.
   - Que merda! - Grunhi de dor.
   - O que aconteceu, Demi? - Pergunta Miley preocupada.
Sento-me no degrau. - Eu acho que torci o tornozelo.
Dallas e Miley sobem, com o objetivo de me ajudar a descer as escadas. - A gente vai te levar no médico - Disse Miley.
   - Você nada! Quem vai levar sou eu! - Disse Dallas. - Você vai ficar aqui com a Lucy.
   - Eu posso ir, Dallas? - Indaga Maddie.
   - Você pode.
   - Me desculpa, Demi - Falou Miley assustada.
   - Agora não importa... A merda já tá feita - Falei.
Miley e Dallas me levaram até o carro. Em seguida, Maddie e Dallas entram.
Ao chegar, as duas me ajudam a descer.
Não demorou até me atenderem.
O médico disse que eu não poderia fazer nenhum esforço. Caso doesse, recomendou que fizesse compressas de gelo. Ele me receitou um anti-inflamatório, que posteriormente, na volta, Dallas comprara. Em até duas semanas, eu estaria recuperada.
Como eu posso ser tão azarada?! O casamento é amanhã à noite, e eu tô aqui, de muletas e com uma bota ortopédica. Eu só me fodo.
   - Demi... Não fica com essa cara... As botas não são feias... - Maddie tentou consolar-me.
   - Mas essas muletas chamam muita atenção...
   - Mas pelo menos, fique contente por não ter quebrado nada - Apelou.
   - Obrigado, "Pollyanna"... - Fiz uma sátira comparativa entre Maddie e a personagem Pollyanna, da obra literária de Eleanor H. Porter.
   - A Maddie tá certa...
   - Vocês só falam isso, porque não vai ser vocês que vão ir de muletas a um casamento.
   - Realmente você é muito azarada... - Resmungou Dallas.
   - Eu sei...
   - Mas o bom é que não foi nada grave.
   - Pelo menos isso...
Quando estacionamos, Dallas me ajuda a descer.
Então faço o primeiro uso das muletas.
Abro a porta e lá estava Miley. Estava com o semblante de preocupação.
   - E aí?! Como você tá?
   - De muletas... Por duas semanas.
   - Me desculpa, Demi... Eu tô me sentindo tão culpada.
   - Demi?! - Indaga Dianna.
   - Mãe?! Você resolveu aparecer?!
   - Eu só apareci, porque a Miley disse que você se machucou.
   - Então precisa acontecer alguma coisa pra você se preocupar comigo...
   - Por sua culpa que eu ajo assim... Mas Você tá bem?! Foi sério?
   - Não... Eu tô ótima.
   - Que bom...
   - A Lucy acordou? - Pergunta Dallas.
   - Acordou.
   - Cadê ela?
   - Tá assistindo desenho.
   - Eu vou tomar um banho - Falei.
   - Quer que eu te ajude a subir as escadas? - Pergunta Miley.
   - Não precisa... Eu consigo sozinha.
   - Ah, Demi... Eu fiz a janta. Quando você terminar, você vem comer - Disse Dianna.
   - Tá.
Subi as escadas com certa dificuldade, mas a maior dificuldade foi tomar banho.
Saí de lá depressa.
Quando fui descer, tive que pedir ajuda, pois não conseguia, afinal, eu ainda não estava acostumada com as muletas.
Já se passavam da meia noite e meia, e Adam não havia chegado ainda. Estava ficando preocupada.
Não estava com sono, então me levanto e vou para biblioteca ler um livro. Fazia muito tempo que não fazia isso.
Pego meus óculos e leio sinopses de alguns livros.
De repente, escuto meu celular vibrar. Eram 1h30. Era hora de tomar meu remédio.
Saio da biblioteca e vou "muletando" até a cozinha. Apanho um copo d'água e um comprimido. Após isso, escuto um barulho de portas abrindo e fechando-se.
Sigo o barulho.
   - Adam?! Que susto.
   - O que aconteceu com você? - Pergunta preocupado.
   - Eu torci o tornozelo.
   - Como? - Indagou indignado.
   - Bom... Eu já sou desastrada andando normal, agora imagina de salto.
   Riu. - Não acredito que você torceu o tornozelo por causa disso... Quem mandou ser pequenininha. Se não fosse, não precisaria usar com tanta urgência um salto alto.
   - Mas o problema é que eu não sei andar em cima daquele treco.
   - Mas uma coisa que eu não sabia, era que você usa óculos.
   - Eu só uso em casa ou quanto tô com preguiça de colocar as lentes.
Adam tira meus óculos e coloca em si mesmo. - Como eu tô?
   - Mais feio do que normalmente.
   - Sem graça.
Saímos e ficamos observando o céu escuro, coberto por estrelas.
   - Obrigada.
   - Pelo quê?
   - Por tudo. Na verdade, por tudo que você faz... Às vezes eu esqueço que você também é um ser humano e que tem um coração incrível.
   - Mas por que você tá me dizendo tudo isso?
   - Porque você tem me surpreendido. Percebi que você não é aquele cara tão insensível assim... Eu precisava te dizer isso... Eu te agradeço muito, por vir até aqui, por perder seu precioso tempo comigo.
   - Quando eu estou com você, eu não perco tempo, muito pelo contrário... Eu ganho.
   Sorri. - Você tá sendo um grande amigo.
   - Para de fazer isso.
   - O quê?! - Pergunto assustada.
   - De sorrir assim.
   - Por que? Meu sorriso é estranho? - Pergunto assustada.
   - Não... É lindo. Ele é perfeito - Falou e acariciou meu rosto. Percebi que se ficasse ali, ele iria me beijar, então pego minhas muletas e ando para o lado.
   - Eu vou pra dentro - Falo.
   - Você precisa de ajuda?
   - Não, eu posso subir sozinha.
Levei Buddy para dormir comigo.
Quem eu estou tentando enganar? Eu estou me apaixonando por ele, isso é um fato. Eu só não quero admitir. E quer saber? Eu nem vou admitir! Eu vou esquecer essa besteira de uma vez por todas. Somos amigos, e amigos não têm essa vontade de agarrar o outro amigo, igual a que eu senti quando estava naquela varanda. Amigos não fazem isso! E é por isso que eu tenho que tirar essa besteira de "Estou me apaixonando" da cabeça.

                           Continua...

 

Pollyanna é uma comédia de Eleanor H. Porter, publicado em 1913 e considerado um clássico da literatura infantojuvenil.

- A filosofia de vida de Pollyanna é centrada no que ela chama "o Jogo do Contente", uma atitude otimista que ela aprendeu com o seu pai. Esse jogo consiste em encontrar algo para se estar contente, em qualquer situação por que passemos. Isso se originou com um incidente num Natal, quando Pollyanna, que estava achando que ia ganhar uma linda boneca, acabou recebendo um par de muletas. Imediatamente o pai de Pollyanna aplicou o jogo, dizendo a ela para ver somente o lado bom dos acontecimentos — nesse caso, ficar contente porque "nós não precisamos delas!". *

 


Notas Finais


Hmmmmmm será que a Demi vai conseguir negar esse sentimento por muito tempo ? Eu acho q n , heem 😂😍


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