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História Divididos pelas Cores - Dourados


Escrita por: SraOnyx

Notas do Autor


Amarelos - Estudantes
Vermelhas - Donas de casas
Azuis - Trabalhadores
Pratas - Donos de empresas
Dourados - Estudantes (porém filhos dos Pratas)
Entre outras demais cores.

Capítulo 4 - Dourados


Ele agarrou meu braço e passou a mão por cima do pescoço de Rebeca, arrancou-nos do banco e marchou até a nossa escola, no meio do caminho olhei por cima do ombro e vi Lana com um olhar perdido observando o nada.

─ Por que não me disse? – Shay gritou com os olhos arregalados.

─ Falar o que?

─ Que não aprovava a Lana!

─ Você não precisa da minha aprovação!

─ Eu quero amar alguém, que minha melhor amiga aprove.

─ Pera! Por que não me disse nada? – Rebeca disse, com careta de brava – eu não sou sua melhor amiga?

─ Não é isso! É que… - ele não a considerava melhor amiga. Apenas eu era. Rebeca era uma irmã para ele -  eu não sei.

Ela apoiou o braço no ombro dele e fechou os olhos.

─ Eu não quero saber dessa novela entre vocês dois – disse ela sussurrando, apontando os dedos para nós – meu pai vai para o Promovimento e eu quero protege-lo.

─ Tive uma ideia – disse Shay – vamos ir atrás deste Promovimento. Vamos… ajudar seus pais… vamos usar sua pergunta do príncipe.

─ Espera, você quer entrar na Casa-Cor Prata?! – Gritei, mas abaixei o volume da voz. Aquilo era um crime.

─ Sim.

─ Ele perceberá que não temos as joias para passar no portão! Sem tirar o fato que não temos roupas.

─ Me encontrem no parque amanhã. Agora tenho que terminar um encontro – disse dando um sorriso malicioso para mim.

Fechei a cara e soquei o ombro dele, Rebeca lhe deu um abraço e o largou, deixando-o saltitar até Lana. Agarrei o braço de Rebeca e a escondi nas sombras, onde Shay não pudesse nos ver espionando seu encontro.

Ele segurara o braço de Lana.

─ Voltei, hum… tudo bem? – disse alisando o cabelo ruivo da exibida.

─ Claro. Só não gosto da Giovanna… acho que ela tem ciúmes de mim. E do que rola entre a gente – ela mugiu.

─ É ela é uma chata. Mas estamos a sós – ele grunhiu e direcionou os olhos para onde estávamos e deu um sorriso que brilhou na noite. Sabia que estávamos lá. Não me levantei porque Lana também olhara para onde ele observava. Ele agarrou os braços dela e a levou para onde nossa vista não alcançava. – Giovanna! Vou te denunciar por perseguição – depois deu uma risada assustadora última coisa que vi e ouvi deles dois.

─ Acho que ele sabia que estávamos aqui – disse Rebeca rindo.

─ Não me diga.

─ Vou pra casa.

─ Tenho que ficar com meus pais.

Abracei a Rebeca, e caminhei à surdina, apenas esperando ver Shay agarrando Lana diante dos meus olhos. Mas não, nenhum sinal dele. Não sabia por que aquilo mexia tanto comigo, por que eu me importava com eles. Ele tem o direito de amar. Igual eu tenho. E vou amar outra pessoa que retribua meu carinho.

Passei o braço lentamente no aparelho detector que apitou, recebi um sorriso de meu amigo porteiro e entrei no meu condomínio.

Meus pais estavam plantados na porta, me esperando. Eles me amam, mas… por quê? Por que disso tudo?

─ Oi – sussurrei para ninguém.

─ Olá – falaram em coro, no mesmo tom de preocupação.

─ Para onde foi – antecipou-se minha mãe – ficamos desesperados.

─ Você não me ama filha? – meu pai disse me encarando.

Aquela pergunta me pegou desprevenida, eu o amava só que ele não passava tempo algum comigo, era acordar, trabalhar, dormir, acordar, trabalhar… e assim vai, fico com medo de não ter mais um pai.

─ Você sabe que isso é mentira. Eu te amo, amo nossa família. Só que você não passa tempo com a gente – disse sinalizando com mão para a casa. Joguei minhas botas no canto da sala e sentei no chão junto a eles -  eu amo vocês.

─ Eu sei, só que… - ele me abraçou, minha mãe abraçou-nos. E ficamos lá, por muito tempo.

                                                                                                                                                                                                          

Estava na cama de minha mãe quando acordei. Tinha que me encontrar com Shay, então simplesmente coloquei a mesma roupa de sempre, arrumei-me e com a bolsa pendurada no ombro fui até o parque. Abri a porta, e me arrastei até o meu destino.

Quando cheguei lá, vi duas silhuetas ao longe, estavam abraçados. Rebeca estava lá de novo pendurada no pescoço de Shay, caminhei, caminhei, caminhei, não era Rebeca… era Lana. Caminhei mais perto e grudei na cerca de pedra que diferenciava a rua do parque.

─ Você não quer me beijar? – disse Lana com a voz enjoada dela.

─ Não. Não sinto isso por você…

─ Sente isso pela Giovanna né!

Ela não obteve resposta, levantei para dançar na frente dela, gritando viu,viu,viu! Mas quando levantei, vi a boca de Lana grudada na de Shay. Ele tentava se soltar, ela havia agarrado ele. Caminhei até lá com minha mão espalmada, preparando-se para um golpe que espero desde a padaria. Meti a mão vermelha na bochecha da Lana que gemeu e se ajoelhou no chão. Não ligava para ela, mas Shay me olhava perplexo analisando a imagem de sua mais nova perseguidora jogada no chão. Agarrei a gola de Shay e marchei até nossa escola, Rebeca nos acompanhava quieta e assustada.

─ O que você quer fazer exatamente? – perguntou Rebeca tentando acalmar as coisas.

─ Peguem a pulseira dos Dourados.

Concordamos, já havíamos feito isso algumas vezes.

─ Oi Hailey – disse Rebeca chamando atenção de todas as Douradas que estavam no banheiro.

─ Oi. O que você quer? Não quero perder meu tempo com vocês.

Deslizei a mão pelo pulso das amigas de Hailey, agarrando duas pulseiras, uma de esmeraldas e a outra de rubis. Perfeitas.

─ Nada – disse Rebeca, quando viu minha sinalização com as mãos – Tchau.

Rimos das caras delas quando saímos do banheiro. Sai da escola a procura de Shay, Rebeca preferiu ir para a aula, do jeito que é santinha. Senti uma mão envolver meu pulso e sorri, quando virei para dar um tapa leve em Shay, me deparo com Lana preparando-se para me dar um tapa. . Senti uma dor na bochecha indo até os dentes, tremi e cuspi no chão sangue, que fez um barulho estranho ao bater na terra.

─ Para de maleficiar minha vida! Você é uma inútil! – Lana me esgoelava. Chutei a barriga dela que saiu de cima de mim se apoiando nas paredes amareladas da escola.

─ Você que está tentando tirar meu melhor amigo de perto de mim! Para! – Recebi um soco na minha mandíbula. Retribui com uma rasteira e um soco nas costelas.

─ Que? Amigo? Então você não quer ser nada mais dele? Então por que ele não me quer. Trocar-me por você já é uma loucura. Mas não sentirem nada um por outro e ainda não me querer! Acho isso uma loucura.

─ Ele não é idiota de querer ficar com qualquer como você – gritei e pulei no pescoço dela.

Senti uma mão envolver minha testa e cintura, mas queria finalizar. Queria pelo menos chutar o rosto dela até ele sair do pescoço, me estiquei o máximo possível, mas não dava. Estava muito longe dela, sendo levada por Rebeca e Shay mesmo me debatendo.

─ Para – bufou Rebeca.

─ Me deixa matar aquela cadela! – implorei.

─ Para! – Falou Shay irritado me sentando em um banco no fundo da escola – pegaram a pulseira?

─ Claro – estendi o braço exibindo as duas pulseiras de brilhantes – Mas vai saber que… olha nossas roupas.

─ Deixa que disso eu cuide – insinuou Shay – posso encomendar.

─ Roupa de Dourado? – eu e Rebeca falamos em coro.

─ Sim. Sigam-me.

Ele andou até a ponte, porém foi no canto e desceu as escadas escondidas. Escorregando e esfregando a mão na parede suja, eu e minha amiga o acompanhamos.

─ O portão dos Cinzas?

─ Meus pais vão fazer a roupa pra vocês.

Entrei em choque, arregalei os olhos e finquei os dedos na pele da minha palma. Os pais dele era Cinza. Desempregados e até ladrões.


Notas Finais


Espero que gostem <3


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