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História Distrust - Álcool, drogas e o fujão da Califórnia


Escrita por: CohenWriter

Notas do Autor


Advinha quem voltou? 😎 Eu 😁
Vocês não têm noção da saudade que tava sentindo de escrever... E pra falar a verdade, esse capítulo tava semi pronto há meses, mas como disse antes, eu tava (tô ainda) com um bloqueio criativo. Claro, esse bloqueio deu uma melhorada, mas ainda tô meio sem criatividade. E por isso que o capítulo não tá tão grande quanto os outros, mas podem ficar tranquilos, pq vou dar um jeito nisso. Vou tentar me livrar desse bloqueio o quanto antes 🙏
Não é um capítulo de retorno que gostaria de trazer pra vcs, mas é o que consegui :/
E graças à Deus, já estou de férias 🙌 E isso significa que vai ter bastante atualização da fanfic 🙌
E antes de vcs começarem a ler, quero pedir desculpa pelo abandono. Pretendo não deixar isso acontecer de novo.

Então é isso...

Boa leitura ❤

Capítulo 33 - Álcool, drogas e o fujão da Califórnia


...Pego o telefone. O atendo.

- Adam? Você tava me ignorando?

- De maneira nenhuma. - Falo levianamente.

- Desculpa te atrapalhar e ligar uma hora dessas, mas aconteceu uma coisa terrível.

NARRAÇÃO LEVINE

- Eu preciso da sua ajuda.

- Tá... Mas antes me fala o que aconteceu. - Falo preocupado.

- É o Dylan.

- O que esse moleque aprontou dessa vez? - Indago irritado.

- Ele não aprontou nada... Ele simplesmente sumiu.

- Como assim "sumiu"?

- Eu fui no quarto dele chamar ele, mas ele não respondia. Foi então que eu entrei e vi que não tinha ninguém. As roupas também.

- Então ele não sumiu. Ele fugiu, é diferente.

- Tanto faz... Eu só sei que tô apavorada.

- Olha, mãe, relaxa. Uma hora ele aparece.

- Você não tá preocupado?! - Sua voz eleva-se.

- Claro que eu tô... Mas eu sei que ele vai voltar. Não é a primeira vez que ele faz isso.

- Adam, dessa vez é diferente. Ele levou todas suas coisas.

- Mas o que a senhora quer que eu faça? Eu tô do outro lado do país.

- Por isso liguei... Você podia pedir pro seu tio colocar algo do Dylan no jornal dele.

- Não é pra tanto... Olha, mãe... Sabe o que a senhora faz? Faz um chazinho, se acalma e vai dormir. E amanhã, com certeza o Dylan vai aparecer.

- Eu não sei mais o que fazer com esse menino. Ele tá me dando muito trabalho.

- O que esse moleque tá fazendo?

- Eu não queria te contar... Você vai brigar com ele.

- Mas é claro que eu vou brigar com ele. Onde já se viu?! Um moleque de dezesseis anos fazer uma senhora de sessenta e poucos passar raiva?!

- Eu não sou uma senhora. Sou muito jovem ainda, viu.

- Tá, desculpa, mãe... Mas me fala o que ele anda aprontando.

- O Dylan tá terrível. Todo dia me ligam da escola falando sobre algo que ele aprontou, como enfrentar os professores. E agora, ele deu de matar aula. Ele sai da escola e vai não sei aonde com os amigos dele.

- Esse moleque... Ele vai se ver comigo.

- Calma, não acabou... Parece que ele não tem perspectiva de vida. Não quer estudar, dorme muito tarde, acorda muito tarde. Me falta com respeito, quer que eu faça tudo pra ele. E agora, eu tô desconfiada que ele esteja usando drogas.

- Drogas?! - Minha voz eleva-se.

Demi aparece na sala. Aproxima-se e coloca a mão em meu ombro.

- O que aconteceu? - Sussurra.

- Mãe, fica tranquila. Eu prometo que vou colocar ele na linha.

- O que você vai fazer?

- A senhora vai ver. Mas pode ficar tranquila, o Dylan nunca mais vai te dar trabalho. - Falei firme. - Depois de amanhã eu vou pra aí.

- Sério? - Indaga animada.

- Sério.

- Só assim pro meu filho vir me visitar.

- Desculpa não ir mais vezes... Você sabe que minha vida é muito agitada.

- Eu entendo... Mas eu sinto sua falta.

- Eu também sinto a sua.

- Bom... Eu vou deixar você descansar... Boa noite, filho.

- Boa noite, mãe.

Desligamos.

- Hum... É tão bonitinho você conversando com a sua mãe. - Falou entredentes. - O que aconteceu?

- Meu irmão tá dando trabalho demais... Mas vamos esquecer isso e continuar o que paramos. - Beijei-a.

- Espera. - Empurrou-me. - Eu ouvi você falando algo de fugir.

- É o meu irmão...

- Seu irmão? Você tem irmãos?

- Tenho. Vários.

Sorriu. - Me conta. Eu quero saber deles.

Pronto... Já era a nossa noite.

Demi sentou-se no sofá.

- Eu tenho vários irmãos, quatro. Meios irmãos, pra ser específico. Só tenho um irmão da mesma mãe, o Michael. Tem meu irmãozinho Sam, a Julia, e a Liza. - Enquanto falava, abria o armário de bebidas e apanhei uma garrafa de uísque.

- E que irmão tá dando trabalho?

- O Dylan. - Coloquei até a metade.

- Ah não... Mas já pegou sua cachaça?! - Fala entredentes.

- Não é cachaça. É uísque. E esse é dos bons.

- Whatever... Mas você não disse que só tinha quatro irmãos?

- O Dylan é adotado. Não é meu irmão.

- Que horror, Adam!

- Mas é verdade.

- Você é cruel.

- Não... Você não entendeu... Não é que eu não considere ele como meu irmão, eu só te falei os irmãos de sangue... E é claro que eu considero o Dylan como meu irmão.

- Hum...

- Enfim... Só sei que ele tá dando trabalho.

- Como assim?

- Ele não quer saber de estudar. Quando vai pra escola, arruma confusão. E minha mãe acha que ele tá mexendo com coisa errada.

Demi esboça um olhar confuso.

- Droga: maconha, crack.

- Isso parece muito alguém.

- Eu nunca me envolvi com esses tipos de coisas! - Falo indignado. - Eu sou um alcoólatra, e não um maconheiro.

- Você devia parar de beber.

- Eu não vou parar de beber. Eu gosto de encher a cara. Eu quero beber tanto, que quando eu for falar, vai precisar colocar legenda. - Referência How I met your mother.

- Você tá zoando, né?

- É claro que eu tô zoando... - Falo levianamente.

- Só um aviso: se você aparecer bêbado na minha frente, pode ter certeza que você não vai ficar de ressaca no dia seguinte. Sabe por quê?

- Por quê?

- Porque não vai ter dia seguinte.

- Você nunca conseguiria viver sem mim. - Falo gabando-me

- Quem disse?! Prefiro ficar mil vezes sozinha do que ficar ao lado de um bêbado... E depois que eu vi você bêbado... Prefiro mesmo ficar sozinha... E já que você tocou nesse assunto, me responde uma coisa.

- O quê?

- Eu sempre tive curiosidade de saber...

- Lá vem...

- Qual o motivo que te levou a encher a cara naquele dia?

- Não lembro... - Menti.

- Que pena... Depois daquele dia, fiquei muito curiosa... E até inventando possibilidades...

- Tá... Eu te conto... Mas não é pra brigar comigo, tá?

- Tá.

- Na verdade, não teve um motivo, e sim, foi algo que eu gosto... Gostava de fazer. - Fiz uma ressalva. - Eu e uns amigos fomos... Ah, eu não vou te contar. Você nem tava comigo na época, mas mesmo assim vai ficar de cara feia comigo. - Falo entredentes.

- Eu não vou. Pode contar.

- Você promete que não vai virar a cara pra mim?

- Prometo.

- Então tá... Continuando... Como estava dizendo, eu gostava bastante de frequentar a esses lugares, por diversão mesmo... A gente enchia a cara e...

- Seja mais direto, por favor.

- Eu e uns amigos, naquele dia, fomos numa boate de strip.

Seu olhar transformou-se. E esse olhar não era nada amigável.

- Você é nojento.

- Olha que você prometeu que não ia ficar brava comigo.

- Como eu fui idiota. Naquele dia eu fiquei com dó. Ah, vai se foder.

Ri. - Desculpa.

Demi virara o rosto para o lado, com um semblante emburrado.

- Você prometeu que não ia fazer essa cara. - Falei entredentes.

Não obtive resposta.

- Vai, me dá um sorrisinho. - Falo enquanto levanto-me caminho em sua direção, onde estava sentada.

Sento-me ao seu lado.

- Sai daqui. - Cruzou os braços.

Lanço-lhe um olhar cínico.

- Eu sei que você quer rir.

Pude perceber o canto de seus lábios levantarem sutilmente.

- Você tá se controlando, mas eu sei que você quer rir.

Seus lábios foram expandindo-se gradualmente.

- Vai, dá uma risadinha.

Apertou os lábios.

Deslizo meus dedos em seus pescoço.

Foi tiro e queda! Demi riu.

Tirou minha mão de seu pescoço.

- Trapaceiro. - Riu.

Comecei a fazer cócegas pelo seu corpo.

A cada toque, um arrepio, juntamente acompanhado por aquela risada gostosa.

- Sai, Adam. - Disse entre risos.

- Sério que você sente tanta cócegas assim? - Indago rindo.

- Ã-HAM!

Comecei a rir, pois ela estava muito engraçada contorcendo-se toda.

Caiu no chão.

- Para, Adam! - Riu.

- Que exagerada. - Ri.

Estendeu a mão. - Vai... Me ajuda a levantar.

Peguei em sua mão e a puxei.

- Agora chega. Acho que eu dei "risadinhas" até demais.

- Prometo que não trisco mais nenhum dedo em você. - Falo com as mãos erguidas, como sinal de rendição.

Após isso, uso minhas mãos para encher mais um copo de uísque.

Dou um gole.

- Ah, não... - Reclamou. - Larga essa porcaria.

- Não é porcaria. Você já experimentou?

- Não, mas...

- Então! Experimenta.

- Eu não.

- Por que não?

- Porque é ruim.

Ri. - Como pode ser ruim, sendo que você nem conhece o gosto?

- Mas eu consigo imaginar...

- Só um golinho.

- Nem um, nem dois...

Aproximei-me.

- Só um. - Coloco o copo em sua boca. Viro-o.

Esboça uma careta. - Isso é horrível!

- Nem é... Eu tenho uma que com certeza você vai gostar.

- Esquece, Adam. Você não vai conseguir me embebedar.

- Eu?! Querendo te embebedar? Jamais!

Arqueou uma sobrancelha.

- Eu não vejo graça nessas coisas.

- É porque você não encontrou a bebida certa... Eu tenho uma aqui que com certeza você vai gostar. E ela nem é forte.

Direcionei-me até o armário de bebidas.

Pego a Blue Sweet.

- O que é isso?

- Blue Sweet.

- Eu não vou beber esse treco.

- Você vai gostar. É docinha. - Coloco até a metade do copo.

- Toma. - Passei o copo.

Enchi até a metade do meu copo com uísque.

Sentei-me de frente para ela.

Dou o primeiro gole.

- Como eu estava dizendo... O Dylan fugiu e minha mãe tá desesperada.

- Bom... A primeira coisa a se fazer é procurar na casa dos amigos.

- Ela já fez isso... E nada dele.

Abaixou o olhar.

- Talvez ele esteja na casa de algum parente.

Demi não havia se dado conta que estava bebendo.

- Acho difícil, porque ele é aquele tipo de adolescente "rebelde", naquela fase que odeia todo mundo, principalmente a família.

- Sei como é... - Esvaziou o copo. - Eu fui essa adolescente.

- Então quer dizer que um dia você já foi mais chata?

Riu. - Sim... Espera aí... Então você acha que eu sou chata?

- Só um pouquinho.

Levantou-se.

- Chata em que sentido? - Falou aproximando-se.

- Você não consegue ficar quieta.

- Eu não consigo ficar quieta?! - Deslizou seus dedos em meu cabelo. - Nem assim? - Beijou-me.

Após alguns segundos, sentou-se em meu colo.

- Olha quem fala... O mais tagarela querendo me criticar. - Fala entredentes.

- Eu não sou tagarela.

- Não... Magina.

- Eu só não gosto do silêncio. -

Esboça um sutil sorriso de canto.

Pude notar seus olhos darem uma leve franzida.

O branco deles o faziam com que ficassem ainda mais brilhantes.

O olhar estava intensificando cada vez mais, tornando-se letal para meus alicerces.

- Demi... Hoje eu já falei que te amo?

Olhou para cima, pensativa (ou fingia estar pensativa).

- Não sei... Não lembro... Por via das dúvidas, fala de novo. - Sorriu de soslaio.

Dei uma leve franzida na testa.

Riu. - O que foi?

- Nada... Só tô impressionado com seu cinismo.

- Aprendi com o mestre. - Sorriu forçado.

- Que ridícula. - Dei um tapa em sua testa.

- Ai! - Fingiu dor.

- Que exagerada.

Sorriu, logo em seguida, bocejou.

- Adam! - Exclamou de súbito.

- O quê?

Um sorriso foi formando gradualmente em seus lábios.

Parecia animada.

- Eu sei onde o Dylan tá.

- Sabe?! Aonde?

- É óbvio... Se ele não tá na casa de nenhum amigo, e pelo o que você me disse, ele é acostumado a ter tudo, então ele não pode estar na rua. Ele só pode estar na escola.

- Na escola?! - Pausa. - Bom... Não é uma teoria tão idiota assim...

- Liga pra sua mãe... Talvez ela se sinta melhor.

- Amanhã eu ligo...

- Adam! Para de ser tão insensível! Eu odeio quando você não dá a mínima pras coisas que você deveria achar importantes.

- Mas isso não é importante.

- Claro que é! É seu irmão.

- Um irmão que só tá querendo chamar atenção... E parece que já conseguiu... - Resmungo.

- Liga pra sua mãe. - Ordenou.

- Eu não vou ligar...

- Claro que vai. - Firmou um sorriso irônico no rosto.

- Você é fica uma gracinha tentando mandar em mim. - Falo entredentes.

- Vai, Adam! Liga logo pra ela. - Falou empurrando-me.

- Tá...

Pego meu celular.

Estava chamando.

Não demorou muito. Patsy atendeu.

- Aconteceu alguma coisa? - Patsy indaga preocupada.

- Não... É que talvez tenha um lugar que você possa procurar o Dylan.

Sua respiração elevou-se sutilmente. - É mesmo? Aonde?

- Na escola.

- Nossa... Não tinha pensado nisso... Você tá ficando cada vez mais esperto, Adam.

- Isso foi ideia da Demi.

- Demi?

- É...

- Mais uma de suas garotas?

- Não... Dessa vez é diferente.

- Sei... Agradece ela por mim.

- Pode deixar.

- Te mando notícias se souber de alguma coisa.

- U-hum.

Desligamos.

- E aí?

- Ela pediu pra te agradecer.

Sorriu. - Agora só espero que ele esteja lá mesmo...

- Dylan vai aparecer logo, não se preocupa.

- Espero... Bom... Mudando de assunto... Sei que tá tarde, mas você pode me levar pra casa?

- Sério? Você quer ir embora?

- Não me leva a mal, mas eu só preciso acordar concentrada, porque com você, eu não consigo.

- Ah é... Sua prova. - Suspirei.

- Isso.

- Sério mesmo?

- Sério... E eu tô seminua, sem nenhuma roupa pra vestir depois.

- Isso é fácil de resolver, é só...

- Adam. - Interrompeu-me. - Você vai me levar ou vou ter que chamar um táxi?

- Não tô acreditando que você vai fazer eu dirigir essas horas... Vamos logo. - Falo irritado.

- Calma... Não precisa ficar estressado.

- Eu não tô estressado... Eu só tô irritado com toda essa sua obsessão com essa prova.

- Não é obsessão... Essa prova é muito importante.

Ignorei-a.

Pego minhas chaves.

- Vamos?

Assenti.

Descemos rapidamente as escadas.

Adentramos no carro.

Isso que dá namorar com "nerds".

- Você tá bravo?

- Não.

Acelero abruptamente.

- Sabe... É tão difícil me concentrar perto de você... É por isso que não vou ficar com você essa noite. Tenho que focar em uma coisa só, porque só fico pensando em "Adam, Adam, Adam". - Falou em um tom de voz especial. Ponderei ser um tom de voz um tanto sexy.

- E eu só fico pensando o quanto você é falsa. - Imitei seu tom de voz.

O silêncio reinara.

E foi o caminho todo assim.

- Amanhã te recompenso, prometo. -

- Sério, Demi... Você tá muito obcecada.

- Já disse que não é obsessão... Você não entende... Essa é a última prova, e se eu for mal, já era.

- Eu já disse que você é inteligente... Você vai fazer essa prova de olhos fechados.

- Espero...

- Amanhã vou ver se vou pra Califórnia.

- Por causa do Dylan?

- É.

- Será que ele vai aparecer até amanhã?

- Tenho certeza... Ele vai ver como a vida na rua é diferente, que ele não vai aguentar.

- Sua mãe deve mimar demais ele.

- Um pouco. Mas o problema é que ele é folgado... Vou dar um jeito nele.

- Só tenta não se estressar com ele.

- Isso vai ser impossível. Não tenho paciência.

- Paciência é uma virtude...

- Com certeza não é das minhas. - Minha voz soou um tanto desanimada.

- Tenta ter um pouquinho de paciência com ele... Talvez ele esteja passando por problemas que vocês nem saibam.

- Isso não é problema não... É sem-vergonhice! Mas esse moleque vai ver...

- Calma, meu amor... Não precisa se estressar.

- Eu não tô estressado.

- Ah, magina...

- Você não viu nada. - Abri a janela do carro.

- Isso não te faz bem, não.

Parei o carro no sinal vermelho.

Toda essa história do Dylan me deu uma vontade enorme de acender um cigarro.

Demi nunca me viu fumando, mas pra tudo há uma primeira vez.

Pego um cigarro, um isqueiro e o acendo.

O cheiro de nicotina fez Demi olhar de imediato para mim.

- Adam!

- O que foi?

Tirou o cigarro da minha boca e tacou pela janela.

- Isso dá câncer! - Grunhiu.

Soltei o restante da fumaça em seu rosto.

Demi tossiu.

- Agora deu de fumar também?

- Agora?! Eu sempre fumei.

- Fumava... Agora não quero que você continue fumando.

- Tá achando que manda em mim agora?

- Então você vai continuar estragando seu pulmão?! - Indaga indignada.

- Vou... Algum problema?

- Todo problema! Eu não quero que você continue!

- Você não tem que querer. - Digo manso.

Olha para mim indignada.

- O que foi?

- Eu não escutei isso...

- Mas é verdade... Não vou obdecer suas ordens. Aliás, você não manda em mim... Até parece que eu vou me submeter a uma menina de vinte anos.

- Uma menina de vinte anos que tem muito mais juízo que você...

- Agora só porque eu fumo eu me torno um desajuizado?!

- Você não pensa na sua saúde! Isso já é suficiente pra mim comprovar que você não tem juízo.

- Isso não quer dizer nada.

- Eu trabalho desde os meus dezessete anos, sempre fui independente. Sempre pensei no futuro. Sempre cuidei de mim, para quando encontrasse alguém, pudesse ficar a minha vida com essa pessoa, saudável.

- Então você quer dizer que eu vou morrer? - Indignei-me.

- É isso que acontece quando você é um viciado.

- Ah, cara... Você é muito problemática! Problematiza tudo! Ah... Só pra você saber... Eu trabalho desde os meus nove anos de idade. Fui obrigado desde cedo a amadurecer! Você não me conhece o suficiente pra ficar falando tanta bosta! Você me irrita quando começa a tentar mandar em mim, quando tenta opinar, sendo que não sabe de porra nenhuma. - Digo irritado. - Presta atenção no que eu vou dizer: "Você não manda em mim". Você não paga minhas contas, você não tem nenhum valor além de ser a minha mulher.

- Seu machista, nojento.

- Machista em dizer o que eu penso?! Não aguenta ouvir a verdade?

- Você não é o dono da verdade. Pode ser dono de uma fortuna, de milhões, mas da verdade e de mim, não! - Sinto sua voz ficar rouca.

Acendo um outro cigarro.

- Vai me provocar mesmo?

- Se você acha que fumo só pra te provocar... Saiba que você não é tão importante assim.

- Nossa, que grosso! 

- Eu só tô te tratando assim porque você pediu.

- Para de descontar em mim! Eu não tenho culpa do seu irmão estar dando trabalho!

Estaciono o carro.

- Me tratar como lixo não vai resolver nada! Quer saber? Eu quero que você se foda. - Não sou obrigada a escutar essas coisas. - Resmungou.

Pegou suas coisas e saiu do carro.

Narração Lovato

Prepotente... Arrogante...! Quem ele pensa que é pra me tratar assim?!

- Mas eu não ligo! - Minha voz soou um tanto rouca.

Continuei subindo as escadas.

Eu não vou ficar mal por causa dele!

Abri a porta.

Tenho que trocar de roupa.

Direcionei-me ao meu quarto.

Olhei no meu celular e vi que se passavam das 2hrs.

Peguei meu pijama e tirei aquela roupa rasgada.

Antes de deitar resolvo beber um copo d'água.

- Demi?

Olho para o lado e vejo Dallas.

- Oi.

- Chegou tarde, hem...

- É... - Minha garganta começou a apertar.

- Como foi o show?

- Legal...

A sensação de aperto cada vez mais se intensificava.

- Que bom... - Sorriu. - Cadê a Miley?

- Achei que ela estivesse aqui... Mas é provável que ela esteja com o James... Quando o show terminou ela foi com o James e eu com o Adam...

- Hum... Suas safadas.

- Eu vou pegar água e já volto.

Passei por ela e fui para a cozinha.

- O que foi, Demi? Você parece chateada. - Seguiu-me.

- Não é nada.

- Certeza?

- Aham. - Minha voz ficou rouca.

- Então tá...

- A Lucy tá dormindo? 

- Aham... Nossa, hoje a Lucy deu um trabalho... Ela não queria comer de jeito nenhum... Tava com uma frescura. Ultimamente ela tá com muita frescura. A mãe falou que ela enjoou da minha comida.

- Ah é? - Falo e lágrimas caem dos meus olhos.

- O que foi, Demi? O que você tem? - Indaga preocupada. - O que aconteceu?

- O Adam... - Destilei. - Nós brigamos. E foi feio. - Solucei.

- Ah não, Demi. - Abraçou-me. - Fica assim não... Você quer me contar o que aconteceu?

- Ele não liga pra mim! Ele é um arrogante! Se acha o fodão, mas não é merda nenhuma!

- Mas o que aconteceu entre vocês?

- Tudo começou por causa de um cigarro.

- Ele fuma?

- Sim... E eu não gosto disso... Mas hoje ele tava todo estressadinho e começou a descontar em mim... E quando começou a fumar na minha frente, eu não gostei. Falei umas poucas e boas pra ele... E ele começou a me tratar pior ainda. - Chorei. - Ele praticamente me humilhou. Falou que eu não tenho nenhum outro valor pra ele além de sexo. Que não tinha o direito de me intrometer na vida dele, porque segundo ele, eu não passo de uma menina de vinte anos.

- Ele disse tudo isso? - Estava perplexa. - Ele disse que você só serve pra sexo?

- Não com essas palavras, mas insinuou.

- Como ele ousa?! Você tem que ser tratada como rainha e não como uma vagabunda! Ele vai se ver comigo! Quem ele pensa que é?! Só porque é famoso acha que pode te tratar assim?! Isso não vai ficar assim!

- Deixa que eu me resolvo com ele.

- Não! Ele não pode se meter com a minha irmã, te tratar como uma puta e ficar por isso mesmo!

- Era por isso que não queria te contar nada... Você vai fazer um escarcéu.

- Vou mesmo!

- Não é pra você falar nada. Só vai piorar as coisas.

- Mas Demi...

- Deixa isso comigo, tá?

- Não dá moleza pra ele.

- Eu não vou dar... - Minha voz soou esmorecida.

- Esse desgraçado...

- Também não precisa falar assim dele.

- Demi! Ele te tratou como uma qualquer!

- Mas eu não gosto que xingue ele. Ele ainda é o meu namorado.

- Tá... Desculpa. - Revirou os olhos.

- Agora eu vou tentar dormir... Amanhã eu tenho prova.

- Menina! - Seus olhos expandiram-se. - E você ainda tá acordada?!

- Eu sei... Vou deitar agora.

- Então vai deitar, tenta relaxar, dorme um pouquinho, que amanhã você vai acordar melhor. - Secou minhas lágrimas. Logo em seguida, abraçou-me.

Segui em direção do meu quarto.

Eu não entendo o porquê dessa agressividade dele. Ele é uma pessoa tão doce. Não parece mais o mesmo.

Afundei minha cabeça no travesseiro.

Ele anda tão estressado ultimamente...

O Adam é um homem bom. Eu sei disso.

   Tudo vai passar, tudo vai se resolver.


Notas Finais


Eae, gostou do capítulo? Então o que está esperando pra favoritar, vacilão 😎


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