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História Do I Wanna Know!? - Norminah - This Is a Game With Me?!


Escrita por: FarofeiraHansen

Notas do Autor


Hey Sweets 💕

Demorei!? Esse capítulo pode ser um tanto entediante, mas é extremamente necessário e daqui a um tempo, talvez bastante, irão descobrir. É possivelmente o último do ano, agradeço imensamente por todo o carinho que recebo de vocês, amo cada um que me acompanhou até hoje.

Espero vocês ano que vem, só desejo coisas boas e um perfeito inicio de ano - pois no meu caso 2016 foi um grande desprezo. - não esqueçam que a tia aqui ama vocês.

Enjoy 😊

Capítulo 16 - This Is a Game With Me?!


Fanfic / Fanfiction Do I Wanna Know!? - Norminah - This Is a Game With Me?!


Normani Kordei Hamilton Point Of View
Miami, Flórida, 8 de Abril de 2016.

" Acredite, existem sim pessoas que não buscam beleza, e sim, um coração. "

O sorriso extasiante em meu rosto - no qual bastante reparado ao meu redor - foi a única forma na qual encontrei de afastar-me, ou apenas tentar, de todo o embrulho em meu estomago e receio que corroeu meu corpo. Afinal, mal conhecia senhor Thompson, parecia simpático, bom de papo e de um sorriso encantador para um homem de no máximo quarenta anos, não parecia ter segundas intenções, pois em suas palavras - as mesmas nas quais comentaram o quanto o tecido vermelho do vestido moldou perfeitamente minhas curvas como uma bela obra de arte, o quão belos estavam meus lábios rubros cativavam seus olhos, ou até mesmo meus cabelos devidamente arrumados. - destacavam-se apenas o quanto estava orgulhoso de participar ao evento, que até onde entendi, era algo beneficente.

E também, que minha imagem ao seu lado provocariam muitos relatos na manhã seguinte.

O que não me conformava, era que mesmo em meio a essa bagunça de pensamentos em minha cabeça, algo em especial me conformava a minutos. Minutos esses que passei observando o caminho e o alaranjado dos postes de luz que iluminavam uma pequena parte da estada.

Me sentia péssima por deixar Dinah sem respostas concretas, seus olhos me reprendiam, mesmo que estivesse de costas a sua face, teria que resolver isso, nem com uma mínima mensagem de texto. 

O fato é que não poderia me atrasar, e eu havia esquecido completamente.

 

:- Você beija muito bem. - Comentou risonha. 

O beijo de Dinah era suave, diferente dos agressivos e selvagens típicos dos hormônios a flor da pele na adolescência. Ela tinha um certo contraste, uma mulher feita, um corpo esbelto - afinal, quem não notaria? - e um rosto feminino, referindo-me a inferior a sua idade, não que seja 'adulta' demais, mas aparenta a outros contrastes. 

:- De zero á dez? - Exigi fazendo biquinho ao curvar os lábios.

Próxima de Dinah, poderia agir como uma adolescente idiota, ela não se importaria e muito menos me julgaria por isso. 

:- Sete, só para não inflar seu ego. - Comentou sorrindo enquanto colocava uma mecha de meu cabelo para trás da orelha.

Naquele momento mal nos importávamos pelo céu alaranjado ao sol se pondo por trás de nós. 

:- Então, isso significa que você pretendia me dar uma nota maior? - Perguntei maliciosamente. 

Novamente envolveu minha cintura com seus braços.

:- Depende. - Respondeu fazendo-se de difícil. 

:-Depende do quê? - Percebi o soar de minha voz um tanto rouca. 

:- Depende do quão bom pode ser o próximo beijo. - Beijou meu ombro antes de colar nossas testas. 

:- Quer pagar pra ver? - Provoquei.

Seus olhos cheios daquele brilho malicioso de uma adolescente. Dinah é totalmente espontânea e graciosa, é encantadora. 

:- Quero. - Foi o que respondeu antes de puxar-me para si. 

 

Eu não notei o sorriso bobo em meus lábios até ouvir o soar de um estalar de dedos, só então constatei ser para chamar-me a atenção. Voltando a realidade, deparei com a porta traseira do carro - na qual antes encostada - já aberta. De antes tranquila, tive novamente o embrulho em meu estomago, e infelizmente não eram as tão comuns borboletas ao próxima de Dinah, era receio e medo ao mesmo tempo. Sentindo-me uma criança prestes a perder seu doce favorito, ou em meio a uma tempestade opaca. 

Senhor Thompson, devidamente trajado, estendeu sua mão, um tanto macia, em minha direção. Um ato cavaleiro, embora não me importasse tanto com formalidades. Ao segurar sua mão percebi o grande favor no qual me fez, o vestido dificultava um pouco. 

:- Está pronta milady? - Esboçou um sorriso cafajeste.

Encarei seus belos olhos escuros e sorri de modo provocativo. 

:- Sempre estou, querido. - Pisquei mordendo meus lábios.

Assim sustentando meu olhar sobre o rapaz.

Quando descia do carro, dei um pequeno tropeço fazendo-me quase cair se não fosse os másculos braços - mesmo que desgastados com sua idade, um tanto avançada - envolvendo minha cintura ao traçar a mesma, deixando nossos corpos próximos e eu mais firme sobre o solo. 

:- Hoje não, querida. - Piscou. 

Ele olhava-me de cima a baixo com um sorriso onipotente, um tanto belo de sua parte. - e idade também. Nos afastarmos do carro em passos lentos. Repetia entre sussurros coisas do tipo: "Sem muitas formalidades relacionadas a mim", "Caso sentir-se incomodada avise-me", 'Não dê importância a perguntas petulantes demais". Era como uma rápida lavagem cerebral, na tentativa falha de afetar-me, portanto penas afirmei tediosamente sorrindo fraco em sua direção.

Era um pouco carinhoso de sua parte. 

Adentramos do estabelecimento, que mais parecia um grande centro de eventos, devido ao tamanho e o modo luxuoso de destacar-se. A bela decoração do local deixou-me abismada, era de tirar o fôlego, afinal, era um evento um tanto lucrativo. 

:- O vestido caiu perfeitamente em você. - Disse em baixo tom.

Desviei meu olhar de algumas pessoas aos arredores, todas bem alinhadas e vestidas.

:- Você fica a altura com esse terno. - Sorri minimamente. - Oh, desculpe-me, o senhor... - Abaixei levemente meu olhar um tanto envergonhada.

:- Querido destaca-se melhor, uh!? - Comentou acariciando minha cintura.

O que deduzi transmitir segurança.

Apenas afirmei recebendo um leve beijo sobre minha bochecha, escondendo a expressão de desgosto com um sorriso fraco. 

Em questão de minutos, meus olhos ardiam em meio as flashes, meu maxilar doía ao forçar o sorriso, no qual teria que refletir o mais natural possível. Nunca me imaginei reclamar de um par de salto altos tão rapidamente, não que a grife incomode, ou os detalhes sejam incógnitas. 

:- Provavelmente amanhã teremos nossos rostos em todas as capas de revistas, jornais de fofocas e tudo do gênero, devo admitir. Kordei - elevei meu olhar ao seu. - Eles tem boas fotos nossas. - Sorriu travesso.

:- Não tenho dúvida alguma querido, eu sei disso, acho que metade de meus ex-namorados estão querendo matá-lo por estar comigo. 

Ele riu. 

:- Assim como minha ex-mulher quer te esfolar viva. - Se gabou e reprimi meus lábios. - Estamos quites. - Sorriu irônico e neguei rindo. 

Minhas mãos suavam frio, meus ombros tensos por tantos olhares tortos sobre mim, deixando-me um tanto inferior em meio as pessoas com os narizes empinados e feições esnobes. 

:- Não se intimide. - Comentou enquanto seguíamos a uma área mais reservada do ambiente, ouvíamos uma música desconhecida por mim.

Poderia julgá-la como...Clássica.

Ele apertou-me a cintura fazendo-me remexer em seus braços, um tanto incomodada, mesmo calada em meio a tudo aquilo. Fitei uma mulher que aparentava seus vinte anos, se não, poucos anos à mais, parecia começar uma coletiva, pois a todo momento perguntava algo do interesse de Thompson, que tinha um sorriso largo no rosto e um olhar intenso no brilho de seus olhos. Parecia esbanjar poder, e não era por menos, não conhecia as marcas nas quais patrocinavam o evento, mas tinham pinta de grande importância a todos ali. 

Hora ou outra intercalava meu olhar entre ambos, se não observava a nossa volta. 

:- Como enxerga hoje o business das empresas concorrentes? - Perguntou a de madeixas castanhas, a mulher era um tanto esbelta e simpática.

Ao menos aos meus olhos.

:- Para alguns ainda é uma profissão muito prazerosa, mas para outros, vejo como máquina de ganhar dinheiro. - Comentou gesticulando com sua mão livre, pois ainda segurava firme em minha cintura. 

A mulher sorriu minimo em minha direção e retribui, percebendo o olhar do mais velho sobre mim. O encarei como com quem perguntasse "fiz algo de errado?",  porém o medo fluiu ao perceber o mesmo negar e deixar um leve beijo sobre minha testa. Fechei os olhos aproveitando o singelo ato, e logo voltei-me a mulher, que parecia ler algo em seu bloco de notas. 

:- E por fim, como é a vida "por trás dos holofotes"? - Perguntou sinuando aspas com seus dedos.

:- Hoje em dia já não viajo muito, mas quando estou fora sempre procuro algo longe de qualquer imprevisto tecnológico, ou algo forçado demais, apenas relaxar. - Riu nasalmente e ela concordou sorrindo. - Embora sinta falta desse clima mais urbano. Deixo essas coisas para meu filho. 

As perguntas cessaram e a mulher logo seguiu em direção a mais um casal. Respirei fundo mais tranquila enquanto o mais velho me direcionava conduzindo-me para dentro do evento, não estava muito movimentado no momento, talvez pelas contradições na entrada e as milhares de fotos direcionadas a um simples casal.

Seguimos andando para nossos respectivos lugares, o mais velho cumprimentava pessoas que estavam próximas, talvez as conhecesse bem. Percebia olhares sobre nós, alguns pareciam admirados, outros até mesmo encantados e por fim, a inveja e luxuria subia ao consciente, lançando-me repreensões em particular. Ele puxou a cadeira para mim e agradeci com um simples sorriso, logo me acomodando - embora o vestido dificultasse um tanto.

:- Estamos tão feios assim? - Perguntei em tom de humor, fazendo-o rir. 

:- Pelo contrário, a senhora está admirável, excepcionalmente trajada como uma atriz de Hollywood, tanto que tem umas ali querendo seu pescoço. - Comentou sutilmente. 

Sorri com suas palavras negando a tantos elogios e ele olhou para algumas mulheres aos arredores, algumas nas quais retribuíam ao olhar com outras esperanças. Ele riu nasalmente.

O senhor mantinha sua pose de superioridade, deixando uma de suas grandes mãos sobre minha coxa direita, suspirei percebendo que sem tardarem, o salão foi se enchendo, o que agradeci mentalmente. Estava um tanto enjoada do ambiente ora fumegante, ora sofisticado demais, embora minhas feições nada demonstravam. 

:- Nunca desconfiam quando traz garotas totalmente diferentes? - Comentei em baixo tom, tomando sua atenção. 

Ele riu nasalmente pousando sua taça de champanhe sobre a mesa.

:- Muitos aqui vem com garotas diferentes a cada evento, como algo descartável que você usa e joga fora. - Fiquei pasma com sua resposta e prontamente reprimiu seus lábios. - Calma, eu não faço isso, Camila é a prova, estávamos nessa a alguns meses. - Comentou sorrindo amistosamente.

Suspirei fraca.

:- Ela parece uma criança. - Ele afirmou rindo divertido. 

:- De face? 

:- Mentalidade também. - Encolhi meus ombros rindo.

Tomamos olhares de mais dois casais na mesma mesa na qual nos acomodamos, porém o mais velho de cabelos levemente grisalhos, parecia não se importar. Pensei ter calafrios, ânsias ou até mesmo a vontade de sair correndo no primeiro momento, mas o senhor transmitia uma outra imagem, era simpático e parecia um tanto amigável, em poucos momentos fui percebendo isso.

:- Boa noite a todos, agradeço a presença de cada um, isso é importante para a instituição de caridade. - Peguei minha taça de vinho tinto, elevando aos lábios degustando do sabor. - A partir de hoje, vocês mudarão a vida de milhares de pessoas. - Informou o homem que sorria. 

Todos aplaudiram até o mesmo homem retornar a falar.

:- O primeiro leilão dessa noite será alguém muito especial. 

:- Quem será que deve ser? - Desviei meu olhar a mulher no outro lado da mesa. 

:- Tomara que seja uma mulher bem bonita para fazer meu dia feliz. - Comentou o moreno ao seu lado, recebendo um leve tapa da mulher que deduzi ser sua esposa.

Pousei a taça sobre a mesa e me aconcheguei na cadeira voltando a atenção ao pequeno palco aos fundos. 

:- Tenho a honra de anunciar uma das mulheres mais incríveis que eu conheci a minha vida inteira, ela leiloara seu vestido seu vestido usado em uma das premiações onde foi a primeira mulher à chegar ao topo. - Ouvi breves aplausos um tanto baixos. - Receba ela...Melissa Hastings.

Assim que o simpático homem anunciou o nome do que presumi ser a loira adentrando por uma parte externa do ambiente, os olhos descrentes de Thompson anunciaram algo incomum, ou a presença da mulher, ou algo relacionado a ambos. Engoli em seco apenas ouvindo o soar de alguns assovios e aplausos firmes, que demoraram a cessar. 

Talvez fosse de extrema importância sua presença naquele momento. 

Afinal, pouco me importava. 

A loira - Melissa - abraçou o simpático homem que ainda permanecia no palco, e tomou posto seguidamente indo ao microfone sorrindo em direção a todos, era radiante. 

:- É uma honra estar aqui, este lugar me trás boas recordações e é gratificante saber que eu estou contribuindo um pouco para ajudar as pessoas. - Parecia soar tranquila.

Se estivesse no seu lugar provavelmente estaria acostumada com toda essa exposição, holofotes e tabloides - por mais desinteressantes - aos arredores. 

:- Eu não acredito que ela voltou. - Desviei meu olhar a mesma mulher de minutos atrás. 

O mais velho fez o mesmo. 

Só então percebi o quão esbelta era, e caiu bem o vestido azul turquesa em sua pele clara. - a altura de Lauren, uma amiga de Jane, que até então gostaria de saber o real motivo de ter bom papo a minha Camz. 

Não, isso não pode ser considerado ciúmes. - talvez. 

:- Fiquei sabendo que passou dois meses em Paris. - Prontificou ao meu lado, Thompson. 

Sua mão ainda permanecia sobre minha coxa, enquanto intercalava meu olhar entre ambos devidamente calada.

:- Qual o motivo? - Estasiou em dúvida. 

:- Depressão. - Disse o homem ao seu lado.

Sem antes argumentar apenas assentiu satisfeita. 

:- Hastings realmente é uma mulher surpreendente. - Pois fim ao pequeno assunto.

Isso eu não poderia negar, quando voltei atenção ao palco, tinha um sorriso deslumbrante nos lábios e um olhar intenso. 

:- Bom, vamos começar o leilão, alguém se prontifica!? - Perguntou soando mais duvidosa do que argumentativa. 

:- 20 mil dólares. - Um homem estendeu sua mão ao alto. 

:- 90 mil dólares. - Uma senhora anunciou. 

:- Estamos no caminho certo, aposto que homens desejam parabenizar a esposa com um belo vestido. - Comentou sorridente. -

Garanto que terá algo em troca. - Piscou fazendo poucas risadas soarem no salão. 

:- 300 mil dólares.

:- Homens, aprendam com esse cara, esse faz de tudo pela esposa. - Melissa apontou ao rapaz que sorriu. 

:- 500 mil dólares. - Um jovem anunciou. 

:- Temos um jovem bestante disposto a presentear uma bela mulher, garanto que terá alguém capaz de fazer mais crianças felizes. 

:- 700 mil dólares. - Uma mulher vibrou aos fundos. 

Naquele momento meus pés tornaram-se mais interessante do que qualquer outro momento em minha vida, o tedioso daquele evento estava me consumindo por inteira. Era incrivelmente estranho ver pessoas que esbanjam dinheiro, gastando-o como se fosse algo comum de seu dia a dia. Os seres humanos são dotados de uma natureza tal que não deveriam apenas possuir bens materiais, faz o livre e despojado, aponto de qualquer objeto de valor não mais é o importante ou causa de avareza e inveja.

Não que possuir objetos valiosos seja ruim, tê-los ou não tê-los não é importante. Pois não são os objetos que o homem possui que o torna feliz, mas é como o possui.

Foi o que presumi, quando o sorriso vitorioso de um rapaz se tornou presente ao perambular pelo salão galanteador com uma grande caixa em branco em mãos, que deu a entender ser o vestido. Ele me soava familiar - ou talvez delírio - mas com a ausência de luz em seu rosto ficou difícil de desvendar sua face. 

:- Achei que jamais os veria em um momento como esse, mas vejam só, o destino nos prega peças. - Elevei meu olhar ao palco mais uma vez naquela noite, indaguei vendo Thompson em frente ao microfone arrancando risadas de alguns. - Quero agradecer a todos os colaboradores desse evento, que é de extrema importância para a instituição. 

Novamente os aplausos se tornaram presentes. 

:- Isso também é um grande avanço em minha vida, se posso dizer assim. - Riu nasalmente. - Me sinto lisonjeado por estar presente e por contribuir nem que seja um pouco. - Comentou fazendo uma leve pausa para umedecer seus lábios. - E por fim, agradecer minha companhia na noite de hoje, é crucial no momento, Normani Kordei. - Sorriu em minha direção.

Os aplausos só aumentaram. 

Desvencilhou-se do palco após um pequeno - porém breve - cumprimento a Hastings, como forma de parabeniza-lo. Alguns sussurros inaudíveis próximos - e distantes - e um beijo no rosto. Observei forçando um pequeno - e fraco - sorriso. 

Ele voltou em minha direção deixando um leve abraço em meu corpo e um beijo sobre minha testa.

Talvez querendo passar boa imagem. 

:- Belo discurso senhor otimista. - Zombei do senhor que apenas deu de ombros.

:- Nada a mais que a verdade...querida. - Deu ênfase a devida palavra.

... 

Droga, tenho que parar com esse melodrama adolescente! Sou uma mulher de vinte e cinco anos, e não uma garotinha de quinze. Às vezes, é preciso passar por um choque de realidade e eu agradeço port ser tão desiludida assim, pois, caso contrário, eu estaria bem mais louca por toda essa situação. 

:- O que ira querer beber querida? - Perguntou um tanto sádico. 

:- Suco, por favor. - Pedi gentilmente.

Ele fez careta.

:- Não irá beber nada, Kordei? - Neguei olhando-o. 

:- Já lhe respondi, suco. 

:- Me refiro à álcool. 

:- Não tenho boas lembranças com bebidas. - Comentei.

Ele assentiu e virou-se para o barman, fazendo os respectivos perdidos. Aproveitei a leve ausência e peguei meu celular, conferindo as mensagens recentes. 

" AMIGA, VOCÊ ESTÁ EM TUDO QUANTO É SITE DE MATÉRIAS DESSAS EMPRESAS COM ESSE BOFE ESCANDALOSO. "

" Não tenho fetiche por homens de meia idade, antes que venha me criticar. "

" NÃO ME DIGA QUE BEIJOU AQUELE MONUMENTO? EU VOU QUERER DETALHES. "

" PORQUE NÃO ESTÁ ME RESPONDENDO, SETE PRAGAS DO EGITO?! "

Ri baixo minimamente com as mensagens, questionando a mim mesma se Camila estava sobre efeito de bebida, ou batido com a cabeça antes de pegar seu celular. 

Resolvi respondê-la. 

" Para de ser escandalosa, mulher. Quando eu chegar eu prometo contar tudo, e o pau dele nem deve subir ;-;. XoXo"

Thompson havia ser afastado, deixando-me com a taça do suco ao lado. Conversava animadamente com algumas pessoas de seu conhecimento.

Pouco me importei. 

A elegância e seriedade foi tomada pela fumaça e dentes amarelados à mostra, e não me refiro à nenhum objeto da decoração daquela after party. Mas sim, a quantidade de maconha e cigarro em um misto nada inacreditável saindo pela boca daqueles homens, e até mesmo mulheres.

Esbanjando desgosto, tentei ao menos não inalar aquela fumaça sem que antes caía dura ao chão com algum problema pulmonar. Empresas de publicidade e propaganda, poderia dizer serem marcas ali famosas, se entendesse do assunto, ou melhor, se fizesse certa ideia de onde estava.

:- Aproveitando a after party? - Perguntou a mulher tão bem conhecida por mim, em tão pouco tempo de poucas palavras ao redor daquela mesa. 

Soltei um riso amargo percebendo o quão estúpido isso soava, eu sou tão estúpida. 

Condolências ao meu coração.

:- Sou Michelle Sherwood. - Sorriu amarelo quando neguei apertar sua mão, sinceramente não tinha uma certa noção da forma na qual estava comportando-me a sua frente. - Olha, eu sei o que sente, já estive no seu lugar. - Franzi o cenho. - No início sempre pensei que seria um estrago, mas por fim percebi o quão amigável ele é. - Comentou mirando o que presumi ser seu marido. 

Franzi o cenho. 

:- Não estou em busca de amor. - Elevo o suco a minha boca. - E você é tão inconveniente. - Eu retruquei rindo baixo. 

:- Inconveniência é meu segundo nome, anjo. - Ela piscou bebericando seu champanhe. - E quer saber de outra? - Em modo sonoro indiquei que prosseguisse. - Sempre me imaginei uma das tantas acompanhantes de luxo, que mais podem ser comparadas a prostitutas. 

:- Linguajar e modos não comprovam muito a suas estatísticas. - Pontuei sorrindo em sua direção. 

Oh céus, como sou masoquista. 

:- Mas você pode mudar elas comprovando-me. - Sorriu radiante deixando sua taça sobre a bandeja de um dos garçons que rodeavam o ambiente um tanto movimentado. 

:- Qual seu nome mesmo? 

Ela revirou seus olhos, percebendo minha tentativa súbita de mudança de assunto. 

:- Eu lhe reconheço de algum lugar. - Comentou estreitando seus olhos sobre mim e rapidamente s-enti meu corpo contrair-se. 

:- Bem, dou aulas de dança no centro de Miami. 

:- É professora certo? - Assenti. - Observando um pouco mais, e pelas minhas conclusões, é bem mais bonita pessoalmente, não sei o motivo de minha felicidade súbita nesse momento. - Riu. 

Sorri evitando que perceba a coloração em minhas bochechas.

:- Creio que pelo excesso que bebeu até o momento. 

:- Você repara tanto assim? - Arqueou uma de suas sobrancelhas. 

:- De onde me conhece? 

Ela novamente revirou seus olhos, ri mentalmente ouvindo-a suspirar. 

:- Eu trabalho como organizadora dos eventos do gênero e alguns excessos. - Assenti. - Afinal, recebi o simulado das escolas de dança que participarão ao evento em Los Angeles. 

:- Me conhece pelo nome? - Franzi o cenho.

:- Sou ótima stalker. 

Gargalhei baixo. 

:- Gosta de conhecer a vida alheia. 

:- Os filtros de seu Instagram caem perfeitamente. 

:- Sou ótima com escolhas. - Sorri sarcástica.

:- Como posso ter certeza? - Perguntou sorrindo de canto. 

:- Pergunte a alguém em comum, talvez tenha uma boa resposta. - Evitei rir - ou apenas tentei - quando percebi seu sorriso se desfazendo aos poucos.

Afastei-me deixando o coquetel pela metade sobre a bancada próxima ao balcão. Segui em direção ao banheiro não muito distante, passando em meio a algumas pessoas esbarrando em algumas, desculpando-me com outras, e por fim, cheguei a tempo de conseguir empurrar - e não ficar puxando como uma idiota - a porta. 

Peguei novamente meu celular, precisava conversar com alguém e esvair aquele sensação. Sentei-me sobre o balcão cruzando as pernas, sem me importar se molharia o vestido ou o deixaria marcado com tanto movimento. Respirei fundo encarando o contato tão conhecido por mim e tratei logo de inciar uma ligação. 

Respirei fundo. 

:- Como está se sentindo? - A voz soando me fez suspirar tranquila, e ao mesmo tempo contrair meu abdômen.

:- Nervosa, não como no começo, mas ainda sim nervosa. - Comentei. 

:- Você vai se acostumar aos poucos. - Se bem a conheço, ela estaria sorrindo nesse momento. - Experimenta aquele aquele bege, vai cair bem. - Disse com alguém ao outro lado da linha. Não consegui descobrir quem. - Você está querendo seguir em frente? - Voltou-se a mim.

Ouvi algo similar de uma porta fechando-se. 

:- Pretendo, não é nada incomum, mas sou insegura você sabe e...

:- Vai dar tudo certo. - Se apressou em responder.

Suspirei concordando. 

:- Não será fácil. - Ouvi a morena sussurrar um "não mesmo". Afirmei mesmo que não visse. - Mas, você não comentou nada a ninguém, certo? - Mordisquei meu lábio inferior. 

:- Uma promessa é uma promessa. - Ditou confiante.

:- Mas você é Camila Cabello... - Intriguei manhosa e ela riu. 

:- Eu sou de confiança, você me conhece. 

Deveria estar sorrindo de modo cínico. 

:- Você espalhou pra escola inteira quem era meu Crush na época da sétima série, só não lhe estrangulei pois te amava.

:- Amava? 

:- Só isso que você ouviu? - Revirei os olhos.

:- Chamou atenção. 

Respirei fundo. 

:- Eu amo. 

:- Tanto faz. - Franzi o cenho. - Enquanto a Dinah? Foi bom o suficiente para atrasar-se? - Exigiu levando-e à engolir- em seco.

 :- Sem delírios, Karla. - Ela bufou.

Era nítido como odiava ser tratada pelos eu nome inicial, afinal, muitos a conhecem pelo segundo nome, deixando-a agradecida sempre pronunciando "Camila", ao invés de "Karla".

:- Karla só na cama.

Confesso que não consegui tolerar minha escandalosa gargalhada. 

:- Eu tenho pena de quem te come. - Comentei.

:- Não troque os papéis, Kordei. Seria desmerecimento do meu trabalho. - Ordenou.

Ouvi novamente o barulho similar a uma porta, elevei meu olhar a saída do banheiro, sem movimento algum, portanto indaguei ser ao outro lado da linha, questionando-me e logo dando de ombros e ouvindo passos aproximando-se. Um sussurro de Camila tornou se presente, provavelmente elogiando algo ou alguém.

Parecia entusiasmada. 

:- Não confunda os pensamentos alheios, Karla. - Intriguei rindo baixo de modo inocente. 

:- Você não respondeu minha pergunta. 

:- Eu já disse que te amo. - Revirei os olhos. 

:- Não essa? 

Juntei as sobrancelhas.

:- Qual então? 

:- Foi bom o suficiente para atrasar-se? - Respirei fundo. 

:- Dizer-lhe que ela é incrível, serve? - O silêncio pairou sobre ambos lados, indagando-me. - Camila? - Engoli em seco perguntando após longos segundos.

Um tanto torturantes.

:- Jane ficaria extremamente feliz por isso, Kordei. - Arregalei bruscamente meus olhos, de tal modo afastei o celular de meu ouvido, fitando o ecrã do aparelho telefônico, travei meu maxilar um tanto desacreditada.

Engoli em seco.

Um, duas, três vezes se possível. 

:- Normani? - Não a respondi. 

Isso é um jogo comigo, Karla?

 

" Quando você deseja o bem, o bem te deseja também. " 
 


Notas Finais


O que acharam!? 💕


XoXo 💜💙


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