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História Division of the heart - Chapter Five: And Dylan's point of view.


Escrita por: anavgomes

Notas do Autor


Meus amores, em primeiro lugar, feliz ano novo! Em segundo, me desculpem a demora e podem ter certeza que recompensarei vocês pelo tempo perdido (Vamos ter capitulo novo toda semana, viu). Obrigada por não desistirem de mim e de DOTH!
✯ Ps.: Vamos ter mais dois trailers (Que saem ainda esse mês, se der tudo certo.)
✯ Ps 2.: Eu revisei o capitulo, mas se eu tiver deixado alguma coisa passar, me desculpem!


Boa leitura 💙

Capítulo 5 - Chapter Five: And Dylan's point of view.


Fanfic / Fanfiction Division of the heart - Chapter Five: And Dylan's point of view.

Todos esses dias, eu nunca pensei que precisaria tanto de alguém. Quem sabia?
Mas eu não acho que tenha planejado estas circunstâncias infelizes com você.

 

Dylan’s point of view:

04h07min

Acordei ouvindo batidas nervosas na minha porta. Levantei-me com certa dificuldade, tropeçando em alguns lugares. Quem vem ao quarto de alguém a essas horas da madrugada?

Tateei as paredes até encontrar o interruptor, acendi a luz e pisquei diversas vezes antes de me acostumar com a claridade. Abri a porta depois de mais uma série de batidas ritmadas.

- Eu posso saber o que diachos você está fazendo aqui? – Bocejei e sacudi a cabeça, tentando espantar um pouco do sono que me assombrava.

- Eu tive um pesadelo. – Emma respondeu e encarou os próprios pés.

Era uma situação que fazia com que eu me sentisse nostálgico. Lá estava ela, na porta do meu quarto, como tantas vezes antes. Usava um pijama de frio e o cobertor enrolado em volta do corpo, imitando uma capa. Eu quase conseguia ver a Emma de seis anos outra vez.

- Um pesadelo? – Indaguei e me escorei na porta.

- Não era bem um pesadelo, - Ela alternava o olhar entre o chão e meu rosto. – Foi meio que um flashback sobre – Se interrompeu e engoliu em seco antes de continuar. – Sobre aquela noite.

Emma e eu sempre nos referíamos à noite em que ela perdeu o controle como “aquela noite”, quando éramos pequenos ela costumava ter pesadelos constantes sobre, mas com o tempo eles foram parando. Saber que ela estava revivendo aquilo outra vez fazia meu peito se apertar.

- Entra. – Senti que havia dito aquilo mais como um pedido do que qualquer outra coisa. Dei um passo para trás, ela entrou, arrastando o cobertor ainda preso as costas e se instalou na minha cama, sem dizer nada. Deixei a porta aberta e fui arrumar um lugar ao lado dela.

- Quer falar sobre isso? – Perguntei e ela negou com a cabeça. Permaneci sentado ao seu lado.

- Me abraça? – Pediu e me encarou, sustentando meu olhar por alguns segundos.

- Claro! – A abracei de lado e ela se ajeitou embaixo dos meus braços, apoiando a cabeça no meu peito.

Eu tentava controlar o modo como o meu coração pulsava, ele parecia querer sair pela minha boca. Emma não parecia notar. Ela nunca pareceu notar. Meu coração palpitando quando eu a abraçava, meus olhos brilhando quando eu a via chegar, minhas mãos suando quando ela falava comigo.

- Olha o que você faz comigo. – Sussurrei tão baixo que não tive certeza se havia mesmo falado ou só pensado. Senti a respiração dela se acalmar e seu corpo relaxar enquanto ela voltava a dormir. Ela não parecia ter notado aquela frase também.

 

05h27min

Havia perdido todo e qualquer resquício de sono, minhas costas doíam e eu estava tentando achar um modo de ajeitar Emma em minha cama, sem acordá-la. Me esquivei de seus braços e apoiei a sua cabeça no meu travesseiro antes de me esgueirar para fora da cama e, alguns segundos depois, do quarto.

Percorri o corredor na ponta dos pés e desci a escada. Dirigi-me a cozinha em seguida. A luz estava acesa e a porta que dava para o quintal aberta. Andei até a mesma e instantaneamente senti a brisa gelada acertar meu rosto. O dia ainda estava escuro, havia apenas alguns fiapos de luz cortando o céu. Luke se encontrava sentado no terceiro e último degrau da minúscula escada que se acoplava a porta. 

- Ei! – Exclamei baixo, atraindo sua atenção. – Não deveria estar lá em cima? – Afastei um pouco da sujeira do degrau e me sentei ao seu lado.

- Ainda não.. – Respondeu e se virou para encarar o céu a sua frente. – Eu fico por aqui até o sol nascer. Gosto de assistir. Mas e você, o que está fazendo acordado?

- Perdi o sono. – Suspirei e dei uma olhada rápida para a porta atrás de mim – Posso fazer uma pergunta?

- Já está fazendo. – Ele balançou a cabeça e riu fraco. – Vai em frente!

- Não te machuca? - Arrastei uma das mãos pelo rosto. – O sol, quero dizer. Ficar aqui e ver o dia amanhecer não deveria te machucar? – Tentei me explicar.

- Faz meus olhos e minha pele arderem, mas nada que eu não consiga aguentar.

- Por quê? – Voltei a perguntar e dessa vez ele se virou para me encarar.

- Por que me machuca? – Indagou.

- Não. – Analisei a grama perto dos meus pés. – Por que você fica para ver se te machuca?

- Por que até hoje, é uma das coisas mais lindas que eu já vi. E é todo poético, o dia nasce inocente, cheio de possibilidades, traz esperança, vem a nós ignorante a tudo que todo mundo vai encarar durante as próximas 12 horas até que tudo volte a escurecer de novo. – Esclareceu. – Além de tudo isso, eu tenho o costume de me apegar ao que não deveria.

- Sou familiarizado com o sentimento. - Balancei a cabeça em concordância.

- Estamos falando de alguém com o nome que começa com “Em” e termina com “ma”?

- Você sabe que sim.

Desde que conclui os meus sentimentos pela minha melhor amiga, Hill sempre tinha sido o único para o qual eu havia contado. Ele sabia da história toda, e sempre me aconselhou sobre. Luke era o único que tinha paciência pra me ouvir

A luz do sol começava a encher os meus olhos. Ele tinha razão, toda aquela cena tinha a sua beleza, a sua poesia e eu entendia o sentimento de apego pelo indevido melhor do ninguém.

Ficamos ali até o dia se estabelecer por completo, quando o fez, vi meu amigo começar a se mexer ao meu lado.

- Por mais que eu adore dividir esse meu lado sentimentalista com você, Dylanzinho. – Brincou. - E eu adoro, você sabe disso. – Ele começou a se levantar. – Eu tenho que ir dormir. Você vai ficar por aqui?

- Acho que sim.

- Até, então. – Concluiu animado e entrou.

- Até! – Soltei a palavra, mas Luke já não estava mais lá pra me ouvir.

Ponderei sobre o que poderia fazer em seguida. Era cedo demais para acordar qualquer um. Considerei preparar café da manhã, mas não sentia fome alguma. Só havia uma coisa que eu realmente queria fazer.

As cicatrizes nas minhas costas coçavam. Deixei que minhas asas assumissem forma, rasgando dois pedaços na parte de trás da minha camiseta. Coloquei-me de pé e comecei a correr em direção ao meio do gramado. Um passo final e tomei o impulso necessário. Vi minha casa diminuir conforme eu subia. Me elevei até a cidade a baixo de mim parecer pequena e o frio com qual o céu me recebeu começar a incomodar. Todo o meu corpo foi tomado por uma sensação inexplicável, enquanto eu assistia as ruas passarem em um borrão.

Merida costumava dizer que todos têm o seu refugio. Desde pequeno, o meu sempre foi o céu. Infinito e azul. Que tinha o poder de me acolher melhor que qualquer outro lugar, que me fazia experimentar a liberdade em cada uma das penas das minhas asas. Era algo que eu amei desde a primeira vez que voei fora dos meus portões, algo que eu desejava que todos pudessem experimentar, pelo menos uma vez na vida.

. . .

07h16min

Não tinha certeza de quanto tempo eu havia ficado fora, mas quando fiz meu caminho de volta para casa, fui recebido por tia M, Caio e Richard que se ocupavam com a cozinha.

- Hey! – Rick exclamou. – Onde estava?

- Por aí! – Disse fazendo gestos exagerados e rindo, que me renderam um tapa no braço quando passei por ele. – Posso ajudar em algo?

- Pode. – Caio me respondeu enquanto colocava uma jarra de suco em cima da mesa. – Que tal acordar o resto do pessoal, lá em cima?

- Aaaah! – Rick reclamou como uma criança, fazendo Merida, que distribuía pratos em volta da mesa, rir enquanto o observava – Eu achei que eu ia acordar eles, eu adoro acordar aqueles pirralhos.

- Tudo bem, você pode ir também. – Caio o olhou com uma expressão que era o misto de confusão e divertimento. – É cada uma que me aparece.. – Ele balançou a cabeça de uma lado para o outro, sorrindo.

Dada à ordem, Richard me puxou para fora da cozinha com mais animação do que eu já o tinha o visto. E em todos os anos da minha vida, ele era definitivamente a pessoa mais animada que eu já tinha encontrado.

Quando chegamos ao andar de cima, ele ignorou o corredor dos nossos quartos e seguiu pelo lado oposto em direção ao próprio quarto.

- Rick o que, exatamente, você pretende fazer?

- Criança, um dos poucos momentos que eu tenho pra me divertir é quando os dois velhacos lá embaixo me dão tarefas que envolvam vocês. – Falou enquanto entrava no quarto e começava a procurar por algo.

- Muito interessante, mas velhacos? Sério? Você se dá conta de que vocês três tem praticamente a mesma idade, não é? – Ele parou e me encarou por um minuto com o cenho cruzado.

- De onde você tirou isso? Eu sou anos mais novo que aqueles dois. – Se defendeu e voltou a procurar alguma coisa, parando quando encontrou uma banqueta no closet.

- Se você diz.. – Ri fraco e ele me acompanhou.

Vi Rick pegar a banqueta e um megafone que estava em cima da sua escrivaninha e finalmente se dirigir para o corredor certo, mais precisamente, para o quarto dos gêmeos. O acompanhei, ele me entregou o megafone e entramos no quarto na ponta dos pés. A luz das janelas iluminava um pouco o ambiente. Richard posicionou a banqueta no centro do quarto, embaixo do detector de fumaça.

- Agora, - Ele sussurrou para mim. – Quando ele fizer beep, nós vamos ter cinco segundos pra correr e deixar só esses dois se molharem, okay?

- Okay! – O vi esfregar as mãos uma na outra e as erguer em cima da cabeça. No segundo seguinte, as palmas de suas mãos se acenderam em duas bolas de fogo. O detector deu o sinal e nós saímos de lá tão rápido quanto os sprinklers fizeram chover dentro do quarto.

Enquanto Josh e Noah saíram correndo corredor e escada a baixo, Rick ria igual a uma criança. E do topo da escada ele gritou.

- Isso é por terem colocado minhocas no meu quarto! – O encarei e ele se virou para me olhar com uma expressão vitoriosa no rosto. – Antes de você me julgar e vir com o papo de que “você é o adulto e blá-blá-blá”, saiba que eu tenho fobia de minhocas. – Comecei a gargalhar e Rick seguiu pelo corredor, tirando o megafone das minhas mãos e começando a fazer um escândalo na porta de cada um dos quartos. Eu conseguia ouvir Luke e Sofia lançando mil maldições por todo o barulho enquanto eles tentavam dormir.

No momento que Richard terminou o seu pequeno e barulhento desfile pelo corredor, foi uma chuva de reclamações enquanto cada porta se abria e alguém com uma cara absurda de sono saia de dentro. Ele fez questão de escoltar todos pelo caminho até a cozinha para o café, inclusive Luke e Sof, que exalavam mau humor, mas aparentemente estavam com fome o suficiente para encarar o comecinho do dia dentro das paredes da casa.

A porta do meu quarto não abriu, mas quando Sofia saiu do seu próprio, Emma a acompanhava logo atrás, já fora do pijama e sendo a única com um sorriso no rosto.

Ela andou em minha direção, ajeitando o par de botas nos pés.

- Bom dia! – Emma parou e me abraçou de lado e eu retribuí o gesto. – Obrigada por ter me deixado dormir com você, eu sei que foi idiota eu ter aparecido lá só por causa de um pesadelo. – Ela sussurrou, envergonhada.

- Ei, - A repreendi – Não foi idiota, eu te prometi que estaria do seu lado pra qualquer coisa, lembra? – Ela assentiu e eu sorri – Isso inclui você tendo medinho de dormir sozinha. – Falei brincando, enquanto a envolvia num outro abraço.

- Você é um babaca! – Ela se desvencilhou de mim, rindo. – Mas obrigada, de verdade. – Ganhei um meio sorriso e ela se pôs a andar atrás dos outros.

Luke se encontrava apoiado no corrimão quando andei em sua direção, logo após ver Emma entrar no corredor da cozinha.

- Um dia, você vai ter que contar pra ela como se sente. – Disse, passando o olhar dos degraus para mim. – Sabe disso, não sabe?

- Eu sei.. – Soltei um suspiro sofrido e começamos a descer a escada juntos. – M-mas não agora.

- Dylan, olha pra mim. – Ele apoiou a mão no meu ombro, me fazendo parar e encará-lo. – Em algum lugar dentro de você, existe a coragem e a vontade que precisas pra fazer isso. Então dê um jeito de acha-la e dê esse jeito logo, você não vai ser o único na vida dela pra sempre. 

 

 


Notas Finais


(Música: On Purpose by Sabrina Carpenter)


(Roupa da Emma: https://goo.gl/h1IEEa)

Trailer: https://youtu.be/j7aanXFEnNo (Ativem as legendas!)
Meu twitter: @haveyoumetjacks (Chamem lá, eu sou legalzona, juro!)
Até a próxima, amores! 🌸


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