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História Disturbia - Rewrite. - Close.


Escrita por: vulgarie

Capítulo 24 - Close.


Fanfic / Fanfiction Disturbia - Rewrite. - Close.

"If you kiss me, I promise to be happy."

Point of view – Maeve Braun.

 

One year later. December, Los Angeles.

 Digamos que eu esteja bastante feliz, bastante realizada. Nesse ultimo ano muita coisa mudou... Bastante coisa melhorou. Inclusive eu. Acho que maior parte das pessoas ao meu redor, até mesmo todas as pessoas não esperavam essa mudança, esse amadurecimento e a tão esperada aceitação. Não que eu tenha superado a morte da minha mãe, mas hoje sei lidar com mais facilidade e maturidade. Ainda sinto falta, isso é meio obvio, mas depois de tanto tempo tentando colocar a culpa em todas as pessoas em minha volta, eu entendi que a culpa foi apenas dela mesma. Apenas dela. Depois de tanto julgar as pessoas, colocar o erro delas em cima de todas as coisas boas que já fizeram, de ter sido tão ingrata comigo mesma e com o resto do mundo, eu entendi que a vida não para pra você se reerguer de um tombo. Pode parecer insano, precipitado e injusto, mas se você não se reerguer... A vida passa por cima! E ela não é nem um pouco gentil nesse quesito.

 Minha relação com o Scooter melhorou bastante, minha relação com a Erin também. É tão bom achar o seu lugar no mundo, se encontrar mesmo diante de todo o furacão prestes a te engolir vivinha, não é mesmo? A grande ironia da vida é quando você acha que ela está do avesso. Vez ou outra escapolia um pai da minha boca e Scooter parecia um idiota gritando o quanto estava feliz. Estava me acostumando com isso, a ter um pai que por tanto tempo eu queria ver morto. Erin era super gentil, amorosa e me ligava todos os dias para saber como eu estava... Ela quase morria na verdade, e sempre insistia para que eu voltasse para minha casa, que até hoje eles não tiveram coragem de desmontar meu quarto e fazer uma despensa ou sei lá o que. Era engraçado e peculiar, mas eu adorava. Essa era a minha família. Esse é o meu lugar.

 Estava bastante orgulhosa de mim mesma. Da confiança que havia adquirido, do amor próprio, da sinceridade que tinha comigo. Eu me sentia mais mulher, mais disposta a encarar o mundo de frente. Mais positivo... Isso foi depois de começar yoga, mas whatever! Ainda morava sozinha, era bom ter a minha liberdade, parecia que eu era dona do mundo e da minha vida. Uma sensação extremamente libertadora. Depois de me senti tão perturbada, tão decepcionada, tão amedrontada de viver, eu consegui alcançar meus objetivos. Aprendi a lidar com Scooter Braun, aprendi a lidar com a perda da minha mãe, e inclusive aprendi a lidar com meus demônios.

 Eu ainda trabalhava na Calvin e depois de muito tempo me esforçando fui promovida. Isso não é ótimo?  Agora eu organizava os looks, cabelo, maquiagem de cada modelo e me sentia bastante útil em fazer isso. Jamais imaginei que iria me encontrar e gostar de uma área assim, já que moda nunca me instigou muito. Bom, eu tinha uma sala só pra mim, tinha domínio sobre minhas decisões e qualquer uma delas não precisava passar por um superior porque eles confiavam bastante no meu bom gosto. Os dias com Nigel tinham me trago bastante conhecimento sobre essa área, claro que eu tinha que me vestir melhor agora, já que fazia parte de uma marca bastante requisitada. Encarei-me no espelho ali gostando do que via. Estava com um cropped de mangas longas preto, calça cintura alta preta, ankle boots pretas e um casaco de onça.  Enquanto segurava uma xícara de café olhando a vista e o tempo nublado em Los Angeles, meu celular deu sinal de vida e como de costume, nesse horário era Augusto. Sorri olhando nosso foto e atendi.

 – Olá! – Disse alegre e animado do outro lado da linha. Sentei na cadeira me endireitando. – É com a irmã mais linda do mundo que estou falando?

 – Acho que alguém está querendo alguma coisa – Ri já esperando o que viria naquela conversa.

 – Então... – Prolongou o final da palavra e eu já poderia imaginar que ele estava coçando o rosto de nervosismo.

 – Ai meu Deus! – Disse em meio a risadas. – Estou curiosa.

 – Sabe aquela garota... – Arregalei os olhos surpresa.

 – Augusto – O repreendi. – Você não tem idade nenhuma pra namorar – Segurei a risada. – A Erin mata nós dois.

 – Você disse que eu podia contar com você pra tudo – Dramatizou – Vejo que não é exatamente tudo.

 – Tudo que não coloca meu rostinho lindo em risco, ok? – Me defendi.

 – Depois do seu expediente eu posso te esperar? – Respondeu timidamente ignorando o que eu disse antes.

 – Ta bom – Respirei fundo. – Nós vamos ao shopping. – Ele comemorou. – Só dessa vez, ok?

 – Você é a melhor irmã do mundo! – Comemorou do outro lado da linha.

 – Eu amo você, peste. – Finalizei a ligação. Parei os olhos em Nigel que estava na porta da sala com as mãos na cintura. – Posso saber o que traz a libélula aqui? – Arqueei a sobrancelha encarando alguns papeis em minha mesa.

 – Agora que você subiu de cargo – Encarou meu rosto colocando uma mecha do cabelo atrás da minha orelha. – Não leva mais esse corpo lindo e magro para me encontrar. – Rolei os olhos com a dramatização.

 – Você daria um ótimo – Me levantei indo até ele. – Ótimo ator de Hollywood. – Nigel colocou a mão no coração fingindo chorar.

 – Você daria uma ótima namorada se eu gostasse. – Finalizou a frase encarando meu corpo de cima em baixo me fazendo gargalhar.

 – Adoro essa energia. – O imitei. Ergui meu corpo indo ate a poltrona de espera que se encontrava ali pegando meu casaco e minha bolsa.

 – Hoje é a after party do Tom Ford! – A libélula em minha frente ressaltou dando pulinhos. Coloquei a mão na testa me amaldiçoando por ter esquecido e fechei os olhos. – Posso escolher seu vestido? – Em passos lentos se aproximou do meu corpo colocando as mãos em meus ombros e analisando. – Vermelho sangue. – Arregalhei os olhos estalando os lábios e mordi. – Não vai me dizer que...

 – Sim – Fechei os lábios em linha reta – Sim, eu vou dizer.

 – Maevinha, coração – O encarei enquanto ele parecia estar se despedindo do mundo. – Você precisa ir! – Chacoalhou meus ombros.

 – Nigelzinho, meu amor – Fechei os olhos e abri a boca lentamente – Não dá pra ir. Já marquei um compromisso. – Dei de ombros.

 – Que compromisso é melhor que uma after party depois do desfile do Tom Ford? – Abriu os braços rodando pela sala.

 – Se divirta, ok? – Depositei um beijo em sua bochecha. – Se cuide. Você brilha! – Apertei suas bochechas e balancei como se ele fosse uma criancinha, lhe dei as costas e fui andando em direção ao elevador.

 – Você parece Afrodite de tão linda! – Gritou fingindo estar com raiva me fazendo gargalhar.

 Entrei no elevador sorrindo para o guarda que ficava ali. Encarei o relógio no meu pulso e Augusto já deveria estar colocando fogo lá em baixo, além de tudo, impaciente em me esperar tanto. Seis e meia era o horário que algumas pessoas estavam retornando pra casa e com isso, o elevador, a empresa ficava bastante digamos que, animada. Conversei com algumas pessoas que estavam ali rapidamente e dentro de alguns minutos e elevador já estava no primeiro andar. Assim que as portas do elevador se abriram meu celular tocou, já imaginei Augusto bufando e bastante impaciente, mas quando olhei no visor era Erin.

 – O que vocês dois estão aprontando? – A noite lá fora já estava nítida e a movimentação toda diminuindo.

 – Olá – Cortei o assunto. – Eu também estou ótima.

 – Maeve – Suspirou fundo. – Não me enrola. – Avistei Augusto sentado quietinho na cadeira que ficava atrás da mesa das recepcionistas e apontei para o telefone sibilando “mãe”, Augusto logo arregalou os olhos negando com a cabeça. – Maeve?

 – Ah, oi – Respondi sem graça ainda encarando Augusto. Erin era bastante esperta e com certeza já desconfiava de algo. – Nós vamos ao cinema, ele não te disse nada? – Me aproximei de Augusto e ele logo me abraçou apertado.

 – Ele só disse que ia resolver umas coisas com você – Erin disse o “resolver” com um tom bastante engraçado. – Veja se ele está na idade de resolver alguma coisa. – Ri baixinho esperando que ela continuasse. – Ele apenas pediu Matias para levá-lo ai e me avisou que não ia demorar. – Matias era o motorista.

 – Não vamos demorar, viu? – Disse levando Augusto para o estacionamento buscando pelo meu carro. Entreguei o telefone para Augusto e ele disse “beijo mãe” e logo foi desligando.

 Acionei o alarme do carro esperando destravar e logo entramos. Augusto logo foi colocando os cintos e puxando meu cinto também. Ri com a cena e liguei o radio, no qual estava passando This is what came you for. Eu e Augusto cantamos algumas partes da musica, conversamos sobre coisas diárias e eu estava cada vez mais espantada com a inteligência e maturidade dele. Augusto era muito esperto e entendido de todos os assuntos possíveis... E eu achava que ele só vivia de vídeo-game. O caminho foi bastante tranqüilo e logo já estávamos no shopping.

 – Já sabe o que vai comprar? – O encarei de soslaio. – Conquistador. – Debochei.

 – Um buquê de flores – Enfiou as mãos no bolso sorrindo timidamente e me encarou.

 – Eu vou direto para o céu quando morrer – Olhei pra cima respirando fundo. – Você sabe né? – Augusto gargalhou e logo fomos entrando em algumas lojas ali para comprar alguma coisa significativa para ele.

 ***

 A noite em Los Angeles estava bastante gélida. Todas as pessoas bastante agasalhadas e o clima natalino já invadia todas as enormes avenidas ali. Todos pareciam estar no clima de natal, os sorrisos sinceros sempre grudados nos lábios e a gentileza era nítida. Depois de passar um pouco da noite com Augusto, de comprar o presente já estávamos quase chegando à casa dele. Ele não parava de me agradecer nenhum misero minuto e de ressaltar o quanto eu era a melhor irmã do mundo... O que me fazia sorrir bastante. Logo entrando no condomínio pude notar que o carro de Scooter já estava ali.

 – Papai chegou – Augusto cantarolou alegre me fazendo sorrir. – Como vamos entrar com isso em casa? – Augusto olhou para uma pequena cesta de chocolate ali e o buquê de rosas.

 – Eu vou dizer que é meu, ok? – O encarei mandando um olhar de confiança. – Você despista Erin e eu subo correndo e coloco no seu quarto. – Estiquei a mão pra ele bater.

 – Yes! – Levantou os braços animado – Vai dar certo. – Balançou a cabeça seguidas vezes. E eu só conseguia pensar no quanto Erin ficaria furiosa e me acharia uma irresponsável de estar alimentando o sentimento de uma criança, mas eu iria fazer o que? Com certeza se eu não ajudasse ele procuraria outra pessoa.

 Saímos do carro e logo Augusto pulou para a calçada, o seu nervosismo era visível enquanto ele esfregava as mãos em sua calça o tempo todo me fazendo rir baixinho, logo ele lançou um olhar raivoso me fazendo ficar quieta. Augusto apontou para a porta fazendo sinal para que eu abrisse, rolei os olhos e girei a maçaneta. Entramos em casa e estava tudo escuro, malas espalhadas pelo chão... Varias malas por sinal. Augusto procurou por Erin ou Scooter... Nada. Fui para o outro lado em direção ao escritório e ouvi umas risadinhas, me afastei rapidamente antes que Augusto viesse atrás de mim e entendesse o que estava acontecendo ali. Ri baixinho com meu desespero e o guiei até a escada sem acender a luz. Tropeçamos algumas vezes, quase caindo da escada e fiz sinal para que ele ficasse quieto. Fiz sinal para que ele fosse até seu quarto e escondesse as coisas lá. Ele abriu a porta acendendo a luz e eu logo me joguei em sua cama.

 – Como eu estou exausta! – Bati as mãos no colchão o fazendo afundar.

 – Por que não dorme aqui hoje? – Augusto me encarou sentando na cadeira e tirando tênis.

 – Acho que é uma boa idéia. – Bocejei o encarando.

 – Ai – Sorriu fazendo cara de anjinho. Lá vem. – Você pode me levar pro colégio.

 – Augusto – Ergui meu corpo colocando os pés no chão – Isso vai sair caro, ok? – Baguncei seu cabelo sorrindo e ele me abraçou. Essa peste é minha vida.

 

 Arrastei meu corpo até a porta do meu quarto e encostei a testa na porta o abrindo. Respirei pesadamente abrindo os olhos e dando de cara com Justin saindo do banheiro como veio ao mundo, enxugando o cabelo com uma toalha, dando para ver nitidamente todas suas tatuagens e todo seu conteúdo... O que automaticamente me fez dar um grito enquanto sentia meu sangue todo parar na bochecha. Tapei os olhos saindo do quarto de costas, sentindo minhas pernas bambearem de vergonha.

 – Ai meu Deus! – Disse pausadamente. – Me desculpa! – Tapei os olhos tentando esconder o desespero. – Olha sério! Foi sem querer, eu só ia dormir, achei que o quarto estava vazio. – Minha voz saia esganiçada e eu atropelava todas as palavras.

 – Maeve – Justin disse calmamente enquanto tirava com suas mãos as minhas mãos do rosto. – Eu já coloquei roupa. – Abri meus olhos devagar encarando Justin e vendo-o segurar as risadas. Desci meus olhos para o seu corpo encarando sua cueca.

 – Desde quando boxe é roupa? – Coloquei as mãos na cintura indignada com seu sorriso bem filho da puta escancarado no rosto.

 – Também senti sua falta – Andou lentamente em minha direção abrindo os braços.

 – Vá vestir roupa antes – Apontei meu dedo em seu peitoral fazendo-o parar de vir em minha direção. Aquele quarto de uma hora pra outra havia ficado bem quente e pequeno. Mínimo.

 Ele deu de ombros ainda me encarando, o encarei abrindo os olhos o fazendo entender o recado. Virou-se de costas e se abaixou mexendo em sua mala e pegando alguma peça, no caso, uma calça de moletom. Levantou a calça me mostrando ainda rindo e vestiu. Encarei a parede ao meu lado que parecia bem mais interessante do que encara-lo, suspirei pesadamente e voltei meus olhos para os seus. Justin sustentou nossos olhares que se cruzaram por alguns minutos me fazendo engolir seco. O cheiro dele parecia estar impregnado no quarto todo. O que me causava uma mínima falta de ar. Mordi os lábios apreensiva, me sentindo uma mula por estar tão nervosa daquele jeito. Levantei as sobrancelhas me afastando um pouco dele e o encarei rapidamente quebrando aquele silencio desesperador.

 – Então – Arrumei meu cabelo em um coque – Como foi à viagem? – Sorri sem graça me encostando na parede.

 – Ah – Estalou a língua no céu da boca colocando as mãos na calça. – A turnê foi muito boa. É bem divertido, você deveria ter ido por alguns dias. – Encarei seu tórax quase implorando para que ele colocasse uma camisa.

 – É – O encarei – Tenho trabalhado bastante. – Endireitei meu corpo ajeitando minha bolsa e o encarei. – Então é isso. – Sorri sem graça. – Boa noite. – Rapidamente me virei de costas querendo sumir dali. Querendo apagar qualquer vestígio que depois de um ano eu ainda me sentia uma idiota perto dele.

 – Maeve – A voz de Justin soou um pouco alta e rouca na porta do quarto quando eu já estava na metade do corredor. Virei-me para trás o encarando e suspirei fundo, o loiro ali adiantou alguns passos chegando próximo ao meu corpo, passando suas mãos firmes pela minha cintura pressionando. – Eu senti muito sua falta. – Prendi a respiração enquanto absorvia aquelas palavras bastante surpresa.


Notas Finais


– Créditos desse capitulo, da ideia incrivel para a Bru, Twitter = @agronskypond. Social Spirit = https://spiritfanfics.com/perfil/charlierocks. Muito amor por essa princesa <3

– Então, sei que muita gente deve estar chateada comigo pelo sumiço, né? Os últimos tempos não foram os melhores pra mim, não foram os mais satisfatórios, digamos assim. Eu fui fraca e tentei suicídio... O motivo não vem ao caso. Eu não soube pedir ajuda, eu não soube conversar, eu não soube dizer sobre o que sentia e me isolei cada vez mais... Até tentar. Não estou dizendo isso para vocês terem dó de mim, do que eu fiz, estou dizendo porque quero muito que vocês não se deixem ficar mal, não se deixem abater, não se deixem entristecer por nada nesse mundo! Nós somos lindos, iluminados, maravilhosas e merecemos tudo de bom que o mundo tem, ok? Se alguém estiver passando por algum momento dificil, pode me chamar no twitter: @missmedior! Que eu faço questão de ajudar... Mas não se sintam sozinhos! E peço desculpas mais uma vez, o capitulo está bem ruinzinho, tem erros gramaticais, de pontuação mas espero que voces aguardem o melhor da fanfic. E obrigada de verdade a todas as palavras lindas que algumas leitoras me falaram na dm sobre a fanfic. Se Disturbia ajuda muitas meninas a se aceitarem, a passar por momento difíceis então ela é uma fanfic que deve ser terminada. Um cheiro no coração. ME AGUARDEM NO PROXIMO CAPITULO!


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