História Do amor amuleto que eu fiz... - Capítulo oito

Primeira vez na vida que eu dormir ansiosa para acordar haha óbvio tinha um ótimo motivo chamado Ana Paula. Tenho a impressão que sonhei com ela, só não me lembro o que sonhei. Olho meu celular e vejo que são 11h30. Porra as férias não deixa eu ter um horário de café da manhã saudável haha na hora do almoço eu estou tomando café e na hora do café da tarde estou almoçando, não tem como não engordar desse jeito né. Levanto e vou para o banheiro fazer minha higiene pessoal. Desço para "tomar café da manhã" e me socializar um pouco com minha família. Resolvo subir para me arrumar. Subo, para tomar meu banho tranquilamente, lavo meus cabelos e fico pensando em como esse dia vai ser bom, só pelo fato de estar com a Ana. Terminei o banho e coloquei um macaquinho soltinho da cor salmão e com bolsos nas laterais, uma sandália, arrumei meu cabelo e deixei ele solto, peguei meus óculos escuros e estava pronta. Desci e acabei almoçando ainda haha. Antes de sair de casa mandei uma mensagem para a Ana, para saber onde íamos nos encontrar.

Lari: Ana? 

Não demorou muito e ela respondeu

Ana: Oi Lari

Lari: Está pronta? Onde podemos nos encontrar?

Ana: Você pode vim aqui na casa do Gabriel? A gente vai daqui...

Lari: Posso sim. Daqui a pouco estou aí 

A casa do Gabriel era no final da minha rua.

Ana: Beleza. Estou te esperando já

Lari: Certo.

Me despede dos meus pais e sai. Chegando na casa do Gabriel eu à vi, ela já estava no portão me esperando. E nossa! Como ela está linda. Estava usando um short cintura alta, branco com florzinhas e um cropped rosa bebê e uma sapatilha. Tão linda ela, gente ( emoji apaixonado). Ao chegar perto dela falei oi e ela me deu um beijo na bochecha em forma de cumprimento e fomos andando pela cidade. Resolvemos ir a pé mesmo. Era melhor, assim eu ia contando as "histórias" dos lugares pra ela.

- Tá gostando? - perguntei ao chegarmos em uma sorveteria que tinha um dos melhores sorvetes da cidade

- Nossa, estou sim. Amando

- Que bom - falei de verdade e sorri

A moça veio nos atender e fizemos nossos pedidos 

- As aulas voltam daqui a uma semana af. (Emoji com os olhos virados) 

- É eu sei e meu pai ainda não foi buscar minha papelada da escola para poder fazer a matrícula aqui - fiquei surpresa 

- Você vai ficar aqui mesmo? - perguntei empolgada

- Vou sim, mais só eu. Meu irmão vai voltar para São Paulo - poxa... Coitada da Rafa

- Sério? E você vai morar aqui com quem?

- Sério. Ele até queria ficar meu pai que não deixou. Eu vou morar aqui sozinha. Meu pai vai me emancipar. Com condições óbvio. Só vou poder sair com a permissão dele, ele vai pagar todas as minhas despesas e me manter com mesada. 

- Nossa que massa, Ana, já prevejo várias sociais lá no seu apê haha -  falei mesmo por que sou ousada 

- Ah sim, com certeza haha - falou e sorriu 

- E já sabe onde vai morar?

- Já andei vendo uns lugares por aí com meu pai. Porém um só me chamou atenção, me apaixonei por ele de cara. Se você quiser no final da nossa turistada haha eu te levo lá para você conhecer

- Jura? Quero sim. Agora vamos terminar esse sorvete que tem muito que conhecer ainda. E com um tempo também, que você já estiver morando aqui você vai conhecer melhor os lugares 

- Haha sim, já estou acabando o meu 

Tomamos o nossos sorvetes em meio a conversas e risadas. Estamos nos conhecendo mas parece que eu a conheço a anos. Ela é tão tranquila. Me contou um pouquinho da sua vida lá em SP e pareceu bastante agitada. Só estranhei um pouco o fato dela não falar da mãe, não sei se elas moram juntas ou se algo pior aconteceu. Ela não falou e eu não quis perguntar.

- E você quer largar tudo lá em SP mesmo para viver aqui? Nessa micro cidade? - eu perguntando em quanto a gente caminhava

- Quero sim. Não tenho dúvidas. Claro que vou sentir falta daquela loucura e dos meus amigos. Mas aquela cidade só me lembra coisas que eu não quero lembrar - falou isso e sua expressão de feliz e empolgada mudou para tristeza...

- Ei tá tudo bem? - perguntei levantando a cabeça dela. Ela não falou nada. Só balançou a cabeça em sinal que sim. Não sei o por que mais senti uma necessidade imensa de abraçar aquela garota e o fiz. Abracei apertado. Não sabia o que ela estava sentindo. Imaginei que fosse algo triste pela expressão de tristeza. Queria confortar aquela garota. Ela deitou sua cabeça no meu ombro e ficamos assim. Esperei. Queria que ela se sentisse segura para se soltar. Ela foi soltando os braços aos pouquinhos. Quando soltou por completo me olhou e falou

- Obrigada...

- Por nada Ana. Quando precisar eu vou estar aqui sempre que você quiser

- Queria poder acreditar em você - falou tão baixo, quase que um sussurro...

- Oi? - não entendi 

- Nada Lari, esquece... NOSSA QUE LUGAR É ESSE? - ela falando ao chegarmos em um lugar que dá para ver o por do sol perfeitamente e o melhor, quase ninguém vai lá. As pessoas hoje em dia não tem tempo para apreciar as belezas do mundo e de como o universo é maravilhoso.

- Esse é um dos meus lugares preferidos. Na verdade é o único lugar que eu amo estar, venho sempre sozinha

- É o lugar que você falou na praça? 

- Sim. É esse lugar sim. Não é maravilhoso? - já eram por volta das 16h30 da tarde, ou seja, está perto do por do sol...