1. Spirit Fanfics >
  2. Do I Wanna Know!? - Norminah >
  3. Rainbow Of Feelings

História Do I Wanna Know!? - Norminah - Rainbow Of Feelings


Escrita por: FarofeiraHansen

Notas do Autor


Hey Sweets ❣

Quero me desculpar se ficou um tanto pequeno, é terrível escrever pelo celular e não tenho certeza se ficou do tamanho no qual desejava.

Primeiramente: Leia as notas finais
Seguidamente: Primeiramente

Enjoy 😊

Capítulo 18 - Rainbow Of Feelings


Fanfic / Fanfiction Do I Wanna Know!? - Norminah - Rainbow Of Feelings

Normani Kordei Hamilton Point Of View

Miami, Flórida, 12 de Abril de 2016.

" Se o mundo pode lhe mudar. Você também pode mudar o mundo. " 

 

O sol que adentrava pela janela de meu quarto, poderia ser tão monótono quanto o soar do relógio da parede, marcando exatamente nove horas da manhã de uma Quarta-Feira. Terminei de colocar os brincos perolados nos quais não gostava muito, mas hoje seria um dia especial, por mais singelo que seja para muitos aos arredores de Miami.

O evento beneficente que ocorreu no Sábado passado, serviu como fonte de finanças ao Miami Cancer Institute. Thompson negou ir no dia de hoje, queria estar presente para parabenizar - ou ser parabenizado - naquela manhã, mas seus problemas financeiros e envolvidos a seu trabalho vieram a tona. Não irei a questões do evento, apenas por humildade e curiosidade sobre o que acontece aos arredores daquela clínica. 

Afinal não teria trabalho nesse dia, era feriado.

Girei a chave entre os dedos após fechar o apartamento, em questões de dinheiro ainda sofria por preocupação e noites terríveis. Dormir já não era opção para mim muito menos a base de remédios.

Joguei a mesma para dentro de minha pequena bolsa que logo pus sobre meu ombro direito. Pressionei o botão principal que chamaria o elevador para meu andar, a estrutura metálica que até então ainda permanecia o receio de que a qualquer momento estaria correndo risco de vida. Poderia parecer besteira mas eu pensava em várias saídas nesses momentos. Respirei fundo me preparando psicologicamente ao adentrar e deixar meu corpo apoiado no gélido de uma das três paredes assim que as portas se fecharam. Logo estaria no térreo e até então suspiraria aliviada.

:- Bom dia. - Me cumprimentou o porteiro ao destrancar o portão, sorri em agradecimento seguindo em direção a calçada onde se encontrava o Táxi que havia chamado minutos antes.

O clima estava um tanto agradável.

Adentrei ao veículo amarelado e detalhes em preto opaco, me acomodei no banco traseiro após traçar o cinto ao meu corpo. Não tinha uma certa noção da distância, portanto tratei de me distrair com meu celular pois cá entre nós as músicas que soavam por aquele veículo eram menos animadas que meu avô em plena véspera de Ano Novo quando se sentava em sua cadeira de balanço. Me aprontei para checar algumas notificações e mensagens.

Sabe quando você sente seu estômago revirar por receio, ou até mesmo medo!? Eu sabia que era simples timidez, desde muito pequena, mesmo me apresentando a enormes palcos e plateias, sempre tive as bochechas coradas antes de cada apresentação. Já bem dizia Mama Andrea, um tanto antes da doença destruir sua vida - e parte da minha -. Me deixando levar pela timidez, não haveriam amizades duradouros ou até mesmo relacionamentos capazes de fluírem.

 

Fechei a porta de casa sem a certa noção de que o ecoar da estrutura de madeira colidindo a batente seria o suficiente para tomar atenção da mais velha pousada sobre o sofá assistindo seu tão comum programa de culinária. Enxuguei as poucas lágrimas ainda presente jogando minha mochila sobre a poltrona antes de me acomodar ao seu lado.

Ela perceberia a quilômetros de distância.

:- O que houve, querida?! - Perguntou fitando minha face.

:- Nada, mama. - Respondi ríspida encarando a televisão, pareciam ensinar algo similar a uma ceia e Natal, no qual estava próximo e logo iríamos a Texas.

Um lugar um tanto amado por mim.

:- Eu lhe conheço, Bear. - Seus apelidos e chantagens. A fitei rapidamente antes de desviar o olhar. - Quem foi que copiou a cor de seu esmalte essa vez? - Ri nasalmente negando.

:- Hoje ninguém escolheu azul, mama. - Comentei analisando minhas unhas. Ela sabia de minha obsessão pela cor.

:- Então qual delas quebrou!? - Pegou em minhas mãos acariciando com seus polegares as costas das mesmas.

:- Estão em ordem. - Sorri de canto.

:- Então o que aconteceu com minha Bear? - Me puxou para um abraço carinhoso e aconchegante.

Seus braços eram quentes e suas intenções favoráveis a mim. Apoiei minha cabeça em seu peito fechando os olhos ao sentir sua mão esquerda alisar minhas costas enquanto a direta acariciava meus cachos bem definidos naquela tarde fria. 

Suspirei profundamente em resposta.

:- Descobri que irão com o mesmo vestido ao baile da escola. - Funguei. Poderia parecer besteira mas quando se tem doze anos, beleza é algo um tanto disputado no colegial, sem padrões ou classes. - O meu vestido, mama!

Ela riu nasalmente e juntei as sobrancelhas.

:- Seu vestido? - Afirmei manhosa. - E qual o problema nisso!?

Elevei meu olhar ao seu. Ela me citou aguardando uma resposta concreta, entreabri diversas vezes meus lábios tentando dizer algo mas nada saía. Respiro fundo cruzando meus braços um tanto revoltada.

Ela riu.

:- Meu vestido, mama! - Resmunguei franzindo o cenho. - Eu só vou nessa festa se for para brilhar, se não prefiro mofar e frente a lareira bebendo chá de hortelã.

:- Aquilo é menta. - A mais velha corrigiu minhas palavras.

:- Que seja. - Suspirei abaixando o olhar.

:- Normani... - Respirou fundo tomando fôlego e segurando meu maxilar para elevar meus olhos ao castanho dos seus. - Quem tem esses olhos tão brilhantes como os seus?

Movimentei os ombros sem saber a resposta de tal questão.

:- Esses cachos tão bem cuidados sempre antes de dormir? - Colocou uma mecha de meu cabelo para trás da orelha.

:- Eu não sei, mama... - Sussurrei.

:- Esse rosto angelical como o seu?

:- Não sei. - Franzi o cenho. - Quem?

:- Ninguém, Normani, ninguém. - Umedeci meus lábios tentando entender a qual ponto queria chegar. - O que quero dizer é que ninguém pode ser melhor que você, um vestido não é motivo para serem melhor ou ter mais atenção naquela festa. Amigos verdadeiros não se importam com suas vestes ou manias, estarão lá para lhe ver sorrir por mais errada que esteja.  - Abaixei meu olhar. - Olhe para mim. - Rapidamente fitei sua face. - Não se intimide, nunca será tarde demais para recomeçar de outra maneira, timidez lhe levará ao fundo do poço. Não se importe com os comentários sobre seu vestido na festa de amanhã, se importe com o poucos elogios e com o sorriso que você ira dar ao encarar seu reflexo.

Sorri minimamente fechando meus olhos ao sentir seus lábios em minha testa.

:- Eu te amo, mama. - Por mais que minhas pálpebras impedissem, sabia que estava sorrindo.

 

Eu estava trêmula e não sabia o real motivo, já se faziam anos desde que joguei rosas brancas sobre seu caixão, como sinal de luto, todos os anos deixo a forma de sua lápide mais polida e brilhante a luz solar. Durante todo o caminho olhando rua através da janela do veículo, me perdia nos constantes devaneios e pensamentos alheios, se pudesse correria para seus braços calorosos uma última vez, mas era impossível.

Fora o fato de que uma coberta e milhares de travesseiros seria nada bom quando o clima parece esquentar a cada minuto abaixo do sol em meio ao congestionamento de Miami e região.

Encarei o estabelecimento um tanto colorido e decorado, era mediano porém chamativo a novos olhares. Um ambiente desconexo e um tanto esbelto aos meus olhos, deixando-os vivos aos encantos que uma simples parede tonalidade a marcas de pequenas mãos em tinta, de alguma forma me encantava. Retirei da carteira a quantia necessária para pagar a viagem, agradeci e fechei a porta percebendo o veículo amarelado fugir de meu campo de visão.

Estalei os dedos deixando meu casaco de tecido fino entre meu antebraço de forma de que o carregasse sem muitos esforços, apressei meus passos me amaldiçoado mentalmente por ter vindo de salto, foi um tanto controverso e logo teria problemas com meus pés. Relaxei os ombros sentindo o clima refrigerado do ambiente, nada exagerado, porém suficiente, algumas mesas coloridas no que presumi ser a sala de espera, algumas nas folhas e giz de cera de múltiplas dores para diversas funções e atos artísticos dos pequenos que estavam aos arredores. Um grande balcão com duas atendentes que cuidavam das funções em receber e entregar exames, atender telefonemas e afins, as paredes tinham um tom de azul bebê, alguns bichinhos em forma de figurinhas colados na base firme que sustentava o Instituto. 

Sorri admirada pela esplendida decoração do ambiente, me contive em calar meus pensamentos gritantes quando um senhorita de aproximadamente trinta anos, madeixas ruivas e olhos esverdeados - como os de Lauren, pensei - parou a minha frente com um garotinho de madeixas loiras e uma chupeta azulada na boca, ele estava em seus braços finos. 

Sorri minimamente em sua direção.

:- Bom dia, procura por alguém? - Neguei e ela franziu o cenho.

:- Vim conhecer o Instituto.

:- Oh, creio que conheceu através do evento que aconteceu no último sábado. - Afirmei. - Foi crucial para nós. - Sorriu acariciando aa costas do pequeno.

:- Eu imagino. - Sorri encarando o baixinho. - Hey, qual seu nome?

:- Esse é Lucca. - O menor sorriu em minha direção mesmo sonolento.

:- Um nome tão bonito quanto o dono. - Ela riu nasalmente e afirmou. - Seus olhos são lindos, Lucca. - Afinei minha voz para falar de seus olhos esverdeados como os da mulher. - Seu filho? - Elevei meu olhar a ela.

:- Sim, ele gosta da convivência com as outras crianças daqui. - Afirmei sorrindo. - Desculpe não ter uma formalidade a altura e nem uma boa anfitriã mas aqui é tudo corrido e... - Desceu seu olhar a uma garotinha com trajes de princesa e os pés descalços.

Ela tinha curtas madeixas negras e lisas em contraste perfeito a sua pele. - tão branca quanto papel. -  Tentava tomar atenção da mulher ruiva.

Havia também uma cânula em seu nariz.

:- Lucy, como ficou meu desenho? - Perguntou empolgada elevando uma folha A4 com alguns rabiscos.

:- Julie. - Sorriu. - Você fez um lindo...Leão! - Mordiscou seu lábio inferior quando a pequena estreitou seu olhar. - Alien!?

:- Er...

:- O Pé Grande? - Juntou as sobrancelhas.

:- Não! - Indagou e reprimi meus lábios.

:- Me avisa se estiver esquentando. - Murmurou em baixo tom.

:- É você! - Balançou a folha rabiscada no ar.

Ri baixo da cena.

:- Hm... - Observou maiores detalhes.

:- Esse é seu cabelo. - Apontou para uma área alaranjada em círculos, embora os cabelos da mulher fossem completamente lisos.

:- Oh... - Sorriu. - Quando eu fui na escola de cabeleireiro.

:- Yeah... - Resmungou deixando a folha um tanto amassadas nas bordas, sobre uma das mesas coloridas. - Quando você ganha um cupom, não quer dizer que tem que usá-lo.

Quantos anos tinha aquela menina? Seis?!

Ela vasculhou alguns bolsos nos remendos de seu vestido roxo - que mais parecia fantasia - retirando deles um envelope branco com algumas figurinhas e manchas de tintas.

:- Você está convidada para meu chá de bonecas amanhã a tarde. - Estendeu em direção a mais velha.

:- Obrigada - Sorriu agradecida pegando o envelope e guardando no banco traseiro de sua calça jeans. - Como sempre minha presença está confirmada, só não me coloque ao lado do urso Bean, ele se meleca de mel e não usa calças. - Negou rindo.

No mesmo momento não hesitei uma risada nasal. Era incrivelmente fofo a interação de ambas.

:- Julie?

:- Sim? - A garota voltou-se a ruiva.

:- Poderia ajudar... - Me fitou forçando sua visão talvez para lembrar algo.

:- Normani. - Ditei sorrindo.

:- Normani. - Sorriu radiante. - Poderia mostrar os quartos a ela? - A pequena afirmou e só então fitou meus olhos.

:- Vem, é por aqui. - Sorriu timidamente apressando seus passos em direção a um outro compartimento.

Antes de lhe seguir percebi um pequeno cilindro de oxigênio preso a seu quadril, hora ou outra parava para tomar fôlego. Sorri fraco da forma na qual lidava com a doença com simplicidade e um sorriso contagiante.

Mostrando que problema algum poderia parar seus sentimentos e atos.

Acelerei meus passos agora lado a lado a menina de um metro e meio de altura.

:- Aqui ficam os quartos. - Ditou pegando em minha mão direita e entrelaçando seus dedos aos meus.

:- São lindos.

:- O meu é mais. - Afirmou sorrindo.

:- Tenho certeza que sim. - Ri nasalmente.

Paramos em frente à uma porta branca com algumas flores rosadas na parte superior, como os detalhes. Ela estava entreaberta, o quarto era bastante colorido, uma maca espaçosa e alguns aparelhos cardíacos e respiratórios. Porém desligados.

Sobre a maca perfeitamente arrumada, uma garotinha trajada com uma saia de tutu preta, uma meia calça branca detalhada com bolinhas também em preto, sapatilhas da mesma cor. Em seu tronco um moletom combinando e sobre a cabeça - com poucos fios negros - uma tiara.

:- Olá tia. - Ditou em relação a mulher uniformizada com um jaleco branco.

Ela posicionou seu estetoscópio em seu pescoço após ouvir o coração frágil da pequena garota. Apenas deduzi, não tinha certeza.

:- Tudo certo Daisy. - Comentou a garota de expressões abaladas, talvez cansaço. A mais velha olhou em direção ao pequeno corpo de Julie e sorriu. - Olá, pequena.

:- Essa é Norme...Norma... - Coçou a nuca.

:- Normani. - Sorri e ela retribuiu.

:- Normani. - Apontou em minha direção.

:- Prazer em conhecê-la. - Disse esterilizando suas mãos com álcool em gel após retirar as luvas higiênicas. - É a nova voluntária?

:- Não tia, Lucy disse que ela chegará mais tarde.

:- Oh sim. - Sorriu.

:- Vim apenas conhecer. - Comentei sorrindo em direção a pequena ainda deitada sobre a maca. - Hey. - Sorri de forma amigável.

:- Julie, sua mãe estava lhe procurando. - A menor afirmou e saiu correndo pelos corredores nos fazendo rir.

A mais velha guardou alguns de seus equipamentos e utensílios em uma maleta preta. Ela percebeu minha insistência em falar com a garotinha dos olhos castanhos, se aproximou enquanto retirava o jaleco, estava um tanto calor, resolveu arejar o ambiente abrindo as janelas.

:- Daisy não é muito comunicativa. - Suspirou se voltando a nós.

Deixei meu casaco na ponta da maca.

:- O que ela tem? - Curiosa, perguntei.

:- Foi diagnosticada com Leucemia aos oito meses, perdeu as madeixas loiras e o seu sistema imunológico se afetou um pouco. - Afirmei atenta. - Com um ano quando tudo se agravou ela foi deixada com o pai, até onde sei a mãe largou a filha com ele por conta de drogas. - Mordo meu lábio inferior. - Ela está em fase de cura, mas quando realmente estiver alta poderá voltar para casa.

Suspirei.

Era deplorável ver um ser tão frágil sofrendo desde quando ainda nem estimulava cama ou seus primeiros passos. Uma mãe que poderia lhe apoiar deixando-a só.

Isso doía no fundo do meu peito.

:- Isso é terrível. - Comentei.

:- Ela tem recente completara quatro anos, mas não é muito comunicativa.

:- Talvez um trauma. - Ela afirmou.

:- Desculpe Normani, tenho que examinar outra pessoa no bloco D.

:- Tudo bem. - Sorri. - Farei companhia a Daisy. - Desviei meu olhar a garota de poucos sentimentos, analisava suas pequenas mãos enquanto chupava sua chupeta de bichinhos.

:- Ela vai adorar, tenha uma boa sorte com essa pequena.

:- Irei, ao menos vou tentar. - Ri nasalmente e ela afirmou risonha saindo sem fechar a porta.

Me aproximei sentando na ponta da maca observando o pequeno ser de olhar baixo que parecia evitar tudo ao seu redor, como se deu mundo paralelo fosse tão importante quanto qualquer complexo a seu redor.

:- Hey Daisy... - Ela me fitou rapidamente e logo voltou a analisar seus dedos. - Eu sei que pode ser difícil, pequena... - Comentei, até então percebi que tinha apenas seus quatro anos nada falantes, a quem estava tentando enganar?! - Olha... - Segurei em suas mãozinhas e ela elevou seu olhar ao meu. - Suas unhas são lindas...

Ela continuava calada.

Suspirei tomando minha bolsa em mãos, vasculhando a mesma até pegar a necessaire típica para mim - cá entre nós, é bom em muitos momentos. -. Abri o zíper passando a abrir o objeto sobre meu colo, retirando alguns esmaltes e deixando sobre a cama de forma que fosse visível a pequena garota.

De alguma forma aquilo tomou sua atenção.

:- Você gostou? - Ela afirmou sem expressão alguma. - E qual cor você prefere? - A garotinha colocou uma de suas pequenas mãos sobre o queixo como se pensasse na melhor cor a escolher.

Para a pequena nada parecia lhe abalar, mesmo sendo atacada verbalmente ou vítima de risadas e cochichos alheios, - que tenho certeza que ocorrem casualmente - como lidar com os problemas fosse algo extremamente simples de se agir e tentar buscar soluções.

Sutilmente apontou para o de conteúdo azulado. Sorri minimamente guardando os restantes, deixei a necessaire ao canto e retirei os saltos cruzando as pernas em forma de índio ficando frente a frente com a baixinha.

:- Posso? - Ela afirmou colocando suas mãozinhas sobre meus joelhos.

Sorri com tal ato.

Abri o frasco de esmalte entre minhas pernas de forma que ficasse apoiado e não derramasse sobre minha roupa ou o lençol da cama. Sutilmente peguei em sua mão direita deslizando em pinceladas mínimas o pincel com a cor desejada em pequena proporção na ponta.

Ela sorria frouxo mesmo com a chupeta entre os lábios, era visível pelas bolsas por debaixo de seus olhos castanhos.

:- Azul... - Sussurrou e elevei meu olhar ao seu.

Ela encolheu seus ombros abaixando seu olhar. Sorri deixando um casto beijo sobre o topo da sua cabeça percebendo que no mesmo instante fechou seus olhos.

:- É a minha cor favorita. - Ela fitou-me e sorriu de modo cativante fazendo a chupeta cair de sua boca. - Oh... - Me distraí com a forma esbelta de seu sorriso que foi o suficiente para o esmalte do pincel cair sobre minha calça skinny.

Ela gargalhou de tal modo que jogava sua cabeça para trás ao ecoar por todo o quarto, acabei rindo junto da minha própria desgraça. Fechei o vidrinho logo jogando dentro da necessaire ainda aberta.

:- Gosta de estrelas? - Ela assentiu e peguei uma cartela de adesivos para unhas que deixava por lá.

:- Céu. - Comentou em baixo tom e assenti.

:- Elas aparecem todas as noites. - Ditei destacando algumas figurinhas de tal cartela. - Gosta dessas?

:- Yeah. - Sorriu minimamente e em pequenos detalhes comecei a colar sobre suas unhas medianas.

:- Prontinho. - Sorri e ela retribuiu analisando suas unhas, logo apontando a uma parte  parede de seu quarto. - É a mesma cor.

Ela bateu palmas animada e encolheu seus ombros mais uma vez, agora sorrindo abertamente.

:- O que você achou, Daisy? - Perguntei em relação a suas unhas.

:- Daisy gostou Mani. - Comentou, percebi o quão atenciosa poderia ser mesmo calada, sorri pelo apelido e enchi seu rosto de beijos rápidos. Ela riu. - Daisy gostou de Mani também. - Disse se jogando em meus braços, lhe acolhi rapidamente sentindo sua cabeça descansar em meu ombro.

:- Mani também gostou de Daisy. - Sorri por mais simples que eram aquelas palavras.

:- Muito? - Sussurrou contra meu pescoço, sua respiração estava quente e um tanto pesada.

:- Muito, muito e muito! - Ela riu. - Daisy quer dar uma volta? - Ela assentiu.

Desci da cama com seu pequeno corpo em meus braços, calcei os saltos que com toda certeza incomodariam meus pés. Mas eu não me importava.

Deixei-a sentada sobre meu antebraço me deslocando a saída do quarto, conversávamos de forma animada, mesmo de poucas palavras e pronúncias ela se destacava bem ao meu ponto de vista.

:- Mani - Sussurrou e elevei meu olhar ao seu parando em meio ao corredor ao apontar a uma porta a parede a nossa esquerda.

"Ateliê de pintura" - Sorri.

:- Gosta de pintar, pequena? - Ela assentiu.

Hesitei olhando aos arredores procurando por alguém, mordisquei meu lábio inferior me aproximando da porta pintada em branco, por sorte destrancada, adentrei rapidamente fechando-a com auxílio dos pés. Diversas telas de diversos comprimentos e modelos, sem vida ou marcha de tintas, era o que não faltava, tintas de numerosas cores e pincéis de diversos tamanhos. Deixei a pequena firme ao chão que correu em direção a uma tela em suporte, de espessura mediana, me aproximei sutilmente me ajoelhando ao seu lado.

:- O que pensa em fazer? - Ela movimentou seus ombros pensativa. - Então vamos escolher uma cor? - Me fitou e inclinou levemente sua cabeça para o lado. - Azul? - Sorriu animada afirmando freneticamente com a cabeça.

Me levantei caminhando a prateleira de tintas pegando algumas de diversas cores, sem correr o risco de repetir.

:- Você conhece o Arco-Íris? - Ela afirmou encolhendo o melhor pincel aos seus olhos. - Quantas cores ele tem?

:- Muitas... - Comentou voltando-se a tela.

Deixei as tintas ao canto me ajoelhando ao lado da menina, abri lentamente cada potinho deixando a mostra cada cor diversificada e viva. Ela observou atenta pelos diversos tom de azul pincelando em um tom de turquesa.

:- Céu. - Comentou simples deslizando sobre a tela que antes branca.

:- Que tal algumas nuvens? - Ela negou rapidamente. Franzi o cenho com tamanha agilidade. - O que então?

:- Borboleta. - Olhou em volta procurando por alguma cor. - Rosa? - Curvou os lábios em um biquinho extremamente fofo.

Venci a tentação de morde-lo.

:- Vem ver uma coisa. - Comentei pegando um potinho vazio despejando um pouco de tinta azul. Ela sentou-se ao meu lado. - Pega o vermelho? - Ela assentiu logo me estendendo o pote alaranjado. - Não princesa, esse é laranja.

:- Azedo. - Fez careta e eu ri no mesmo momento.

:- É sim. - Apontei ao potinho de tinta vermelha. - É aquele.

:- Vermelho? - Perguntou me entregando o mesmo e desejei a mesma quantia sobre o azul.

Com a ponta oposta do pincel, o que usamos para seus devidos atos. Misturei ambas as cores formulando o roxo, que facilmente visível.

A forma que observava atenta me fascinava. Ela bateu palmas animada ao ver o resultado, automaticamente me peguei sorrindo.

:- Uva. - Apontou.

:- É sim. - Beijei sua testa. - Pode pintar com ela se quiser. - Fitou o potinho que antes vazio agora roxo.

Pincelou a ponta de seu indicador direito, analisando atentamente como se fosse algo desconexo de seu mundinho paralelo. Deslizou sobre minha bochecha rindo divertida.

:- Mani uva! - Disse ainda fazendo tais atos.

Pincelei sem remorso meu dedo sobre a tinta alaranjada deslizando sobre sua testa formando uma linha fina, assim como seus lábios, antes de soltar uma alta gargalhada acompanhada de muitos sentimentos que floresciam em mim.

:- Azedo. - Disse entre risos.

:- Não, você é um doce. - Ela riu mais ainda sem entender o suposto elogio, gargalhamos juntas.

:- Esse é o nosso ateliê. - Ouvi uma voz conhecida soar não muito distante, estava tão distraída que assim como a pequena não percebemos a porta se abrir.

Meu olhar caiu sobre a polinésia ao seu lado, que ao mesmo momento que cruzou seus olhos aos meus entrabriu seus lábios, de tal modo como eu.

:- Hey Daisy.

:- Tia Lucy. - Acenou levemente a mulher que prontamente arregalou seus olhos e por um tempo levei a entender motivo.

:- Ela começou a se pronunciar quando esteve sozinha comigo. - Comentei fazendo a mulher relaxar seus ombros.

:- Isso é ótimo. - Sorriu e me levantei.

:- Seth, querido não vá se sujar. - Ditou a loira observando o pequeno que se aproximava.

:- Hey Seth.

:- Mani! - Batemos um Hi5.

Percebi o olhar enciumado de Diasy sobre nós. Ri mentalmente da típica mania e a tomei em meus braços levantando no mesmo momento.

:- Normani certo? - Afirmei me aproximando. - Essa é nossa nova voluntária. - Em um sinal com a cabeça apontou para Dinah que deixou seu corpo apoiado sobre a perna direita, ela sorriu sem mostrar os dentes. Linda!

:- É um belo ato, Jane. - Sorri.

:- Se conhecem? - Perguntou confusa e afirmamos no mesmo momento.

Daisy enterrou sua cabeça na curvatura do meu pescoço inerte da conversa alheia.

:- Mais do que deveríamos. - A polinésia se pronunciou, rimos baixo e não evitei corar violentamente.

:-  Oh sim. - Sorriu amigável e se direcionou a pequena Daisy que não movia um músculo. - Vamos pequena, daqui a pouco está na hora do almoço.

Ela negou e se agarrou mais ao meu corpo, vulgo pescoço.

:- Vamos Daisy... - Sussurrou perto do ouvido da pequena garota e tentou lhe ter nos braços.

:- Er...Lucy certo? - Dinah perguntou. - Poderíamos sair para almoçar junto a pequena? - Perguntou sem antes receber uma resposta.

Sorri minimamente ao perceber o "poderíamos" sair de sua boca, me envolvendo junto a tal palavra.

:- Bem, creio que uma vez não será problema. - A polinésia assentiu em agradecimento.
 

[ ... ] 

 

:- Mama. - Chamou Seth pela polinésia de mãos dadas ao baixinho.

:- Sim?

Sorri minimamente enquanto prestava atenção nas palavras do garoto e a interação junto a sua mãe, ainda caminhando junto à eles até a sorveteria, onde ao chegar, eu empurrei a grande porta de vidro e o ajudei a entrar. Talvez não seja algo adequado para um almoço, mas resolvi fazer as vontades de pequena Daisy.

:- É errado um homem beijar outro homem? - Perguntou curioso.

:- Claro que não, meu amor.. Um dia no futuro, ou quem sabe até mesmo agora pode ser algo tão comum quanto uma mulher. - Ditou enquanto guiava ele pela sorveteria até uma mesa do canto, puxou a cadeira logo ajudando-o a sentar e então fiz o mesmo em seguida com Daisy, logo nos acomodamos.

Seth, como um menino sonhador que era, - ao menos aparentava - com certeza imaginava coisas de contos de fada. Como por exemplo, ele com um cavalo branco totalmente felizes em busca da vida perfeita. E com certeza  tendo apoio junto a Dinah, sem preconceito das pessoas e tudo maravilhoso.

Mas infelizmente a vida real não é assim.

Observei uma das garçonetes do local vir até nossa mesa, então fiz o pedido que seria o sorvete de limão e um de baunilha para Daisy. Disse ela ser seu favorito.

:- Sorvete de limão para um garota tão doce como você? Uh,algo errado não está certo. - Comentou Dinah de forma divertida, tentando "abafar" aquele assunto por um momento.

Questionou a mim após fazer seu pedido a  garçonete que nos atendia assim que nos sentamos em torno da mesa.

:- Gosto de limão! Isso é certo sim! - Empinei o nariz e ela riu.

Daisy deu de ombros em resposta a uma conversa empolgante com o pequeno Seth, sorrindo doce pra ele.

Observei então o garoto a sua frente, prestando atenção em sua pergunta, que foi feita de forma bem curiosa em questão a Daisy que não se importou em ser questionada a não ter alguns - muitos - de seus fios capilares.

Cruzei as pernas por baixo da mesa, tirando do rosto os fios do cabelo que faziam cócegas no mesmo. Rio baixinho, sorrindo largo, ouvindo a mesma pedir os sorvetes, brincando com meus dedos, inquieta. Ambos optaram por chocolate.

Mãe e filho.

Soltei um baixo suspiro assim que apoiei meus braços sobre a mesa, começando a batucar meus dedos sobre aquele local,voltando a observar ambos logo em seguida.

:- Limão é tão..ugh! - Disse, fazendo uma careta engraçada e rindo divertida.

Paro por um momento de batucar meus dedos na mesa, já que os sons transmitidos estavam me irritando. Dinah conseguia ouvir meus dedos baterem na mesa, de uma forma repetitiva e irritante, talvez se segurando pra não agarrar minha mão, com o rosto virado pra mesa. Suspiro, brincando agora com o negócio de guardanapos.

Rio de tal palavra.

:- Nah...o sorvete e o suco é gostoso. Torta de limão! É bom né? - Digo animada, sentindo seu olhar em mim.

Ela ri baixinho com a suposta animação ao falar sobre meu amor por limão porém fez uma careta. Talvez ela não gostasse muito de limão, deveria comer apenas de vez em nunca alguma comida ou doce que tinha, mas ainda sim não gostar.

:- Limão é horrível. Maracujá é mil vezes melhor. - Deu levemente de ombros,olhando para os lados, observando que o local não estava vazio.

A olho, chocada com o que diz, balançando a cabeça em negação, colocando a mão sob o peito dramaticamente. Maracujá eu só gostava do suco, com bastante açúcar.

:- Limão vence, nem vem!

Ouço os passos da garçonete e o baixo barulho da taça contra mesa, tateando até ter a colher na mão, a ouvindo falar, sorrindo.

Servi a pequena lhe entregando a colher, ela sorriu em forma de agradecimento e logo atacou o sorvete de coloração amarelada ao creme.

Ela gargalhou alto observando as ações incrédulas minhas diante do meu comentário, dei levemente de ombros e antes que eu me pronunciasse, observei a mesma garçonete de mais cedo vir até nós e então deixar sobre a mesa às taças de nossos sorvetes, pois havia trago apenas os dos pequenos.

Balancei a cabeça em agradecimento e a vi se retirar.

:- Maracujá que vence!

Disse desafiadora, mostrando a língua para mim em seguida, ri baixinho e então peguei a colher para logo me servir com um pouco de meu sorvete, soltando um novo suspiro em seguida. Passei a língua entre os lábios, após ter comido um pouco mais de meu sorvete, que aliás estava ótimo. Peguei um guardanapo que ficava sobre a mesa e coloquei delicadamente sobre minha boca.

:- Eu não vou experimentar esse sorvete azedo! - Fez pela milésima vez uma careta nada agradável, observando que eu havia pego um pouco de meu sorvete na colher e então estava trazendo a mesma na direção de seu rosto.

Rendida, ela abriu a boca esperando receber o sorvete, porém provavelmente perdi o controle e derrubei na mesa. Junto a mim, Daisy e Seth deram um gritinho animado, enquanto Dinah ria por não mais ser torturada, peguei mais guardanapos e então passei na mesa para limpá-la.

:- Viu só? É o destino. Eu não gosto desse sorvete e ele não gosta de mim. - Comentou risonha. Gargalhou balançando a cabeça em negação, fazendo um biquinho emburrado nos lábios enquanto enchia novamente a colher de sorvete e o comia, deixando a colher na boca, soltando, balançando a mesma com a língua. - Vofê em e eperimentar... -  Disse, rindo da minha própria idiotice, tirando a colher da boca e a deixando na taça, passando a mão pela mesa até achar os guardanapos, pegando um e passando pela minha boca, que estava melada de sorvete.

Gargalhei alto das ações infantis do mulher ao auge de seus vinte anos ou até mais, atraindo atenção de algumas pessoas ao nosso redor, apenas dei levemente de ombros e voltei a comer meu sorvete que faltava pouco para acabar.

Dinah tinha um espírito infantil, certeza que assistia Rei Leão debaixo das cobertas em uma tarde fria. Ainda chorar no final. Sorriu envergonhada, sentindo vários olhares sendo direcionados à mim, mordendo o lábio inferior e me encolhendo, brincando com o pedaço de guardanapo que havia pegado pra limpar minha boca, o largando sobre a mesa.

Bipolar ao extremo.

:- Você ainda vai dizer que limão é gostoso, anota o que eu estou dizendo! - Digo de forma convencida, comendo o que restava do meu sorvete, empurrando a taça um pouquinho assim que termino.

:- Nunca! Limão é horrível. - Mostrou a língua para mim, mesmo sabendo que eu não veria por estar atenta a Daisy.

Negou com a cabeça e empurrou a taça do seu sorvete sobre a mesa assim que havia terminado.

:- Nem pela sua amiga maravilhosa preferida?! - Brinquei fazendo uma carinha fofa, ou ao menos tentando fazer uma carinha para a convencer.

Elevei minhas sobrancelhas para o pedido dele e garalhei baixo, negando com a cabeça, as crianças estavam um tanto atentas em nós.

:- Mesmo que eu te ame muito, mas não. - Observei uma outra garçonete vir até nossa mesa e então retirar às taças vazias, fazendo eu balançar a cabeça em agradecimento, logo voltando minha atenção a Dinah.

Ao ouvi rir do seu pedido, cruzei os braços emburrada, mostrando a língua em sua direção, ainda risonha por nada daquilo ser sério.

:- Okay, você venceu, nada de sorvete de limão. Apenas torta. - Soltei uma risadinha.

Negou com a cabeça novamente com tudo aquilo e soltei uma baixa risada.

:- Nem torta e nem nada. Qualquer coisa que tenha limão é horrível. - Bufou com os lábios por causa da minha insistência, mesmo sabendo que era brincadeira.

:- Desisto de você, Dinah! - Ditei fingindo irritação, ainda de braços cruzados com um biquinho nos lábios.

:- Mama podemos blincar? - Seth chamou atenção da loira e apontou em direção a área externa do departamento.

Ela afirmou e ambos saíram animados em direção a onde desejavam enquanto observamos atentas

:- Você seria uma ótima mãe. - Ditou e sorri tímida agradecendo ao balbuciar.

 

[ ... ]

 

:- Você... hm... como foi seu primeiro beijo? - Perguntou simples.

Okay, sugerir mudar de assunto não foi uma boa ideia. Estávamos ali a pelo menos uma hora, conversando sem ver o tempo passar.

:- Uh..meu primeiro beijo? Bem, foi com minha primeira namorada, logicamente ou não, no primeiro ano do colegial. Foi normal. Estávamos no banheiro conversando, então ela me beijou. - Sorri meio envergonhada porém animada,ao contar todas aquelas coisas à ela.

Ás vezes era bom relembrar do passado.

:- Então Kordei curte meninas? - Ironizou.

:- Criei pavor a hétero após meu último término.

Gargalhou.

:- Então devo sair? - Franzi o cenho. - Eu já fui. - Deu de ombros analisando suas unhas com as mãos sobre a mesa.

:- Abrirei uma exceção. - Ela riu e afirmou sorridente.

:-  E...sua primeira vez foi com ela também? -  Suas bochechas se avermelharam pela pergunta, abaixando o rosto, completamente envergonhada.

Sim, foi uma péssima ideia.

Por um momento eu quase me engasguei com a saliva diante da pergunta dela tossindo compulsivamente, mas logo me permiti recompor-me.

:- Uh.. Sim, foi com ela. Foi bem especial também. Ela era a pessoa mais carinhosa do mundo... - Sorri fracamente,novamente lembrando do passado, então suspirei baixo.

Muitas coisas haviam mudado.

:- Nem quero imaginar como.. .hm.. .funciona isso, que estranho. - Gargalhou tendo algumas imagens estranhas ao tentar imaginar, não muito agradável creio eu. Deduzi ao encarar o horizonte e fazer algumas carretas horrendas.

:- Como se você fosse virgem. - Ironizei tediosamente.

:- Queria... Para dar minha florzinha de forma especial. - Bato de leve em seu antebraço ela riu alisando a área avermelhada.

O local mudou rapidamente, as risadas e conversas altas de crianças foram substituídas por um silêncio e um leve frio, percebendo que havíamos finalmente chegado ao fim do assunto.

Ou não.

 Surpreendendo-se ao ouvir meu suspiro, um tanto desanimado, me arrependendo de ter tocado no assunto.

:- Me desculpe por chegar à esse ponto do assunto, eu não queria que ficasse chateada com essas lembranças e er...

:- Tudo bem. Ela era uma pessoa muito rígida e complicada, estava sempre arranjando briga por coisas bobas.. Eu, uh, vou superar um dia.

Estiquei meu braço por cima da mesa até o rosto dela, ri baixo apertando a pontinha de seu nariz e logo voltei a me sentar corretamente sobre a cadeira.

:- Nem pelo seu filho maravilhoso preferido?!

Novamente percebi suas bochechas esquentarem ao ouvir o que digo sentindo o aperto em seu nariz, fingindo que iria morder meus dedos.

:- Uh, vamos buscar as crianças, talvez a tal de Lucy esteja preocupada. - Assentiu concordando.

Afastei a cadeira para me levantar em seguida, me aproximei dela e a esperei. Assim que já havia chego no caixa, retirei de meu bolso de trás já uma quantia separada para essa ocasião e paguei à atendente, sorrindo agradecida e voltando a guiá-la para a área externa daquele local.

Mesmo ouvindo-a reclamar pois queria ter pago. Nota mental, Dinah poderia ser mais barrenta que muita criança por aí.

:- E se não aceitar, vou voltar pra casa e comer pizza, eu vou ouvir Lana Del rey, chorar até ficar desnutrido e morrer! - Dramatizo, voltando as mãos no bolso do moletom quando neguei seu dinheiro.

Ajustei o óculos de sol em meu rosto.

Me apoiei na batente de uma grande porta envidraçada observando os pequenos se divertindo em um grande tobogã com destino a uma grande piscina de bolinhas. Era possível enxergar a felicidade na expressões de Daisy e seus lábios curvados mordendo os dentes perfeitamente brancos.

:- Deveríamos esperar um pouco? - Perguntei elevando meu olhar a loira ao lado.

Observava sorrindo.

:- Claro, Bear.

Ouço ela me chamar da mesma forma que minha primogênita me chamava. Por um momento fiquei confusa, não sabendo realmente por quê ou ao que ela tinha associado isso. Não evito rir baixinho, não ligando pro apelido que era muito fofo, afinal. Eu realmente queria ficar ali pra sempre, em meio a um clima agradável ao seu lado.

Eu apenas queria esquecer tudo ao nosso redor e concentrar apenas nela, já que ela estava ali, depois de tanto tempo - dias - . Minhas bochechas ainda estavam coradas sem motivos e meu coração batia tão acelerado que eu não sabia se me assustava ou se apreciava. Queria tanto poder o ver agora, ver suas reações, seus traços, seu sorriso...

Direciono minha atenção aos pequenos na última parte, sorrindo envergonhado, abaixando o rosto ao sentir seus dedos tocarem levemente os meus, mordendo o lábio inferior. Lentamente deixei meus dedos deslizarem sob os seus, acariciando os mesmos assim como sua mão, entrelaçando nossos dedos.

Sua mão era quase o dobro da minha.

Dinah era tão fofa quando falava as palavras rápido demais, ou gaguejava. Eu estava tentando me esforçar pra não ficar com uma cara de tonta, mas estava difícil com ele daquele jeito. Quando ela vira pra mim, observo seu sorriso, não hesitando em sorrir também. O sorriso daquele garoto era contagioso, e eu adorava aquilo.

Ela tinha algum efeito sobre mim.

Era horrível admitir aquilo, mas uma parte era verdade. Eu só não sabia o motivo disso. Enfim, agora eu tenho outras coisas pra pensar, pensar nos problemas e solúveis, matar as saudades e ficar o observando só pra ver o quanto ela é linda. E sim, eu gostava de fazer isso.

Algumas pessoas que passavam ao redor de nós pareciam estar curiosas, pois cochichavam algumas coisas que eu não consegui entender. Bom, Dinah é uma boa amiga, e eu não vou simplesmente o soltar de meus pensamentos porque pessoas que eu não tenho a mínima ideia de quem são estão falando de nós.

Pra falar a verdade, eu não estava com muita vontade de ficar no meio do barulho, com um monte de gente que eu não conheço e tal. Mas em sua presença esquecia qualquer coisa ao meu redor.

:- Normani? - Sussurrou e rapidamente me voltei a loira desviando a atenção dos baixinhos.

Só pude sentir seus lábios nos meus.
 

Nada a mais, nada a menos.

 


Notas Finais


Desculpe qualquer erro.

O que acharam!? 💕

Bem, lá vem o drama. Mindira, só queria uma opinião mesmo. Bem, quando uma das minhas Fanfics terminarem, o que vai demorar a acontecer, irei iniciar outra, porém pensei em algo "diferente", pois o comum são Camren e Norminah, queria saber se apoiam Fanfics tipo Laurmani, ou Caminah...Qualquer shipper (Fifth Harmony) é bem vindo! 😊

Ps: Ally também inclue, não é porque é de Deus que não pode participar do sapabonde.

XoXo💙💜


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...