1. Spirit Fanfics >
  2. Do I Wanna Know!? - Norminah >
  3. Promise

História Do I Wanna Know!? - Norminah - Promise


Escrita por: FarofeiraHansen

Notas do Autor


Dez dias, Bitches, DEZ FUCKING DIAS... Uma sumidinha básica rs

Não que seja minha obrigação, mas queria esclarecer algumas coisinhas... A última semana boa parte passei em uma maca de um hospital, não eram meus planos - nem planos tenho - e o que faria no feriado era atualizar todas as fanfics, até mesmo BTBE que dei uma parada, mas vou voltar garanto! ♥

Eu ficarei esse próximo feriado sem ter acesso algum por aqui, portanto, estou me redobrando para atualizar ao menos aqui e TWOMS, como recompensa, é possível que eu volte aqui ainda amanhã, então aguardem. Já perante BTBE, quem sabe até Sexta uma recompensa á vocês amantes daquela estória? 🍃

Deixando de lado o assunto, aproveitem esse fetus maravilhoso.

Capítulo 54 - Promise


Fanfic / Fanfiction Do I Wanna Know!? - Norminah - Promise


Normani Kordei Hamilton Point Of View 
Domingo, 05 de Junho de 2016 │ Miami, Flórida, Estados Unidos. │ Hamilton's Apartment │06:47pm. 
"Te prometo cada batida de meu coração... prometo, teremos problemas, mas nunca sem solução". 

 

Tentar entender os efeitos, esses considerados por mim sintomas que Normani tinha sobre mim, era como tentar entender o porquê eu ainda me sentia fascinada pelos contos e desenhos infantis. Seus olhos me atraíam sem que nem mesmo aquelas íris quase negras estivessem olhando em minha direção. Sua face era como uma escultura, totalmente angelical. O delineado de seu rosto era atrativo, mas não somente, a minha morena em si, era poderosa sobre mim.

Era de extremo prazer sentir sua boca na minha, era a forma mais perfeita de a cada beijo descobrir o encaixe perfeito que ali se encontrava. E em um beijo sem pudor sentia o elevar de seu peito descompensado, e a forma que suas narinas contra minha face colidiam a quente respiração, se é que havia oxigênio em seus pulmões. Nossas mãos vagavam por nossos corpos, descobrindo cada mínimo detalhe um do outro, aquilo parecia superficial, mas era o suficiente para arrancar-me suspiros conforme trazia seus carnudos lábios aos meus. 

Mas como ditado de que: "tudo que é bom, dura pouco". seus lábios tiveram outro rumo, fazendo com que os meus colidissem em um carinhoso beijo em sua bochecha gélida pelo ar condicionado daquele veículo. Ela parecia recolher todo o ar ao seu redor, já que respirava profundamente a ponto de praticamente se engasgar com um grande nada. Ainda fora de cogitação, deslizei as almofadas de meus dedos contra os delineados cachos que agora tinham um aroma um tanto diferenciado, mas era bom o suficiente. 

O que havia de ruim naquela mulher!? Encontrar coerências era incapaz o suficiente aos meus olhos, esses perdidos quando seu olhar tornou-se baixo e um sorriso sem graça fora esboçado.

Ela estava... envergonhada!? 

Eu me sentia perdida em um paraíso sem fim toda vez que meus olhos se encontravam nos dela, e por tempo ficávamos a fitar como uma primeira vez. Ah se eu não pedisse um café naquela mesma manhã.

Sua mão calmamente deslizava pela barra de minha camiseta livre de estampas, era algo simples porém apresentável, de tal forma entre alguns botões superiores, tratou de fechá-los como anteriormente, uma avanço estaríamos em uma fase um tanto crítica, e nada bom seria dentro de um carro parado naquele acostamento.

Maldita calçada movimentada.

Minha mão era preenchida por seus sedosos cachos levando me a fechar os olhos e suspirar o aroma que havia pairado no ar aos arredores daquele veículo. Era uma mistura de seu perfume natural, ao perfume artificial de aroma agradável, caindo muito bem naquelas ocasiões. Não poderia descartar que sua pele negra encoberta pelo tecido rosado em um vestido que lhe encobria até metade se suas coxas, era o que me chamava atenção. 

E não me refiro ao vestido. 

Calmamente levei meu polegar ao canto de seus lábios limpando aquele região onde havia o batom desalinhado. A guerra em que disputávamos à beijos a procura de domínio, era a mesma instalada em meu corpo, onde o coração mandava ordens, e o cérebro somente obedecia. Nunca haviam de trabalhar tão bem juntos. Em um singelo sorriso ela agradeceu, desvencilhando ao ter seu corpo contra o banco de couro neutro traçando seu corpo com o descomunal cinto de segurança, levando consigo meus suspiros. Sem contradizer algo, elevei minha atenção ao retrovisor interno podendo ter certa visão do estava à nossas costas, com o motor aquecido, apenas apoiei minhas mãos no volante podendo manobrá-lo a ponto de vagar pelas ruas de Miami.

Destino nos esperava. 

Ao som de Faded pudera sentir meus pensamentos espairecerem a ponto de levarem consigo a forma funda na qual pisava no acelerador ao sinal tornar-se verde, estava um tanto agradável para um fim de tarde. A cada trecho - esse atrapalhado pela rouca voz de algum locutor - suspirava a ponto de minhas mãos deslizarem suando contra o volante onde cravava minhas unhas. O sol pondo-se ao leste refletia contra os vidros películados, colidindo contra o pequeno objeto preteado que enfeitava o dedo anelar de Normani, o que me fizera sorrir naquele mesmo instante.

Era mais que uma simples aliança.

Tal ato fora cortado ao fitar o caminho que seguíamos, afinal, a última coisa que queria provocar era um acidente. 
O percurso fora mais longo, já que indiferente do sloft no qual morava, mama estava ao outro lado da cidade, esse menos urbano, porém confortável o suficiente e aconchegante pelo fato de não estar em uma área tão central. Normani parecia cada vez mais nervosa perante aos quilômetros rodados, se houvessem algum esmalte em suas unhas provavelmente estaria em pedaços, se é que haviam unhas ali, pois parecia querer arrancá-las de sua pele a cada segundo estufante dentro daquele carro.

Indiferente do clima lá fora, os motores esfriavam lentamente ao retirar a chave do painel e girar entre meus dedos ao sair porta a fora. Estava apressada em levar Normani, tanto que dei a volta rapidamente para abrir lhe a porta com um sorriso estampado em meu rosto, esse rapidamente desfeito quando com como Normani estava entretida com a barra de seu vestido e um olhar baixo. Encarando aos arredores da vizinhança um tanto silenciosa, me abaixei perante ao meio fio espalmando uma de minhas mãos sob seu joelho, beijando-lhe a testa.

Tal ato a fez fechar os olhos. 

:- Porque temes? Não é como um monstro embaixo de sua cama.

:- É apenas sua mãe. - Murmurou baixinho sem expressar além disso.

:- Ela nada gostaria de ser comparada a um monstro. - Murmurei risonha levando-a encarar-me friamente. Péssima hora, Dinah. - Só seja você mesma, garanto que estarei ao seu lado. - Sorri de forma reconfortante.

Ao menos coragem para levantar-se ela teria de ter. 

Lhe estendi as mãos, que a muito custo foram pegas trazendo-a a meu encontro e efeitos, traçando calmamente sua cintura, em algumas desavenças para trancar o carro na presença de seu alarme. 

E la estava minha garota mergulhando em sua bolha de sentimentos e afogando-se em seu silêncio.

Com as pontas gélidas de meus dedos, carinhosamente afastei-a pelos ombros antes de encaixar minha mão a sua entrelaçando nossos dedos conforme ambas diferentes peças de um quebra-cabeça. Um encaixe perfeito. Tal ato foi o suficiente para avançar meus passos pelos ladrilhos acinzentados e subir os pequenos e poucos degraus antes de tocar a campainha, mesmo já pertencendo à aquela casa. 

Em segundos a estrutura de madeira fora afastada privilegiando a nós a visão de Seth acomodado junto a Regina na sala de estar, porém o que nos tinha foco, era o corpo mais maduro de mama com um simples avental e um pano de prato enxugando-a às mãos. Sorrisos, sorrisos eram o motivo. Provavelmente estava a preparar suas melhores receitas, querendo ou não, era algo especial. 

Dona Milika percebendo o nervosismo instalado nas mãos agitadas de Normani, logo tratou de aconchega-la em um abraço carinhoso com direito a singelas carícias em suas costas. Que por outro lado, eram apertadas com a tremula forma na qual as mãos da negra estavam espalmadas contra as costas de minha progenitora. Sussurrando cumprimentos, tive minha atenção voltada a meu filho que parecia atento a seus desenhos animados, a ponto de não notar nossa presença. Mentalmente estava rindo da forma serena que sugava o canudo de seu suco totalmente vidrado com seus grandes negros olhos em meio a porcos demoníacos que pulavam em poças de lama.

Havia desenho mais mal feito que aquele?. A carranca esboçada no rosto de Regina ao seu lado era a resposta.
Senti o gélido em contato ao meu ombro, levando-me a sorrir e arrastar Normani ao andar superior, adentrando ao meu quarto guiando-a como uma criança pela primeira vez em um parque.

:- Menos nervosa? - Questiono adentrando ao quarto, o aroma ainda era o mesmo, produtos de limpeza a cada três dias.

Mama havia deixado aquele cômodo da mesma forma que havia adentrado uma última vez. Cada móvel de madeira maciça era afagado pela palma de minha mão tal como a colcha de retalhos coloridos sob minha cama, essa um tanto espaçosa. Sentando-me ali, porém não fui acompanhada de minha morena até então calada, observando atentamente cada extremidade daquele quarto adolescente.

É engraçado a força que as coisas parecem ter quando elas precisam acontecer. 

:- Talvez um pouco. - Suspirou pesadamente a ponto de ser ouvida, seus dedos deslizavam sobre a escrivaninha, pairando em um grande livro de capa dura. - O que é? - Perguntou aproximando-se com o mesmo em mãos.

Assim finalmente criando forças e sentando ao meu lado.

Podemos dizer que o amor não é algo que possamos escolher. Ele vem como um balde de água fria, deixando nossas pupilas dilatadas, nosso coração em batidas frenéticas e rápidas, nossa pele em arrepios constantes. Tudo isso quando vemos a pessoa por quem nossa mente faz planos diversos, sem nem ao menos começarmos algo. Tentar entender o deixará mais louco, então vá. Parece loucura, mas se não tentarmos, o tempo não nos esperará. Nosso coração pode estar em uma forte contradição com nossa mente, mas como saber qual é decisão errada se antes não tentar?

Quando amamos, não pensamos nas coisas inúteis que ficaram quando era só você. Não pensamos no que as pessoas dirão ou pensarão. Os julgamentos maldosos não mais se fazem presentes rodando sua mente quando estás ao lado de quem lhe trás sorrisos com os gestos mais simples que faz. As risadas alegres quando ambos dizem algo sem noção. Tudo é um conjunto do amor, que se vive, sem ao menos escolhermos.

:- Um álbum de fotografias. - Respondi em certo receio ao mesmo ser entreaberto por suas delicadas mãos. 

:- Uh, será que vou encontrar alguma nudez por aqui? - Encarou curiosa as grandes páginas que eram calmamente folheadas.

Tais palavras fizeram-me explodir em uma gostosa gargalhada capaz de preencher aquele vazio cômodo. Ela acompanhou-se nasalmente recuperando-se em seguida. 

:- Ainda é pervertida. - Beijei sua bochecha, prendendo-a entre meus dentes. A mesma sorriu no mesmo instante. - Indico que pule as primeiras cinco páginas.

:- Com certeza não farei isso. - Ressoou analisando a súbita imagem destaque daquela mesma página. 

Porque mama ainda insistia em guardar fotos minhas nua?. Revirei meus olhos conforme insistia em querer virar aquela página, porém impedida pelos curiosos olhos de Normani. 

:- Que bom que o tempo passa. - Murmurou sem antes que eu a questionasse, parecia prender uma risada conforme prendia seu lábio entre dentes. Respirou profundamente talvez cessando a vontade, assim seus quase negros olhos ofuscaram uma imagem bastante conhecida por mim. 

Oh, isso sim foi capaz de fazê-la rir sem medo. Talvez até mesmo eu tenha dado uma pequena risada.

Bem pequena para não aflorar seu ego. 

:- Você realmente entrou com tudo na ideia de aniversário. - Realçou risonha admirando tal imagem, assenti apoiando minha cabeça em seu ombro com uma melhor visão daquele ângulo. 

A imagem de uma pequena - realmente cômico, não!? - correndo pelo gramado daquela mesma casa onde cresci e vivi boa parte da minha vida, com o rosto e mãos sujos por metade de glace rosa bebê, outra metade havia ficado no bolo. Confesso que a memória me falha, mas estava delicioso o suficiente para fugir do banho. 

:- Talvez eu ainda refaça essa foto. - Sorri sem muitas expectativas. 

:- Não duvido muita coisa de você, anjo. - Murmurou a negra pressionando de modo casto seus lábios contra minha testa. 

:- Oh, eu lembro dessa aqui. - Sorri abertamente. - Foi quando eu insisti que queria ter peitos... duas laranjas me serviram muito bem naquela época. 

As mesmas faziam volume dentro da camiseta, ah criança inocente. 

:- E vejo que hoje essas laranjas tem uma puta inveja de você. - Arqueou as sobrancelhas sugestivamente.

Joguei minha cabeça para trás gargalhando gostosamente de suas palavras enquanto com meu cotovelo sutilmente acertava sua costela, fazendo-a esquivar enquanto mordiscava seus lábios. 

:- Não fode, Kordei. - Murmurei me recompondo ao respirar fundo repetidas vezes.

Fechei meus olhos freadamente por alguns segundos antes de retribuir á um singelo sorriso, esse que meus dedos puderam virar tal página, uma típica foto de família americana, não sabia o real motivo, mas a década de noventa vinha sendo um tanto cômica. Um fundo azulado e desfocado, tal como o vestido - similar á uma jardineira -  no qual usara estampado com algumas bolinhas brancas e um chapéu em conjunto, a meu lado direito, mama sorria de forma tão suave que nem mesmo parecia uma adolescente com o futuro arruinado, enquanto papa ou outro lado, tinha ás mesmas expressões. Uma gravidez precoce e sorrisos sinceros. 

Deveria ter aproximadamente sete meses. 

Dificilmente e de forma pausada tornei a suspirar enquanto meus olhos se embaçavam, Normani percebendo prontamente tais reações, fechou o grande livro deixando-o sob a cama para então acolher-me em seus braços. Sem pestanejar, apenas relaxei. 

:- Eu sinto falta, Moni. - Sussurrei de forma abafada devido seus cachos, tinha meu rosto enterrado ali. 

:- É normal, babe, isso significa que ele foi especial á você, está tudo bem em sentir falta. - Beijou-me o topo da cabeça enquanto sua mão deslizava por minhas costas em uma carícia gostosa. 

:- É como se um grande buraco tivesse sido aberto em meu peito. - Lamentei chorosa, a forma em que chiava na esperança de acalmar-me era acolhedora. 

Esperança, essa era a palavras correta. 

:- É apenas um vazio, a dor é suprida com boas melhoras. - Desvencilhou-se a ponto de poder segurar em meu rosto, firmando meu olhar ao seu. Havíamos trocado os papéis, era a insegura naquele mesmo momento. Cômico, uh? - Ele foi capaz disso, correto? 

:- Foi. - Curta e rápida respondi. 

E eram em poucas palavras que lembranças e momentos esses vividos invadiam minha mente como aquele nevoeiro que havia citado á um tempo, Normani foi a primeira e única a fazer minha mente pensar somente em uma pessoa, isso ocorrera verdadeiramente, sem ilusões rente á meus tão flácidos e desacreditados olhos. Foi a única por me fazer sentir tamanha vontade de estar em seus braços. Talvez era esse o motivo, de mesmo a morena estar a se afastar para fitar-me os olhos, meus braços continuarem a tentar roubar-lhe beijos e abraços carinhosos. 

Eu já fui mais. Amadurecer talvez seja entender que nem tudo acontece no instante que quero. Que esperar, faz parte, e às vezes, vale a pena...

Ela me completava.

:- Pior que se sentir vazia , é aceitar que não existe ninguém disposto a te preencher, ou ao menos compreender essa dor. - Seu nariz em uma estranha, porém aconchegante carícia, aninhava minha pele fazendo a mim querer mais seu corpo no meu. 

:- Eu tenho a você, Moni. - Murmurei por fim. 

Acreditava que meus olhos brilhavam de tamanha vivacidade, e meus lábios curvavam-se de forma nostálgica. 

Às vezes você não pode explicar o que viu em determinada pessoa. É simplesmente a maneira que ela te faz se sentir especial e que ninguém mais consegue. 

Minha pele almejava por seus toques, assim como minhas mãos almejavam tocar sua pele, e assim eu fazia, deixando com que minha mão comandasse meus desejos. Prevaleci com algumas carícias em suas pernas descobertas, essas que continham uma pele pele completamente delicada e macia, assim como a de seu rosto e braços. Meu coração "falava" em meus ouvidos, lembrando-me a cada segundo e em cada batida como eu era apaixonada por aquela mulher. Apaixonada por cada detalhe, gesto, toques, ações. Coisas que somente eu s entendia, faziam-se presentes em minha mente.

Apaixonada por Normani Kordei Hamilton.

:- Acho melhor descermos. - Sua voz murmurada tirou-me daqueles pensamentos, aqueles propicios pensamentos, assim preenchendo aquele comodo.

Mesmo contra meu gosto, assenti, para em minutos estarmos novamente ao andar inferior, deixando para trás as paredes decoradas por posters e mais posters da Beyoncé. Saudades, essa palavra também define. 

Se você não está disposto á agir parecendo como um idiota, não tente se apaixonar. 

O semblante mais amarrado que o comum, acompanhado do mediano corpo bufante de Regina que andarilhava indo e vindo da cozinha á pedidos de minha mãe, fazíamos observá-la levantar-se e sentar-se várias vezes num curto espaço de tempo. Seth até mesmo havia se sentado na mesa de centro daquela espaçosa sala de estar, assim ficando mais próximo ao televisor de médio porte, de modo que o vai e vem de sua tia não o atrapalhasse sua visão perante o desenho animado.

E suas falhas imitações daqueles ainda demoníacos porcos. 

Mereço! 

A mesma garota - essa conhecida por minha irmã -  deixa a cozinha, tal como mama falando sozinha, não era como se dona Milika fosse ficar chateada ou algo do gênero, lhe era constante e geralmente tinham a mania de deixá-la discutindo com as paredes, sozinha constantemente. Acertei-lhe um tapa sobre a nuca, antes de mais uma lufada de ar dilatar suas narinas conforme jogava-se sobre o sofá com seus finos braços cruzados. 

O dia quente em Miami parecia ser a única coisa na mesma vibe que Regina. 

Normani havia afastado-se em direção a cozinha, sua compaixão era tanta que apenas admirá-la era um ato de carinho, preocupando-se no caso de precisar de ajuda com a refeição.

Agora em um lado mais literal, estava sozinha, a ponto de aclamar a meu pequeno ainda atento com suas pernas cruzadas como índio sobre o fino vidro daquela mesa de centro, ajoelhei-me a sua frente e nem isso fora o suficiente para arrancar sua atenção. Beijei-lhe o rosto, assim seguidamente a ponto de conseguir sua extasiante risada que aquecera meus sentimentos ao rodear seus bracinhos em meu pescoço.

O amor que sentia por aquele pequeno ser era inexplicável. 

:- Me trocou por um desenho, Seth? - Questionei forçando minha voz a ponto de soar firme, como se estivesse realmente brigando com o meu pequeno. 

:- São polquinhos, mama. - Resmungou como se fosse óbvio, mordi sua bochecha cheia e corada em vergonha, tal ato o suficiente para agarrar-se ainda mais ao meu corpo.

Não o via desde que havia deixado-o no jardim de infância. 

:- Ainda prefiro suas tartarugas. - Minhas expressões bruscamente formataram uma careta nada boa, o forte cheiro masculino estava impregnado nas frescas e arrumadas vestes do menor ainda sentado sobre a mesa, franzi minha testa ao juntar minhas sobrancelhas. - Que perfume é esse? 

Questionei arqueando minhas sobrancelhas e segurando em suas pequenas mãos, mais difícil que tomar sua atenção rente as animações mal feitas, era estar firme naquela mesma posição, portanto, tratei de ajoelhar-me sentando em meus calcanhares, ainda sim alcançava sua altura. 

:- Vovó dissle que é dlo vovô. - Respondeu simples.

A quanto tempo já deveria ter vencido? Porque tão forte?. Rolei brevemente meus olhos espairecendo aqueles pensamentos, não lhe faria mal, ao menos espero. Mesmo aquela fragância ainda em um bom aroma, se fazia presente o embrulho em meu estomago, fazendo a mim levantar e trazer seu pequeno corpo ao meu, te toda forma novamente estava agarrado ao meu pescoço.

Maldita saudade. 

Meus olhos ofuscaram Normani alguns passos de distância, a mesma conversava animadamente com Mama, enquanto ajudavam-se a por a mesa. Nem ao menos parecia aquela garotinha nervosa. Soltei Seth, esse que inquieto em meus braços, que logo correu á encontro de minha mãe, de forma expressiva perguntando o que teríamos para o jantar. Sendo sincera, meu estomago almejava o mesmo, já que parecia havia um vazio tão profundo quanto em meu peito, esse na verdade era preenchido por Normani.

Normani e seus efeitos.

Aqueci sua bochecha com meus lábios de forma que lhe arrancasse aquele maldito sorriso que me fazia perder o equilíbrio até mesmo perante o chão firme por baixo de nossos pés. 

O aroma estava realmente agradável, tinha seus segredos com alguns temperos maravilhosos, e o melhor, sim livros de receitas. Não sabia dos mesmos, porém quando citada pertencer mãos de anjos, eu jamais duvidaria. Até mesmo fora o suficiente para ter meus olhos fechados ao inalar aquele gostoso cheirinho saindo do forno, a ponto de repousar uma das mãos na barriga.

Realmente aclamava, e era audível. 

:- O que houve com Regina? - Perguntei em baixo tom afim de quebrar aquele silêncio, que apenas era listado pelo colidir de talheres á copos de vidros.

Mama automaticamente fitou a sala de estar, onde era separada apenas pela bancada. A mesma carranca do tamanho  do mundo nos era favorecida, dando-se ao favor de aleatoriamente mudar os canais a ponto de algo que lhe fizesse o grado. As mãos ágeis da de raízes polinésias desligaram as chamas do fogão flamejante. 

:- Ela diz que não é nada, mas eu acho que está pensando em coisa do passado, você sabe como Gina é. - Deu de ombros desfazendo o laço em seu quadril, afrouxando seu avental vermelho do corpo tornado em curvas. - Eu estava assim alguns dias atrás, então entendo.

Papa tirou a sorte grande. 

Mama provavelmente tinha certeza do que acontecia dentro de Regina, afinal, cuidava daquela pequena - ou nem tanto - desde seu primeiro chiado provocando o escandaloso choro, dos dentes de leite aos primeiros passos. Como a palma de sua mão. E se julgasse pelo o que conhecia, estaria desmentindo ao dizer que não eram somente lembranças que á atormentava. Já ao meu ver, muitas vezes podia ser relapsa a forma torta que minha irmã mais nova costumava expressar-se para tudo e todos, é como uma longa jornada como com quando tento identificar algo, mas ao longo de tudo, havia acostumado com o fato de que nada saia da boca da morena, sem que ela quisesse. 

:- Ela deve ter alguma paixão platônica na escola. - Dei de ombros esquivando-me de Normani que tentava bater-me com um pano de prato ao prender sua risada.

Era notável a forma que contraia seu abdômen, já que o vestido era justo em seu busto. 

:- Eu duvido muito. - Mama tomava nossa atenção agora com luvas de cozinha em suas mãos, assim podendo tirar a ardente travessa do forno quente, mesmo que esse desligado. - Regina deve passar o tempo de aula lendo algum livro, ela gosta dos clássicos. - Movimentou novamente seus ombros de cima a baixo ao repousar a mesma travessa ao centro da mesa.

:- Não sei do que estão falando, mas eu adoro esse tipo de escrita, vocês sabem. - Regina tomava nossos olhos ao aparecer naquele mesmo cômodo, rodeando a mesa para então aconchegar-se em seu lugar.

Normani ainda calada fitava a televisão que agora estava desligada.

:- Você gosta do amor que aquelas palavras possuem. - Mamãe apertou em ma caricia fraca o ombro da mais nova que por ali teve sua atenção, fechando seus olhos ao receber um beijo em sua testa. - Não necessariamente a solidão delas. 

:- O amor também é solidão, Gina. Nem todas as pessoas vivem no mesmo roteiro clichê que a sociedade impõe, ou nos prega. -

Comentei por vez trazendo Normani ao meu lado para sentar-se ao lado oposto.

Assim feito podia perceber Regina ainda rolando seus olhos. 

:- Vocês comprovam isso. 

:- Como disse? - Franzi o cenho ainda um tanto confusa. 

:- Que Lauren parecia animadinha demais com esse negócio de namoro. 

:- Namoro? - Mama seriamente questionou, o que fez Normani que antes fuzilava-me sem pudor, no mesmo instante segurar em minha mão por debaixo da mesa.

Nem a mesma sabia.

Senti seus dedos entrelaçarem aos meus, fazendo com que um aconchegante sorriso lhe fosse esboçado por meus lábios. Como aquela morena podia me cativar tanto? Sinceramente eu não conseguia entender. 

:- Nós anunciaríamos. - Apertei a flácida e gélida mão de minha morena. - Mas se certas bocas não se precipitassem antes. - Fuzilei regina frizando minha própria voz. 

Ela deu de ombros servindo-se com um pouco de suco, tomando todas nossas atenção ao elevar o copo preenchido aos lábios ressecados. Ao perceber arqueou suas sobrancelhas. 

:- Porque nada nunca ao meu favor? - Questionou cruzando seus braços demonstrando clara irritação. - Não está acontecendo nada, que mania de você acharem que tudo o que faço é por causa de algo ou alguém. Às vezes é só nada que acontece, só isso. Apenas nada. - Afundou em sua própria cadeira encarando os espasmos expressado em nossas feições, principalmente aos cerrados olhos de mama. - O que foi dessa vez? 

:- LASANHA! - Em um grito Seth comemorou batendo suas mãos em palmas animadas. Tomando nossas atenções e diminuindo a tensão que por ali se instalou. 

Mesmo que nem notara aquele clima estranho. 

:- Eu sabia que ela tinha alguma paixão além daqueles livros. - Sorri satisfeita em meio ao pequeno murmúrio. 
Respirei profundamente desvinculando minha atenção ao corpo psicodélico ao meu lado, era de fato possível perceber seu desconforto repentino em seus silêncios torturantes. Talvez não como o nosso planejado. Anteriormente nossos corpos estaam totalmente juntos, fazendo com que qualquer espaço entre nós fosse algo chamativo. Como sempre citei, nossas respirações se fundiam em uma única, agora o representado era nossas mãos, que em hipótese algumas insistiram em descruzarem aqueles dedos. 

Agora perdidamente apaixonantes encontrava-se distraída ao se alimentar ao meu lado, seus olhos mais opacos que o comum e a cabeça baixa. Apertei-lhe levemente sua mão, e indiferente do que pensei, havia sim tomado sua atenção, com calma elevei aos meus lábios beijando as costas da mesma lhe entregando uma leve piscadela.

:- Essa história está mal contada, Dinah. - Tirando nossos devaneios, as palavras firmes de minha progenitora afastaram aqueles pensamentos que logo viraram pó espairecendo no ar. 

Suspirei, uma, duas, três vezes se possível. 

E ela continuava a nos fitar.

Realmente o silêncio perante o colidir de talheres contra os pratos de porcelana era algo que a qualquer momento poderia irritar-me pela tensão.

:- Bem, eu segui seus conselhos, mama. Se situar pois nada é definitivo, e quebrar a cara ás vezes é necessário. Que eu deveria arrumar meu coração como arrumo meu cabelo todos os dias. Que é válido que não se importem tanto assim com os seus devaneios. É válido se acostumar com algo que não se possa mudar. Mas é valioso que te amem na mesma intensidade, algumas vezes. - Elevei minha atenção a negra que até então estava alheia á aquelas palavras, um casto sorriso lhe era visível e a forma que seus olhos capitavam os meus. - Talvez, o tempo cure as feridas, ou não. Acho que isso não depende do tempo, mas sim de nós mesmos, não que seja por sentimentos alheios. Quando aceitamos a realidade, por mais que doa, as coisas melhoram, não de um dia pro outro, mas com o passar dos dias. Por mais que pareça difícil aceitar a dor e conviver com ela, ou simplesmente esquece-lá, é o que devemos fazer, pois é a melhor maneira de seguir em frente. 

:- Eu falei que era a namorada gostosa da Dinah, e ainda por cima, minha professora. - Murmurou Regina deixando com que sua boca ainda cheia por suas garfadas de lasanha pudesse tomar atenção, tal como o molho avermelhado que enfeitava o canto de sua boca.
Indiferente de Seth, que parecia ter mergulhado com pura ansiedade dentro daquele prato um tanto suculento. Mama tinha suas não raízes italianas, de tal forma cozinhando tão bem.

Rolei meus olhos sendo acompanhada da risada de Normani. Foi diante de sua risada, que eu estava a sorrir, ou melhor, os sorrisos permaneciam em meus lábios. Era inevitável não sorrir a cada segundo com quando ao seu lado, suas ações eram motivos suficientes para tal. Mas afinal, qual era o real motivo? Coisas banais tagareladas por Regina?. Sua cabeça era discretamente jogada para trás, acompanhada de sua futura sogra, seus olhos um tanto marejaram, o que ao meu ver era comum até com leves cócegas. Os mesmos se fechavam ainda com suas risadas que saíam de sua boca. 

Cada mínimo detalhe era impecável. 

Talvez fosse a forma na qual eu mesma havia falado, foi ridículo? Ou meloso demais? Mas era verdade! Que diabos está acontecendo dentro de mim? 

Droga, Normani, você ainda me enlouquece. 

:- Uma vaca leiteira? - Normani questionou arqueando suas sobrancelhas perante os pirralhos. 

Sem ter de prestar tanta atenção como o comum, encarei a mediana quantidade de lasanha ainda presente em meu prato, essa mesma apenas beliscada pelos dentes do prateado garfo, já que tinha minha boca estava a jogar sentimentos aos ares. Elevando uma generosa parte em direção a minha boca, tornei a degustar a ponto de meu estomago fazer festa, já que pontas e barulhos nada agradáveis chegavam á certo ponto. 

:- Sim, como aguenta os seios caídos de Dinah? 

Fuzilei minha irmã mais nova rapidamente antes de as bochechas coradas de Normani a responderem em um silêncio angustiante, mas... Como!? 

:- Eu tranco a porta do banheiro! - Murmurei fitando-a. 

:- Mas não a do quarto quando resolve dançar em frente ao espelho. - Sorriu convencidamente fazendo Seth mais ao lado rir em meio ao rosto lambuzado. 

Até ele? 
Encarando-o parou no mesmo instante. 

:- Regina! - Mama já vermelha, no que acredito de rir de assuntos que nem ao mesmo ouvi,  empurrou-a levemente pelos ombros, ela que apenas riu em resposta. 

Suspirei voltando minha atenção ao prato a minha frente, afastando-o um tanto a ponto de chamar atenção da morena ao lado, que carinhosamente acariciou minha mão ainda presente a sua, seu sorriso era um refúgio tal como seus olhos, aquele farol extasiante e quase negro. 

:- Er... - Pigarreou quebrando aquele contato ao fitar a polinésia mais velha ao outro lado da mesa, essa até então tentando limpar o rosto de seu neto. - Dona Milika. - Sorriu de forma frouxa e totalmente nervosa, era perceptível em suas mãos agitadas, tais como suas pernas debaixo daquela mesa. - Um certo dia lhe prometi fazer sua filha feliz, eu ao menos tentar, gostaríamos de oficializar isso. -  Suspirou liberando aos poucos o ar preso por seus pulmões. Ela sabia estar o prendendo!? - Me soa errado de alguma forma, talvez por ser respectividade demais para uma única pessoa, mas você tem sido boa demais com uma desconhecida a esse ponto, mas poderia garantir que sou capaz disso, mesmo com meu desdém... 

O silêncio instalando-se entre nós era tão presente como a animação de meu pequeno filho ao comer sua lasanha, tal como poderia ouvir-se o coração palpitante em meu peito, se não nossas respirações descompensadas em nervosismo e um misto de medo.

Medo do futuro, medo do que nos tornamos, do que vamos ser... Medo, esse maldito medo da felicidade. 

:- Seja bem vinda a família, Normani. - Ditou por fim.

Um sorriso, foi o que arrancou da minha morena, seu mais sincero sorriso, claro, acompanhado do meu. Palmas animadas de anteriormente encarrancada Regina e então, mais um pedido de Seth.

Afinal, aquela lasanha estava realmente deliciosa! 

 

"Nossa história foi escrita torta de propósito, para a gente se encontrar"


Notas Finais


E por último, queria saber se gostam de capítulos em outras perspectiva de vista? tal como um tempo atrás fiz com Seth.

BTBE - https://spiritfanfics.com/historia/behind-the-brown-eyes--norminah-7272370

TWOMS - https://spiritfanfics.com/historia/the-words-of-my-soul--norminah-7619960

COMS - https://spiritfanfics.com/historia/confessions-of-the-suicidal--interativa-7834250

All The Love, M. 🌼


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...