Capítulo 61
Tinha chegado na casa que reformará para Robert e lá havia encontrado Rowena, sua mãe, queria tê-la esganado ali mesmo entretanto era um demônio de palavra e tinha dito a jovem Winchester que iria conversar com a vadia, então respirou fundo e preparou-se para o inevitável e horror que seria.
- Então Fergus, me disseram que você irá dar um grande passo – A ruiva começou olhando no seu alto desprezo de sempre. – Fiquei curiosa e quero saber o que é?
- Por que esse interesse? Você não tem nada a ver com isso.
- Não seja rude Fergus, ainda sou sua mãe! - Falou com veneno em sua voz.
- Mãe? Você nunca foi mãe! -Acabou se irritando e deixando demonstrar sensações que não queria.
- O que você esperava? Que eu deixasse de lado a minha carreira, para cuidar de você? - Disse como sempre sem mostrar nenhum sentimento, apenas seu habitual escárnio.
- Por que? Por que sempre me odiou? - Perguntou Crowley entre indignado e definitivamente curioso.
- Você quer saber por que? Porque eu era uma camponesa que não sabia nada sobre magia, não sabia quem era de verdade, me apaixonei e amei perdidamente seu pai, mas ele me deixou sozinha, com as coxas sujas de sangue e um recém-nascido e voltou para vida nobre dele, ele me enganou Fergus! - Estava fora de si, era a primeira vez que falava com sinceridade do passado. - Fugi com você e me prometi que nunca mais seria fraca, que nunca mais amaria e isso se estendia a você. Por que amar é fraqueza.
- Mas não ao demônio com quem você se deita não é? - Ele cuspiu, já sabia a tempos sobre o caso da bruxa com Berith.
- Berith? Eu não sei... - Respirou fundo. – Fergus, fui uma péssima mãe, nada vai mudar isso, o melhor que podemos fazer é cada um viver sua vida.
- Tem razão você foi uma vergonha para o título materno, mas nada muda o fato de que ainda é minha mãe mesmo que não tenha querido isso. - Disse o rei.
Ficaram um longo tempo em silêncio, até que Crowley resolve se pronunciar.
- Fiz isso por Robert Singer...
- O pai adotivo dos Winchester? Bem o que quer que diga? Só acho que faz bastante sentido dado seu histórico com mulheres. - Disse a rainha mãe.
- Meu histórico com mulheres? Do que está falando? - O rei inqueriu.
- Da sua primeira e vagabunda esposa e depois dela....
- Tá já chega mãe! - Ele disse. - Você tem razão a mãe de Gavin era uma vagabunda!
- Que seja Fergus. - Ela falou antes de acrescentar sorrindo irônica. - Não vou mentir meu histórico não é muito melhor que o seu.
- Boa sorte com o demônio então, mas ainda preciso dele no inferno.
- Adeus Fergus!
- Até a vista mamãe. - Ele disse e ela sorriu da maneira mais terna que conseguia.
- Até a vista. - Disse ela, nenhum dos dois sabiam o que iria acontecer a partir dali na vida de ambos, mas esperavam que pelo menos houvesse paz entre mãe e filho.
- Então posso te dar uma carona querida? - Perguntou Berith entrando na conversa.
- Claro, chegou bem na hora.
- Não vou te chamar de pai! - Crowley disse.
- Ótimo por que seria embaraçoso, Padrasto Real está ótimo! - Brincou.
- Suma antes que tire seu emprego. - Falou e logo o demônio se zapeou com Rowena dali.
Ele estava saindo da casa quando viu a chegada de alguém bastante conhecido, abriu seu sorriso mais debochado possível.
- Jody, quanto tempo!
Depois do primeiro houve outro beijo tímido da parte de ambos e por mais que estivesse desfrutando de algo tão bom, Michael precisava saber.
- O que está acontecendo? - Perguntou.
- Bem nós nos beijamos.
- Sim, mas isso significa que somos namorados? - Perguntou o Arcanjo que apesar dos incontáveis anos desde a criação, e mesmo que entendesse de muito da humanidade não era possível desvendar algo simples.
- Sim eu acho. - Estava tão confusa quanto ele. - Mas quero que me ouça, entendi que me protegeu, mas podia ter contado.
- Você era uma criança, e se fosse até você, os outros anjos saberiam e alguns de meus irmãos ainda odeiam Dean, Sam e Castiel, porém hoje eles não fariam nada, mas naquela época, coisas terríveis poderiam ter acontecido.
- Entendo. - Sorriu para ele antes de ir ver as irmãs e é claro contar para elas sobre seu namoro. Foi até seu quarto e viu que ambas já estavam acordadas.
- Que foi caíram da cama? - Perguntou com um sorriso que teimava em não querer sair do rosto.
- Eu estava indo levar a Emma para a escola, já que Dean, Cas, Bobby e Sam saíram. - Disse Claire amarrando os tênis.
- E o que houve? – Amy ficou curiosa.
- Bem eles disseram que nada. - Emma falou enquanto conferia a mochila. - Ligaram para avisar que não vão demorar a voltar.
O celular de Emma tocou e ela olhou a mensagem e sorriu, logo respondendo, Claire e Amy lançaram um olhar suspeito para a mais nova.
- Que foi? - Perguntou a jovem amazona.
- Nada. Só essas mensagens que ficam chegando de cinco e cinco minutos e esses seus sorrisos e suspiros. - Claire diz com um tom de brincadeira.
- É só a minha amiga, nada demais. Você fica o tempo todo com Jor! - Disse a de cabelos curtos apontando para Claire. - E você, passa horas babando no Michael - Apontou para a mais velha. - E eu não reclamo, agora que estou só falando com minha amiga vocês. ... quer saber? Eu vou a pé!
- Volta aqui Emma! - Gritou Amy, mas a Winchester continuou andando.
- Nossa, acho que Emma...
- Nem continue Claire, se for isso temos que ver bem direitinho quem é essa menina! - Disse a morena.
- Amy...
- Ela é nossa irmã! - Argumentou.
- Tá bem, mas ela vai ficar com raiva.
- É para o bem dela. – A primogênita disse resoluta.
Por fim ela esperou as irmãs para que a levassem a escola e dentro do carro Amy resolve contar para irmãs o acontecido naquela manhã.
- Você está morta! - Claire e Emma falaram juntas num minuto chocadas e no outro caindo na gargalhada.
- Sei que nossos pais não vão gostar, mas a escolha é minha!
- Talvez seja, mas você sabe que até hoje o Dean ameaça o Jor não é?- Claire perguntou antes de acrescentar. – Parece que procurou algo que possa enfraquece-lo e avisou que está preparado para usar assim que Jor “partir meu coração”.
- Quando papai chegar me preocupo com isso. - Amy disse pensando em como as coisas poderiam acontecer assim que contasse para o pai.
Alex estava cada vez pior e até aquele momento Gabriel não apareceu, Sam já não sabia mais o que fazer.
- Espera! Como não lembrei disso antes! - Bobby disse esperançoso.
- O que?
- A sereia, escolheu um humano, por que queria anular o lado monstruoso da menina e também fazer ela ter uma vida normal, mas para isso a criança precisa da bênção da pessoa que foi traída. – O Singer explicou.
- Como assim? – Castiel perguntou.
- A lenda diz que ela precisa de parte de algo precioso. - Bobby esclareceu.
- Então temos que trazer o Gabriel aqui? - Perguntou Dean.
- Exatamente. – O caçador mais velho confirmou.
Sem dizer nada Samuel sai do quarto de hotel e reza para seu amado.
"Gabriel, sei que o que fiz... sei que você tem toda razão de ficar com raiva, mas quero que saiba que pensei que fosse você... Não é desculpa pois sei que deveria ter percebido antes, deveria ter reconhecido o que faltava na sua cópia... Fui idiota e fiquei alegre de tê-lo de volta que não prestei atenção em mais nada... E por mais que queira seu perdão não irei insistir só quero que saiba que não estou aqui pedindo por mim, estou pedindo para Alex, a criatura inocente que resultou de meu erro estupido, ela é tão pequena... Quero tanto que tenha uma chance de viver... Por favor Gabriel, eu preciso de você! Ela precisa de você! Me puna o quanto quiser e achar necessário mas dê uma chance a Alex? "
Terminou a oração e olhou em volta, não viu nada do Arcanjo, pensou que Gabriel não viria, porém quando entrou no quarto, lá estava o Trickster segurando a pequena em seu colo enquanto uma luz brilhante passava de sua boca para a dela.
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