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História Distrust - O amor é coisa de louco


Escrita por: CohenWriter

Notas do Autor


Me perdoem pelo atraso... Semana passada foi um pouco complicada p mim :/ Eu fiquei dois dias fora de casa , e quando voltei , digamos assim... Não estava me sentindo muito bem :c Primeiro: Não daria tempo p mim postar , pois n havia escrito nada , e eu fiquei meio que indisposta , tanto na saúde , tanto na criatividade . Foi um mini bloqueio criativo. Então ontem escrevi e acabei de terminar . Espero que gostem , pois particularmente , eu gostei muito do resultado final.
Aaah! Nesse capítulo vai acontecer algo que (eu acho) que nenhum de vocês estão esperando u.u
Leiam , pq tá lecau kjkjkjk

Good read o/

Capítulo 22 - O amor é coisa de louco


Fanfic / Fanfiction Distrust - O amor é coisa de louco

Você tem meu coração

Mas eu não posso deixar que você fique com ele, querida

Pois eu não posso ter certeza de que vou ficar
 

E não perca seu tempo

Tentando se aproximar de mim

Pois eu sou uma bagunça que você não vai querer arrumar
 

Só me prometa uma coisa

Que você não esquecerá

Mas por enquanto, me beije suavemente

Antes de eu dizer
 

E não seja boba

De ficar esperando por mim, querida

Eu sei que você não quer ouvir isto

Mas eu estou sempre na estrada

 

(Don't be a fool/Shawn Mendes).

 

...Fui em direção do meu quarto. Adentrei e deixei a porta entreaberta. Dog ajeitou-se em minhas cobertas. Não demorou até seu conseguir dormir novamente.


Narração Lovato

Meu corpo estava subjacente naquele esguio e escuro corredor. O medo assolava minha alma, e o desespero foi possuindo-me por inteira. Não tinha ideia de que lugar era esse. Só sabia que se tratava de um corredor.
   Dou três receosos passos, mas antes de dar o quarto, estagno ao observar alguém no fundo desse corredor.
   - Quem está aí? - Indago amedrontada.
Percebo que meus olhos estão começando a acostumar-se com a escuridão, então pude observar um rosto familiar. Não era nítido, mas havia uma colossal semelhança com o Adam.
   - Não tenha medo. Eu não quero te fazer mal, muito pelo contrário - Estendeu sua mão.
Ao soar essas palavras, obtive a conclusão que realmente se tratava dele.
Aproximei-me. - Adam? Por-por que você está aqui? - Dou uma leve gaguejada. - Aliás... Que lugar é esse?
   - É sua mente. E parece que sua mente está uma penumbra, e justamente por isso, estou aqui, para clareá-la.
   - Como assim "está uma penumbra"?
   - Venha, me dê sua mão - Falou ainda com a mão estendida.
   - Você não me respondeu!
   - Vamos, Demi, me dê sua mão.
   - Adam! Pelo amor de Deus! Você tá me assustando.
   - Eu posso te fazer a mulher mais feliz desse mundo.
   - Se afasta de mim! - Retrocedo alguns passos. - Não pense em tentar me seduzir, porque eu já conheço os seus truques.
   - Não negue isso a si mesma.
   - Negar o quê? - Pergunto assustada.
   - O seu sentimento.
   - Eu não sinto nada por você! - Falei e corri ao lado oposto, só paro quando Adam aparece misteriosamente na minha frente. Então corro para o outro lado, mas acontece a mesma coisa.
   - Quanto mais você foge, mais próxima a mim você fica. E para o seu azar, você não tem pra onde fugir.
   Acordo bruscamente. Percebo que meu coração estava acelerado.
   - Meu Deus! Que sonho bizarro foi esse? - Falo com a mão no coração e ofegando. - Esse homem tá me deixando doida.
   Levanto-me da cama e observo uma rosa em cima do meu criado-mudo. Pego-a e levo-a até a ponta de minhas narinas. Aquele cheiro era muito agradável. Fecho os olhos e faço com que meu pensamento fosse no dia do casamento de Babi, no momento em que Adam me dara esta rosa. Não pude evitar um sorriso a brotar em meu rosto.
   Recoloquei a rosa no mesmo lugar onde estava, e quando faço isso, escuto latidos vindos da sala.
   Sigo essa poluição sonora.
Ao chegar na sala, fico espantada com o que vejo. Sinto uma imensa vontade de chorar de raiva. Meus olhos estavam lacrimejando.
   - Eu não acredito nisso! - Falo pondo as mãos na cabeça.
Minha sala estava um caos. Estava uma baderna, uma total desordem, uma mixórdia. Dog havia rasgado o tapete, derrubado meus vasos, mordido minhas almofadas.
   - Eu não acredito que você fez isso! - Falei alto.
Dog deita-se no chão e fica de barriga pra cima. Ele estava tentando fazer graça, com o objetivo de não levar a bronca.
   - Nem vem querer tentar fazer graça! - Falei rude. - Você sabe que fez coisa errada! Seu pilantra! - Falo de uma forma ríspida.
Olho para aquela bagunça desnorteada. Não estava acreditando que aquele pequeno cachorro, pudesse fazer uma bagunça tão grande. Vou atrás da vassoura e uma pá. Quando passo pela cozinha, quase caio dura no chão, ao observar fezes em cima da cadeira.
Volto para a sala e pego Dog e o levo até a cozinha. Mostro a merda, no sentido literal da palavra, que ele havia feito. Coloco seu focinho próximo daquela bosta. - Olha o que você fez! - Falo alto.
   Após eu elevar minha voz, Dog fica com o rabo entre as pernas.
   - É pra ter medo mesmo, seu pilantra! - Falo asperamente.
Solto-o.
Pego uma sacola e tiro aquela merda que estava em cima da minha cadeira.
Apanho um balde, encho-o de água, e respectivamente, o desinfetante e um pano.
Respiro fundo e limpo aquela cadeira.
Após ter limpado, fui até a sala arrumar aquela balbúrdia. Mas antes, apanho um saco de lixo.
Agacho-me e pego os retalhos do tapete.
Estava muito irritada com toda aquela bagunça. Como pode um cachorro tão pequenino conseguir fazer uma bagunça tão grande?
Joguei tudo fora. Pedaços de vasos, de tapete, de almofada. Após ter recolhido isso do chão, limpo aquela sala, pois cheirava a urina se cachorro. Fiz uma faxina naquela sala.
Perdi a noção do tempo e precisava me arrumar, pois era segunda-feira, dia de trabalhar.
Tomo um banho rápido, e arrumo-me também.
Quando vou passar a maquiagem, sinto uma vontade de ousar mais nos olhos. Aplico, sutilmente, uma sombra preta nos mesmos.
Estava amarrando o cadarço de minha bota, e quando termino, meu celular vibra. Atendo-o.
   - Miley?! A margarida resolveu ligar.
   - Pois é, né... Só estava chateada, depois que minha amiga foi embora com o amante e me deixou aqui sozinha.
   - Primeiro: ele não é meu amante. E segundo: você não tá sozinha.
   - Eu tô zoando... Bom... Mais ou menos... Eu sei que não tô sozinha - Riu.
   - Você não cansa nunca de zoar minha amizade com ele...
   - Você chama aquilo de amizade?! Você tá doida por ele e insiste em dizer que só ama ele como amigo... Vai, Demi... Conta outra.
   Reviro os olhos.
   - E não é pra revirar os olhos.
   - Como você sabe que eu revirei os olhos? - Indago pasma.
   - Pelo mesmo motivo que eu sei que você tá apaixonada pelo Adam: eu te conheço.
   - Mas menina...
   - Lá vem bomba - Resmunga.
   - Eu venho tendo uns sonhos estranhos com ele...
   - Que tipos de sonhos?
   - Sonhos que eu tento fugir dele, mas nunca consigo... O que você acha que isso significa?
   - Que você tá apaixonada.
   - Não, sério.
   - Não sou José, mas aí vai a interpretação do seu sonho - Falou modificando a voz, para que ficasse mais conceitual. - Demi?
   - Sim?
   - Você tá apaixonada.
   - Vai se foder.
   Riu.
   - Nem te contei...
   - O quê?
   - Tô com um cachorro aqui em casa.
   - O James tá aí?
   - Não! Falei em animal e não do cara que te ama...
   - Tá, que seja... Mas como assim você arrumou um cachorro?
   - Eu não arrumei um cachorro. Eu só tô cuidando dele, porque o Adam pediu pra mim.
   - Hum... O Adam... Meu cunhado.
   - Argh! Você é tão chata.
   - Também te amo.
   - Tchau.
   - Calma... Não desliga não...
   - Então para de ser besta.
   - Mas então... Vou voltar hoje.
   - Sério? Que legal! Que horas?
   - Daqui a pouco.
   - Então vai dar tempo de você conhecer o Dog.
   - Quem?
   - Bom... Esse não é o nome dele, mas por enquanto, estou chamando o cachorro de Dog.
   - Deixa eu ver se entendi... Você está chamando o cachorro de cachorro?
   - De Dog.
   - Mas que tipo de maluca você é?
   - Não é tão ruim assim...
   - Não é ruim... É horrível.
   - Tá, tá... Manda um beijo pra Maddie e pra Dallas.
   - Mando.
   - Eu tenho que desligar. Preciso terminar de me arrumar.
   - Ah é... Hoje você volta a trabalhar.
   - Pois é...
   - Então vai lá... Bom trabalho.
   - Obrigada.
Desligamos.
   Passei uma quantidade generosa de perfume e fiquei esperando Nick chegar.
Subitamente, Dog sobe em meu colo e começa a lamber minha mão.
   - Você sabe que eu não quero papo com você... Que cachorro inteligente - Deslizo ligeiramente meus dedos sobre seus pelos.
   - Ai, que susto! - Falo com o meu coração pulsando de forma frenética.
   - Desculpa - Nick redime-se rindo.
   - Que bom que você chegou logo, porque eu preciso ir e não queria deixar ele sozinho... Do jeito que é bagunceiro, capaz de destruir a casa.
   - Por que? Ele aprontou?
   - Você não percebeu que eu coloquei um outro tapete na sala?
   - Não... - Falou e olhou para fora - Ah... Agora percebi... Mas e daí?
   - Ele rasgou o outro. Nossas almofadas, quebrou meus vasos, e cagou em cima da cadeira da cozinha.
   - Que nojo - Riu.
   - Deu muita raiva... Mas enfim... Fica de olho nele e não deixa ele fazer bagunça. Depois dá uma voltinha com ele, pra ele cagar na rua.
   Riu. - Tá... Pode ir sossegada.
   - Tchau - Falei o abraçando. - Até a noite.
   - Até.
Cheguei depressa no prédio do Sr. Joseph. Eu só tinha mais um obstáculo: as escadas. Até tentei usar o elevador, mas estava quebrado.
Eram muitas escadas e eu estava de muletas, ou seja, certamente chegaria atrasada e levaria uma outra repreensão dele.
Demoro cerca de dez minutos até subir.
Toco a campainha.
   - Demi! - Cassandra fala abraçando-me.
   - O Sr. Joseph vai me matar, né?
   - Hoje ele tá de bom humor - Sorriu. - Mas me conta... O que houve com você? - Indagou referindo-se as muletas e a bota ortopédica.
   - Eu torci.
   - Como?
   - Quando eu terminar meu expediente, eu vou lá conversar com você... Eu tô atrasada agora...
   - Não se preocupa... Vai lá - Sorriu.
Entro no escritório do Joseph.
   - Você está atrasada.
   - Eu tentei chegar no horário, mas não consegui subir rápido as escadas...
   - Por causa dessas muletas?
   - Sim...
   - Ah... E a propósito... O que aconteceu?
   - Eu torci.
   - Foi sério?
   - Mais ou menos... Mas eu tô tomando remédio, então não vai demorar tanto pra mim melhorar.
   - Que bom... Mas você consegue trabalhar? Se quiser, você pode ficar em casa...
   - Não... Eu tô bem - Sorri.
   - Se você tá falando... Ah... Eu queria que você desse uma olhada nessa notícia. É um beta, então se você achar alguma coisa que esteja sem nexo ou algo do tipo, pode corrigir.
   - Ok - Aquiesci pegando o papel.
Sou surpreendida quando leio o título.

ADAM LEVINE ASSUME ROMANCE COM ASHLEY COLLINS

Através de uma entrevista, o cantor Adam Levine, vocalista do Maroon 5, confirma as suspeitas de seu relacionamento com a socialite.

   Há mais de três semanas atrás, a primeira aparição do casal foi publicada por várias plataformas de comunicação, e comentada por diversos usuários das redes sociais. Mas as conjecturas só foram expandindo-se a cada novo clique do casal. E por conta disso, foi criando um ar de esoterismo, pois nenhum dos dois haviam pronunciado-se sobre o rumor... Até agora.
   Por meio de uma entrevista, o cantor transpareceu o que de fato estava acontecendo entre os dois, e isto é, de fato há um romance. "As pessoas têm me interrogado tanto sobre isso, e eu não tenho mais como esconder, nem mesmo se eu quisesse, porque, infelizmente, fomos flagrados juntos. E o que eu quero dizer é: sim, estamos juntos". E após essa declaração, o entrevistador, Gerald Charles, questiona: "Todos nós sabemos do fúnebre que aconteceu anos atrás, e o que eu gostaria de saber é se a Ashley é a mulher que vai conseguir fazer você seguir em frente". Adam responde: "Mas eu já segui em frente". Gerald indaga: "Expressei-me mal... O que gostaria de saber é se você a ama". Adam responde: "É muito cedo para dizer ao certo, porque acabamos de nos conhecer. Eu só sei que estamos indo muito bem".
   Alguns fãs do cantor, distribuíram críticas ao entrevistador, pois os mesmos afirmam veementemente que Gerald não deveria ter feito uma pergunta tão íntima e dolorosa ao vocalista, pois fazia-o lembrar daquilo que ele deveria esquecer. Alguns dos internautas chamaram Gerald de antiético, e que ele deveria ter sido sucinto ao tópico, e não demasiar tanto o tema. "Falta de respeito", "Sem ética", "Falta de sensibilidade", "Falta de profissionalismo", "Indiscreto", "Rude", foram só alguns dos insultos que os fãs enfatizaram. E tiveram aqueles que argumentaram à favor do repórter: "Ele só estava fazendo seu trabalho. Acredito que ele apenas fez a pergunta de uma forma errada. É claro que ele não tinha a intenção de agredir o Adam, fazendo com que ele se sentisse mal ou algo do tipo. Há muitas pessoas maldosas que distorcem tudo, e fazem de apenas de uma palavra mal colocada, como algo abrupto e colossal", argumentou um colega de Gerald.
   Adam não se pronunciou sobre o assunto. Ultimamente, Levine tem fugido de polêmicas.
   Os fãs almejam que o cantor seja muito feliz com Ashley. E o que eles dizem e defendem com todo vigor: "Que ele seja feliz, não importa como, não importa com quem, só queremos sua felicidade".

   - Ai que lindo esse final - Falo.
   - Você gostou?
   - Sim e muito! Mas eu só mudaria uma palavra do título.
   - E qual outra palavra você mudaria? - Indagou com um meio sorriso no rosto, como se já soubesse que ouviria uma ressalva pedante.
   - Eu trocaria o "assume" por "confirma".
Seu sorriso amplia-se. - Poderia ser, mas como eu já coloquei o termo "confirma" no lead, se tornaria um pleonasmo. O que a gente menos quer num texto, é essas palavras repetidas e desnecessárias.
   - Olhando dessa forma, o senhor tem razão - Diminuo o tom de voz, tornando-a decepcionada.
   - Mas pelo menos eu sei que você teve a  coragem de apontar uma falha... Isso mostra que você tem opinião. E isso é muito importante - Sorriu.
   Sorri. - Foi uma correção pedante.
   - Sim - Riu. - Você tem que tomar cuidado com isso.
   - Eu vou tentar prestar mais atenção.
   - Bom... Agora nossa própria matéria é sobre política. E dessa vez, quero que você escreva - Sorriu.
   Parece que Joseph estava criando confiança em mim. E isso é muito bom, mas muito bom mesmo.
   Uma coisa que me intrigou foi essa matéria... O que aconteceu no passado de Adam? Eu posso descobrir na internet, mas não quero invadir a vida dele. Tudo bem que está na internet, e se está lá, é para lermos mesmo, mas meu impedimento é: invasão. Para mim, ele não é um famoso, para mim, ele é uma pessoa normal. Se ele quiser me contar, ele vai me contar. Eu só preciso dar tempo a tempo.
   Eu e Joseph trabalhamos o dia inteiro. Foram incansáveis horas, na qual, passaram-se depressa. Hoje, meu chefe estava um doce. Parece que essa viagem fez muito bem para ele. E consequentemente, para mim, pois se ele está feliz, não pegará no meu pé, ao contrário.
   - Por hoje é só...
   - Amanhã, eu prometo que chegarei no horário.
   - Não se preocupe... Eu entendo o porquê do seu atraso.
   - Eu fico feliz que entenda... Foi bem difícil subir essas escadas.
   - Eu vou falar pra darem um jeito no elevador logo.
   - Obrigada pela preocupação... Bom... Eu já vou indo. Até amanhã.
   - Até.
Saí de seu escritório e fui para a cozinha.
   - Cass?
   - O Joseph te liberou?
   - Sim - Sorrio.
   - Mas e aí... Me conta... Como foi sua semana?
   - Foi ótima. Eu fui pra Texas visitar minha família.
   - É mesmo, né... Você mora sozinha aqui.
   - Eu moro com dois amigos meus.
   - Mas e aí? Foi bom lá?
   - Foi... Tirando o fato que eu tive que encontrar minha mãe lá.
   - Sua mãe te tratou bem?
   - Não muito... Ela ainda não aceitou o fato de eu vir morar aqui em Nova York e cursar jornalismo.
   - Mas o que ela queria que você fizesse?
   - Ela queria que eu fosse famosa.
   - Mas "famoso" não é uma profissão.
   - Foi exatamente o que eu disse pra ela... Ela queria que eu fosse cantora.
   - Você? Cantora? Não combina nada com você - Sorriu. - Não é que não combina, é que eu nunca imaginei você como cantora.
   - Pois é...
   - Mas você canta?
   - Bom... Minha mãe dizia que sim...
   - Canta alguma coisa pra mim - Sorriu entusiasmada.
   - Ah... Melhor não...
   - Por favor.
   Suspirei. - Tá... O que você quer que eu cante?
   - Deixa eu pensar numa música bem difícil.
   - Nem tão difícil assim...
   - Conhece Christina Aguilera?
   - Claro.
   - Já ouviu aquela música 'Impossible'?
   - Mas essa música tem muita gritaria... O Joseph vai escutar... Eu prometo que outro dia eu canto pra você.
   - E pra mim? - Adam intromete-se.
   - Adam? Você tava aí?!
   - Eu também vou cobrar de você... Agora que eu já sei que até pra ela você vai cantar... Então eu também quero um showzinho seu - Sorriu.
   - Só pra ela.
   - Pra mim não? - Finge frustração.
   - Pra você não - Levanto meu rosto.
   - Se continuar assim, eu vou ficar com ciúmes - Falou e puxou-me pela cintura, fazendo com que nossos corpos ficassem próximos. - Você tá linda - Fala olhando em meus olhos.
   Sorrio sem graça.
   - U-run-run - Cassandra finge uma tosse. - Oi pra você também, Adam.
   - Desculpa, Cass... Eu fiquei tão hipnotizado por ela, que até esqueci de te cumprimentar - Sorriu desconcertado.
Foi em direção de Cassandra e a abraçou.
   - Vamos, Demi? - Indaga.
   - Vamos.
   - Juízo, hem - Fala Cassandra.
   - Não se preocupa... Eu vou estar com ele... Ele não vai fazer besteira - Sorrio cinicamente para Adam.
   - Do jeito que você fala, parece que eu sou um adolescente.
   - Não exagera... Eu não chegaria a insinuar que você fosse tão jovem... - Mantenho o sorriso cínico.
   Franze a testa.
   - Tchau, meninos.
   - Tchau - Falamos ao mesmo tempo.
Na hora de descermos as escadas, penso: "Fodeu".
Se subir já era difícil, imagina descer.
Adam desce alguns degraus, mas não continua a descer, pois percebe que eu havia estagnado.
   - É verdade... Você não consegue descer.
   Ele aproximou-se e abaixou-se para pegar-me.
   - Nem vem! Eu não confio em você.
   - Você não confia nos meus músculos? - Falou gabando-se.
   Rio. - Que músculos?
   Enquanto ria, Adam pega-me em seus braços.
   - Pronto... Agora que eu vou me quebrar de vez...
   - Você é levinha... Conseguiria levar até duas de você ao mesmo tempo.
   - Sei... - Rio.
   - Como está sendo a sensação de estar no alto? - Indaga me debochando.
   - Péssima.
   - Péssima? Por quê?
   - Porque você vai me derrubar.
   - Eu não vou te derrubar. Eu aposto um beijo que não. 
   - Não.
   - Não?! Então você acredita na minha força? - Sorri convencidamente.
   - Não... Eu tenho certeza que você vai me derrubar.
   - Então por que tá com medo de perder a aposta?
   - Eu não tô com medo...
   - Então aceita a aposta - Sorriu maliciosamente.
   - Eu tô ligada que você é safado, mas não sabia que era tanto.
   - Isso é um sim?
   - Não, isso é um não.
   Ele estava no último degrau. Colocou-me no chão.
   - Pronto... Agora eu quero o meu pagamento - Sorriu maliciosamente.
   - Eu disse que não te daria nada.
   - Como você é malvada.
   - Tá... - Suspiro.
   Ele sorri.
   Envolvo meus braços em torno de seu pescoço e ele inclina-se para baixo. Ele foi guiando seus lábios até os meus, mas antes que ele pudesse alcançar seu objetivo, beijo seu rosto. Mas foi um beijo  demorado. Parecia que meu subconsciente não estava aprovando minha atitude e quisesse que eu tivesse o beijado de verdade.
   - Pronto - Sorrio.
   Adam olha-me decepcionado.
Aquele olhar mexeu comigo.
   Ele pega minhas muletas e as põem no banco detrás. Pega em minha mão e ajuda-me a entrar no carro. Respectivamente, ele entra.
   - Percebeu que nós nos vemos todos os dias?
   - Percebi... Mas por que? Você tá enjoada de ver minha cara?
   - Não - Rio. - Eu nunca vou me enjoar - Olho em seus olhos. - Eu até gosto.
   - "Até" gosta... Acho que isso é bom.
   - Eu não quis dizer isso... Eu gosto muito - Sorri.
   - Agora melhorou - Sorriu. - Eu nem te perguntei... E o cachorro?
   - O Dog?
   - Quem? - Riu.
   - Enquanto ele não tem nome, eu chamo ele assim...
   - Nossa... Que decepção... Jurava que você fosse mais criativa.
   - Eu sou criativa.
   - Demais - Falou ironicamente. - Mas e aí... Ele se comportou?
   - Se comportou?! Se comportou como o capeta se comporta na igreja.
   - Ele bagunçou muito?
   - Muito... Mas nem me lembre...
   - Nem dá pra imaginar que um cachorro tão pequeno fosse capaz de fazer bagunça.
   - Foi isso mesmo que pensei... Falar em pensar... Você já pensou numa maneira de fazer uma reconciliação do James com a Miley?
   - Não... Tá difícil...
   - Ele já se divorciou?
   - Ainda não, mas o processo já tá em andamento... Você já pensou em alguma coisa?
   - Também não...
   - Mas que merda... A gente precisa fazer alguma coisa.
   - Eu tô cansada dela ficar enchendo meu saco... E ela só faz isso, pra tentar transparecer que não tá triste.
   - Diferente dela, o James tá transparecendo tristeza até demais.
   - Tudo seria mais fácil se a Miley não fosse tão orgulhosa.
   - Mas se eu tivesse no lugar dela, acho que faria o mesmo.
   - Mas nem a Ashley você perdoaria? - Indago o debochando.
   - A Ashley não, mas você sim.
Estacionou o carro.
   - Eu?
   - Claro... Acho que não conseguiria viver sem você.
O que ele quis dizer com isso? 
   Ele desce e abre a porta para mim. Pega minhas muletas.
   Estagnei no primeiro degrau.
   - Você não consegue subir?
   - Consigo... Eu só demoro um pouco.
   Ele pega uma muleta minha, só me deixou com uma. Segurou em minha cintura e me ajudou a subir.
   - Mas que prestativo - Falo.
   - Assim você cansa menos.
   Peguei minhas chaves e abro a porta. Vejo Miley sentada no sofá, brincando com Dog.
   Sorrio e vou em sua direção. Abraço-a. Ela levanta-se abraça o Adam.
   - Demi... Você trouxe meu cunha... - Sorriu. - Quer dizer... Você trouxe o Adam.
   - Ele veio buscar o D... Antes de concluir, Nick aparece para cumprimentar o Adam.
   - Você já veio buscar ele? - Nick indaga.
   - Antes que ele dê mais trabalho pra vocês.
   - Já é nove horas... Eu tenho que tomar meu remédio. Eu já volto - Falo.
Direciono-me para a cozinha, pego um copo d'água e um comprimido. Coloco o copo na pia. Levo um susto com Adam me observando.
   - Que susto.
Ele se aproxima.
   - Você tem o dom de me assustar - Falo rindo.
   Ele não diz nenhuma palavra. A única coisa que ele fez, foi me beijar. Lá estávamos nós: nos beijando no meio da cozinha.
   - O que você tá fazendo?! Isso não é certo. E se a Miley ou o Nick vier aqui na cozinha?
   - Eles não vão aparecer. Eles estão ocupados demais brincando com o cachorro - Continuou a me beijar.
Envolvo meus braços em torno de seu pescoço.
Adam segura em minhas coxas e me coloca em cima da bancada.
Ele larga a minha boca e começa a beijar o meu pescoço. Isso faz com que meu corpo arrepiasse por inteiro.
   - Não, Adam. Isso não tá certo - Falei o empurrando.
   - Por que não?
   - Porque somos amigos.
   - Foda-se a nossa amizade. Eu só quero beijar você, e quero beijar você agora - Faz com que seus lábios voltassem para os meus.
Essa era a primeira vez em que nos beijávamos de verdade, sem nenhuma desculpa para que isso acontecesse. Afinal, das outras vezes, quando nos beijávamos, a situação na qual ocorria, não se passava de uma mentira. Mas dessa vez, sinto que é diferente. Sinto a genuinidade do momento. Aquele homem me beija de uma forma tão selvagem, mas ao mesmo tempo, tão suave. Ele é tão maravilhoso, que não consigo explicar. É como se fosse um beijo agridoce.
Quando ele se cansa de me beijar, o abraço.
   - Por que você faz isso comigo? Você me deixa louco.
   Olho para ele.
   - Não sei o que você fez, mas eu estou louco por você - Antes que eu pudesse falar, ele volta a me beijar.
Envolvo meus braços em torno de seu pescoço.
Ele me beijava com tanta vontade, que parecia que desejava isso há muito tempo. Como se estivesse "faminto".
   - U-run-run - Miley finge uma tosse.
   Empurro-o. - Miley - Falo desconcertada.
   - Eu só vim aqui, porque vocês tavam demorando demais e achei que tinha acontecido alguma coisa... Bom... E de fato aconteceu, né - Sorriu maliciosamente.
   - Eu só tava tirando um cisco que caiu no olho da Demi.
   - É... Foi isso - Falei descendo da bancada.
   - Ã-hã... Sei... Mas podem continuar o que estavam fazendo... Finjam que eu sou um... Fogão - Sorriu cinicamente.
   Puxei o Adam para a sala. Eu devia estar vermelha, ou melhor, roxa de vergonha.
   - Eu já vou - Adam pega Dog.
   - Tchau - Falo.
   - Que isso, Demi? Não vai se despedir direito? - Indaga cinicamente Miley.
   Eu já estava com vergonha e Miley faz questão de piorar as coisas.
   Adam beija minha testa.
   - Tchau, cunhado - Fala Miley, com um sorriso estampado no rosto.
   - Também te considero minha cunhada, até porque, o James é como um irmão pra mim - O sorriso de Miley desaparece subitamente de seu rosto.
   Isso! Toma, trouxa! - Pensei.
Senti uma vontade de tocar na mão dele, como um high five, mas como estava sem graça pelo que havia acontecido entre nós, e principalmente, pela Miley ter pegado nós no flagra, então só fiquei na vontade mesmo.
   - Tchau, cunhada - Adam sorri cinicamente para ela.
   Eu adoro esse homem - Penso e respectivamente, rio.
   - Tchau, Nick - Adam diz.
   Conduzo-o até a porta.
Dou a última olhada para ele, até fechar a mesma.
   - Que papo foi esse de "cunhado" e "cunhada"? - Nick indaga confuso.
   - É que eu vi a Demi e o...
   - Nem pense em dizer mais nenhuma palavra - Falo irritada.
   - O que aconteceu? Vocês duas brigaram?
   - Não... Quer saber... Deixa pra lá... - Falo e vou para o meu quarto.
Fecho a porta, mas Miley entra e tranca a mesma.
   - Você podia ter sido um pouquinho mais discreta, né - Falo.
   - Ai, desculpa... Não sabia que você iria ficar tão irritada... Mas o que foi aquilo? - Um sorriso brota em seu rosto.
   - Aquilo o quê?
   - Aquela pegação de vocês lá na cozinha.
   - Não teve pegação... Ele só tava tirando um cisco do meu olho.
   - Demi... Eu não sou a Maddie pra acreditar nisso - Arqueou bruscamente uma sobrancelha.
   - Tá... O que você quer saber?
   - Eu quero saber tudo - Sentou-se na beirada da cama.
   - Ele me beijou e só.
   - Para de ser chata. Conta direito.
   - Não tem muito o que contar... Ele apenas foi atrás de mim, chegou do nada e me beijou.
   - Mas como você foi parar em cima daquela bancada?
   Sorrio sem graça. - Sabe... As coisas começaram a esquentar um pouco...
   - Eu sabia! Eu sabia que esse dia chegaria. Sabia que ele se declararia.
   - Como você sabe?
   - Ele se declarou? - Arregala os olhos. -  Eu só tava zoando.
   - Ele disse que está louco por mim.
   Grita. - Ai meu Deus! Quando vai ser o casamento?
   - É sério, Miley... Eu não sei com que cara eu vou olhar pra ele amanhã - Falei escondendo meu rosto no travesseiro.
   - Com sua cara de sempre.
   - Eu tô morrendo de vergonha.
   - Por quê?
   - Porque nós nos beijamos. E foi um beijo daqueles. Meu Deus! Que homem é esse? Ele simplesmente é maravilhoso.
   - Sério? Você gostou?
   - Se gostei? Eu amei - Suspiro.
   - Mas será que ele tá querendo algo sério?
   - Não sei... Ele pode ser o cara mais legal do mundo, mas ele tem um defeito: ele é um safado.
   - Que bom que você sabe... Eu só te dou um conselho: não transa com ele. Se ele gostar mesmo de você, ele vai saber esperar.
   - Eu sei... Fica tranquila... Eu vou ser eu... E sabe o que eu sou?
   - O quê?
   - Difícil - Falo firme. - Se ele tá pensando que eu sou fácil, ele tá muito enganado.
   - É isso que se fala.
   - Mas você acha que eu tô ficando louca?
   - Como assim?
   - Você acha loucura eu me apaixonar por ele?
   - Não... Seria loucura se você não se apaixonasse. Ele é bonitão.
   - Eu sei, mas me refiro ao fato dele ser mulherengo... Você não acha arriscado?
   - Arriscado sempre é, mas que graça teria o amor, se não corrêssemos riscos?
   - Mas eu tenho medo de me apaixonar e ele pisotear meus sentimentos, porque eu sei que ele teve muitas mulheres na vida dele, centenas.
   - Talvez você possa mudar esse jeito mulherengo dele.
   - Eu acho isso muito difícil.
   - Bom... Mas eu tenho certeza que ele tá apaixonado por você.
   - Mas eu não tenho... Ele disse que tá louco por mim, mas isso não quer dizer que ele tá apaixonado. Esse termo "louco" pode significar qualquer coisa. Ele só pode estar, como eu posso dizer... Atraído, sei lá... Só com vontade de transar comigo.
   - É... Pensando assim... Por isso é melhor você tomar cuidado.
   - Eu não quero me iludir.
   - Essas coisas são tão complicadas, né? Eu sei que o James não presta, mas eu não consigo esquecer ele.
   - O James também não consegue te esquecer.
Eu estou muito confusa. Ele me beijou! Meu Deus! Eu ainda não estou conseguindo acreditar que aquilo de fato aconteceu. Eu... Eu... Não sei o que pensar. Eu não sei com que cara vou olhar pra ele. Estou com medo. Estou confusa, assustada, receosa, e talvez, apaixonada.
 
 
            

Continua...

O High Five é um gesto, ou cumprimento presente em diversas culturas, muito comum nos Estados Unidos, que ocorre quando duas pessoas tocam suas mãos no alto simbolizando parceria, amizade e vitória. * 


Notas Finais


Eae, gostou do capítulo? Então o que está esperando pra favoritar logo, vacilão 😎


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