1. Spirit Fanfics >
  2. Distrust >
  3. Nome bizarro, horroroso e grotesco

História Distrust - Nome bizarro, horroroso e grotesco


Escrita por: CohenWriter

Notas do Autor


E aí, genten o/ De boas ? 😂 Capítulo novo saindo , uffa '
Esse capítulo , tá com um toque de humor , uma pitada de drama e com uma colher de sopa de amor ❤ Coloque uma música e leia a vontade 😂😂💓 Música a gosto c; 😂😂
Boa leitura 💓

Capítulo 21 - Nome bizarro, horroroso e grotesco


Fanfic / Fanfiction Distrust - Nome bizarro, horroroso e grotesco

...Entramos no aeroporto e fizemos aquelas coisas chatas que somos obrigados a fazer: check-in. E ficamos esperando o nosso avião.
Nos sentamos e Adam envolve seu braço em torno de mim. Após ele fazer isso, o abraço e encosto minha cabeça em seu peito.


Narração Lovato

Eu estava com muito sono, e por isso, estava quase adormecendo nos braços dele. Quando estava quase pegando no sono, Adam diz:
   - Tá demorando, né?
   Levanto minha cabeça assustada.
   - Você tava dormindo? - Riu. - Desculpa.
   - Tava quase... Mas o que você falou mesmo?
   - Eu falei que tá demorando.
   - Tá mesmo - Falo e novamente o abraço e encosto minha cabeça em seu peito. - Agora você é meu travesseiro - Sorrio.
   - Agora só falta você pedir pra mim cantar pra você dormir.
   - Se não for pedir muito - Sorrio. - Tô zoando.
   - Mas eu não vou deixar você dormir.
   - Mas Adam, faltam duas horas. O que a gente vai ficar fazendo?
   - Não sei... Mas dormir, você não vai.
   - Para de ser chato - Falo e me deito novamente.
   Ele se levantou.
   - Adam! Volta aqui.
   Ele segurou minhas mãos e me puxou. - Vamos procurar alguma coisa pra fazer.
   Revirei os olhos.
   Seguro-me em seu braço e vamos caminhando até o lado de fora. Lá havia um banco.
   - Vamos sentar um pouco. Eu tô cansada.
   - Mas nós não andamos quase nada - Argumentou.
   - Esqueceu que eu tô usando só uma perna? Então... Cansa mais rápido.
   - Mas é mole... - Fala rindo.
   Ri. - Eu posso te fazer uma pergunta?
   - Já fez.
   Reviro os olhos e rio. - É sério.
   - Tá, pode fazer.
   - Por que você tem tantas tatuagens?
   Riu. - Eu achei que fosse uma pergunta séria... Mas respondendo a sua pergunta... Eu simplesmente gosto. Não há um motivo oculto, se é isso que você tá pensando - Esboça um sorriso de canto.  - Por que? Você não gosta de homens tatuados? - Pergunta preocupado.
   - Não, não é isso - Sorrio. - É que nunca tinha visto tantas tatuagens juntas antes.
   - Mas pelo que eu vi, você também tem - Sorriu. - E uma que só conheci ontem... E fica bem atrás da sua orelha.
   Sorrio sem graça. - Isso foi uma besteira... Eu tinha dezesseis anos...
   - Mas você tem outras?
   - Tenho.
   - Posso ver? - Pergunta entusiasmado.
   - Não...
   - Por quê? - Pergunta decepcionado.
   - Porque eu teria que tirar a minha roupa pra você poder ver.
   - Então melhor ainda - Esboça um sorriso canalha.
   - Safado - Pego meu celular, para ver as horas e aproveitar para disfarçar meu constrangimento. Eram quase 5h da manhã. Após ver as horas, coloco na câmera e começo a tirar fotos dele, sem ele perceber. Não consigo evitar um riso surgindo em meus lábios. Isso foi o suficiente para me delatar.
   - O que você tá fazendo?
   - Eu? Nada - Minha voz elevou algumas oitavas.
   - Nada... Sei... Quando você tá mentindo, você começa a falar alto - Fala rindo.
Continuo a tirar fotos.
   - Você tá tirando foto? - Pergunta desacreditado.
   - Não... Claro que não - Rio.
   - Deixa eu ver - Fala pegando meu celular.
   - Mas que safada - Resmunga. - Além de jornalista, você é paparazzi também? - Riu.
   - Vai me processar? - Finjo preocupação.
   - Eu devia.
   - Mas eu não vou ter como pagar a indenização.
   - Mas isso é simples de resolver - Esboça um sorriso sugestivo.
   - Como?
   - Me mostrando suas tatuagens - Sorriu maliciosamente. - Eu tô doido pra ver.
   - Então melhor comprar remédio pra louco, porque ver, não será possível - Sorrio cinicamente.
   - É uma pena.
   - Adam... Me beija?
   Ele sorriu maliciosamente. - Por que não pediu antes? - Aproximou seu rosto do meu, e foi em direção aos meus lábios.
   Viro meu rosto. - Não assim, idiota.
   - No rosto? - Pergunta decepcionado.
   - Claro! Onde mais seria?!
   Ele beija rapidamente meu rosto.
   - Direito - Exijo.
   Quando ele beijou novamente, eu tiro uma foto nossa.
   - Era pra isso? - Pergunta rindo.
   - Sim - Sorrio.
   - Tô vendo que alguém tá se aproveitando...
   - É só pra recordação - Sorri. - E nós não temos uma foto juntos.
   - Verdade... E por que a gente não tira? - Sorriu.
   - Se você deixar.
   - Ai, credo - Riu. - Eu não sou chato... Só você que é.
   Esbocei uma careta.
Após a gente olhar as fotos que nós havíamos tirado, percebo que algumas ficaram muito engraçadas, pois o Adam ficava fazendo graça.
   Olho para o lado e percebo um casal de adolescentes encostados na parede, próximo de nós. Eles começaram a conversar e a se olharem de maneira diferente. E depois desse olhar, o garoto beija-a. E argh! Que beijo repulsivo.
   - Mas que porra - Resmunga Adam.
   - Que nojo.
O garoto beijava de uma forma repugnante. Ele a beijava com a boca aberta. Dava pra ver a sua baba escorrendo.
   - Mas que moleque nojento - Fala Adam.
Logo aquela garota o solta. Ela esboçou um semblante repulsivo.
   - Que nojo, Scott! - Ela cospe no chão. - Esse foi o pior beijo que já dei em toda minha vida! Você não é de nada - O deixa sozinho.
Scott esboça um semblante melancólico.
   - Ei, garoto - Disse Adam.
   Ele o olha intrigado.
   - Vem aqui.
   - O que você tá fazendo, Adam? - Resmungo.
   Scott se aproxima e Adam levanta.
   - Que merda foi aquela?
   - Foi um beijo.
   - Não... Aquilo foi uma tentativa de assassinato - Intrometi-me e me levantei.
   - Você queria matar a garota afogada? - Indaga indignado.
   - Eu só não sou muito bom com essas coisas.
   - Como não é muito bom?! Isso não existe! Você só não soube fazer direito - Fala Adam.
   - Mas agora ela não vai querer saber de mim.
   - Escuta... Pra você comer uma mina, você tem que ser esperto.
Olho para ele perplexa.
   - Eu tenho três regras infalíveis.
Primeira: Tenha lábia. Segunda: minta. Fale o que ela quer ouvir. Sabe... As mulheres só ouvem o que elas querem ouvir. Terceira: beije bem.
   - Mas essa última, eu não sou bom.
   - Isso porque você não sabe como chegar lá... Presta atenção, eu vou te mostrar como fazer.
Adam me puxa e começa a me beijar.
Quando percebi que estávamos nós beijando, sinto uma raiva me consumindo, mas quando passam-se alguns segundos, começo a sentir outro sentimento, e tinha certeza que não era nada semelhante a raiva. Eu simplesmente, não queria que aquele momento acabasse. Mas logo ele parou e começou a falar novamente.
   - Viu? É assim que se faz e não assim - Adam novamente me beija, mas dessa vez, ele beija-me de uma forma desengonçada.
   - Que nojo, Adam - Solto-me.
   - Tá vendo como nenhuma mulher gosta disso.
   - Sim... - Fala.
   - Agora vai atrás dela e tenta de novo.
   - Eu vou fazer isso - Sorriu. - Obrigado, cara - Saiu apressadamente.
   - Da próxima vez que você me beijar, eu arranco sua língua fora.
   - Primeiro ameaçou a cortar minha mão, agora minha língua?! - Riu.
   - Eu tô falando sério... Como você acha que eu me sinto, depois de você me usar desse jeito?
   - Nem vem fazer drama, porque eu tenho certeza que você tava adorando.
   - Não tava!
   - Não mente pra mim.
   - Eu não tô mentindo!
   - Então por que você tá falando alto? - Riu.
   - Por... Por... - Gaguejei. - Porque sim!
   - Eu conheço o significado de cada expressão facial sua.
   - Elementar, meu caro Watson - Falei o debochando.
   - Parece que não, mas eu presto atenção em você... E não preciso ser nenhum Sherlock pra saber o que você tá sentindo.
   - Você só tá falando isso, porque acha que eu quero ouvir isso... Mas não se iluda, porque eu sou nova, mas não sou idiota.
   - Você tá achando o que? Que eu quero transar com você?! Somos só amigos! E eu não tenho essas intenções com você.
   - Sabe que eu não acredito - Cruzei os braços.
   - É verdade... Pra mim, você não é como as outras mulheres. Eu nunca mentiria pra você.
   Olhei-o desconfiada.
   - Eu juro - Segurou minhas mãos. - Se você se sentiu usada, me perdoa. A última coisa que eu quero é te magoar.
   - Você promete que nunca vai tentar me enganar?
   - Eu prometo - Falou beijando minhas mãos.
   - Tá... - Arqueei uma sobrancelha.
   - Tô absolvido? - Pergunta sorrindo.
   - Por enquanto - Solto minhas mãos das suas.
Ele tentou me abraçar, mas me afastei.
Sentei-me novamente no banco e ele sentou ao meu lado.
   - Me desculpa... - Falou envolvendo seu braço em torno de mim.
   - Eu só queria que você pensasse duas vezes antes de fazer alguma coisa... Têm coisas que você faz, que me deixa horrorizada.
   - Eu vou tentar mudar... Por você - Beijou minha testa.
Aquelas palavras foram uma flecha certeira ao meu coração.
Foi daí que percebi que faltava muito pouco, mas muito pouco mesmo, para apaixonar-me por ele. Mas tenho que continuar firme! Vou resistir até o fim.
Mas agora, eu não quero resistir. Só quero abraçar ele. E foi isso que fiz.
   - Sabe, Demi... Nunca imaginei que fosse conhecer alguém como você.
   - Como assim?
   - Você é diferente das outras pessoas... Têm algumas pessoas que se aproximam de mim com interesse. Talvez você pense que minha vida é fácil, que é tudo perfeito... Mas não... Têm vezes que eu não queria ser quem sou... E eu sinto que você é diferente, pelo simples fato de você conseguir fazer com que eu seja eu mesmo. E eu gosto muito de você.
   - A vida de ninguém é fácil... E eu sempre soube que a sua também não é... Eu imagino que deve ser difícil pra você confiar em alguém, porque querendo ou não, você é importante e consequentemente, pessoas sem caráter aparecerão em sua vida... Mas saiba que você pode contar comigo pra qualquer coisa - Sorri. - Ah! E eu gosto muito de você também.
   - É bom ouvir isso... - Sorriu. - Pelo menos eu não estou sozinho - Falou amargamente.
   - Mas Adam... Você nunca pensou em casar, formar uma família? - Indago de uma maneira simplória.
   - Eu prefiro não falar sobre isso... - Ele fala melancolicamente.
   Ele parecia esconder algo... Talvez ele ocultasse um passado obscuro. Mas não vou insistir. É direito dele ter a opção de não propalar. - Tudo bem... Desculpa...
   - Mas chega de falar desse tipo de coisa  - Falou fingindo um sorriso.
O horário que nós teríamos que pegar o voo, estava quase chegando. Finalmente!
Então até dar o horário, nós ficamos gastando mais algumas palavras.
   Era simplesmente maravilhoso estar perto dele. Passar esse tempo com ele, foi uma experiência incrível e muito memorável.
   Mesmo que ele me desagrade em algumas atitudes, ele compensa sendo quem ele realmente é. Eu amo o jeito dele. Amo a sua capacidade de me fazer rir. Ele simplesmente está conseguindo um enorme espaço no meu coração.
   Já havíamos entrado no avião. E novamente estava eu: tremendo de medo.
   - O que foi? - Indaga Adam.
   - O que foi o quê?
   - Sua cara... Parece que você não tá muito bem... Você parece tensa.
   - Posso te contar uma coisa?
   - Pode - Sorriu entusiasmado.
   - Mas você promete não rir?
   - Prometo.
   - Eu tenho pavor de aviões.
   Ele apertou os lábios, mas não conseguiu segurar o riso.
   - Você prometeu que não ia rir.
   - Foi mais forte que eu - Riu. - Mas o que pode acontecer?! Se o avião cair, nós simplesmente teremos nossos corpos dilacerados. E se Deus gostar de nós, ele vai ter piedade da nossa alma e vai nos levar logo, aí assim, nós não sofreríamos tanto com a dor insuportável que vamos sentir.
   - Adam! Para de me assustar.
   - Eu só tô falando a verdade - Sorri cinicamente. - Eu tinha um amigo... Tinha, porque ele morreu quando o avião dele explodiu no ar... Então... Ele tinha o mesmo medo que você, mas aí...
   - Para, Adam! - Falo assustada.
   - E tenho um outro amigo que perdeu os braços... Pelo menos ele sobreviveu a queda... Sabe... Esses acidentes aéreos, são muito mais comuns do que você imagina.
   Olho-o pasma. Sinto um frio na barriga.
De repente, o avião começa a sair do chão. - Boa viagem, Demi - Adam sorri cinicamente.
   - Como você é perverso...
   - E como você é medrosa - Riu. 
Nós estávamos sobrevoando as nuvens, e algumas vezes, quando o avião entrava em alguma turbulência, agarrava-me no braço de Adam. E toda vez que fazia isso, ele ria.
O avião já estava pousando, e eu me senti aliviada.
   - Pronto, Demi... A gente não morreu - Sorriu me debochando.
Fiquei pegando nossas coisas, enquanto ele fazia sei lá o que pelo aeroporto. Ele havia sumido.
Fazia cinco minutos que estava o esperando.
De repente, ele surge como um fantasma. Ele carregava junto de si, dois copos enormes de café.
   - Você leu minha mente - Sorri.
   Ele me passou o copo.
   - Obrigada.
   - Pronto, Demi... Estamos quase chegando. Logo você vai chegar em casa, dormir...
   - E você não?
   - Quem dera - Levantou levemente suas sobrancelhas. - Vou passar em casa, deixar essas coisas e vou sair de novo.
   - É... Sua vida não é fácil mesmo - Ri.
   - Pois é... - Suspirou.
Encontramos um táxi livre e entramos nele.
O motorista estava dirigindo rápido. Parecia que ele estava com pressa.
Ele deixou Adam primeiro, e obviamente, depois eu.
Desci do carro com dificuldade. Peguei minha mala e subi com extrema dificuldade as escadas. Quando estava em frente da minha porta, peguei minha chave e a abri.
Lá estava Nick, todo largado no sofá.
Estranho... Não era para ele estar em casa nesse horário...
   - Demi? O que aconteceu com o seu pé?
   - Eu torci.
   - Como? - Pergunta inconformado.
   - Eu fui tentar usar salto alto... E bom... Você já sabe o que aconteceu.
   - Mas você tá bem?
   - Tô ótima - Sorrio. - Só tô cansada. Eu não dormi nada essa noite... - Falo bocejando. - Mas não era pra você estar trabalhando?
   - Hoje tô de folga - Sorriu animado. - E a Miley? Cadê?
   - A Miley ficou por lá. Só volta na terça - Bocejei.
   - Vai lá descansar. Mais tarde, quando você acordar, você me conta como foi tudo por lá.
   - Tá - Sorri.
Tomei um banho demorado e fui dormir.
Realmente estava cansada. Cansada é eufemismo... Eu estava exausta, fadigada. Só queria dormir.
   Fechei a janela do meu quarto. Tentei  deixar o mais escuro que pudesse, pois odeio claridade na hora de dormir. Qualquer feixe de luz, já conseguia me irritar.
Estava escuro. Levantei-me e tentei acender a luz, mas não encontrava. Então tento achar meu celular, mas ele também fugira de mim. Resolvo voltar para minha cama. Sentei-me na beirada. Quando vou deitar, sinto que alguém está lá.
   - Quem tá aí? - Indago.
   Não obtenho resposta.
   Fico desesperada. Talvez seja algum demônio, fantasma, sei lá. Eu só sei que não estou sozinha.
   Preciso encontrar a luz!
Tento levantar, mas uma mão agarra meu braço.
   Talvez seja um bandido.
   - Me solta!
   - Eu falei que veria suas tatuagens.
   - Adam? O que você tá fazendo aqui no meu quarto? Como você entrou?
   - Você mesma me deixou entrar... Não se lembra? Nós fizemos coisas maravilhosas - Fala maliciosamente em meu ouvido. Senti meu corpo arrepiar por inteiro.
   Ele começa a beijar-me com violência.
   Subitamente, abro os olhos e vejo Nick entrando lentamente em meu quarto.
Graças à Deus! Foi um sonho.
   - Demi? Eu te acordei? Desculpa.
   - Eu até te agradeço. Tive um sonho meio estranho...
   - Você teve um pesadelo?
   - Não era um pesadelo... Eu só nunca tinha sonhado com algo do tipo... Mas deixa pra lá... Foi besteira... Que horas são?
   - Sete horas.
   - Eu dormi a tarde toda? - Indago assustada.
   - Dormiu - Riu.
Sentei-me na cama e Nick acende a luz.
Mas por que diabos eu tava sonhando com o Adam? Nem nos meus sonhos aquele homem me deixa em paz! Não consigo parar de pensar nele.
   - E aí, Demi... Como foi lá?
   - Foi legal - Sorri. - Vi a Dallas, a Maddie, a Lucy... Vi a Dianna.
   - E como ela te tratou?
   - Na frente do Adam, ela até que me tolerava, mas quando estávamos sozinhas... Ela me travava mal - Minha voz soou um pouco rouca. - Na verdade, ela me evitou até o máximo que podia me evitar. Ela não queria nem me ver.
   - Sua mãe é uma maluca bipolar! - Fala esganiçando. - Desculpa, Demi, mas é isso que eu acho.
   - Não... Você tá certo - Concordei.
   - Como ela tem a coragem de te tratar desse jeito? A própria filha?! Eu tô indignado.
   - Ela nunca vai aceitar que eu queira seguir meus próprios sonhos.
   - Ela é uma egoísta!
   - Mais que uma egoísta, ela é minha mãe, infelizmente... Mas pra ela, eu não sou mais sua filha.
   - Um dia ela vai te pedir desculpas de joelhos.
   Soltei um riso pelo nariz. - Enquanto esse dia não chega, eu vou apenas ignorá-la
   - Mas chega de falar dessa pessoa... Como foi o casamento?
   - Foi muito legal! A Babi tava tão bonita... O casamento foi muito emocionante.
   - Espero que dure... Eu acho que ela é muito novinha pra casar... Dezenove anos?! É muito nova.
   - Mas parece que eles se gostam de verdade.
   - Bom... Espero que eles sejam muito felizes.
Após ter conversado com Nick, resolvi dar uma checada no conteúdo que estava estudando, afinal, amanhã voltaria para a faculdade. Estava "muito animada"... Mas tão animada, quanto a um drogado a largar as drogas... Enquanto passeava pelas folhas do meu caderno, sem eu perceber, minha mente havia voado longe, e só retorna, quando ouço barulho da campainha.
   Mas quem será?
   - Você tá esperando alguém, Nick?
   - Não...
   - Estranho... Vou abrir.
   Coloco minha mão na maçaneta e abro a porta.
   - Adam? Nossa... Que surpresa - Sorrio.
   - Desculpa te encher o saco, mas eu queria deixar alguém aqui com você.
   - Encher o saco?! Nunca - Sorrio. - Entra.
   Adentrou.
Observei que estava com um cachorro. Era um cão pequeno, corpo esguio. Seus pelos eram como a noite, escuros, mas lindos.
Seus olhos, negros como pequenas jabuticabas. E neles, carregavam um peso de medo, de sofrimento, mas quando esboço um sorriso, vejo brotar um brilho de esperança em seus trêmulos olhos.
   - Eu acabei de achar ele... Na verdade, eu salvei ele... Uns filhas da puta largaram ele no meio da avenida. Eu não podia deixar ele morrer atropelado.
   Olho-o admirada com sua ação. - Ele é lindo - Sorrio.
   - Eu queria que você ficasse com ele, pelo menos até amanhã.
   - Claro que fico - Sorrio.
   Adam me passa o cão.
   - E aí, Adam - Nick o cumprimentou.
   - Olha, Nick, que fofo - Falei mostrando-lhe o cachorro.
   - Ele vai ser hóspede de vocês essa noite - Sorriu.
   - Nossa, Adam... Você tá com uma cara horrível - Falei me aproximando. - Você ainda não dormiu?
   - Não.
   - Meu Deus... Como você aguenta?
   - Eu já tô acostumado.
   - Tadinho - Falei o abraçando e beijando seu rosto.
   - Bom... Eu já vou indo.
   - Mas você vai pra casa agora, né? - Pergunto preocupada.
   - Vou, finalmente - Arqueia suas sobrancelhas, como sinal de alívio.
O acompanho até a porta. - A gente se vê amanhã.
   - Com certeza - Ele beija minha testa.
   - Agora vai pra sua casa e vê se descansa... Eu fico preocupada com você.
   - Não precisa se preocupar - Sorriu.
   - Tchau - Sorri.
   - Tchau - Esboça um sorriso de canto. - Vê se cuida direito dele, hem.
   - Tá comigo, tá com Deus - Falei acariciando seu pelo.
   Riu. - Espero.
Quando fechei a porta, Nick me olhava de uma forma desconfiada.
   - Demi... Você e ele tão...
   - O quê? - Pergunto ingenuamente.
   - Você sabe...
   - Não! - Grunhi indignada. - Ele é meu amigo.
   - Ah... - Fala desconfiado.
   - Você é muito malicioso.
   - É que eu achei estranho o... Quer saber... Deixa pra lá - Sorriu desconcertado.
   - Você vai ficar em casa amanhã também?
   - Só de tarde... Por quê?
   - É que eu queria que você ficasse com ele - Falei me referindo ao cão.
   - Fico... Mas e de manhã?
   - Eu vou faltar na faculdade... Só não posso, de jeito nenhum, faltar no trabalho... Se eu faltar, capaz do Sr. Joseph arrancar minha cabeça fora e pendurar num poste e deixar escrito de aviso: "Sem assiduidade, sem cabeça".
   - Ai que exagero - Riu.
   - Tá... Eu exagerei... Ele não deixaria nada escrito.
   Riu. - Mas e ele? Não tem nome?
   - Não... Ainda não... Que você acha de Glauber?
   - Você tá zoando, né?
   - Claro! - Ri.
   - Mas então... Que nome?
   - Valdisnei.
   - Tadinho do cachorro - Riu. - Pensa num nome decente, e não num nome genérico do Walt Disney - Riu.
   - Por enquanto, a gente chama ele de... - Olhei para cima, esboçando que minha mente estava procurando em meus arquivos, algum nome. - Dog - Sugeri.
   - Nossa! Super original! Que criatividade do caralho, hem - Falou ironicamente.
   - Melhor que nada.
   - Agora, quando você arrumar um gato, você vai chamá-lo de que? De "Cat"? - Falou fazendo um escárnio. - Ou melhor... Miau.
   Ri. - Boa ideia.
   - Meu Deus... Que bom que nasci humano... Porque se eu fosse um animal e você fosse minha dona, não duvido nada que você me desse um nome escroto...
   - Nada a ver... Se eu tivesse que dar o nome pra um veado, por exemplo, eu daria de "Nick".
   - Idiota.
   Ri. - Eu vou dar um banho no Dog.
   Riu. - "Dog"... Mas que grande merda - Resmungou.
   - Vamos tomar banho? - Falei afinando minha voz.
   Após dar banho nele, peguei meu secador de cabelo e resolvi secá-lo. Estava receosa, pois não sabia se ele tinha medo ou não... Mas estava enganada... Ele não só estava gostando de receber aquele ar quente, mas sim, venerando.
   - Nick, eu vou lá na Batoré ver se ela tem um pouco de ração.
   - Vai lá.
   - Fica aí com ele.
Abri a porta e subi as escadas.
   Minha vizinha, Dona Joana, mais conhecida como Batoré, mais conhecida por esse apelido por todos do prédio, menos por ela mesma... É uma senhora muito simpática, mas muito... Digamos assim... Desprovida de beleza. Não sei quantas pedras na cruz ela jogou, mas acho que Deus exagerou um pouco no castigo... E por isso o apelido. Ela se parece muito com ele. E quem não o conhece ou não se lembra do rosto dele, apenas jogue no Google: Batoré. Ela tem uma semelhança absurda. A única coisa que diverge, é seu cabelo descolorido; e pondero que ela tenha descolorido com água sanitária, para ficar tão grotesco e tão repugnante daquele jeito... Mas o importante que ela é linda... Por dentro, óbvio.
   Toquei a campainha.
   - Menina Demi! Tudo bem?
   - Tudo sim, Dona Bat... - Fiz uma ressalva. - Joana - Sorri de uma forma desconcertada. - Eu não queria te incomodar a essa hora da noite, mas como sei que você tem cachorro na sua casa, eu queria pedir um pouco de ração...
   - Claro! Espera um pouquinho.
   Depois de, aproximadamente, dois minutos, ela reaparece com um pequeno saco de papel.
   - Aqui, querida - Sorriu docilmente.
   - Obrigada - Sorri.
   Quando iria virar as costas e voltar para o meu apartamento, Dona Batoré questiona-me. - Demi? Pra que você quer a ração? Você arrumou um cachorro?
   - Mais ou menos... Um amigo meu pediu para que eu cuidasse desse cachorro por essa noite... Ele acabou de achá-lo na rua e como ele é muito ocupado, pediu para que eu fizesse isso pra ele.
   Sorriu. - Foi muito gentil da sua parte.
   - E como eu amo animais, esse favorzinho tá sendo muito agradável - Sorrio.
   - Imagino.
   - Bom... Era só isso mesmo. Mas uma vez, muito obrigada pela ração - Sorri.
   Ela aquiesceu sorrindo.
   Desci as escadas e volto para o meu apartamento.
   - E aí? A Batoré tinha a ração?
   Levantei o saco de papel e chacoalhei, com objetivo de mostrá-lo com ênfase.
   - Agora sim o Dog vai poder comer - Falo.
   - Por enquanto, vamos chamá-lo de Roberto, Cláudio, Janailson... Sei lá... Porque Dog tá me irritando... Tenho uma ideia melhor... Por que a gente simplesmente não o chama apenas de "O cachorro"?
   - Porque soa agressivo.
   - Mas ele é o quê?
   - Um cachorro. E Dog significa a mesma coisa.
   - Tá, tá... Você venceu.
   - Para de ser rabugento... - Peguei na cozinha, uma vasilha pequena e despejei um pouco da ração na mesma. E apanhei um outro recipiente, na qual, coloquei água.
Aquele cachorro comia apressadamente. Parecia que ele estava com muita fome.
   Nick foi dormir, pois amanhã de manhã, ele trabalharia.
   Após ele comer, o peguei e levei-o até o sofá. Me deito e ligo a televisão. Dog sobe em cima de minha clavícula e deita.
   Adormeci ali no sofá, com Dog em cima de mim.
   Sinto alguém me cutucando. Abro os olhos e vejo Nick.
   - Demi?! Vai dormir na sua cama - Falou enquanto desligava a televisão.
   - Que horas são?
   - São cinco horas.
   - Você vai trabalhar?
   - Vou.
   - Boa sorte - Bocejo. - Enquanto você trabalha, eu trabalho em lençóis.
   - Aproveita, porque amanhã você volta a acordar cedo.
   - Nem me lembre - Falei levantando-me e pegando Dog. Fui em direção do meu quarto. Adentrei e deixei a porta entreaberta. Dog ajeitou-se em minhas cobertas. Não demorou até seu conseguir dormir novamente.

  Continua...


Notas Finais


Gostaram do aparecimento do Dog ? 😂😂😂 E o Adam... O que será que aconteceu no passado dele, que nem no assunto ele gosta de tocar? Hmmm... Só saberemos no próximo capítulo ❤


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...