Capítulo 72
Enquanto uma Amy muito eufórica e alegre abraçava ambos os pais, percebia a distância entre os dois, como se algo estivesse errado, mas a jovem decidiu não tocar no assunto e logo começou sua oração silenciosa para seu amado que não demorou a aparecer ao seu lado, mas ele encarava Dean como se a qualquer momento o Winchester pudesse o torrar em óleo santo.
- Então... - Dean começou meio irritado mas um olhara de seu companheiro o fez continuar. - A primeira coisa é que não quero mais você indo caçar com as meninas. - Amy iria interromper o mais o loiro logo completou. - Só apareça lá em caso de emergência.
- Certo! Mas alguma coisa? - Perguntou o Arcanjo que estava bastante irritado por ter que aturar as ordens de Dean, mas fazia isso por Amy que estava parada ao seu lado.
- Claro que sim. - Disse o mais velho dos Winchester. - Vocês não podem se zapear para longe sem permissão. - Dessa vez até Castiel concordava um pouco com o companheiro, amava seu irmão mas sua filha era mais importante e por mais que quisesse vê-la feliz não conseguia não se preocupar com essas viagens.
- Nós nunca faríamos isso! - Amy mentiu, afinal se lembrava muito bem da vez que Michael a levou para Rio de Janeiro.
- Mas Amy... - Ela interrompeu o amado.
- A praça não é longe Mike! - Disse a jovem Winchester fuzilando o Arcanjo com o olhar, este logo ficou quieto.
- Vocês podem sair, mas não podem chegar tarde. - Ditou Dean.
- Pai só tenho uma pergunta, Claire e Jor estão sob as mesmas regras? - Perguntou Amy, com uma pitada de desafio na voz, não iria aceitar ser controlada desse jeito.
- Claro que sim! - Respondeu o loiro, a jovem iria exigir as mesmas regras da irmã, mas se eram as mesmas, o que poderia fazer?
No fim as regras não eram muitas, entretanto foi extremamente constrangedor passar por aquilo, mas a Winchester mais velha não demorou a ser "liberada" junto com o namorado e assim que saíram Castiel se levantou tão rápido quando a conversa terminou e quando o caçador foi falar com ele, o Serafim já estava virando em direção aos quartos.
O loiro bufou irritado mas foi atrás dele o encontrando no quarto.
- Cas, ainda está com raiva de mim? - Perguntou inquieto não houve nenhuma resposta então Dean suspirou e logo se pôs a falar novamente. - Me desculpa, sei que agi mal, mas não é fácil ver...
- Eu sei Dean, mas nada te dava o direito de agir como... - Dean se aproximou do companheiro.
- Eu sei anjo, mas... só o pensamento de que elas estão crescendo e que as coisas estão fugindo do meu controle... É assustador, só quero manter nossa família, nossos filhos seguros.
- Não precisa se justificar Dean, eu entendo, mas não vou negar que fiquei magoado com a forma que você tratou a Amy e também o meu irmão, isso não foi justo ou certo!
- Não estou me justificando.
- Então o que você está fazendo? - Perguntou o serafim.
- Falando com meu companheiro e meu melhor amigo, como sempre fiz. - Dean sorriu para o anjo que suspirou, para Castiel era impossível ficar com raiva do Homem Justo, mesmo quando este estava sendo um completo idiota.
Dean não falou muito e apenas puxou Castiel para um beijo rápido, não demorou muito para o quarto ser invadido por dois pequenos furacões, que começaram a pular na cama e contar sobre suas brincadeiras.
Alex estava dormindo e Gabriel a observava sorrindo, sua menina o enchia de alegria, a amava demais e estava extremamente contente por ter a oportunidade de ver sua princesa passar pela infância. Estava olhando para seu rostinho lindo e o bebê sorriu em seu sono o que fez um belo par de covinhas surgirem em suas bochechas rosadas, o sorriso tão parecido om o outro pai fez seus pensamentos irem imediatamente para Sam, e só de pensar no Winchester mais alto seu peito deu um aperto doloroso, ama o caçador como jamais amou qualquer um dos seus companheiros passados, mas mesmo que quisesse ainda não estava pronto para perdoa-lo pelo mau julgamento, não aceitava este tipo de relacionamento, nunca aceitou o fato de pessoas se submetem a maus tratos de seus companheiros e de pessoas que diziam amar, pois o amor deveria ser incondicional e caridoso e se não se confia em quem diz ser merecedor de seus afetos é melhor seguir em frente e esquecê-lo, embora não fosse este os rumos que o Trickster queria tomar, sabia que Sam e ele se amavam de verdade entretanto a mania do caçador de se diminuir e inferiorizar o atrapalha de ver a verdade.
- Eu trouxe chocolate quente! - Disse Sam ao entrar no quarto carregando uma tigela de chocolate e biscoitos.
- Não me lembro de ter pedido algo. - Disse de maneira tranquila.
- E não pediu, mais eu queria e então fiz para nós dois. – Sorriu tímido.
- É por que chocolate quente vai mudar tudo não? É como uma borracha adocicada! – Exclamou sarcástico o Arcanjo.
- Não é isso Gabe....
- Olha Sam, estou pedindo só um pouco de espaço... Será que dá para você entender isso ou é pedir demais?
- E eu só estou pedindo uma chance de me explicar! - Disse Sam, olhando Gabriel nos olhos.
- Não preciso de explicações e sim de espaço! - Falou o arcanjo do juízo antes de sumir levando consigo a caneca e os biscoitos afinal chocolate não pode ser desperdiçados.
Ninguém poderia culpar a MorningStar de ser cauteloso afinal quando você passa pelo trauma de quase perder o amor de sua existência, era comum ser um pouco paranoico e isso resultou no arcanjo ligar um pedaço de sua graça à Elizabeth e seu filho. Por isso quando a ligação avisou que seu pequeno estava despertando ás duas da manhã ele caminhou para o quarto, entretanto ao chegar na esquina viu Ariel agarrado a seu lençol indo na ponta dos pés para o quarto de seu primo, tornando-se invisível, Lúcifer seguiu lentamente enquanto o menino abriu a porta e entrou. O Caído ouviu os sussurros das crianças enquanto elas conversavam.
- Que foi? – A voz sonolenta de Daniel indagou.
- Tive um sonho ruim. – Seu filho resmungou. – Um mostro feio queria me pegar.
- Não se preocupe, nada vai machuca-lo! Vem aqui que eu vou te proteger. – O Winchester falou suspendendo a ponta do cobertor para Ariel instalar-se ao seu lado, assim que o Milligan deitou o mais velho começou a murmurar uma canção de ninar que o Arcanjo reconheceu como a que Gabriel cantava aos mais novos. Sorriu para a ternura de sua família e assim que ambos voltaram a dormir rumou para a sala.
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