1. Spirit Fanfics >
  2. Divine >
  3. Ching Shih

História Divine - Ching Shih


Escrita por: RocMo

Notas do Autor


Olar migonces.

Eu ando muito atarefada, mas saibam que eu agradeço muito por todos os comentários no último capítulo.

Hoje é aniversário da Momo, minha bias linda que eu amo tanto e que graças a ela eu virei once e kpopper. Se não fosse pela Momo, essa fic (e as outras que eu escrevi, óbvio rs) não existira.

Eu amo tanto essa japa <3

Enfim, esse capítulo tem uma curiosidade interessante, e é exatamente sobre a pessoa que dá nome a ele. Sim , Ching Shih existiu mesmo, e eu resolvi trazer a rainha dos piratas para a fic, só usei da licença poética para a data, já que ela nasceu em 1775 e a fic se passa em 1740.

Espero que gostem e boa leitura <3

Capítulo 16 - Ching Shih


Fanfic / Fanfiction Divine - Ching Shih

 

Tzuyu estava deitada no chão, sem forças nem mesmo para chorar, muito menos se levantar. Seu corpo todo doía e ardia. Nem sabia explicar como se sentia, mas era pior que um animal de rua.

Hung estava parado, respirando ofegante, cansado de tanta força que usou naquela surra.

“Me fale o nome daquele merda!” Ele falou para Tzuyu, que fechou os olhos, mas nada respondeu, então ele se ajoelhou ao seu lado e lhe pegou pelos cabelos, com muita violência. “Fale o nome daquele merda que você estava beijando na praia hoje!”

“Yi...” Ela nem conseguia falar, começou a chorar.

“Se tentar protegê-lo vai ser pior, eu te darei outra surra, e outra e outra, até que o entregue.” Hung a ameaçou de forma impiedosa.

“Yifan... Yifan Wu.” Ela respondeu.

“O que ele faz aqui em Jiatsu?”

“Eu não sei... Ele diz ser um corsário de Xangai.” Ela respondeu, e apesar de Yifan ser um mentiroso da pior estirpe, ela estava se sentindo mal por estar entregando sua cabeça em uma bandeja para Hung. Nem sabia o que seu pai iria fazer contra ele, e nem gostaria de pensar sobre.

Hung então soltou a filha, e se levantou, em seguida abrindo a porta do quarto, instantaneamente Lien entrou correndo, desesperada e ficou despedaçada ao ver o estado que Tzuyu se encotrava.

O corpo e o rosto cheio de hematomas e vergões.

“Você não pode fazer isso!” Ela vociferou para Hung, que a olhou feio. “Você não pode descontar em nossa filha suas frustrações passadas!”

“Cale a boca!” Hung respondeu e deu um forte tapa no rosto da esposa. Lien levou as mãos ao rosto, e Tzuyu chorou ainda mais ao ver a mãe ser agredida. “Você é uma estúpida, uma imbecil incapaz de cuidar da Tzuyu, olha só o que ela fez! Vocês duas agora vão aprender a nunca mais tentar me enganar!”

Hung saiu do quarto, furioso, Lien se ajoelhou ao lado da filha, e lhe abraçou.

“Venha, vou preparar um banho para você.” A mulher ajudou a jovem que tinha dificuldade de se mexer a se levantar com toda a calma do mundo.

“Me desculpa por isso, mãe... Eu não deveria ter ido atrás de Yifan, fui uma estúpida.” A jovem falou, sentindo-se culpada por todo aquele comportamento monstruoso de seu pai.

“Hung é um covarde, sempre foi.” Lien falou com muita mágoa. “Ele está frustrado porque velhos fantasmas do passado voltaram para assombrá-lo.”

Tzuyu não sabia ao certo do que sua mãe estava falando, mas naquele momento ela nem queria saber de nada.

Por mais que não quisesse, estava temendo por Yifan.

/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/

 

Yifan estava sentado no convés de seu barco, naquele que ele e Tzuyu haviam feito amor semanas atrás, e que ele havia dito que não era dele.

Não, ele não era um corsário, muito menos um caçador de piratas, muito pelo contrário, ele próprio era um pirata que agia contra os navios de Jiatsu e proximidades.

“Está com essa cara por causa da garota?” Zhang, um de seus amigos que assustou Tzuyu, perguntou ao ver o jovem rapaz daquela maneira tristonha.

“Eu me sinto mal por tê-la enganado.” Ele respondeu, chateado. “Ela descobriu tudo da pior maneira possível.”

“E você tinha outra escolha, meu amigo? Se tivesse dito a ela que era um pirata, acha que ela iria olhar para você? Um nobre corsário era muito mais atraente aos olhos de uma menininha que cresceu cheia de mimos.”

“Ainda assim, eu sinto que ela não merecia... Ela é uma boa garota... Ela não é como o pai.” Ele disse magoado.

“Pare de pensar nisso, está bem?” Zhang se aproximou dele. “Pense bem, é de se comemorar o feito de ter deflorado a filha daquele maldito, se ele soubesse disso, imagina?” Zhang gargalhou.

“Para!” Yifan o repreendeu, sério. “Se ele soubesse de algo, Tzuyu sofreria muito, e eu não quero isso para ela.”

“Mas agora já não há mais nada que você possa fazer, meu amigo, venha, vamos aproveitar a noite naquele bordel que tanto gostamos.”

“Não, eu não estou com vontade de ver mulher alguma hoje, vou ficar por aqui mesmo.” O jovem respondeu, e suspirou fundo.

“Esse negócio de amor não presta, mulheres estão sempre destruindo a vida de homens, olhe só para você, um rapazote bem-apessoado e cheio de energia, querendo ficar trancafiado nesse barco por causa de uma moçoila.”

“É só por hoje, Zhang, eu só quero ficar sozinho um pouco, não há nada de errado nisso.” O rapaz retrucou, com certa impaciência.

“Você é quem sabe.” Zhang deu os ombros. Yifan era teimoso, quando estava decidido sobre algo, era difícil fazê-lo mudar de ideia.

/=/=/=/=/=/=/=/=/=/

Jeju, Coreia

Já era dia, quando Chaeyoung foi até a praia e ficou sentada lá sozinha, observando o mar.

“Eu não acredito que vivi para ver Chaeyoung sofrendo por amor.” Era a voz de Momo, que chegou ali. A jovem princesa fechou os olhos e suspirou. “Ah é, eu sou imortal, eu vivo para ver tudo.”

“Me deixe em paz, vá brincar com Nayeon.” Ela respondeu com impaciência.

“Eu não vim brigar, princesa.” Momo sentou-se ao lado de Chaeyoung. “Eu vim lhe avisar que não vou lhe reportar para os deuses superiores.”

“Eu devo lhe agradecer por isso?” Chaeyoung perguntou com deboche.

“Não, eu vou esperar quando os meus poderes voltarem, aí eu mesma lhe darei uma lição, não sou de ficar mendigando piedade dos deuses superiores, aqueles esnobes.” A deusa respondeu. “Deveria me agradecer por outra coisa.”

“Pelo o quê?”

“Por eu ter ensinado várias coisas para sua pescadora.” Momo abriu um sorriso malicioso, irritando Chaeyoung. “Quando você pegá-la, ela saberá fazer tanta coisa com você... Coisas bem gostosas, por sinal.”

“Vai embora daqui.” Chaeyoung falou baixo e irritada. “Me deixe em paz, por favor.”

Momo começou a rir a se levantou. Chaeyoung começou a contar mentalmente. Momo provavelmente queria vê-la perdendo as estribeiras, era isso que aquela maldita amava fazer: criar o caos.

“Quando vir a pescadora de novo, diga que eu mandei um beijo e senti sua falta... Falta daquela boca, daquele corpo maravilhoso...” Chaeyoung sentia o sangue ferver. Não sabia por mais quanto tempo iria aguentar aquelas provocações. Se ela atacasse Momo novamente, perderia qualquer resto de razão que ainda podia ter, então ela precisava ser calma, calma como um monge shaolin. “A sua vez vai chegar, Chaeyoung, tenha paciência.”

“Vá para o inferno!” A garota retrucou, fazendo a outra rir ainda mais. Então ela respirou fundo. “Por favor, pare, eu estou sofrendo... Eu gosto dela de verdade, não zombe de mim, por favor.” Ela mudou totalmente o tom.

“Eu até ficaria com pena e comovida se não fosse você falando, Chaeyoung.” Momo respondeu. “O karma é real, ele está batendo em sua porta, e eu acho bem feito.”

“Então só me deixa em paz, está bem? Não precisa se sensibilizar comigo, só me deixe em paz.” A jovem ninfa disse, e Momo deu os ombros.

“Que seja, tenho mais o que fazer mesmo, nossas contas acertaremos mais tarde, eu não tenho nem um pouco de pressa, tenho todo o tempo do mundo, literalmente.” Ela disse, deixando a praia.

“Desgraçada.” Chaeyoung murmurou cheia de ódio e frustração por ter que engolir sapo calada, mas ao mesmo tempo, sentindo um certo orgulho de si mesma, por ter mantido aquele autocontrole.

/=/=/=/=/=/=/=/

Jiatsu, China

Hung mandou colocar grades em todas as janelas de sua casa, deixando o ambiente, que já não era dos melhores, ainda mais parecido com uma verdadeira prisão.

Mas o pior ainda estava por vir: quando Hung chegou em casa acompanhado de um homem, mãe e filha se surpreenderam.

“Esse aqui é o Chen, nosso novo funcionário.” O patriarca da família Chou falou. “A partir de hoje ele zelará pela segurança de vocês duas, não colocarão os pés nas ruas, sem que ele esteja junto de vocês.”

Tzuyu fechou os olhos e suspirou. Hung dispensou o rapaz, e se aproximou da filha.

“Chen irá garantir que nem um vagabundozinho chegue perto de você outra vez.” Ele disse e a garota abaixou os olhos, e engoliu o choro.

Agora, além de viver em uma prisão quase que literalmente, teria uma sombra para onde quer que fosse.

Que vida amaldiçoada.

/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/

Zhuhai, China

O Daiya aportou na cidade de Zhuhai, que ficava nas proximidades de Macau, no sul da China.

Naqueles mares, Mina e seus homens haviam ido muito pouco, durante aqueles últimos dois anos, para a tristeza de todos, afinal, aquela cidade parecia um pedaço do paraíso na Terra, de tão linda, mas Mina ouvia as histórias que rodavam por toda a Ásia, e sabia que aquele local tinha uma rainha que mandava em tudo e impunha respeito: Ching Shih.

Desde que deixou Kobe e assumiu a vida de Wakou, por quase todo o lugar que passou, Mina ouviu o nome daquela chinesa, que havia ascendido de forma absurda, e assumido uma frota de respeito.

“Não sei o que te leva a pensar que essa mulher vai querer nos ajudar.” Sana comentou, enquanto caminhava com Mina, Dahyun e Shinji pelas ruas da cidade.

“União feminina.” Mina respondeu com ironia. “Irei oferecer a ela uma boa quantidade de ouro, oras.”

“Nem temos tanto ouro assim, Mina.” Sana a relembrou.

“Podemos fazer acordos, posso trabalhar para ela, posso oferecer uma parte de tudo o que conseguir daqui para frente a ela, há mil formas de se negociar.” A capitã respondeu. “Faço o que for necessário para conseguir pegar a filha de Chou.”

Eles chegaram até uma taverna, onde muitos diziam ser o local favorito da Comandante da Frota Vermelha, e lá Mina caminhou até a mulher que trabalhava no balcão.

“Olá, sou Mina Myoui, pirata japonesa, capitã do Daiya, procuro por Ching Shih.” Ela disse sorrindo.

“Todos procuram.” A mulher respondeu com desdém.

“Ela está por aqui?”

“Garota, dê meia volta, a Capitã não tem tempo para perder com uma fedelha como você.” A mulher respondeu mal-humorada. “Só fique se for beber algo.”

“Eu quero falar com Ching Shih, e não sairei daqui até conseguir.” A garota insistiu. “Eu não perdi meu tempo vindo do Japão até aqui para ouvir desafora de uma prostituta ranzinza!” Ao ouvir aquela ofensa, a mulher puxou uma arma, e a apontou para Mina, que instintivamente puxou a sua.

O clima pesou na taverna, e os piratas chineses dali começaram a puxar as suas armas e aponta-las aos piratas do Daiya.

Sana, Dahyun e Shinji também sacaram as suas pistolas, mas estavam acuados, iriam levar uma rajada de tiros, sem chance de defesa.

“O que está havendo aqui?” Uma voz feminina perguntou alto, e do meio daquele bando de homens, surgiu uma mulher de uns quarenta anos, não muito alta, mas com uma postura que impunha respeito. “Abaixem essas armas.” Ela ordenou aos homens dali, e até a balconista lhe obedeceu. “Vocês também, abaixem essas armas, ninguém vai lhes machucar... Pelo menos não ainda.”

Mina abaixou a sua arma e fez sinal para que os outros repetissem o seu gesto, e assim eles o fizeram.

“Quem são vocês?” A mulher perguntou se aproximando de Mina, que manteve sua postura, apesar de saber que estava diante de Ching Shih.

“Mina Myoui.” A Wakou se apresentou, e abriu um pequeno sorriso. “Sou comandante do Daiya.” Mina estender a mão, mas a mulher não retribuiu, fazendo a garota ficar sem graça, e cruzar os braços rapidamente. “Venho do Japão.”

“Tinha que ser... Ô raça amaldiçoada esses japoneses.” A mulher desdenhou. “Não gosto que causem furor em minhas terras, mas japoneses parecem adorar fazer isso.”

“Eu não quis causar confusão, eu vim lhe propor um acordo.” Mina falou séria e Ching riu.

“Acordo? E eu lá faço acordo com pivetes que brincam de piratas?”

“Por favor me ouça, eu preciso de sua ajuda, Ching Shih...”

“Um duelo!” Ching Shih a cortou, e Mina se espantou.

“Como é?”

“Um duelo, de espadas, vamos ver se você realmente tem algum valor, se me vencer, eu posso até pensar em ouvir uma proposta vinda de você, caso contrário...” A mulher riu maquiavelicamente. “Acho que você imagina o que vai acontecer caso você perca, não é?” Ching fez um gesto de cortar o pescoço com o dedo indicador. Mina engoliu seco. “É pegar ou largar.”

Mina olhou para Sana, Dahyun e Shinji, e os três pareciam bem preocupados, mas ela sabia se recuasse ali, iria praticamente perder qualquer chance de conseguir uma aliada poderosa contra Hung Chou.

“Eu aceito.” Mina falou com firmeza.

“Tem coragem, já é um ponto positivo.” Ching falou sorrindo. “Amanhã ao meio dia, na rua principal, espero te ver lá.”

“Eu vou estar.” A jovem lhe assegurou.

Quando saíram da taverna, Sana olhou para a prima.

“Você perdeu todo o juízo.” Em seguida ela olhou para Dahyun. “O que aquela pirata faz com seus prisioneiros?”

“Ouvi dizer que mata os homens e liberta as mulheres.” Dahyun respondeu, e Sana abraçou Shinji.

“Não, meu pai, não.” Ela falou desesperada. “Mina, por que você fez isso?”

“E eu ia perder a única chance de conseguir uma aliada pra derrotar Chou?” A capitã se defendeu.

“Você não vai derrotar ninguém se estiver morta!” Sana retrucou nervosa.

“Eu não vou morrer, porra!” Mina quase gritou. “Eu vou vencer esse duelo, eu sinto isso, confiem em mim.”

/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/=/

Jiatsu, China

Hung estava em sua sala, quando um de seus funcionários chegou ali.

“Com licença, Sr. Chou.”

“Pode entrar.”

“Tenho novidades sobre o rapaz que o senhor nos pediu para investigar, o tal do Yifan Wu.” Hung prontamente parou o que estava fazendo, para prestar totalmente a atenção no rapaz. “Existe mesmo um Yifan Wu na cidade, mas ao que parece ele não é daqui, chegou há alguns meses, é um pirata.”

“Pirata?” Hung abriu um sorriso irônico. “Malditos piratas, se pudesse mataria a todos.”

“Aparentemente ele tem um barco pequeno, cometeu alguns pequenos assaltos, não aqui em Jiatsu, mas nas cidades ao redor, portanto, basta uma ordem para prendermos a ele e seus homens.”

“Não, não quero que os prenda.” Hung respondeu e o rapaz pareceu um tanto confuso. “Quero que mate a ele e a seus homens. Não deixem nenhum vivo, essa raça nojenta não merece viver, não devemos usar o dinheiro dos cidadãos de bem de nossa cidade para pagar estadia para esses vermes numa prisão... Mate os no mar, e deixe que o cadáver dele e de seus homens virem comida de tubarão.”

“Sim, Sr. Chou.” O rapaz saiu da sala de Chou, que com um movimento brusco jogou tudo que estava em cima da mesa no chão.

De novo esses malditos piratas em sua vida.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Eu odeio tanto o Hung, vocês não fazem ideia. Maior misógino que eu já criei rs.

Do Haru eu até gostava um pouco, do Inbok oppa também rs, mas dele eu não gosto nem um pouco hahaha

Até a próxima em view em Likey e vão ouvir Twicetagram, menos Wow que é cocô (desculpa se alguém gostou rs)


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...