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História Do I Wanna Know!? - Norminah - It's Not Just Red Roses


Escrita por: FarofeiraHansen

Notas do Autor


Hey Sweets♡

I'M BACK, BITCHES ~ Lóren's Voice ~

GENTE VOCÊS NÃO TEM NOÇÃO kskksks eu me engasguei com meus toddynhos da vida lendo os comentários do capítulo anterior ksksks GZUIS...Qual o problema em querer me matar? Eu hein, fiz nada não.

MAS AINDA AMO VOCÊS!

Enjoy 😘

Capítulo 38 - It's Not Just Red Roses


Fanfic / Fanfiction Do I Wanna Know!? - Norminah - It's Not Just Red Roses

Normani Kordei Hamilton Point Of View
Miami, Flórida, 18 de Maio de 2016.

" Ir embora nem sempre é ruim. "

 

 

Ah se ela soubesse quantas vezes eu leio e releio nossas conversas. Ficar com alguém por medo da solidão é solitário duas vezes. Pode chover no lado de fora, mas o frio se instalou aqui dentro. Ela não percebe e eu não demonstro, e continuamos assim, fingindo que não sentimos exatamente nada. Atrações físicas são comuns, conexões mentais são raras.

Ficamos nessa "podia isso", "podia aquilo". Se pudesse mesmo já havia de feito. Algo sempre nos bloqueia...Às vezes nós mesmos. 

A tristeza tem sempre uma esperança de um dia não ser mais triste. E preciso parar de sentir falta de quem não sente nada por mim.

Desistir, ainda que não pareça, foi meu grande gesto de coragem.

Encarei o teto esbranquiçado tentando criar forças para me levantar daquele estofado e finalmente atender a quem de forma repentina tocava a campainha. Suspirei desviando meus olhos a porta branca devidamente fechada, elevei meus braços acima da cabeça me espreguiçando por completo enquanto um grunhido por satisfação escapava por minha boca, novamente o irritante soar da campainha ecoando pelo cômodo. Estava cogitando a ideia de Ally esquecer algo, mas já havia saído a um bom tempo, pensava então ser Camila com sua constante ideia de me atormentar todas as tardes. Revirei meus olhos me levantando rapidamente arrumando o blusão branco de um time qualquer de futebol americano e mangas curtas encobrindo meu corpo até metade das coxas, avancei meus passos a porta girando a chave contra a maçaneta podendo ouvir o 'click' e por fim abrir a estrutura amadeirada.

:- O que esqueceu dessa... - Encarei o corpo másculo e moreno a minha frente fazendo minhas expressões se tornarem confusas. - Wow...Thomas?

:- Em carne e osso. - Riu com as mãos nos bolsos. Sem roupas sociais. Isso estava estranho, muito estranho.

Apoiei meu corpo - percebendo seu olhar cair sobre o mesmo - na batente da porta cruzando meus braços abaixo dos seios dando mais volume a eles.

:- Posso ajudar em alguma coisa? - Chamei sua atenção.

:- Uh, bem, eu precisava conversar um pouco e... - Coçou a nuca transparecendo nervosismo.

:- Entra aí. - Fiz um sinal com a mão cedendo passagem. Aceitou adentrando e fechei a porta no minuto seguinte. - Então... Aceita algo? - Sentei sobre o braço do sofá o observando ainda em pé. - Sem formalidades, senta aí. - Apontei com a cabeça em direção ao sofá e assim fez.

:- No momento não. - Suspirou olhando aos arredores.

:- Então...

:- É sobre aquele contrato. - Foi direto ao ponto.

:- Ah, não posso aceitar.

:- Por...?

:- Eu tenho as crianças. - Passei a ponta da língua sobre meus lábios deixando-os menos ressecados. - E um campeonato próximo no mês que vem. É importante para fim.

:- Eu imagino. - Estalou seus dedos. No momento tinha suas mãos livres dos apertados bolsos. - Mas são poucas noites.

:- Não quero que isso se torne um vício.

:- É apenas dança, Normani. - Insistiu.

:- Mas para homens visivelmente excitados por um simples corpo seminu. Como vou saber o momento que algum deles pode vir a subir no palco e me tocar?

:- É praticamente impossível. Temos normas por lá, são rígidos.

:- Ninguém segue regras quando sob efeito do álcool. - Bufei.

:- Isso seria um não?

:- Talvez. - Dei de ombros.

:- Mas me diga.

:- O que exatamente? - O fitei.

:- Se aquelas crianças são tão adoradas por você, o que faz longe delas nesse horário? - Arqueou uma de suas sobrancelhas.

:- Eu acordei não me sentindo muito bem, desmarquei minhas aulas de hoje enquanto Ally me fazia companhia. Logo ela volta. - Engoli em seco.

:- Está melhor agora?

:- Ah...Prosseguindo. - Suspirei sorrindo de modo fraco. - E o que faz longe da empresa? - Deslizei minhas coxas sobre o estofado podendo sentar sobre o mesmo ao seu lado.

:- Dinah deu uma brecha e aproveitei já que não vou levar advertência. - Comentou simples.

:- Isso é estupidez. - Comentei e o maior posicionou seu indicador em frente aos meus lábios indicando silêncio de minha parte.

:- Inteligente também. - Piscou e revirei meus olhos sentindo meu estômago embrulhar mais uma vez naquele início de tarde.

:- Pensarei no seu caso. - Encarei a televisão rapidamente antes de analisar minhas unhas com o esmalte descascando aos poucos. 

:- Os Vingadores ou X-Men? - Elevei meu olhar ao seu como com quem o questionasse silenciosamente. - Como nos velhos tempos...

:- Uh... - Estalei a língua. - Não tão velhos assim, cá entre nós.

:- Talvez. - Deu de ombros rindo.

:- Você sabe que sempre irei escolher Um Amor Para Recordar. - Respondi a tal questão vendo-o revirar seus olhos negros.

:- Nunca muda não é mesmo?

:- Exatamente. - Me acomodei no sofá lhe entregando o controle.

:- Sério mesmo? - Bufou. - Você sabe as falas de cór!

:- Por favor. - Fiz uma expressão pidona e o mais velho bufou se rendendo. Tornei meu celular em mãos.

Incontáveis mensagens de Ally, olhando por esse lado ninguém acreditaria que esteve naquele apartamento a pelo menos meia hora. Relaxei meus ombros, não estava totalmente bem, mas nada que não pudesse controlar sozinha. Minhas expressões se suavizaram por um momento quando me deparei com Thomas encarando minha face, olhei em volta desviando aquela atenção.

Mordisquei meus lábios em nervoso.

Embora se passaram anos, Thomas ainda tinha aquele olhar intimidador, bem, não sabia ao certo quais sentimentos floresceram naquela época, mas jamais queria voltar a uma ocasião daquelas. E veja onde estamos. Ironia não!?

Observei a movimentação sobre o sofá observando o mais velho virado em minha direção, o encarei nos olhos cedendo aquela tensão enquanto ainda tinha meu lábio inferior preso entre os dentes e um suspiro que insistia em escapar.

:- Tem certeza que está tudo bem? - Perguntou de fato soando preocupado. Desde quando se importava!?

:- Sim, uma hora passa. - Dei de ombros engolindo em seco.

:- Parece abatida.

:- É que não consegui dormir muito bem essa noite. - O encarei fixamente sentindo um leve calafrio subir por minha espinha. 

:- Entendi. - Suspirou vencido.

Abaixei meu olhar suspirando de fato estava era preocupada o suficiente com algo, digo, alguém que nem ao menos se importava. Mas era doloroso sabe? Tento prosseguir e parece progredir. Mas sempre tem um porém.

Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura. Cada um de nós é uma lua e tem um lado negro que não mostra a ninguém.

Me despertei sentindo a forte respiração quente colidindo contra minha face, pisquei em alguns momentos rápidos tentando cair na real, franzi o cenho quando senti seus lábios entrando em contanto com os meus. Tentei virar meu rosto mas parecia haver alguma força interior que mantinha nossos lábios colados um ao outro. E porque diabos estava retribuindo? Desfrutando dos lábios que a anos mal se abriam para cumprimentar-me agora colados aos meus em um beijo calmo mas transmitindo...desejo?

Essa não era eu.

Suspirei contra sua boca sentindo aquele atrito ao virar minha face e seus lábios tocarem minha bochecha carinhosamente. Mantive meus olhos fechados enquanto suspirava tentando recompor o pouco de fôlego que havia perdido, encarei seu semblante com um sorriso vencedor e neguei o empurrando para trás, naquele momento já estava deitada com seu corpo sobre o meu. Hesitei o fato de vestir apenas um blusão que naquela altura já estava em minha cintura, o abaixei pela barra rapidamente me sentando no sofá se não fosse suas mãos ágeis atacarem minha barriga. Dei uma risada fraca caindo para trás novamente.

:- Corta essa, Normani. - Murmurou enquanto aumentava a proporção de cócegas contra meu abdômen deixando com que minha gargalhada soasse um tanto alta.

:- Pa-ra. - Resmunguei rindo tentando prender seus pulsos. - Pa-ra Th-o-ma-as... - Gargalho me debatendo contra o sofá tentando me desvencilhar daquela 'tortura'.

:- Faça por merecer. - Elevei minhas mãos por seus braços desnudos pela camiseta regata tentando o empurrar pelos ombros mas contra isso deslizaram por seus ante braços arranhando com certa força.

Acredito que isso tenha feito-o se afastar bruscamente. Me sentei cruzando as pernas o encarando com os olhos levemente arregalados.

:- Desculpa se machucou eu posso cuidar disso, eu realmente não... 

:- Normani. - Me chacoalhou pelos ombros e riu baixinho. - Está tudo bem. - Sorriu acolhedor e suspirei relaxando meus músculos.

:- Ainda quer assistir ao filme? - Passei a ponta da língua sobre meus lábios. Aquele clima em Miami piorava minha situação.

:- Comédias românticas?

:- Melhor do que muito filme por aí. - Empinei o nariz e ele riu.

:- Okay então. - Concordou.

:- Vou na cozinha preparar alguma coisa. - Passei as mãos pelos cabelos tentando os arrumar rapidamente. Acredito que não tenha funcionado muito.

:- Ajuda?

:- Sim ou claro? - Levantei e ele riu fazendo o mesmo.

Seguimos então para o cômodo próximo, mordia meus lábios simultâneas vezes a ponto de os deixar alterados. Suspirei olhando em volta antes de fitar o mais velho. Me desvencilhei podendo alcançar o armário na ponta dos pés pegando um pacote de milho para pipoca e óleo de cozinha. Thomas se apressou em pegar uma panela e deixar sobre o fogão, liguei a chama em uma temperatura mais baixa enquanto despejava certa quantidade de azeite e milho dentro do compartimento. Sorri satisfeita com o tempo melhorava na cozinha. Fechei com a tampa e um suspiro sobressaiu em meio aquele silêncio torturante.

Talvez não precisaria mais de Ally para certas coisas. - Ri mentalmente dando de ombros. Não me importava muito.

:- Com o tempo aprende. - Comentou Thomas enquanto me desvencilhava podendo ligar a torneira da cozinha e tirar um tanto de óleo que havia respingado entre meus dedos.

:- Não fode, Hansen. - Resmunguei entre dentes e ele riu.

:- Ficou bravinha é? - Me encarou e joguei água em sua direção.

:- Oops... - Tornei um pano de prato em mãos secando-as com calma rindo de sua expressão de desgosto. Devido ao tecido branco ficava cada vez mais transparente em eu peito e tronco.

:- Se importa se... - Fez sinal em retirar a peça de roupa e neguei, assim o fez deixando sobre uma das banquetas próxima ao balcão. 

E aos poucos o soar do milho estourando contra o óleo se fazia presente. E no soar de cada um deles, a campainha se fez presente chamando nossa atenção. Franzi o cenho encarando a porta por cima de meus ombros antes de fitar o relógio na parede marcando um pouco mais das três da tarde.

:- Está esperando alguém? - Me fitou trincando a mandíbula.

:- Não. Se nem ao menos esperava você, não faço ideia de quem seja. - Coloquei o pano de prato em seu suporte quando as mãos já secas. - Ou seja apenas Ally.

:- Uh...

:- Pode atender? - O encarei antes de fitar a panela ainda em fogo baixo. - Enquanto eu cuido aqui. - Assentiu.

:- Okay. - Foi o que disse antes de sair.

Estranhei mas preferi não me importar. Abri novamente alguns dos compartimentos do armário podendo pegar uma caixinha de leite condensado, abri a gaveta de talheres encontrando um tesoura podendo fazir um pequeno corte e assim abrir a caixinha em mãos. A apoiei sobre a pia diminuindo um pouco mais a chama do fogão. Thomas parecia conversar rapidamente com a suposta pessoa por trás da porta, então era alguém de sua coincidência. Estranhei mais ainda pensando em algumas hipóteses, dei a volta na bancada podendo me aproximar mais do moreno.

Devido a distância na qual antes me encontrava não conseguia ouvir com certa clareza.

:- Thomas! - O chamei em um tom considerado alto. - Quem está na porta? - Me aproximei paralisando assim que me deparei com aqueles traços polinésios.

E não me refiro aos de Thomas.

:- É a Dinah. - Respondeu simples virando-se para encarar minha face. - Acho que ela veio lhe ver. - Óbvio, se quisesse ver você não estaria lhe procurando em meu apartamento! - pensei.

Dinah cerrou seus dentes trincando sua mandíbula observando-nos, ou melhor, me fitando como nunca. Confesso ficar incomodada e minha postura se demonstrar tensa.

:- Ah, olá Dinah. - Falei soando desconfiada. - Thomas, pode ir lá finalizar a pipoca, não tenho certeza se desliguei a chama, pode acabar queimando.  Por favor, eu vou conversar com Dinah, ela deve estar querendo saber quando volto as aulas com Regina, não é mesmo? - E sem esperar alguma resposta do polinésio, apenas o empurrei em direção a cozinha e sai do apartamentos fechando a porta por trás de mim.

:- Que porra está acontecendo aqui, Normani? - A loira jogou um buquê de rosas vermelhas ao chão. Estranhei a existência deles.

Arregalei os olhos observando suas expressões raivosas. Não era realmente o que esperava, mas soou raivosa demais para o meu gosto. Tremi levemente relaxando aos poucos meus músculos. Sua presença tinha certos efeitos sobre mim.

Que eu amo Dinah é óbvio! Mas agora no momento em que finalmente insisto em dar um tempo para mim  mesma ela aparece. É algum tipo de carma ou algo assim!?

:- O que está fazendo aqui? - Indaguei franzindo a testa.

:- Responda minha pergunta primeiro, caralho! - Ela exigiu firme e com os olhos brilhando de puro...ódio? Aquilo eram lágrimas? Okay, isso estava me assustando. - Por que esse babaca está aqui? Porque seus lábios estão inchados e os cabelos bagunçados estilo pós-foda? Aliás, porque esse imbecil está na sua casa? - Exaltou em alto tom. Engoli em seco e ri de forma sarcástica.

:- Pós-foda? - Repeti coçando a nuca, estava dando indícios de raiva. - Poupe o meu tempo se foi para isso que você veio, Dinah! - E quando ia entrar ao apartamento novamente senti suas unhas contra minha pele e sua mão segurando firme em meu pulso.

:- Você não vai entrar aí com esse filho da puta. - Ela grunhiu e minha primeira reação foi bufar. Por intuição puxei meu braço do seu aperto.

:- Primeiramente, solte-me. - Falei já farta. - E eu me perguntou: O que você está fazendo aqui? - Enfatizei. - É meu apartamento! Acredito que tenha errado o condomínio, o seu é mais distante, Jane. Você não domínio por aqui e muito menos algum domínio sobre mim! Eu não sou nada sua e a um tempo você deixou isso muito claro! Pare com essa possessividade filha da puta e sem argumentos o suficiente para essa existência. - Bufei cruzando meus braços, Dinah apenas observava calada e piscando em alguns momentos. Talvez tentando acreditar que aquilo era real. - Vai procurar o que fazer talvez faça algo que seja relevante a nós! Você tem que acordar Dinah!

:- Eu acordei, e vim aqui tentar cumprir as pazes mas parece que...

:- Parece que foi tarde demais. - A cortei enquanto negava ao manear com a cabeça. - Eu cansei dessa palhaçada e todo esse sentimento em vão, isso aconteceu porquê fui idiota, idiota por você, mas agora isso é passado, Dinah. Página virada. E antes que venha com esses argumentos fúteis, não tenho nada com Thomas, assim como nunca tive com você. - A polinésia engoliu em seco. - Aprenda a lidar que tudo aquilo ficou pra trás. - E com isso respirei fundo e entrei novamente ao apartamento, trancando a porta e deixando Jane para trás.

Ela parecia chocada.

Apoiei-me na porta e prendi as lágrimas que tentavam sair. Bem, ao menos tentei. Mas elas ameaçavam a rolar. Pare com isso sua idiota! - me reprendi mentalmente - ela nem ao menos se importa. - Abaixei meu olhar fungando baixinho.

Respirei fundo mais uma vez. Parece que dessa vez coloquei um ponto final nessa palhaçada. Mesmo que pela noite volte a ver nossas fotos em meu celular. E por mais que doesse sabia que esse era o caminho a percorrer, é o caminho menos doloroso.

:- Ei, Mani! - Thomas chamou minha atenção voltando para a sala com uma tigela de pipoca com leite condensado em mãos. Ao perceber meu estado afetado franziu o cenho parecendo preocupado. - O que houve? E Dinah? Lhe fez algo? E ela onde está? - Questionou.

Escondi as lágrimas limpando minha face com a base do blusão sorrindo aliviada ao homem a poucos metros de meu corpo. Arrumei minha postura. Mesmo que não fosse Dinah a me acolher como desejava a tempos, Thomas mesmo inconformado e confuso perante aquela situação, sua presença me ajudava de alguma forma.

:- Nada, Thomas. - Respondi me sentando no sofá abraçando minhas pernas traçando meus  braços pelas canelas. - Acho que minha pressão caiu por um momento, deve ser o mal estar voltando. Mas estou bem agora, Dinah nada queria, ela tinha uma reunião e teve que ir.

:- Quer ir ao hospital? - Neguei e ele deixou a tigela sobre a mesa de centro. - Pensei que fosse sobre suas aulas. - Arqueou a sobrancelha esquerda rapidamente.

:- Também. Mas não era nada demais. - Dei de ombros tentando não o encarar nos olhos.

:- Oh! - Exclamou se sentando ao meu lado no sofá. - E aquelas rosas ela segurava? Pensei que fosse para você, são bem próximas e acho legal querer lhe presentear. - Suspirei assentindo.

Eu reparei nas rosas vermelhas - uma de minhas flores favoritas - e pensei que Dinah realmente quisesse me presentear com elas ou algo daquele gênero. Mas não importa. Esse sentimento ainda dói.

Espera...Sentimento!?

:- Ah, acho que ela comprou para Zendaya. - Aquelas palavras doeram ao serem pronunciadas, doeram mais do que realmente imaginar a cena. Thomas apenas assentiu.

:- Elas parecem bem próximas também! - Merda. - Droga eu esqueci o refrigerante! - Ele falou. - Espere que eu já volto com os nossos copos! - E logo saiu de meu campo de visão.

Tentei reprimir a mim mesma. Porém foi em vão.

Levantei rapidamente tornando meus passos apressados a porta, me inclinei olhando no olho mágico e nenhum sinal de Dinah, abri a porta e peguei as rosas caídas ao chão. Inspirei o perfume que deixava o ambiente cheiroso e me desvencilhei correndo para meu quarto deixando-as sobre a cama e sorrindo de forma fraca.

Ao voltar para a sala suspirei.

Bem, as rosas representavam uma nova fase da vida. De minha vida. Agora só basta viver.

Suspirei fechando meus olhos enquanto me sentava na ponta da cama me reprendendo mentalmente pelo acontecido de minutos atrás.

Ninguém é o que já foi. Aceite a mudança, Normani. Eu quero conhecer a liberdade, não ouvir histórias sobre ela. A gente ia ser feliz, a gente ia ser um do outro, a gente ia.. ia… ia… E não foi. A vida ensina e a gente tem que aprender, lembrar, nada é por acaso. Um dia esse ensinamento vai ser necessário e você não irá poder mudar o seu destino sem ele.

Gosto daquilo que me desafia. O fácil nunca me interessou, já o obviamente impossível sempre me atraiu - e muito.

Me levantei torneando ao armário caçando a primeira peça calça a vista. Por sorte algo apresentável. Com muito esforço a vesti, talvez precisasse de um modelo de número maior, fechei o zíper e os dois botões antea de pegar um tênis qualquer e o calçar. As frestas da janela estavam abertas indicando que o dia ainda estava claro mesmo nublado.

Peguei as chaves reservas saindo sem muitas explicações deixando Thomas por lá mesmo, bem, se fosse para dizer a verdade, nem que seja a minha última vez. Enfiei as mãos nos bolsos andando apressadamente em direção ao elevador naquele andar e por coincidência trombando com Ally.

:- Que merda é essa de ter transado com Thomas, Normani? - A baixinha falou entre dentes e nada respondi apenas pressionei o botão chamando o elevador. - Me responde!

:- Sem sermão, Ally. - Murmurei repetindo tal ato com certa pressa. Mas de fato nada disso iria melhorar. - Está entendendo errado.

:- E qual seria o certo? - Cruzou meus braços.

:- Desculpa. - Foi apenas o que disse antes de adentrar a caixa metálica pressionando ao térreo. Em andares abaixo estaria ao meu destino. Ou uma parte dele.

Porquê realmente estava cometendo aquela loucura!?

Me apressei quando vi as portas metálicas se abrirem, tornei meus calcanhares avançando a saída da portaria sorrindo levemente ao porteiro que cedeu passagem. Assim pude por fim dar início a uma caminhada pelas calçadas de Miami. O tempo costumava ficar nublado e com nuvena negras próximas ao fim da tarde, o vento estava razoável fazendo com que poucas folhas caídas ao chão rolassem pelo concreto liso, meus passos não eram lentos e nem apressados, medianos, e as primeiras grossas gotículas de água caíndo do céu davam indícios da chuva que viria a tona. Não sabia muito bem para onde ir, se teria coragem até lá, mas em algum momento chegaria. Nada que a chuva pudesse atrapalhar ou meus lábios trêmulos - e acredito que roxos pela mudança brusca de temperatura - pudessem dizer palavras presas em minha garganta a um bom tempo.

Encarei a entrada do condomínio conferindo realmente estar no lugar certo, assim feito a chantagem se fez presente ao segurança que sem esforços me cedeu passagem.

Seria fácil assim!?

Avançei meus passos olhando a todo momento para todos os cantos possíveis. De longe reconhecia a casa de estruturas rústicas mas nunca parecia tão distante, como algo que prendesse meus pés ao chão, abaixei meu olhar engolindo em seco.

Torneei observando um jardim externo aparentemente bem cuidado, me aproximei da porta elevando meu punho fechado para bater contra a estrutura. Para melhor forma possível na qual pensei, simplesmente pressionei a campainha. Uma única vez necessária para que pudesse enxergar com mais clareza - nem tanto se fossem seus olhos - o castanho inundado por lágrimas, reprimi meus lábios tendo novamente aquele sentimento de culpa sobre mim.

Mas que culpa tenho!?

Suas expressões sérias poderiam muito bem dar calafrios.

:- Dinah...

:- O que está fazendo aqui? - Foi ríspida. Estilo Jane.

:- Precisamos conversar.

:- Não temos nada para conversar. - Bufou dando a chance de fechar a porta, se não fosse minha mão a segurar.

Maldita hora para trancar meus dedos.

Meu grito abafado pareceu lhe assustar pois pude perceber que os destrancou me encarando com os olhos arregalados. Suspirei limpando algumas lágrimas.

Não somente da dor sentida.

:- Dinah... - Elevei meu olhar ao seu. - Por favor, só mais uma chance...

:- Esquece isso. Não temos nada certo?

:- Uma última chance... - Insisti fitando seus olhos de forma turva.

Não eram apenas rosas vermelhas. Eram as suas rosas vermelhas. 

" As pessoas são como oceanos, não se consegue as conhecer pela superfície."


Notas Finais


E O CORAÇÃO COMO É QUE FICA? MAIS ALGUM SERUMANO QUERENDO ME MATAR COM SETE TIROS, DUAS FACADAS E UMA CARRETA POR CIMA DE MIM?

MAIS CALMOS?

Obrigada...

All The Love, M. 🌹🌼🍃


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