História Do crime... Para o amor. - Do crime... para o amor.

Natsu on

Eu estava andando pelas ruas, estava bem distraído... Um tanto embriagado... Estava saindo de um bar onde bebia com meus amigos e comemorando o aniversário de Cana... Estava voltando a pé, pois minha casa era bem próxima dali. Mas de repente... Eu notei uma movimentação estranha vindo de um beco. Decidi analisar que estava acontecendo, porque ouvia uma voz feminina abafada. Quando cheguei no lugar... haviam três homens e uma garota. A cena era simplesmente... assustadora. Meu sangue ferveu, como um bom policial... Eu destruí a alegria dos três... Assim que achei uns correntes, peguei e os amarrei num poste. E chamei meus colegas que estavam trabalhando... Até eles chegarem, a menina se encolheu, com frio e vergonha... Chorava muito. Eu retirei meu casaco e coloquei por cima dela... Tentei acalmá-la com palavras... Mas de nada resolveria. O trauma já teria sido ocasionado. Eu só me sentei ao seu lado e fiquei em silêncio. Os policiais que chamei chegaram rápido. Prenderam no flagra os três... E me levaram, junto com ela... Gray a pegou no colo e a levou até a viatura, por notar que se fosse esperar ela parar de chorar e se levantar, demoraria muito. No caminho ela não dizia nenhuma palavra ainda, mas já não chorava mais. Nós fomos levados para a delegacia onde meu pai era o Diretor. Quando chegamos em frente, a menina se recusava a sair do carro... Foi aí que tudo começou a ficar estranho...

-Por favor, saía do carro. Nós precisamos te examinar e também pegar teu depoimento.

???:

-Não pode ser aqui. Aqui não! Por favor! Em qualquer outro lugar...

Natsu:

-Por que não pode ser aqui? Eu trabalho aqui. E te juro que ninguém irá te julgar. Você é a vítima disso tudo. Só tem que entrar e confiar em nós.

???:

-Não dá! Eu não consigo...

Então me toquei oque significava não conseguir, meia parte, pelo menos. Eu pedi que Gray fosse até a recepção e pegasse uma cadeira de rodas. Esse foi... Eu também pedi que os outros se retirassem, para que eu pudesse conversar com ela.

-Oi... Me escuta. Eu sei que tudo que está acontecendo é apavorante... Mas tu precisa acreditar em mim. Eu cheguei lá e prendi os caras. Não fiz?

???:

-Sim...

Natsu:

-Então... Tente... Por você... Confiar, pelo menos, em mim. Eu te prometo que não vou deixar mais nada acontecer com você. Então deixe me apresentar. Me chamo Natsu. Sou um policial também. Não precisa dizer a mim seu nome nem nada. Só me responda que perguntarei agora. Tá bem?

???:

-Sim...

Natsu:

-Obrigado. Então... Desculpa-me a indelicadeza. Você está machucada e por isso não quer sair do carro? Ou tem outra razão?

???:

-Eu... não estou conseguindo andar... E também porque... Eu estou com vergonha... E medo... Do que acontecerá... Quando eu entrar aí.

Natsu:

-Por que...?

???:

-Não posso respondê-lo a isso...

Natsu:

-Tudo bem... Mas me diga. Se eu te acompanhar o tempo todo... Isso aliviará seu medo?

???:

-... talvez... Você disse que trabalha aqui né?

Natsu:

-Sim.

???:

-Então... Talvez realmente ajude... Você pode me prometer, não me deixar sozinha?

Natsu:

-Eu prometo... Agora vamos entrar. E conte tudo que viu... Ok?

???:

-...Ok...

Gray:

-Natsu. Aqui está o que pediu.

Natsu:

-Obrigado. Não se preocupe moça. Eu vou te ajudar... Passe a mão pelo meu pescoço... E tente apoiar a outra mão no banco. O resto eu faço. Pronto... Só mais uma coisa. Outro a quem você pode confiar é nesse policial. Eu conheço ele desde pequeno. Ele é meio rígido... Mas é uma boa pessoa. Ele se chama Gray.

Gray:

-Isso mesmo. Qualquer coisa... Só me chamar. Agora, Natsu, se apresse um pouquinho. Parece que a delegacia está cheia e o chefe precisa de mais dinâmica. Já está tudo pronto esperando pelo seus testemunhos.

Natsu:

-Tudo bem. Já estamos indo.

???:

-Não!

Natsu:

-Que houve?

???:

-Não... quero que ... ninguém me veja...

Natsu:

-Tudo bem... Pegue!

???:

-Primeiro seu casaco... agora seu cachecol...

Natsu:

-Não tem problema. Que importa é tu se sentir mais confortável possível que seja.

???:

-Obrigada...

Entrando, percebi que meu pai estava ocupado na sala dele... Passamos pelo salão direto para a sala do delegado.

Natsu:

-Dr. Delegado Heartfilia. Estamos entrando.

Jude:

-Claro. Entrem.

Gray:

-Com licença. Ficarei na porta vigiando.

Jude:

-Obrigado... Então... Por favor, qual dos dois irá começar a relatar?

Ela ficou quieta e parecia desde que tinha entrado na sala tinha abaixado mais a cabeça... Eu descrevi que vi e fiz... E daí disse que era a vez dela... Só notei que ela começou a chorar ao tomar alguma atitude e essa era tirar o cachecol do rosto... Então eu entendi porque ela queria que fosse em outro lugar... Ela chorava demais...

Jude:

-LUCY?!

Natsu:

-Você disse Lucy...? Quer dizer... a tua...

Lucy:

-...pai...

Natsu: - Isso muda tudo.

Jude:

-EU VOU MATAR AQUELES DESGRAÇADOS!

Natsu:

-Você não pode fazer isso Senhor Heartfilia! Me desculpe por isso! GRAY! Chame meu pai!

Gray:

-Que aconteceu? Oh santo... Entendido!

Eu estava tentando segurar meu chefe, que tinha pego uma arma que estava antes em cima da mesa... Ele se balançava. Sentido não era uma palavra que convinha no seu dicionário no momento. Assim que meu pai chegou, já informado da confusão. Imobilizou o grande loiro descontrolado... E o algemou... Tirando a arma de sua mão. Assim os ânimos se tranquilizaram um pouco... Meu pai resolveu falar...

-Senhorita Lucy Heartfilia... Eu já soube de tudo. Se acalme um pouco... Eu ainda preciso de seu testemunho... Mas há uma lei que diz que não precisa ser na hora, caso a vítima esteja em estado de choque. No seu caso, evidentemente... Não está apta para isso... Pode ir para casa por hoje. Só com o depoimento do Natsu já dá pra prendê-los. Por agora. É isso...

Jude:

-Ela não pode ir pra casa agora...

Igneel:

-Porque não?

Jude:

-Porque ela estava vivendo com o namorado. E eu estou num quarto de um hotel, que está lotado...

Natsu:

-E o seu namorado? Ele não pode vir te buscar?

Lucy:

-Não! Não dá... Eu... não...

Gray:

-Hey... respire devagar...

Igneel:

-Diga tudo que está acontecendo... Você senhor Heartfilia.

Jude:

-Hoje a tarde. Lucy me ligou dizendo que tinha terminado com o Sting... Eu até... cheguei a comemorar... Nunca gostei daquele cara. Lucy estava muito triste... Mesmo assim eu não podia faltar ao serviço... Então ela me perguntou se tinha vaga no hotel que eu estava. E eu pesquisei e recebi a mensagem que estava lotado. Então a disse para procurar durante a tarde... E depois me procurar aqui na delegacia para avisar onde ficaria. Mas pelo jeito... Algo... deu muito... errado nesse trajeto... Eu não consigo... nem olhar pra minha filha. E a culpa é toda minha.

Lucy:

-...pai... Me desculpa... por favor... Eu tentei fugir... Mas eu que fui até eles... Eu sou a culpada!

Jude:

-Mas que droga Lucy! Você tá se desculpando porquê?!

Igneel:

-Se acalmem! Senhorita Lucy... Por favor... Nos relate que aconteceu... Agora precisamos saber... Isso aconteceu, por acaso? Ou não?

Lucy:

-Eu... Eu estava procurando uma pousada, hotel, qualquer coisa... Peguei um número, após tantas chances... De minha agenda telefônica... Eu nem sabia que tinha anotado aquele número ali... Como esse celular é meu, mas antes do Sting... Pensei que ele poderia ter anotado o número... Então... Assim que chamou uma vez... Atenderam e me passaram o endereço. Estava indo lá para ver o quarto... Foi... Foi quando... No beco... onde tinha a porta de saída da pousada... Os ... três... me... disseram... : "Ela veio direitinho... Não é bonitinha?... Faremos uma refeição e tanto com essa aí, antes de acabar com ela."

Lucy começou a chorar muito a partir daí.

Lucy:

-Desculpa... Eu não consigo... Continuar...

Igneel:

-Tudo bem... Você já ajudou bastante... Jude. Se controle! Eu sei que está sentindo! Acho que todos aqui já notamos... E estamos sentindo o mesmo. Mas esse caso se resolverá na lei! E não na força bruta. Entendido?!

Jude:

-...sim senhor...

Igneel:

-Lucy? A senhorita... Tem alguém de confiança, que pode passar a noite?

Lucy só sacudiu a cabeça olhando para baixo... Eu estava com muito ódio daqueles caras... Pior é saber que se não chegasse ali, mesmo depois de tudo que fizeram... Agora a senhorita Lucy, estaria morta...

Igneel:

-O Gray tem sua esposa e filha pequena. Eu estarei muito ocupado aqui nessa delegacia hoje, ainda mais agora. Jude não tem como receber a filha... Jude, Lucy e Natsu... Preciso que escutem a proposta com atenção e que tenha a conscientização de todos. Sabemos que esse crime foi organizado. A Lucy, não está mais procurando apenas por um abrigo para dormir. E sim um lugar seguro. E que não fique sozinha. Teria como eu oferecer proteção a vítima pelo meu filho. Um policial que todos aqui confiamos. Mas como não tem para onde mandá-lo. Hoje farei um pouco diferente. Vocês três aceitam que por hoje, Natsu Dragneel, leve Lucy Heartfilia, para passar a noite em seu apartamento?

Natsu:

-Por mim não tem problema algum. Se esse for o melhor para a senhorita.

Igneel:

-Jude?

Jude:

-Eu confio no senhor... Dragneel. Desde que a Lucy aceite. Acho que será melhor assim. Ela estará segura lá. Mas se você encostar um dedo sequer na minha filha. Eu juro que te mato! E nem a cadeia irá me segurar. Depois de ti vou atrás desses de hoje.

Natsu:

-Com certeza Dr. Heartfilia. Serei de total proteção e lealdade a sua filha e ao senhor.

Igneel:

-Só falta você Lucy. Você aceita a proposta? Se recusar agora. Tentaremos achar outro caminho. Não se preocupe com a resposta. Hoje não foi um dia agradável para ninguém, muito menos você... Por favor... Se sentir-se incomodada com o plano. Pode falar.

Lucy:

-N...N...Não... Tudo ... bem... Eu confio em você... Natsu... Por favor... cuide de mim...

Natsu:

-Pode deixar...

Igneel:

-Natsu... Hoje era seu dia de folga... Não tem problema se vocês quiserem irem pro seu apartamento agora.

Natsu:

-Claro... Com licença. Vamos...?