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História Do I Wanna Know!? - Norminah - Taking Courage


Escrita por: FarofeiraHansen

Notas do Autor


Hey Sweets♡

Olha eu aqui mais uma vez - não, imagina -. Acabei maratonando tanto que mal percebi o tempo passando. Mas acho que estou no lucro ainda. Ksksks

Aproveitem. 🙃

Capítulo 24 - Taking Courage


Fanfic / Fanfiction Do I Wanna Know!? - Norminah - Taking Courage

Dinah Jane Hansen, Point Of View

Miami, Flórida, 23 de Abril de 2016.

Final de semana finalmente chegou a tona, cansada de pilhas de formulários para ler e reler, chegava a dar pulos de alegria sabendo que o dia seguinte seria sábado, mesmo sem planos, estava em completa felicidade de me ver livre daquelas papeladas por algumas horas. Exausta, e esgotada de qualquer pressentimento que poderia ter em me ver em frente de uma vídeo conferência, apenas me joguei de qualquer forma, sem me importar muito, sobre o sofá, apenas acabei a adormecer por lá mesmo. 

Raios de sol irradiam o local, logo acordando-me, me espreguicei praguejando antes mesmo de rumar alguns passos lentos em direção as cortinas, fechando-as. Bocejei em alguns momentos me direcionando em passos arrastados em direção a escadaria, subindo preguiçosamente cada degrau. Destravei a porta assim que girei a maçaneta, me conduzindo ao adentrar ao quarto sem esforços, com certa pressa retirando minhas vestes assim que adentrava ao banheiro preparando meu banho, precisava relaxar um pouco.

Joguei as roupas do trabalho no cesto de roupas sujas, Annabeth as levaria para a lavanderia mais tarde. Entrei no pequeno cubículo do box, girando o registro podendo assim deixar a água cair sobre meu corpo relaxando meus músculos e esquecer por pouco tempo do trabalho. Afinal, o dia só estava começando. Elevei as mãos ao rosto esfregando o mesmo com auxílio da água e levando o cansaço embora.

Tratei de pegar a toalha somente minutos mais tarde, envolvendo em meu corpo secando os pés no tapete felpudo antes de calçar os chinelos. Segui em direção a porta, abrindo-a e sentindo meu corpo tremer pela mudança repentina de temperatura, suspirei seguindo ao closet pegando a primeira peça de lingerie a minha vista, vestido-a em meu corpo assim me livrando da toalha que deixei jogada em algum canto por ali, logo voltando ao banheiro bastante espaçoso.

Peguei alguns cremes e óleos corporais e faciais, era um certo segredo em manter a pele sempre bem hidratada e um semblante apresentável. Um batom de tom claro e um delineado bastante pensando, - pois qualquer erro é notável -  e estava pronta.

Minutos mais tarde seguia em direção ao quarto ao lado - o de Seth - , devidamente vestida com algo confortável e os cabelos presos em uma trança. O pequeno dormia serenamente com os pequenos e delicados braços rodeando uma pelúcia ao seu lado.

:- Acorde, amor. - Resmunguei me agachando ao lado da sua cama soprando levemente seu rosto afastando os fios negros que por ali caíam. - Vamos tomar café fora, hoje.

Seth como sempre resmungava de forma arrastada enquanto abria seus olhos, encarando-me que sorria com ternura em sua direção.

:- Ainda é cedo demais, mama. - Questionou sonolento.

:- Se não começarmos cedo, não terá como ganhar uma surpresa. - Retruquei risonha.

O pequeno fitava meus olhos como se tentasse descobrir o que se passava em minha cabeça. Sorriu e levantou-se correndo em direção ao banheiro.

Ri da reação de meu filho.

:- Vinte minutos, mocinho. - Gritei antes de sair do quarto tornando a cruzar o corredor vazio e silencioso. - Bom dia Annabeth. - Sorri em sua direção.

:- Acordada essa hora, Dinah? - Perguntou parando no topo da escada com um cesto de roupas limpas e dobradas.

Assenti me aproximando.

:- Farei uma surpresa a Seth. - Comentei arrumando um porta retrato em uma estante ali próxima, tinha sintomas de TOC. - Algum problema em voltar para o jantar? - Negou.

:- Problema algum. - Sorriu.

:- Ótimo. - Retribui tal ato. - Eu não irei demorar, pode deixar o almoço para minha conta, terá o restante do dia livre. - Beijei sua testa. - Diga a Seth que o espero na sala de estar.

Ela assentiu e rumei meus passos pelos primeiros degraus, parando ao chamar minha atenção.

:- Oh...Dinah, ligaram mais cedo pelo residencial. - Assenti para que prosseguisse. - Era uma voz masculina, não quis se identificar, e diz que tenta em outro momento. - Engoli em seco e apenas me afastei receosa rumando a sala de estar.

Milhares de hipóteses. Ou talvez apenas três. 

Sem antes pestanejar, ouvi o soar da campainha, o que meramente estranhei. Me aproximei destrancando a porta dando-me a imagem de Lauren e Normani mais ao fundo.

Franzi o cenho.

:- Uh...Bom dia!?

:- Ótimo dia. - Lauren sorriu de orelha a orelha, um ato no qual estranhei.

:- Bom dia. - Normani sorriu sem dentes

:- Que clima de velório. - A mais nova entre as duas revirou os olhos. - Onde está meu afilhado?

Apoiei meu corpo na batente da porta, cruzando os braços, arqueando as sobrancelhas.

:- Isso são modos? - Mordo meu lábio inferior.

A morena mais branca que papel A4, revirou os olhos.

:- Eu Lauren, acordei nesse dia radiante, com uma puta vontade de vistar meu sobrinho favorito, e acabei encontrando esse monumento no caminho. - Apontou pra Normani. - Então ela me acompanhou até aqui e...

:- O vídeo game está na sala de estar. - Ditei tediosa.

:- Ótimo. - Adentrou sem menos feito um foguete.

Normani riu baixo e lhe apresentei um sorriso tímido. Não havíamos nos falado direito desde quando voltamos a Miami, apenas algumas mensagens.

:- Acho que o biscoito de erva doce que ela estava comendo era de uma outra erva. - Comentou enfiando suas mãos nos bolsos. - Afinal, bom dia, de uma forma mais informal. - Ela riu nasalmente e lhe acompanhei.

:- Bom... - Fui interrompida por gritos próximos de Seth descendo as escadas, dei de ombros observando-o parar ao meu lado um tanto ofegante.

Voltei minha atenção a Normani, estava com um sorriso em seus belos lábios, bem delineados. Simplesmente magníficos, estava diferente do que costumava trajar.

E isso a deixou totalmente mais sexy.

:- Como sempre, aparecendo cedo. Anda me espionando, Kordei? - Brinquei.

Seu sorriso era presunçoso e cheio de si, e ficou ainda mais belo quando a vivacidade em seus olhos começou a dar sinais.

:- Quem sabe, Jane? Não se pode perder de vista um paraíso desses. - Comentou e sorri com tamanha audácia sua.

:- E o que faz acordada tão cedo? - Perguntei bastante curiosa.

:- Costumo acordar cedo para observar a cidade fluindo, gosto disso, me traz um certa paz. Prático caminhada também e nisso acabei me encontrando com Lauren. - Comentou desviando seu olhar a Seth. - E você, Dinah?

Seu olhar era predominante, e intenso, ficava focado no pequeno, hora ou outra me encarava. Como se tivesse um imã atraindo seus castanhos aos meus.

:- Fiquei exausta ontem e acabei dormindo no sofá, acordei com o sol colidindo na minha cara, o que não é novidade para mim. Então resolvi tomar café da manhã por aí com Seth.

:- Coincidência? - Arqueou as sobrancelhas e franzi a testa. - Estava indo em direção a um Starbucks que inaugurou aqui perto.

Minhas expressões relaxaram e sorri levemente.

:- Por que não vamos juntas então? - Ela assentiu e rumei alguns passos para fechar a porta por trás de mim.

:- Vamos mamãe? - Seth perguntava eufórico.

Sorriu em direção ao pequeno, percebendo que a morena fazia o mesmo, relaxei meus ombros segurando em sua pequena mão.

:- Olá, pequeno. - Sorriu mostrando seus dentes perfeitamente alinhados.

Seth a encarou e seus olhos brilharam.

:- Oi. - Disse tímido e em seguida corou.

Dei risada. Ele havia se intimidado por achar Normani bela demais, o mesmo já havia comentado comigo sobre isso e confesso almejar bastante.

:- Meu nome é Normani, e o seu príncipe? - Sorriu de modo encantador, como uma apresentação mais formal.

:- Seth. - Disse simples. - Você é muito bonita. - Sorriu inocentemente.

Ela riu se curvando e segurando em sua mão livre, beijando as costas da mesma levemente, deixando o pequeno mais corado que anteriormente.

:- Foi um prazer lhe conhecer. - Piscou e reatou sua coluna logo me fitando. - Tão belo quanto a mãe.

Sorri em sua direção.

:- Vamos? - Colocou as mãos nos bolsos afirmando.

:- Vamos mamãe! - Seth pulava eufórico.

[ ... ] 

:- Talvez eu goste um tiquinho assim de arroz. - Demonstrou o tamanho usando seus dedos, representando um 'minimo'.

Seth tinha as sobrancelhas arqueadas, nas quais me faziam rir. 

:- Você come arroz com batata frita e gosta. Então não vejo nenhum motivo evidente que explique essa sua viadagem. - Provoquei tomando um gole do meu Caramel Macchiato.

Tais palavras fizeram Normani explodir em uma gargalhada contagiante. Parecia esculpida por anjos.

Delicadeza define.

:- Ainda plefiro macarrão com queijo. - Deu de ombros e ambos bateram um Hi5.

Havíamos parado a cafeteria - bastante conhecida por sinal - a pelo menos vinte minutos, e até então jogávamos conversa aos ares. Como por exemplo o fato de Seth odiar arroz, mas comer sem problema algum junto a batata frita.

Eu sorri tendo aquela sensação boa de conversar com Normani. Era como se peças de nosso quebra-cabeças começassem a se encaixar.

:- Ei, você tem um bigodinho agora. - Ditou a mais velha apontando para meu busto.

Eu tentei acompanhar seu olhar, e ri ao perceber o acúmulo de espuma sobre minha boca formando um bigode perfeito. Gargalhamos juntas, foi exatamente assim que nossos olhares se cruzaram uma primeira vez.

Seth apenas observava degustando suas panquecas decoradas com Chantilly em forma de sorriso. Sem esquecer da calda extra de chocolate.

:- Eu sou Charles Chaplin! - Lancei-lhe uma piscadela, fingindo tirar uma cartola imaginaria.

Normani tombou sua cabeça de tanto rir.

:- Oh, e o que Senhor Chaplin faz em um Starbucks em pleno século vinte e um? - Gozou de mim.

Franzo o cenho e prossegui com a voz afetada:

:- Por quê? Será que um homem que nasceu por volta de 1900 não pode fazer uma visitinha ao futuro?

Normani riu mais ainda e lhe acompanhei, sentindo-me mais leve. E o que me chocava, era que tal leveza não era acompanha de um sentimento estranho.

Era tudo muito natural.

Acho que devemos fazer coisa proibida - senão sufocamos. Mas sem sentimento de culpa e sim como aviso de que somos livres. A conquista da liberdade é algo que faz tanta poeira, que por medo da bagunça, preferimos, normalmente, optar pela arrumação.

E assim me sentia ao lado de Normani.

E foi então que meu sorriso sumiu Siope invadiu minha mente me deixando desnorteada. Saber que poderia estar a qualquer canto de Miami em uma bela situação incestuosa, a minha procura e seu ponto em principal, Seth. Precisava me afastar um pouco daquilo, e sentia que não era o momento para me preocupar com a incógnita de sua presença.

Apenas me deixar levar.

De alguma forma, nesse último mês, Normani conseguiu dar vários e vários passos a mais comigo. E quando eu menos esperava, lá estava ela, com toda minha confiança.

Estar sentada aqui com ela, rindo de coisas banais, parece simplesmente tão certo.

Normani inclinou seu corpo, passando a ponta do seu polegar suavemente sobre meu buço, limpando qualquer vestígio de espuma, e eu continuei a encarar seus olhos que não desviavam dos meus.

Nós olhávamos uma a outra, como se perguntássemos: Por que tudo parece mais estranho agora?

:- Eu te amo. - Ela sussurrou para mim e minha primeira reação foi franzir a testa.

Estava Normani doente? Ou é apenas minha fértil imaginação?

:- O que? - Soltei confusa. Ela realmente disse aquilo? Que maravilha, ando tendo alucinações.

Normani pegou cada uma de minhas mãos e envolveu-as nas suas. Olhei para ambas as mãos entrelaçadas e um pequeno sorriso tomou conta de meus lábios ao perceber o contraste de suas mãos pequenas em relação as minhas que pareciam enormes naquele ponto de vista.

:- Olhe para mim. - Ela pediu e ergui meu olhar receosa.

Seth estava tão entretido em comer que nem ao menos se importou em prestar atenção. E como em um filme clichê, meus batimentos aceleraram e eu começava a dar indícios em acreditar que aquilo realmente era real.

Jesus Cristo, Normani Kordei havia acabado de se declarar para mim? Por favor diga-me que não estou delirando!

:- Normani...? - Falei após ela ficar calada por um tempo.

Ela suspirou para o que parecia tomar coragem para dizer mais uma vez, agora em bom e alto tom.

:- Eu te amo. - Ela repetiu, dessa vez estávamos nos encarando olho a olho. Fiquei boquiaberta,  ela realmente havia dito as tão almejadas três palavras. Eu não sabia o que dizer, muito menos como reagir, abri a boca para responde-lá, mas as palavras ficaram presas em minha garganta e pareciam não querer sair. - Faz quase uma semana que a ficha caiu, sabe? Nesses dias me vi perdida em sentimentos, senti falta de acordar com o peso de seu braço sobre minha cintura e sua respiração em minha nuca, o calor do seu corpo e as repetidas vezes nas quais resmunga enquanto está dormindo. Nunca pensei que uma boa noite em claro, seria a responsável para me confessar para uma mulher. - Riu nasalmente. - Clichê, dramática e até miserável, eu sei que é, mas foi a forma que descobri a verdade. - Eu estava totalmente atenta a suas palavras. Normani soltou uma risada e aquele sorriso de lado moldou os seus lábios. Eu ainda estava em estado de transe. - E sei que sofreu muito com esse lance de amor e toda baboseira de querer ser retribuida, mas é o real o motivo de amar, é sentir na pele que o que você esta dando, estará recebendo, e não coloco a culpa sobre suas costas, nunca passou pela minha mente fazer isso. Eu sei que é realmente cedo dizer isso, mas não é da boca para fora, eu me pego pensando em você, me preocupando em saber se está bem ou precisa de um colo nas suas crises de choro, eu aprendi suas manias assim como o motivo delas, sei da sua lista de desenhos prediletos, do seu perfume que impregnou em minha manta, do seu esmalte para cada final de semana, e de suas tortas de amora. É incrível que esse Caramel Macchiato deu a mim coragem de ditar tais palavras proferidas por muitos, as mais importantes julgadas por mim. Afinal, que milagres um bom café faz, não é? - Ela riu novamente e não contive meu sorriso. Seus olhos castanhos tinham um certo brilho e sabia que estava sendo sincera. - E presumo que pelo belo sorriso, você não me bata nem me dê um belo chute na bunda, o que já é um maravilhoso começo. - Comentou risonha. - Sabe, nunca fui ciumenta demais, possessiva ou irracional quando se trata de você, mas com todas essas idas e voltas em tão poucas semanas, percebi o quão imbecil fui em não ter lhe beijado no primeiro momento. - Gargalhei baixinho. - Afinal...E a garota do aeroporto, certo? - Assenti sorrindo. - Mesmo algumas vezes às escondidas, tomei coragem e...Eu amo você.

Dizer que eu estava surpresa era realmente um eufemismo, estava completa sem reação.

Abri um sorriso de orelha a orelha, percebendo que havia passado um tempo calada enquanto a morena contemplava meus olhos com um misto de receio e preocupação. Soltei uma risada e logo estava tendo um ataque de risos, nem me importei com as poucas pessoas ao nosso redor, afinal havíamos escolhido uma mesa bastante afastada.

O que por fim foi uma boa escolha.

:- Já estava mais do que na hora, não é sua idiota? - Soltei saindo de meu lugar e me jogando em seu colo, abraçando seu corpo fortemente.

:- Caralho, eu te juro que meu coração parou de bater por um momento. - Resmungou e ri baixo apertando-a mais ainda. Apertou seus braços ao meu redor e afundou seu rosto em meus cabelos. - E amo seu cheiro também.

:- Você me ama. - Eu brinquei, mas no fundo tais palavras tinham enorme efeito para mim.

:- Como uma louca. - Completou minha frase anterior. - Aliás, amo essas suas coxas quentes que estão me esmagando agora mesmo.

Eu ri de sua frase maliciosa e apertei o abraço, encarando-a.

:- Droga, Normani, é você mesma? - Falei ainda sem acreditar no que ocorria, posicionando ambas minhas mãos nas laterais de seu rosto.

Ela tombou a cabeça para o lado rindo alto.

:- Sou eu mesma, Jane. E o melhor, se tudo: Sou toda sua. - Sussurrou.

[ ... ]

:- Deixe-me ir ali pagar. - Ditei me levantando, porém Normani segurou em meu braço.

:- Nada disso. - Negou.

:- Mas eu sempre pago. - Retruquei.

:- Não dessa vez querida. Você já se seu o trabalho de convidar. - Disse convicta. Abri um sorriso um tanto irônico. - Não me faça segurá-la a força.

:- E quem fará isso? Você? - Arqueei as sobrancelhas e ri convencida.

Ela fez uma cara de ofendida porém logo riu. E assim levantei seguindo em direção ao caixa, porém fui pega de surpresa por Normani que me colocou sobre seu ombro. Reprimi um alto grito passando a distribuir socos por suas costas.

:- Que merda, Kordei, eu estou de vestido, me solta! - A reprendia, mas no final me rendo as gargalhadas perante a situação constrangedora.

:- Está fazendo um favor a humanidade, Jane, e se estivesse me escutado, nada disso teria acontecido, mas preferiu insistir.

:- A sua sorte é que meu vestido é mais longo do que os outros que eu tenho. - Continuava inutilmente tentando sair de seu ombro.

Normani pareceu me ignorar, quando rumou seus passos para o caixa que agora menos distante, comigo ainda sobre seu ombro, como um saco de batatas.

Questionava tamanha força.

:- Mesa doze, por favor. - Pediu educadamente.

Olhei para seu bolso traseiro de Kordei e vi sua carteira, peguei sem que percebesse. Assim que procurou pela mesma apalpando seus bolsos sentindo que não estava no lugar.

:- Dinah... - Reprendeu.

:- Eu lhe devolvo se me deixar pagar. - Mesmo não lhe olhando sabia que estava revirando os olhos.

:- Já lhe disse que não. - Bufou impaciente.

:- Então não terá sua carteira se não me soltar e me deixar pagar ao menos minha parte. - Fiz birra.

:- Não preciso dela querida, tenho um cartão aqui comigo. - Disse revirando os bolsos de seu moletom. - Acho que venci novamente.

Na tentativa de enxergar sua face, percebi o sorriso em seu rosto. Como dito pagou todos os pedidos saindo da cafeteria com meu corpo sobre seu ombro, Seth andava ao seu lado gargalhando de minha situação.

De sua própria mãe.

:- Me solte, Kordei. - Ordenei.

A morena começava a me ignorar como anteriormente de mesma forma, começando a irritar-me. Quando ambos chegaram ao meio fio da calçada, ela  soltou meu corpo. O tempo para me recompor foi curto, apenas lhe mostrei o dedo médio e ela sorria como uma criança que acabará de receber um doce.

:- Você é uma fodida. - Murmurei indignada.

Estava emburrada.

A morena apenas deu risada e segurou em minha mão rumando passos pelo caminho no qual seguimos para adentrar a cafeteria. Agora voltando na direção contrária.

:- Obrigada pela ótima companhia que fez. - Respondi sarcástica.

:- Fico feliz que tenha gostado, querida. - Provocou.

Bufei pelo apelido recebido.

:- Mamãe, convida tia Mani para almoçar lá em casa. - Sugeriu Seth que estava entretido com um pirulito que Normani havia lhe pago.

:- Acho que tia Mani deve estar muito ocupada hoje, Sunshine. - Olhava diretamente a Normani como se a informasse de não cometer tais atos.

Porém pareceu querer ignorar mais uma vez, dando de ombros e encarando meus olhos.

:- Estou totalmente disponível, principalmente para você querida, a hora que quiser. - Sorriu de modo cafajeste.

Lhe fitei de modo reprendedor e suspirei vencida.

:- Vamos, Kordei.

Dei as costas para ambos os encarando de relance, ambos faziam uma espécie de toque secreto, virei rapidamente para os dois que se recomporam e me encaram como se nada tivesse acontecido. Estamos próximos da residência, e por pura malandragem Camila estava a jogar com Lauren na sala de estar, as vezes suspeitava que ela surgia do ralo do banheiro.

Segui em direção a cozinha sentando temperos, utensílios e demais ingredientes começando os preparativos. Decidi fazer strogonoff, como de costume cantarolando enquanto mexia em uma das panelas sobre o fogão sem chamas, e sim elétrico.

:- Não sabe o quanto sexy e excitante é lhe ver rebolando.

A encarei um tanto assustada, estava escorada na porta da cozinha com um sorriso nos lábios, sorri provocativa pegando uma colher e lambendo-a de modo extremamente lento enquanto sustentava meu olhar a morena que ardia de desejo.

:- Não provoque, só Deus sabe o que poderia fazer com você aqui mesmo.

:- Mas não é capaz de realizar tal ato. - Respondi me virando para voltar minha atenção as panelas.

Meu corpo foi prensado contra a parede, nossas respirações estavam descompensadas. Normani depositou suas mãos sobre minha cintura e puxou-me contra si causando a mim um intenso arrepio. Beijou de modo canto e provocativo a pele arrepiada de meu pescoço, hesitei porém acabei arfando de forma baixa, Normani se afastou por completo.

:- Ainda duvida de mim, querida? - Perguntou e mordo meus lábios.

:- Quem sabe... - Dei de ombros e voltei a cozinhar.

[ ... ] 

:- Vocês não cansam de see viciadas de tal forma? - Resmungou Camila em questão a nós três, vulgo, Normani, Seth e eu, com aparelhos eletrônicos em mãos.

Estávamos jogados sobre a cama de casal de meu quarto, completamente deploráveis a qualquer movimento brusco. A latina pegou todos eles saindo em direção as escadas em uma velocidade duvidosa por mim, nos entreolhamos e logo seguimos atrás da mesma resmungando tais coisas para que devolvesse nossos celulares - e vídeo game do Seth -. Suspirei exausta parando na dala de estar.

A latina segurava um lençol que encobria algo volumoso que estava sobre a mesa de centro daquele cômodo.

:- A vencedora do primeiro jogo sou eu, pois essa tarde ninguém usará eletrônico nenhum. - Enfiou a chave da gaveta na qual havia guardado os aparelhos, entre seus seios.

Minúsculos por sinal.

:- E como vamos nos divertir sem as nossas coisas? - Perguntei de forma tediante

:- Senhoras e senhores. - Engrossou a voz e franzi meu cenho. - Eu lhes apresento a galeria Cabello de armas malucas. - Jogou o lençol ao chão.

Me aproximei junto a Seth que sorria largamente.

:- Santo pirulitinho. - Exclamou.

:- E olha só, aqui tem todas as clássicas. - Cruzou seus braços. - Spray de espuma, armas super molhadoras, riffles de gosma, e o mais importante. - Tomou em mãos o maos dos objetos. - A arma de papel higiênico projetada pela própria Camila Cabello. - Analisou a mesma com um sorriso nos lábios. - Eu poderia ter usado ela tom após o jantar, não é mesmo?

:- São para crianças. - Normani se aproximava. - Então divirtam-se. - Sorriu sarcástica voltando a seu ponto anterior.

:- Uh...Lhe chamou de criança, vai deixar isso assim? - Perguntou a latina me estendendo um spray de espuma.

Prontamente o peguei.

:- Mas é claro que não. - Comentei pressionado o botão superior espirrando o conteúdo branco no corpo negro da garota.

:- Ouch! - Bufou. - Acha isso engraçado, não é? - Perguntou tomando outro Spray em mãos, Camila havia feito o mesmo processo, e assim espirrou em mim.

:- Não vou ganhar espuma também? - Seth perguntou jogando os bracinhos no ar, e ambas espirrando espuma no menor. - Não foi isso que eu quis dizer! - Suspirou limpando sua face. Camila lhe estendeu um último spray e o menor analisou. - AHHHHH! - E assim começou a guerra.

Camila correu para qualquer outro cômodo, me escondo por trás de uma poltrona, enquanto isso Normani fez o mesmo, enquanto Seth atrás do sofá. Ri baixinho erguendo levemente meu tronco e espirrando o conteúdo no cabelo de Normani, que praguejou.

:- Essa é por deixar a sua cama desorganizada. - Espirrou em minha direção, acertando boa parte da poltrona.

Assim fiz o mesmo de forma revidativa.

:- Essa é por ter uma péssima pontaria no banheiro. - Retruquei e logo franzo o cenho.

Seth levantou erguendo suas mãos em sinal de rendição.

:- Acho que fui eu. - Falou coberto por espuma, mal podendo abrir os olhos. - É difícil fazer xixi com a pontla dos pés. - Deu ombros de abaixando novamente.

Gargalhamos dos atos singelos de meu filho, até então parecia me divertir como anos atrás, uma criança livre em questão de boas lembranças. Cessamos ao ouvir o soar da campainha, engoli em seco estranhando tais atos.

:- Quem é? - Normani perguntou em alto tom.

:- É o entregador de pizza. - A grossa voz soou por trás da estrutura de madeira.

:- PIZZA? - Seth pulou animado.

:- Proponho uma trégua pela pizza. - Sugeri e assentiram.

Corremos em direção a porta, abrindo-a. E lá estava ela, Camila e uma riffle de gosma, atirando em nossa direção com um sorriso diabólico e gargalhadas maléficas. Tentava ao máximo proteger meu rosto, e ambos pareciam tentar o mesmo.

:- O truque da pizza falsa nunca falha! - Sorriu satisfeita largando a arma ali próxima. - Acho que precisam de uma ajuda. - Comentou pegando a arma de papel higiênico, apenas arregalei os olhos com seus atos seguintes.

:- Agora considerem-se limpos.

Ela parecia se divertir com nosso desespero. Suspirei apenas ao imaginar como seria o sacrifício de retirar aquela bagunça da casa e de meu corpo.

:- Vocês são péssimos, nem três contra um conseguiram ganhar de mim. - Logo ela sumiu novamente.

:- Isso é injusto, estamos imundos e ela limpinha. - Reclamou Normani relaxando seus ombros.

:- Porque ao invés de nos atacarmos, atacamos Camila? - Sugeri e Normani sorriu pensativa. - Seth, pega suas tintas no quarto de brinquedos. - Ele assentiu e saiu correndo. - Vou pegar um balde.

[ ... ]

:- Mama, Tia Camila está vindo, vai entrar pela porta da frente. - Seth anunciou ofegante.

:- Beleza, todo mundo, em posição. - Desci rapidamente as escadas de metal deixando-a em algum canto.

:- Eu estou ouvindo ela! - Normani exclamou animada com um carretel de barbante nas mãos.

Corremos para o lado da porta, Normani mais atrás atenta, fiquei a frente segurando no barbante, e então a porta se abriu e sem pensar duas vezes puxamos a linha branca deixando o balde de tinta laranja jorrar sobre Cami...LAUREN!?

Arregalamos os olhos em conjunto, exceto Seth, que resmungava com os braços.

:- Deixa eu ver se entendi. - Engoliu em seco observando Lauren desacreditada. - Não vai mesmo ter pizza?

:- Que palhaçada. - Reclamou Lauren.

:- Em nossa defesa, não acreditamos que daria tão certo. - Comentei e bati um Hi5 com Kordei.

Camila surgiu logo atrás de nós.

:- Eu me diverti muito fazendo bagunça, acho que tenho um lado negro. - Comentou o pequeno nos fazendo rir.

:- Mas...O que? - Lauren nos fitou.

Apenas dei de ombros.
 


Notas Finais


O que acharam? 👀

Volto logo, estou com algumas ideias para o fim dessa Fanfic e como sabem não terá um segunda temporada mas...Melhor parar por aqui, e antes que se desesperem, estamos apenas no começo. 😏

All The Love, M. ❣


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