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História Division of the heart - Chapter Three: And the shock from a beautiful girl


Escrita por: anavgomes

Notas do Autor


YAY! Voltamos, lindos. E voltamos com traileeeeeer. Espero que gostem tanto do trailer, quanto do capítulo!
✯ O link vai estar nas notas finais!

Boa leitura! 💙

Capítulo 3 - Chapter Three: And the shock from a beautiful girl


Fanfic / Fanfiction Division of the heart - Chapter Three: And the shock from a beautiful girl

Você tem meu coração, mas eu não posso deixar que fique com ele
       Pois eu não posso ter certeza de que vou ficar com você.

 

13h04min

Quando entramos, foi um festival de “eu senti sua falta” e abraços para Dylan. A casa parecia um pouco mais completa com ele aqui. Depois de todas as saudações, bem-vindos de volta, e do almoço, que tia M havia insistido que deveríamos comer antes de Dylan se instalar de novo, eu fui ajudá-lo a desfazer as malas.

- Acho não que vou demorar pra me acostumar com o novo quarto. – Ele deu uma olhada em volta do cômodo e jogou as malas em cima da cama.

- Ainda não entendo o porquê de você ganhar um quarto só seu e eu ainda ter que dividir o meu com Sofia. – Andei até uma poltrona que havia no canto e me sentei, cruzando as pernas.

- Eu gostava de Luke como meu companheiro de quarto. – Ele começou a abrir as malas e depois a porta do armário. – Mas não vou reclamar dos benefícios de se voltar para casa depois de um ano fora.

- Eu também gosto da Sof, mas os horários dela não são ideais. – Ri fraco, me lembrando de como ela tinha me acordado.

- Te entendo. – Dylan se virou pra mim e sentou na beirada da cama. – Mas pelo lado bom, se você tiver insônia, ela vai estar lá pra conversar contigo. – Ele deu um sorriso de lado e voltou a tirar as roupas da mala.

- É.. – Me levantei, abri uma das malas dele que estava cheia de livros e comecei a colocá-los na estante. – Mas mudando completamente de assunto como foi Boston?

- Foi incrível! O campus era enorme e eu conheci muita gente! E a cidade era linda, você ia gostar. – Sorriu pra mim, apoiado na porta do armário, continuei pegando livros e colocando-os no lugar. – Mas eu te conheço o suficiente pra saber que você não liga para o que aconteceu lá. Conta-me o que eu perdi por aqui.

- Ei! Eu ligo sim, okay? – Parei e o encarei, cruzando os braços. – Só por isso, quando eu voltar do trabalho hoje à noite, nós vamos ficar acordados a noite toda com Luke e Sofia e eu vou ouvir cada detalhezinho.

Ele riu e fechou a mala vazia, colocando-a em baixo da cama.

- Quando a minha história ficar chata e você com sono. – Ele se levantou e abriu outra mala de roupas. – Eu vou me lembrar dessa sua fala.

- Bobo! – Ri e coloquei mais alguns livros na estante.  – Mas, respondendo a sua pergunta, não perdeu muita coisa não. Os poderes dos gêmeos estão fora de controle, teve um dia que o Josh se transformou num pombo e não conseguiu voltar pra sua forma normal por um final de semana todo.  – Dylan riu alto e eu continuei falando.

- Taylor está fazendo algumas aulas na NYU à noite e ele tá tendo vislumbres de cenas futuras pequenas. E, o mais incrível de tudo, a gente descobriu que as penas das asas do Caio estão ficando cinza por causa da idade!

- Sério isso? – Ele gargalhou e deu a volta na cama, vindo se sentar perto de mim.

- Sério! – Eu me sentei no chão, ficando de frente pra ele. – Falando em asas, como foi voar em novos ares poluídos?

- Isso é algo que eu não consigo responder – O moreno fez uma careta e passou a mão pelo cabelo.

- O quê aconteceu? – Perguntei e o observei, ele parecia com dor.

- Era tudo muito agitado o tempo todo. Eu não tive um momento em que pudesse voar. – Se colocou de pé e começou a andar pelo quarto.  – Minhas asas estão recolhidas por tanto tempo que acho que essas cicatrizes viraram permanentes. – Ele envolveu os braços em volta do próprio corpo, tentando alcançar a parte das costas onde ficariam os dois cortes.

- Isso está te machucando, não está? – Me levantei e fui até ele.

- Um pouco. Mas eu sinto que, se eu as abrir, vai doer mais.

- E se não abrir, você vai ficar com dor do mesmo jeito. - Peguei sua mão e comecei a puxá-lo para fora do quarto.

- Onde a gente está indo, Em? – Ele me seguia pela casa. – Eu preciso desfazer minhas malas!

- Você, Dylanzinho – Parei no meio do corredor e me virei para ele, segurando seus ombros – Vai fazer o quê nasceu pra fazer.

 

13h32min

Estávamos no quintal dos fundos. Eu observava Dylan voar, dando voltas no ar, e pequenos gritos, quando perdia altitude.

- Meu Deus! – Ele pousou ao meu lado, os olhos arregalados, um sorriso no rosto. – Eu estava começando a esquecer como eu amava isso.

- Aceito agradecimentos por ter te feito lembrar depois. – Brinquei, o empurrando de leve.

- Você é maravilhosa! – Ele se posicionou na minha frente e segurou uma das minhas mãos, fixando o olhar nela.

Dylan transferia o peso do corpo de um pé para o outro. Suas bochechas estavam vermelhas.

- Dyl? – O chamei, fazendo-o olhar pra mim. – O quê foi?

- É que..  – Ele não havia soltado a minha mão e eu não me incomodava. Gostava de tê-lo perto, gostava de sentir a mão dele na minha.

Eu não precisava me preocupar com a possibilidade de machucá-lo ou não, como acontecia com todos que eu tinha perto. Tudo em mim se acalmava quando eu estava com ele. Nenhum fio de eletricidade percorria minhas veias. Eu tinha controle. Ele me dava controle.  

- Emma? – Ouvi alguém me chamar.

- Eu? – Me virei na direção da voz. Taylor estava parado na porta da cozinha, com um olhar confuso no rosto.

- Eu estou indo para a biblioteca, no centro, e vim saber se você quer carona para o trabalho?

- Quero sim! Me espera lá fora? – Taylor assentiu com a cabeça e voltou para dentro.  

Peguei meu celular no bolso e olhei a hora.

 – Acho que perdi a noção do tempo. – Soltei uma risada nasal e apertei um pouco a mão de Dylan. – A gente conversa depois?

- É, tudo bem, depois. – Ele se enrolou um pouco nas palavras. Soltou minha mão e deu um passo para trás.

Sorri pra ele e fui para dentro de casa. Subi as escadas e andei até o meu quarto, peguei minha bolsa e o meu uniforme o mais silenciosamente possível para não incomodar Sofia. Dirigi-me para o banheiro no corredor, para trocar de roupa. Depois deixei o vestido, que eu havia tirado, em cima da minha cama e corri para a porta da frente, saindo e indo encontrar Taylor no carro.

- Então, atrapalhei algo lá trás? – Ele disse, enquanto eu entrava no carro.

- Não, por quê? – Coloquei o cinto e Tay ligou o carro, dando a partida.

- Parecia que vocês estavam tendo um “momento”. – Ele fez aspas com os dedos, usando uma das mãos.

- A gente não estava tendo um “momento” - Repeti o gesto das aspas.

- Okay! – Ele riu e depois um silêncio se instalou.

 

– Posso te fazer uma pergunta? – Perguntou, depois de alguns minutos

- Faça!

- Quando você vai contar pra ele? – Paramos em um sinal vermelho e eu me virei no banco para encará-lo.

- Contar o quê exatamente, Taylor? – Ele desviou os olhos da rua e olhou pra mim.

- Que você é afim dele, desde sei lá eu quando. – Ele disse e eu voltei a me endireitar no banco, desconfortável.

- Eu não sou afim dele. – Afirmei, tentando parecer segura da minha resposta. Mas minha voz soou esquisitamente fina.

- Em, eu não sei se você sabe, mas você não consegue mentir pra mim. - Ele disse convencido.

- Por que você é vidente? – Perguntei, soltando uma risada irônica e encarando a janela.

- Porque eu te conheço! – O sinal abriu e voltamos a andar.

 Pelo resto do caminho, Taylor e eu discutimos sobre eu gostar ou não do Dylan. A ideia de eu ter sentimentos a mais pelo meu amigo ia e vinha de tempos em tempos, mas não importava. Não importava se eu gostava dele, por que acima de qualquer coisa, eu amava a nossa amizade e eu não correria o risco de estragar o que tínhamos por algo do qual eu não tinha certeza.

Paramos de brigar, quando ele parou o carro na frente do cinema. Eu havia começado a trabalhar ali há uns seis meses atrás. Era um estabelecimento bem pequeno. Só havia duas salas de exibições e tudo o que passávamos eram filmes antigos. Abríamos sempre a uma da tarde. Mas em alguns dias da semana, como hoje, eu podia chegar as duas pois o movimento era ainda mais parado.

Me despedi de Taylor e sai do carro, andando em direção a porta da frente, entrei e o lugar estava vazio.

- Aí está você! – Alex apareceu e veio até mim, carregando dois sacos de lixo.

- E aí está você. – Disse, rindo. – Isso tudo aí é das salas de exibições? – Apontei para o sacos na mão dela.

- É.. – Ela olhou para as mãos e fez uma careta de nojo. – As pessoas jogam tudo no chão! Estou pensando em colocar uma placa na porta dizendo: “Por favor, não joguem porcarias no chão, por que não somos obrigados a juntar o seu lixo”.

- Não somos obrigadas, mas somos pagas pra limpar o lixo deles! – Comentei e ela me olhou como se a tivesse traído.

- Somos pagas para fazer pipocas, vender bilhetes e doces e sermos legais com aquelas pessoas que perguntam quatrocentas vezes quais filmes estão passando, sendo que os cartazes estão bem ali. – Ela soou toda indignada.  – As latas de lixo são pagas pra ficar com o lixo!

- Mas as latas não são pagas!

- De que lado você está? – Ela tentou cruzar os braços e fez os sacos se chocarem um contra o outro e, consequentemente, baterem nela também.  – Ah, meu Deus! Viu? Você acha que eu sou paga pra me bater com lixo?

Eu ri alto e fui para trás do meu balcão, começando a limpá-lo. Enquanto Alex foi pra fora, deixar os sacos na caçamba que havia atrás do prédio.

Alex era um ano mais velha do que eu e uma das melhores pessoas que já conheci. Ela tinha saído da casa dos pais, em LA, e vindo tentar a vida em Nova York. Quando comecei a trabalhar aqui, ela havia me treinado e com o tempo, nós nos tornamos muito próximas.

- Ah, eu já te contei? – Ela voltou com um humor novo, toda animada.

- Contou o quê? – Perguntei e ela sentou em cima do balcão. - Ei! Eu estava limpando! – Reclamei.

- Não se preocupa, essa calça está limpa! – Riu e eu a acertei com o pano que estava segurando. – Emma!

- Desce daí, palhaça! – Ela bufou e desceu do balcão. – E vai, me conta logo o que quer que tenha para contar!

- Okay! - Voltou a ficar animadinha e agindo como se tivesse a melhor notícia do mundo - Você vai ganhar alguém pra treinar! – Gritou e jogou os braços pra cima.

- Ahn? – Fiz uma cara de duvida e ela começou a explicar.

- Carlos contratou mais uma pessoa. E você, – Alex bateu no meu braço. – Vai treiná-lo. Não é maravilhoso? - Ela bateu palmas. 

- Por que, exatamente, isso é maravilhoso? - Perguntei.

- Porque, primeiro – Ela levantou o dedo indicador para indicar “primeiro”. - A gente não vai ter que jogar pedra, papel ou tesoura pra ver quem vai ficar naquele cubículo cheio de ratos que é a sala de projeção. E segundo, - Levantou um segundo dedo e baixou um pouco o tom de voz. – Ele é lindo!

Eu comecei a rir e, como se estivesse esperando uma deixa, o garoto novo sai de uma das salas de exibições. Tentei controlar meu riso. Alex tinha razão, ele era bonito. O cabelo era longo e castanho claro, ele tinha um sorriso simpático e um físico que, uau!

- Alex? – Ele veio na nossa direção. – Você sabia que a tela daquela sala tem um furo enorme em uma das beiradas? – Apontou para a sala por cima do ombro.

- Sabia! É um charmezinho a mais. – Ela balançou os ombros e passou o olhar dele para mim. – Ah, essa aqui – Saiu de trás do balcão, me empurrando junto consigo. – É quem vai te treinar para essa linda vida de trabalhar no lugar onde as pessoas veem seus sonhos em telões brancos.

- Ah sim! – Ele arqueou as sobrancelhas, rindo, e estendeu a mão para mim. – Meu nome é Carter.

- Sou Emma. – Apertei sua mão e no mesmo instante pude sentir um fio de eletricidade passar de mim para ele, que soltou minha mão rapidamente quando sentiu o choque.

– Ai meu Deus! - Soei mais assustada do que esperava. - Eu te machuquei? – Perguntei.

- Não.. – Ele falou calmamente e soltou uma risada nasalada, chacoalhando um pouco a mão. - Deve ter sido estática ou algo do gênero.

- É, estática.. – Coloquei uma mecha do meu cabelo atrás da orelha e abri um sorriso amarelo.

- Não precisa ficar tão nervosa. – Ele riu e colocou a mão no meu braço – Receber um choque de uma garota bonita não é ruim

 


Notas Finais


(Música: Don't be a Fool by Shawn Mendes)

(Novos personagens que apareceram e quem os representaria)
Carter Miller: Leo Howard
Alex Baker: Hailee Steinfield

Até o próximo capítulo, amores 🌸
Trailer: https://youtu.be/j7aanXFEnNo


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