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História Do I Wanna Know!? - Norminah - I Should Worry


Escrita por: FarofeiraHansen

Notas do Autor


HELLOU PEOPLE - Sweets do meu coração - EU JÁ DISSE QUE AMO VOCÊS? EU AMO VOCÊS.

Desculpa, é que meio que estou em ódio desse capítulo e me sinto péssima em postar ele...Mas não vem ao caso...EU REALMENTE AMO VOCÊS!

Eu estava de boas ouvindo "Do I Wanna Know" - OUÇAM OU NÃO BITCHES - e pensei, porquê não sofrer mais um pouco com Fanfics? ENTÃO EU FIZ, abri o aplicativo e PAH ele não abria...

EU MEREÇO!!

O capítulo estava quase pronto e nada do aplicativo funcionar...e eu fiquei 'elas vão me matar, mas posso ficar quieta neh!?' ACONTECE QUE EU NÃO CONSIGO.

Mas voltou a funcionar...Porque ainda então aqui? Podem ler, eu falo com as paredes mesmo... 🙄😂🍃E EU AMO VOCÊS.

Capítulo 33 - I Should Worry


Fanfic / Fanfiction Do I Wanna Know!? - Norminah - I Should Worry

Dinah Jane Hansen Point Of View
Olympia, Washington, 14 de Maio de 2016.

 

 

 

Nada que a satisfação de uma cama box de um hotel três estrelas em algum canto de Washington faça minhas dores descomunais e pensamentos atordoantes se esvaírem como vapor de uma chaleira com água fervente. Os assuntos da empresa seriam discutidos, embora sempre discordasse de todas aquelas parcerias e propostas, o cachê seria bom o suficiente. Uma Lauren enciumada havia ficado no calor infernal de Miami, na última semana Zendaya vinha se destacando com a financias e todas aquelas papeladas que a princípio pertencia a Brooke, muito além que trabalho, me acompanhava para suprir as necessidades com álcool ou até mesmo um suco de laranja, mas nada disso fazia Seth mudar de ideia de que voltar pra casa com "cheilo de fumacinha" prevalecia em meus planos. Talvez seja isso o que enciume aqueles fuzilantes olhos verdes nos últimos dias.

Normani? Bem, desde aquela noite não encontrei-me com seus olhos, muito menos sua presença na cafeteria ou academia de dança, Regina até então não soube explicar. Ou talvez porque nem ao menos a questionei. Mas de fato tentava me esquecer daqueles castanhos penetrantes ou até mesmo o sorriso no canto de seus lábios, precisava esquecê-lá.

Me despertei quando senti os lábios de Kordei migrarem ao vão de meus seios, nos quais o fecho frontal de meu sutiã já havia de estar em um estado mais frouxo deixando meus seios desnudos e o tecido rendado caído ao chão em questão de segundos. O gosto metálico se instalava em meus lábios junto ao hálito, de tanto os morder, ficaram alterados a ponto sangrarem. Os seus não encontravam-se diferentes porém inchados e avermelhados, os beijos anteriores foram bastante...prazerosos. Observava o quão perfeitamente seus cachos negros caíam sobre sua face conforme sua boca trabalhava em meu seio esquerdo como uma criança degusta seu doce, suas unhas pressionadas contra minhas coxas apertando-as a ponto de fazer minha intimidade pulsar dentro daquele jeans colado. Me remexia inquieta conforme suas unhas praticamente perfuravam minha pele, suspeitava ter boas marcas mais tarde, sua boca com toda delicadeza fazia questão de deixar os bicos de ambos meus seios rígidos. Suspirei de forma sôfrega tentando reprimir alguns gemidos. Seu sorriso se tornou mais opaco enquanto suas mãos subiam ao zíper de minha calça. Seus cachos em segundos se transformavam em ondulados e um tom de castanho claro, assim sua pele que se transformava menos negra e mais...bronzeada!? Arregalei meus olhos tendo Coleman sobre meu corpo prestes a retirar minhas últimas vestes. Que diabos eu estava fazendo? Tentei a todo custo segurar seus pulsos, mas ela parecia mais atenta a descobrir o quão molhada eu me encontrava. Fechei meus olhos com força sentindo seu polegar pressionar meu clitóris ainda sobre o fino tecido de minha calcinha.  Abria minha boca para exigir que parasse antes que nossa situação se agravasse, mas minhas cordais vocais pareciam ir contra mim naquele momento. Por sorte minhas pernas ainda se mantinham firmes, e em um rápido movimento percebi seu corpo seminu ir ao chão, suspirei limpando o suor acumulado sobre minha testa enquanto me sentava devidamente ereta sobre a cama.

Porque ela insistia em atormentar meu pensamentos!?

Engoli em seco quando os olhos de Zendaya rapidamente me fuzilaram, antes de darem espaço a uma feição tranquila. Franzi o cenho unindo as sobrancelhas enquanto meu olahr andarilhava pelo quarto a procura de minhas vestes. Alcancei o sutiã próximo ao pé da cama o vestindo rapidamente podendo assim encobrir meus seios enquanto a morena observava atentamente parecendo receosa em sentar sobre a cama.

:- O que está acontecendo? - Ofeguei me remexendo inquieta.

:- Eu pensei que quisesse. - Gesticulou com as mãos.

:- Não! - Exaltei-me antes de suspirar. - Desculpa, mas é que...eu...nós...

:- Quem precisa de compromisso? - Riu com um mínimo pingo de humor. - Relaxa Jane, sei que jamais seria que alguns amassos e toques. - Deu de ombros colocando uma mecha de seu cabelo para trás da orelha, o coque que antes unia suas mechas, agora se encontrava praticamente desfeito.

:- Não. - Suspirei subindo o zíper de minha calça antes do botão metálico. - Eu mal a conheço, Zen... - Resmunguei.

:- Mal conhecia Normani também. - Fitou meus olhos conforme suas palavras saiam de sua boca.

:- O que uma coisa tem a ver com a outra? - Arqueei minha sobrancelha direita, por Seth saberia seu real motivo de a encarar de tal forma.

:- Que não havia sentimentos, eu sabia disso, eu percebi. - Intensificou seus ombros me fazendo cerrar os olhos bastante confusa.

:- Mas...

:- Normani sempre fora muito ingênua. - Riu sarcástica. - Sempre sonhando com um futuro perfeito a ponto de nem ao menos conseguir cuidar do caos de sua vida. -  Passei minhas mãos sobre as mechas loiras tentando amenizar o desgrenhado, a encarava minuciosamente a cada segundo que avançava. - Ela queria te usar.

:- Seus olhos não mentiam. - Engoli em seco.

:- E os seus? - Juntou as sobrancelhas antes de as ter arqueadas. - Fala sério, Dinah! - Bufou levantando-se seguindo em frente a um espelho sobre a cômoda branca ao canto esquerdo do quarto, arrumando suas madeixas. - Veja o quão melancólica ela pode ser. - Bufou pegando sua camiseta ali próxima e vestindo-a sem delongas.

:- Não estou compreendendo. - Novamente estava a procura de minhas vestes.

:- Já viu aqueles cachos? - Virou-se em minha direção tornando seus calcanhares lentamente. - O tom da pele? Aqueles olhos caídos? - Perguntou de forma fria capaz de fazer meu corpo estremecer em calafrios. - Creio que nunca a viu sem uma camada de maquiagem. - Riu pegando em uma de minhas mãos a adentrando por sua larga camiseta de algum time de basquete, por intuição estávamos sem roupas sociais, afinal não havia motivos, não agora. Me despertei quando me pego fitando seus olhos e meus dedos tocando seus seios nos quais cobertos por baixo do tecido. - O mundo está aí, e vai parar para sofrer por uma mulher da forma de Normani? - Arqueou suas sobrancelhas me fazendo trincar a mandíbula e cerrar os punhos para não deferir um murro em sua face.

:- O quão estúpida pode ser em segundos? - Murmurei entre dentes me desvencilhando de seu corpo podendo me levantar em seguida. - Você é tão baixa. - Engoli em seco. - Ponha-se no lugar dela, o quantas piadas machistas provavelmente suportou? Quanto racismo velado sofreu? - Suspirei. - Quantas vezes perdeu a conta de ataques covardes? Imagine quantas dificuldades encarou por ser mulher e negra. Mas talvez tenha decidido encarar mais um, lutar contra tudo isso. - Zendaya revirou os olhos. - Não é o seu preconceito que irá parar Normani, muito menos a sua agressão que irá a intimidar, não são os seus passos para trás que vai impedir ela de seguir em frente. São os passos dela a frente que farão o seu preconceito voltar atrás. - Suspirei.

:- E por tanto se preocupa se nem ao menos tem capacidade de a segurar como deveria? - Aproximou seu rosto do meu batendo de frente ao fitar o castanho de meus olhos. Possivelmente mais opacos e sem vida. - Você mal me conhece mas pode fazer o favor de conhecer... - Revirei os olhos acertando um tapa estalado sobre sua face a fazendo recuar acariciando sua bochecha avermelhada me fitando incrédula e de certo modo assustada.

:- Primeiramente, cale a sua boca quando for falar de Normani, pode conhecer ela a seis dias ou seis anos, mas suas opiniões de merda parecem ser as mesmas para ela sorrir tão sem vivacidade em sua direção, encosto. - Resmunguei.

:- E quais motivos a leva pensar que isso tudo é real? - Me encarou desafiadora.

:- Talvez por que eu estava apaixonada por ela sem nem ao menos deferir.

:- Estava? - Arqueou as sobrancelhas.

Entreabri meus lábios para a responder se não fosse o soar de três repetidas batidas sobre a porta. De fato não saberia a responder, talvez soou por impulso, ou até mesmo por algo em meu interior, mas não iria me preocupar com pouca coisa naquele momento. Respirei fundo tomando fôlego no qual perdido enquanto andarilhava em direção a porta podendo a destrancar e ter a princípio um Thomas de vestes brancas completamente encharcadas e mais a baixo um Seth de umidos cabelos bagunçados e apenas uma cueca do bob esponja. Ri baixo antes de arquear minhas sobrancelhas me abaixando em frente ao mais baixo que curvou seus lábios em um biquinho. Estar daquela forma perante a Thomas era normal, havia me acompanhado de formas mais peculiares que aquela. Seth pousou suas pequenas mãos sobre meus seios franzindo seu semblante tentando transparecer bravo, o que nos rendeu uma boa gargalhada.

:- O vizinho está aqui? - Ele praticamente sussurrou tentando encobrir meus seios de todas as formas possíveis.

:- Não meu amor, está tudo sobre controle. - Beijei sua gorda bochecha e levemente avermelhada. - Está com fome? - Ele assentiu, a tempos havíamos chegado ao hotel, as horas naquele avião foram exaustivas por um certo tempo presumi estarmos próximo ao horário do almoço, por mais que quisesse dormir pela tarde, não seria possível. -  Então vamos. - Sorri me levatando.

:- Assim? - Franziu seu pequeno cenho apontando para meus seios cobertos apenas por um sutiã.

:- Algum problema? - Rebati enfim encontrando minha camiseta próxima ao pé da cama, me agachei apenas para a pegar enquanto um Hansen mais velho sorria malicioso em minha direção.

:- Vai fica sem soblemesa, Mama! - Reprendeu-me e apenas ri baixinho vestindo a devida peça de roupa. Estendi minha mão em sua direção e sem delongas a pegou, calcei meus chinelos andando ao seu lado.

:- Vai assim mesmo? - Questionei fechando a porta do quarto assim que Zendaya saiu.

:- Somos falofeilos, polque Seth se impoltalia? - Deu de ombros e o encarei rapidamente, entendo o recado apenas puxou Thomas para o fim do corredor. Ri baixinho.

Meu garoto. 

:- Estou plonto, mama. - Seth murmurou alto suficiente para que pudesse o ouvir ao fim do corredor.

Me virei rapidamente observando seus passos apressados rumando para meu colo, onde prontamente esteve. Agora vestido com sua camiseta favorita das tartarugas ninja. Ri baixinho beijando dua bochecha e consequentemente no mesmo momento inalando aquele forte aroma de perfume masculino. Fitei Thomas sorrir amarelo erguendo as mãos em sinal de rendição, neguei suspirando para reprender uma risada antes de rumar passos ao fim so corredor.

Em todo o percurso entre caminhar, entrar no elevador, andar mais um pouco, descer alguns degraus e chegar finalmente ao restaurante do hotel, Thomas e Zendaya conversavam como bons amigos, de fato desde o ocorrido em meu quarto, ela não havia trocado um mínimo olhar ou palavra dirigida a mim. Certa dúvida me intrigada internamente naquele momento.

Isso seria uma coisa boa ou ruim?

Sentei o corpo de meu filho sobre a parte mais estofada do banco, em dois lugares, a mesa amadeirada ao centro e ao outro lado duas cadeiras, onde ambos se acomodaram, e sem escapatória ou sugestões estava ao lado do pequeno ser que encarava o cardápio como s entendesse além do que as imagens oferecidas. De fato realmente sabia o que pedir. Sorri minimamente afundando meu corpo contra o estofado batucando minhas unhas contra a mesa enquanto olhava para todos os cantos tentando ao máximo acabar com aqueles estranhos barulhos em meu estômago. E parece atenderem aos meus pensamentos quando um garçom fez questão de nos atender.

:- O que acha, Dinah? - A voz grave e levemente rouca do Hansen maior chamou minha atenção, fazendo-me virar o rosto onde meu queixo apoiado na palma de minha mão, onde o cotovelo sobre a mesa e por fim encarar seu semblante. - Zendaya e eu estamos pensando em conhecer alguns pontos aqui em Olympia. - Sorriu.

:- Ah sim. - Suspirei dando de ombros.

:- Não quer ir conosco? - Perguntou. - Ainda não compramos as passagens de volta e temos o dia inteiro. - Arqueou as sobrancelhas.

:- Não obrigada. - Sorri sincera apoiando minhas costas no banco. - Eu pretendo chegar a Miami antes da noite, tenho algumas coisas a resolver. - Menti. Ou não.

:- Mas é Domingo. - Rebateu.

:- Exatamente. - Dei de ombros os movimentando para cima e pra baixo. - Não necessariamente ao trabalho, mas podem aproveitar. - Ele apenas assentiu antes que o garçom de minutos atrás trouxesse nossas refeições. 

Sorri agradecida enquanto ajudava Seth lhe entregando o talher necessário antes mesmo de arrumar seu copo de suco de laranja para que não caísse da mesa. Beijei o topo de sua cabeça antes de dar a primeira garfada em uma salada avermelhada com frango. Suspirei em satisfação ao sentir a mistura de sabores que aflorava meu paladar.

:- Mama...? - Seth chamou minha atenção enquanto tentava a todo custo pegar sua almondega com o garfo, porém a mesma sempre escorregava perante ao molho e a espaguete.

Balanço a cabeça em negação rindo baixinho.

:- Sim? - O encarei, por muito custo conseguiu, elevando a boca e degustando-se com o sabor  que parecia atrativo e bastante suculento.

:- Quando vou conhecer meu Papa? - Perguntou curioso lambendo seus lábios mesmo ainda tendo seu queixo lambuzado de molho.

Suspirei percebendo o olhar de Thomas sobre nós e uma Zendaya confusa beliscando sua salada de fruta. Sério que aquilo lhe renderia uma tarde inteira?.

Hora ou outra sorria de canto em minha direção e no momento não entendia tais atos vindos da morena.

:- Quando ele estiver atrás das grades. - Resmunguei antes de fitar o menor. - Come meu amor, mama precisa ir a uma reunião... - Suspirei tentando o convencer de não retomar ao assunto anterior.

:- Mama vai demola?- Curvou seus lábios em um biquinho que julguei fofo por brilhar devido a quantidade de molho por volta de sua boca.

:- Quanto mais rápido for, mais rápido irá voltar. - Comentei pegando um guardanapo no suporte podendo limpar sua boca e canto de seus lábios rosados.

:- Faz sentido. - Suspirou antes de voltar sua atenção ao prato a sua frente.

Respirei mais aliviada.

De fato fazia minha garganta coçar, minha língua formigar e minha boca sempre trêmula a guardar aqueles momentos ou até mesmo palavras nunca ditas. Nem mesmo mamãe sabia da história por completo, se não Lauren que me acompanhava mesmo longe, era difícil saber que um dia Seth terá que conviver com essa realidade do passado, que de alguma forma se torna dele por partes. Porém espero realmente que até lá Siope esteja por trás das grades e a mim vivendo como sempre desejei, simplesmente sendo feliz e tendo um cachorro para me acordar com lambidas em minha face. Talvez não seja mais que um sonho, mas dizem que sonhar faz bem. Se não Somers suprir a ideia de que em um tribunal a guarda de meu pequeno fique em jogo.

Eu jamais estaria preparada para isso.

Tudo vem a atona, da forma que for, não me seguro "um sorriso no rosto" por muito tempo se este não for verdadeiro. O meu 'eu tento', o 'super eu' até suporta, mas o inconsciente me sabota, manifesta a verdade sem crivagem e sem mentira. Aí, se houver caráter haverá respeito.

E a gente fica leve quando o coração está cheio. Sem pesos. Sem pesares. Livre, dessas coisas que atrapalham. A vida fica leve se a gente planta delicadezas pra colher felicidade. A dificuldade era que a tempos não me permito sentir tal liberdade.

I'm sorry, mas aquela Dinah se perdeu no abismo que é amar e sentir. Apenas sorria. Sorrir. Sorrir sem motivo. Sorriso frouxo. Sorrir apenas por estar vivo. Por ter a oportunidade de, todos os dias, ter uma nova chance de fazer tudo dar certo. Sorrir pra fazer alguém sorrir. Sorriso sincero, sem maldade. Sorriso que não precisa conter felicidade. Sorriso pra esconder as dores. Sorriso pra superar as perdas. Sorriso pra esquecer o passado. Sorrir, e apenas sorrir.

Não conheço algo mais irritante do que dar um tempo, para quem pede e para quem recebe. O amontoado de papéis sobre minha mesa no dia seguinte me fazia lembrar de quando as fotos em Los Angeles, será que a morena havia tomado coragem de pilotar um veículo? Tentar desdobrar uma carta molhada é difícil. Ela rasga nos vincos. Tentar sair de um passado - interligado a um presente por mais rápido no qual chegou e no mesmo saiu - sem arranhar é tão difícil quanto. Vai rasgar de qualquer jeito, porque envolve expectativa e uma boa dose de suspense. As promessas se quebraram, a minha em principalmente, houve choro de ambos os lados, dor de cotovelo, ciúme, inveja, ódio - mais meu do que qualquer outra coisa. - me arrependo? Dizer que não seria como um crime. É natural explodir. Não é possível arrumar a gola de uma blusa social ou maquiar o rosto quando se briga - é como querer minhas madeixas alisadas quando estão em puro nó -. Não se fica bonito, o rosto incha com ou sem lágrimas. Dar um tempo é se reprimir, supor que se sai e se entra em uma vida com indiferença, sem levar ou deixar algo. Dar um tempo é uma invenção fácil para não sofrer. Mas dar um tempo faz sofrer pois não se diz a verdade. Dar um tempo é igual a praguejar “desapareça da minha frente”, mesmp querendo dizer "fique, por favor". É quando o "sim" se torna no "não", o "não" se compromete ao "talvez", e o "talvez" simplesmente tenta afirmar. E essas palavras jamais sairam da minha boca.

 É despejar, escorraçar, dispensar. Não há delicadeza. Aspira ao cinismo. É um jeito educado de faltar com a educação. Dar um tempo não deveria existir porque não se deu a eternidade antes, mesmo que sonhe com ela todas as noites. Quando se dá um tempo é que não há mais tempo para dar, já se gastou o tempo com a possibilidade de um novo romance. Só se dá o tempo para avisar que o tempo acabou. E amor não é consulta, não é terapia, para se controlar o tempo. Quem conta beijos e olha o relógio insistentemente não estava vivo para dar tempo, mal tempo o tinha. Deveria dar distância, tempo não.

Tempo se consome, se acaba, não é mercadoria, não é corpo. Tempo se esgota, como um pássaro lambe as asas e bebe o ar que sobrou de seu vôo. Qualquer um odeia eufemismo, compaixão, piedade tola. Odeia ser enganado com sinônimos e atenuantes. Odeia ser abafado, sonegado, traído por um termo. Que seja a mais dura palavra, nunca dar um tempo. Dar um tempo é uma ilusão que não será promovida a esperança. Dar um tempo é tirar o tempo. Dar um tempo é fingido. Melhor a clareza do que os modos. Dar um tempo é covardia, para quem não tem coragem de se despedir. Dar um tempo é um tchau que não teve a convicção de um adeus. Dar um tempo não significa nada e é justamente o nada que dói.

Resumir a relação a um ato mecânico dói. Todos dão um tempo e ninguém pretende ser igual a todos nessa hora. Espera-se algo que escape do lugar-comum. Uma frase honesta, autêntica, sublime, ainda que triste. Não se pode dar um tempo, não existe mais coincidência de tempos entre os dois. Dar um tempo é roubar o tempo que foi. Convencionou-se como forma de sair da relação limpo e de banho lavado, sem sinais de violência. Ora, não há maior violência do que dar o tempo ao tempo não existente. É mandar matar e acreditar que não se sujou as mãos. É compatível em maldade com “quero continuar sendo sua amiga”.

O que se adia não será cumprido depois.

Eu realmente me pegava pensando demais naqueles semblantes serenos. Era atração ou a  falta de um psicólogo?.

Engoli em seco saindo daquele transe quando as portas daquele elevador um tanto silencioso se abriu. A saia até quase meus joelhos e colada ao corpo dificultava mais passos mais que os saltos em meus pés, arrumei a gola da camiseta social branca antes de jogar minhas loiras madeixas para trás dos ombros.

:- Seu café, senhorita Hansen. - Zendaya se prontificou até então sorrindo radiante ao meu lado estendendo um copo de café expresso que cheirava bem. Como conseguia?.

Suspirei agradecendo com um leve sorriso, boa parte do acontecimento havia se esvaído, afinal sem compromisso, como com Normani...Por mais que aquelas palavras ecoassem de outra forma em minha direção.

:- Obrigado Coleman. - Comentei sentindo o calor da bebida transparecer a palma de minha mão que segurava o copo, mascava o chiclete de menta enquanto encarava o fim do corredor com ambas silhuetas conhecidas por mim. - Pode se apressar, estarei em alguns minutos a sala de reuniões. - Apenas assentiu rumando seus passos na direção contrária, no mesmo momento me aproximava de ambas as garotas.

Agora mulheres.

Lucy Vives e Veronica "Vero" Iglesias  são duas influentes empresárias, podemos dizer que são a elite para aqueles mais bem conceituados. Essas duas resolveram se unir para criar a maior empresa do ramo publicitário. Porém elas sempre travaram uma batalha sem com contra ninguém mais, ninguém menos que Simon Cowell, diga-se de passagem, sendo conhecido o suficiente para ter diversas filiações financeiras em todo o Estados Unidos, em parceria a grandes empresas 'chefes'. Conhecido como um grande pesadelo para muitos, para mim apenas cobaia de Somers para obter informações. Agradecia a todos Deuses e Semideuses por sua presença não se encontrar por aqui naquela mesma tarde.

:- Veja se não é Jane? - Comentou Lucy de forma sarcástica.

:- A dupla inseparável. - Sorri levemente olhando aos arredores.

:- Aquele velho ficou abismado quando não o respondeu após aquela reunião. - Vero riu enquanto Vives afirmava.

:- As propostas eram boas, mas geralmente só ganho cachê com aquelas reuniões. - Admiti. - Mas então, vejo que estão bem juntas. - Afirmaram sorridentes. - Fico feliz por ambas. - Suspirei encarando o fim do corredor sobre meu ombro direito.

:- Parece abatida, Jane. - Vero trouxe-me atenção devido a tais palavras.

:- Oh... - Mordi o interior de minhas bochechas. - Seth tirou minhas energias enquanto o tempo não passava. - Menti sorrindo frouxo.

:- Sinto saudades do pequeno. - Lucy elevou uma garrafinha térmica a boca bebendo longamente o líquido transparente.

:- Não ouse tentar encostar suas patas em meu filho uma próxima vez. - Brinquei fazendo Vero gargalhar e logo receber um tapa de sua amada. - Aproveita e bate assim quando estiverem longe de minha linha de visão. - Resmunguei me desvencilhando do assunto seguindo em direção a porta aberta ao fim do corredor, alguns superiores adentravam, o que me fez presumir logo que estaria dando início a reunião.

Me acomodei ao lado de uma Zendaya - até então estranha - que parecia bastante atenta, cruzei minhas pernas encarando Iglesias e Vives mais a frente praticamente dormindo antes mesmo daquele falatório começar. Elevei o café que até então em mãos, em direção a boca me surpreendendo com um gosto indiferente, talvez pela goma que antes em minha boca que consequentemente engoli junto ao primeiro gole. Dei de ombros apoiando o café sobre a mesa podendo observar Zendaya suspirando ao meu lado

Deveria me preocupar?

E a reunião prosseguia rápido o suficiente para sempre negar por impulso sem ao menos uma lufada de ar. Um gole e mais outro, aquela sensação estranha em minha boca e um gosto peculiar que se acumulava a cada vez que aquela bebida com cafeína era elevada aos meus lábios.

:- Isso acabou comigo. - Resmunguei afundando meu corpo contra a poltrona, Zendaya riu se levantando.

:- Já acabou. - Assegurou, mas de fato não me relacionava a reunião de minutos atrás e sim a outros assuntos pendentes.

Me levantei usando as mãos como apoio na mesa cambaleando a ponto de fazer Coleman me assegurar pelos ombros para ficar mais firme. Engoli em seco a encarando de forma sonolenta, cada palavra que tentava lhe amenizar era irrelevante, pois saía arrastada como a de um bêbado, mas eu apenas havia bebido um simples café. Parecia ter um nó em meu estômago assim como na garganta, encolhi meus ombros me deixando levar por seus braços gélidos, o hotel não era longe dali, de fato não precisaríamos de carro algum ou algum veículo de transporte. Mal me mantinha em pé, praticamente tropeçando no próprio oxigênio. Tombei minha cabeça para o lado suspirando quando o embrulho se fazia presente me causando ânsias, porém Zendaya fazia de tudo para me manter firme. E aquelas horas se passaram como flashes, não me lembrava de exatamente nada a não ser a porta do quarto ser trancada e Zendaya me encarar com um sorriso nos lábios.

Segurei firme nas carnudas coxas morenas enquanto seu semblante demonstrava desejo enquanto seus olhos me transmitiam luxúria, seu rosto tomou rumo ao curvar de meu pescoço deixando sua respiração quente colidir a minha pele de forma ofegante, a satisfação se fez presente. Ainda sentia seu gosto agridoce em meus lábios, meus dedos até então formigavam como minha intimidade devido certa habilidade de sua boca. 

Porque diabos ela sempre me vinha em mente naquelas situações!? 

Minhas pálpebras praguejavam como a dor gritante instalada em minha cabeça, murmurava tentando me levantar mesmo com os olhos fechados, mas uma força - essa não interior - parecia me segurar a cama. Suspirei exausta tombando minha cabeça para o lado sentindo um aroma diferente, abri apenas um dos olhos arregalando ambos no segundo seguinte. Zendaya devidamente nua ao meu lado, sua perna enroscada a minha que...

Meus olhos caíram sobre meu corpo me assustando por completo ao perceber que tecido algum encobria minhas partes, porquê tinha manchas próximas a costela e seios? Arranhões nas coxas e o atrito de algo escorregadio entre minhas pernas...Presumi ser algo levado ao sonho-pesadelo-sonho que havia tido minutos atrás. Eu não acreditava nas hipóteses e muito menos nas esperanças de dormir de tal forma por puro calor.

E as marcas...bem...

De fato, o motivo de tudo aquilo era de Zendaya ou Normani!?

Yeah...Eu deveria me preocupar. 


Notas Finais


NÃO DESISTAM DE MIM
Pelo lado bom não foi algo hétero 😌🍃

GENTENEY EU JÁ DISSE QUE VOCÊS SÃO OS AMORES DA MINHA VIDA? NÃO ME MATEM QUE EU FAÇO NORMINAH NO PRÓXIMO!

Acalmem-se, eu volto logo...

Bem, queria dizer sobre a segunda temporada que provavelmente não...

All The Love, M. 😏🍃❣

IG: @mannuelasouzaa @farofeirahansen @projetoharmony


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