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História Do I Wanna Know!? - Norminah - Is Just The Beginning


Escrita por: FarofeiraHansen

Notas do Autor


Hey Babes, desculpa a demora... Estou com uma One Shot em mente e não sosseguei a ponto de perder atenção, espero não decepcionar! 🌼🍃

Capítulo 43 - Is Just The Beginning


Fanfic / Fanfiction Do I Wanna Know!? - Norminah - Is Just The Beginning

Dinah Jane Point Of View

Sábado, 21 de Maio de 2016 │ Miami, Flórida, Estados Unidos. │ Hansen's House │ 01:54am.

Você não pode conectar os pontos olhando para frente, você não pode conectá-los olhando para trás. Então você tem que acreditar, confiar que os pontos vão se ligar algum dia, no seu futuro. Você tem que acreditar em alguma coisa: sua garra, destino, carma, qualquer coisa. Porque acreditar que os pontos irão se conectar no caminho vai lhe dar confiança para seguir o seu coração, mesmo quando ele lhe leva em direção com para o caminho mais desgastante. E isso vai fazer toda a diferença. 

Seu tempo é limitado, então não o perca vivendo a vida de outra pessoa. Não fique preso pelos dogmas: Isso é viver com os resultados dos pensamentos de outras pessoas. Não deixe que o barulho da opinião dos outros cale a sua própria voz interior. Você tem que encontrar o que você ama. E isso é tão verdade para o seu trabalho quanto para seus amantes.

Seu trabalho vai preencher uma boa parte da sua vida, e a única maneira de ficar totalmente satisfeito, é fazer o que você acredita ser um excelente trabalho. E a única maneira de fazer um excelente trabalho, é amar o que você faz. E se você não tiver encontrado isso ainda, continue procurando, e não se contente.

Tenha coragem de seguir sua intuição e seu coração. Eles dizem o que você já sabe. O que você realmente quer se tornar? 
Você terá alguns altos e baixos, a maioria das pessoas desistem delas facilmente. Você sabe que o espírito humano é poderoso? Não há nada tão poderoso! É difícil matar o espírito humano!

Qualquer pessoa pode se sentir bem quando se tem saúde, quando suas contas são pagas ou quando vivem relacionamentos felizes. Qualquer um pode ser positivo assim, qualquer um pode ter uma visão mais ampla, qualquer um pode ter fé em tais circunstâncias. O verdadeiro desafio do desenvolvimento mental, emocional e espiritual, acontece quando você cai. É preciso coragem para agir. Parte de você começa a ficar furioso quando é derrotado. É preciso coragem, para começar de novo. 

O medo, mata os sonhos. O medo, mata as esperanças. Medo, coloca as pessoas em hospitais. O medo te envelhece. Pode impedi-lo de fazer algo que você sabe, dentro de você, que você é capaz de fazer, mas ele paralisa você. No final os seus sentimentos não são nada. Mas no fim de cada principio existe, uma promessa. Atrás de seus menores sentimentos, pode não ser absolutamente nada no fim dos seus menores sentimentos. Mas no fim de cada princípio, existe uma promessa.

E alguns de vocês, em suas vidas, a razão pela qual não estão em seus objetivos agora, é porque vocês colocaram tudo em seus sentimentos. Tudo nos seus sentimentos. Você não sente vontade de acordar. Quem sente? 

Todo dia que você diz "não" aos seus sonhos, você estará empurrando seus sonhos para daqui a seis meses, um ano inteiro! Aquele único dia, aquele único dia que eu  não me levantei, pode ter empurrado tudo isso para, eu não sei, quanto tempo a mais. 

Não permita que suas emoções o controle! Nós somos emocionais, mas você precisa disciplinar suas emoções! Se você não as controlar e conter suas emoções, elas vão lhe usar.

Você quer isso, e você vai fazer o seu máximo para ter isso. Não será fácil. Quando você quer mudar, não é fácil. Se fosse mesmo fácil, todo mundo conseguiria fazer isso. Mas se você quiser mesmo, vai dar tudo de si. Eu estou no controle aqui. Eu não vou deixar isso me abalar, e não vou deixar isso me destruir.

 Eu estou voltando, e eu estarei melhor e mais forte para isso! Você tem que fazer uma declaração, de que é por isso que você está em pé. Você está em pé pelos seus sonhos. Você está em pé pela sua saúde. Tome toda a responsabilidade pela sua vida. Aceite onde você está, e a responsabilidade de te levar onde você precisa chegar. Você pode se decidir se "eu vou viver cada dia como se fosse o meu último"! 

Viva sua vida com paixão!

Com algum sentido!

Decida que você vai empurrar a si mesmo. O último capítulo da sua vida ainda não foi escrito, e não importa o que aconteceu ontem. Não importa o que aconteceu com você,  o que realmente importa é: O que você vai fazer a respeito disso? 
Esse ano eu vou fazer esse objetivo virar realidade. Não falo mais nisso, eu posso. 

Eu posso!

Eu penso que persistir é importante para qualquer um. Não desista. Existe sempre uma resposta para tudo. A caneta está entre seus dedos, em suas mãos. 

Apoiei o telefone entre meu ombro e ouvido, ainda atravessada contra o colchão da cama king size, e o silêncio que reinava não somente naquele cômodo, como na casa inteira. Não sabia muito bem que horas deveriam ser, já havia anoitecido por completo, e nosso sono deve ter durado tempo o suficiente para perder total noção. Suspirei encarando o teto escurecido pela falta de iluminação, enquanto mordia a mandíbula.

:- Eu sei Lauren... - Resmunguei após todo aquele questionamento, ela por fim calou-se podendo-a ouvir respirar fundo, a propósito foi naquele momento que finalmente parou e respirou adequadamente. - Está brava comigo? - Receei.

:- O que você acha, Dinah? - Perguntou sarcástica. Estilo Jauregui. 

:- Mas não é minha culpa. - Sussurrei, querendo ou não, estaria falando alto demais a ponto de poder acordar Normani. Abaixei meu olhar deslizando minhas mãos contra o lençol branco que encobria meu corpo, ou boa parte dele. 

:- Tudo bem, Dinah, tudo bem. - Suspirou e meu olhar permaneceu baixo, arrumei o telefone celular agora finalmente o segurando da devida maneira. - E pra quando é isso? 

:- Eu não lembro ao certo. - Olhei em volta a procura do papel da justiça, naquela escuridão seria um tanto impossível, talvez em minha bolsa, em alguma gaveta qualquer. - Mas é para o final do mês, talvez para o dia trinta. - Engoli em seco. 

:- E duvida da sua capacidade? - Murmurou ao outro lado da linha.

:- Da minha, se é que tenho. - Bufei calando-me rapidamente ao observar a mulata se remexer ainda inerte de seus sonhos, virando-se de bruços. - Mas duvido perante a dele. - Poderia imaginar Lauren revirando seus olhos naquele mesmo momento. 

:- Em alguns momentos parece que faz por merecer. 

:- E não mereço? Ele me quer ver no fundo do poço. - Desviei minha ateção novamente para o teto sentindo a ardência em meus olhos. Lágrimas salgadas. 

:- E desde quando alguém decide o que Dinah Jane vai ser? 

:- Desde que atinge meu ponto fraco. - Murmurei manhosa enquanto passava as costas de minha mão livre abaixo de meus olhos. - Poxa, Lauren, é meu filho! Tem noção disso? 

:- Eu sei, Dinah. - Respirou fundo quando provavelmente ouviu o soar de um soluço meu, abafado por minha própria mão. - Eu sei que é importante para você, mas poxa, tente pensar positivo. - Suplicou. 

:- Eu penso.

:- Não você não pensa, Dinah.

:- Eu penso sim! - Funguei na esperança de desentupir meu próprio nariz.

:- Você tenta, é diferente. 

:- Não é nenhum pecado. - Engoli em seco. 

Conforme enxugava as lágrimas, mais delas se acumulavam. 

:- Pode fazer um favor para o mundo e tentar não contrariar as coisas? 

:- Eu tento. - Dei de ombros. 

:- Você está aqui, certo? 

:- Na verdade estou dou outro lado da linha. - Juntei as sobrancelhas podendo a ouvir bufar. - Estou... - Sussurrei. 

:- Ótimo. Lembre-se tudo o que passou durante os últimos anos...

:- Muitas coisas...

:- Boas ou ruins? 

:- Depende...? 

:- E onde esteve naquela época? 

:- Aqui. 

:- Onde está agora? - Ouvi alguns murmúrios mais ao fundo, talvez Lauren não estivesse sozinha. 

:- No mesmo lugar. 

:- E vai continuar aí. - Sorri de canto. - Lhe garanto que tudo vai dar certo. 

:- Obrigada, Laur... - Suspirei enxugando o canto de meus olhos. 

:- Não me agradeça, Dinah. Acho melhor descansar, está tarde e amanhã é um novo dia, aproveite Normani nua em sua cama. -

Não hesitei em rir baixinho ao ouvir tais palavras, me remexi virando para o lado, podendo observar Normani com maior clareza. 

:- Meu corpo dói, parece que um trem me atropelou. - Resmunguei apoiando minha cabeça sobre a mão livre. 

:- Normani adoraria ser apresentada por um trem. 

:- Idiota. - Ri nasalmente. - E capotou depois do atropelamento. - A observei dormindo tão serenamente. 

:- Mais do que óbvio, seus dedos são como uma metralhadora, se tivessem esperma ela engravidaria no primeiro contato. 

:- Eu deveria lhe bater, mas a distância não ajuda. - Revirei os olhos. - Mais tarde nos falamos. 

:- Tudo bem. - Suspirou. - Dinah?

:- Sim?

:- Vai ficar bem? 

:- Eu prometo tentar.

:- Dinah... - Insistiu. 

:- Tudo bem. - Engoli em seco abaixando meu olhar. - Eu vou. 

:- Gosto assim, boa noite. 

:- Igualme... - Suspirei ao ouvir o soar da ligação finalizada, maldita mania. 

Estiquei meu corpo podendo deixar o celular sobre o criado mudo. Meu olhar novamente caiu sobre Normani, observava sua figura deitada em minha cama, suas costas estavam nuas, dormindo solenemente como se estivesse sonhando. Sua pele negra era tão macia, em comparação ao lençol que encobria metade de seu corpo jovial. Os pensamentos sobre Kordei me invadiam a cada minuto, bombardeando minha cabeça. Seu rosto era um retrato sereno de um anjo, eu sabia que mesmo em pouco tempo, aquele mesmo dia a fiz sofrer com minha maneira bipolar, meu jeito imprevisível e maneira fodida de agir como se as merdas que faço não atingissem ninguém. Se ela escolhesse ficar comigo, muito provavelmente se arrependeria, mas eu a quero, quero isso, pois sei que estou sentindo algo por ela, sei exatamente o que sinto por ela. Não era algo novo, como uma descoberta, apenas um sentimento mais forte que o comum, capaz de me deixar confusa. Apenas queria que soubesse que todo esse meu jeito não é, nunca foi, e nunca será proposital. 

Eu tento melhorar.

Me levantei tentando não fazer movimentos bruscos, retirando aquele lençol branco sobre mim, deixando meu corpo nú totalmente a mostra, mas estávamos a sós. Andarilhei em direção a porta do banheiro, pegando o roupão podendo vestir em meu corpo e o encobri-lo, em compensação o clima não estava tão frio como o comum. Naquele mesmo dia quando a ouvi chorar ao outro lado da porta, tentando abafar seus soluços, de alguma forma me tocou no fundo do peito, mas nada queria demonstrar. Poxa, ninguém nunca chorou por mim, chorou por me ter por perto, por ser amada por mim, que me acolheu quando um simples de leve roxeado em volta de meu olho... Normani era mais especial do que eu imaginava. 

Me aproximei da cama para lhe observar melhor, completamente torta sobre a cama, seus cachos estavam espalhados para um único lado, e consequentemente caindo por sua face esculpida por anjos. Era tão solene, que tinha receio de acordá-la, retirei calmamente uma mecha sobre sua face, me curvando a ponto de passar um de meus braços por baixo de seus joelhos e suas costas, lhe sustentando de forma com que se desprendesse da cama, provavelmente acordaria com dores no pescoço de tal forma. Ela se remexeu calmamente contra meus braços, deixando que lençol fosse ao chão, e a imagem de seu corpo nú invadisse meus olhos, iluminado sobre a luz da lua da noite limpa, proporcionada pela janela na qual tinha as cortinas afastadas, algumas estrelas dançavam cintilantes no céu escuro. Ela encolheu-se apoiando sua cabeça em meu peito, uma outra Normani em meus braços, como uma criança indefesa, que mais se parece  uma caixinha de surpresas. Apenas uma caminhante que perdeu o medo de se perder, está segura de que é imperfeita, e ela mesma confirma, imperfeições nos fazem perfeitos. Podem a chamar de louca, podem a zombar das suas idéias, para ela nada importa.

O que a importa é que é uma caminhante, que vende sonhos, não tenho bússola nem agenda, não tem nada, mas tem tudo, à procura de si mesma. Apenas uma criança indefesa. 

Não pude deixar de sorrir ao ouvir um baixo suspiro seu quando não hesitei em acariciar sua bochecha rosada com meu polegar.

Ela abria seus olhos constantemente enquanto se situava. 

:- Bom dia...? - Forçou sua vizinha em meus olhos, talvez tentando enxergar rente a escuridão, estava de costas a janela, talvez piorando sua situação. 

:- Ainda é de madrugada. - Ri nasalmente tentando me controlar, sua voz soava rouca dominando minha sanidade. Me curvei novamente a deitando devidamente ereta sobre a cama, deixando que apoiasse sua cabeça contra o travesseiro. - Não queria lhe acordar. - Tomei o lençol em mãos encobrindo seu corpo.

:- Vai me deixar aqui? - Percebia o quanto se esforçava para manter seus olhos abertos, ri baixinho me agachando ao seu lado na cama fitando sua face.

Fiquei alguns estantes contemplando sua beleza enquanto ela tinha seus lábios curvados em um biquinho que julguei adorável, seu rosto estava levemente inchado devido ao sono e seus cabelos um tanto desgrenhados, o que soava bastante charmoso perante meus olhos. Não consegui falar mais nada por longos minutos, a maneira na qual seus olhos brilhavam me deixava desnorteada, acendendo uma chama dentro de mim podendo aquecer meu corpo por completo, parecendo que explodiria a qualquer momento.

Suspirei sorrindo de forma reconfortante enquanto negava com a cabeça. 

:- Jamais lhe deixaria só. - Sussurrei. - Eu vou fazer algo para comermos, você precisa se alimentar, estamos aqui tempo demais. - Ela riu nasalmente apenas assentindo, ainda estava um tanto sonolenta. - Pode descansar, lhe chamo quando estiver pronto. - Beijei o topo da sua cabeça, ela nada respondeu, provavelmente na transição entre fechar seus olhos e voltar ao estasiante sono. 

Me levantei ouvindo o estalar de alguns ossos, precisava voltar a minhas caminhadas matinais. Alongava meus braços enquanto me desvencilhava andarilhando conforme meus pés arrastavam-se sobre o carpete bege, podendo sair do quarto de forma silenciosa.

Cocei meus olhos me libertando do cansaço e vontade de voltar para cama, mas meu estômago revirava fazendo barulhos estranhos. Fome. Pensando bem deveria ter lavado meu rosto antes. 

Dou de ombros tombando meu pescoço de um lado para o outro, relaxando-o rapidamente. Enquanto meus passos me levavam em direção as escadas, poderia ouvir de fundo o soar de alguma televisão ligada, constatei ao passar em frente a porta de Seth, onde o barulho era mais elevado. Digamos que o corredor não é tão extenso quanto se espera. E pela porta entreaberta pude observar a cena na qual enchia meu coração, mama deitada na pontinha da azulada cama de solteiro, deixando um bom espaço para Seth e o quanto se movimentava quando dormindo. Ela o envolvia em seus braços, dormiam praticamente na mesma posição, e sem perceber um sorriso dançava em meus lábios. Adentrei calmamente ouvindo o fraco ranger da porta, não obtendo nenhuma reação de ambos, me levando a suspirar aliviada, na ponta dos pés, rezando para que nenhum lego esteja ao chão, seria um desastre e a dor incomparável. Tornei o controle sobre o criado mudo, desligando o aparelho televisor que antes iluminava seus semblantes tranquilos, deixei em seu devido lugar enquanto beijava a testa de ambos arrumando a coberta sobre os mesmos. 

Novamente me voltando para fora do quarto, fechando a porta com calma, para por fim chegar as escadas. Minha mão se encontrava apoiada sobre o corrimão, não poderia desenvolver uma queda pelo simples fato de tentar descer os degraus em meio a aquela escuridão. Ri baixo com meus pensamentos sentindo o chão firme sobre meus pés, logo estava na cozinha, agora iluminada após pressionar o interruptor. Olhei aos arredores, provavelmente mama havia feito o jantar, mas precisava de algo doce e o suficiente para me render até aquele amanhecer que ao meu ver parecia distante.

Abri algumas portas dos armários e geladeira, pegando alguns utensílios e ingredientes frescos. Waffles parecia agradável naquela situação, e sabia que Normani os idolatrava desde quando passei a observar naquela mesma cafeteria, o mesmo pedido, semanas antes de descobrir seu real nome. Talvez fosse lhe agradar. Deixei tudo sobre a bancada, que por sorte limpa, colocando certas quantidades dentro de um recipiente de vidro, uma vasilha, melhor dizendo. Abria algumas gavetas até por fim encontrar a correta, pegando uma colher necessária para mexer tudo aquilo. Deixei também sobre a bancada de mármore, dando as costas a mesma, podendo lavar em alguns instantes minhas mãos na pia da cozinha mesmo. As sequei com um pano de prato, colocando-o em seu devido suporte, e por fim me voltando aos ingredientes, podendo fazer todo o processo da massa. Não sabia ao certo como era o decorrer daquela receita, mas sabia que açúcar é sempre bem vindo, então... porque não!?

Na duvida, lá se foi o dobro do que pretendia. Terei mais diabetes do que observando Camila e Lauren trocando carícias. 

Embora seja um pouco nojento vendo-as se atacando a ponto de esquecer todo o resto, minutos mais tarde.

Balancei a cabeça rindo baixo de meus pensamentos enquanto minhas mãos trabalhavam entre segurar a vasilha e mexer todos os ingredientes. Olhei em volta minuciosamente estranhando um certo vulto, talvez fosse coisa da minha cabeça, ou o restante do sono ainda presente. Dei de ombros tornei a mergulhar meu dedo na massa que tomava liga, elevando logo a boca podendo sentir o quão doce havia ficado... mas estava bom, é o que importa. Novamente a sensação de um vulto ali presente e olhos queimando minhas costas.

Respirei fundo algumas vezes tentando me recompor e focar apenas naqueles atos. 

Meu corpo gelou por inteiro quando senti duas mãos rentes sobre meu quadril apertando-o, a respiração quente colidindo contra minha nuca. Respirei fundo por saber de quem se tratava, tornei meus calcanhares virando a sua frente enquanto trincava a mandíbula ao ser pressionada contra o balcão. 

:- O que faz aqui? - Murmurei entre dentes.

:- Talvez devesse alertar a sua querida mãe de trancar a porta dos fundos. - Encarei sobre seus ombros a mesma escancarada dando-me a vista do jardim, minhas flores deveriam estar mortas por falta de cuidado, e tempo. - A transa foi boa, Jane? - Da forma que estava próximo ao meu rosto, poderia sentir seu hálito odorizando a álcool. Revirei meus olhos engolindo em seco. 

:- Uma das melhores da minha vida. - Sorri cínica tentando o afastas, mas suas mãos prenderam meus pulsos, impedindo-me de tais atos. 

:- Pois creio estar errada. 

:- Ah é mesmo? - Perguntei. - Pois tenho certeza quando falo algo... - Engoli em seco, sentindo a saliva rasgar minha garganta conforme seus lábios tocavam a pele do meu pescoço. 

:- E quem lhe garante? 

:- Creio que nada melhor que crer em si próprio. - Rebati em um fio de voz, o desgraçado colidiu nossos sexos com tamanha força que minhas costas arderem com o forte atrito contra a bancada. 

:- E o que posso fazer para mudar de ideia? - Sussurrou roçando seu nariz contra minha bochecha, levando-me a fechar os olhos. Suas mãos estavam firmes sobre minha cintura de forma que me desprender dali fosse uma tarefa difícil o suficiente. 

:- Tem alguns métodos... - Murmurei deslizando meu dedo indicador por seu peitoral um tanto descoberto pela camisa de botões, alguns deles estavam abertos. Deslizava em direção ao cós de sua calça jeans sem desprender meu olhar dos seus olhos, demonstando nem ao menos alguma sensação. - Se bem me entende. - Pisquei. 

:- Porque não tenta? - Sugeriu segurando em seu membro inferior ainda coberto por sua calça, apertando-o. Tentei me controlar perante aquela cena, era nojento... - Almejo por você, e nem imagina o quanto. - Sussurrou com seu rosto ainda próximo. 

:- É mesmo? - Murmurei engolindo em seco enquanto lhe forçava um sorriso, adentrando minha mão por dentro de suas vestes inferiores. - E seria tanto assim? - Murmurei devido sua semi-ereção digamos que perceptível. 

:- Uhum... - Murmurou fechando seus olhos conforme minha mão o masturbava.
:- E o que acha disso? - Encarava seu semblante enquanto minha mão deslizava contra sua genitália, a envolvendo de forma firme, fazendo-o apertar seus olhos e entreabrir sua boca. 

:- Não melhor que eu lhe comendo de quatro, não seria uma delícia, Dih? - Perguntou mordendo sutilmente meu ponto de pulso, gemendo de forma rouca conforme apertava seu membro. 

:- Seria... - Murmurei percebendo o sorriso no canto de seus lábios. - Se feito por uma outra pessoa, poupe-me de suas mãos tocarem meu corpo com outras intenções novamente. - Ditei entre dentes, agora apertando-o com tamanha força, descontando todo o desgosto e raiva que vinha sentindo nos últimos anos. 

:- Perdeu a cabeça, Dinah!? - Esbravejou quando encarei seus olhos marejados por dor, ele rapidamente desfez o contato se afastando bruscamente. 

:- Pensei de aguentasse. - Dei de ombros afundando minhas mãos nos bolsos no roupão, teria que lavá-las muito bem. - Isso não é o mínimo que me fez sentir, não é o mínimo do que deveria fazer com você. - Bufei revirando meus olhos. 
Virei meu rosto contra gosto posicionando uma das mãos sobre minha bohecha o encarando incrédula ao sentir a ardência naquela região. Ele apenas riu sarcástico balançando a cabeça em negação. 

:- Deveria ter mais respeito, querida Dinah. - Caçoou se aproximando novamente. 

:- Pensei que me conhecesse melhor, para achar que eu faria essas coisas com você. - Me esquivei, porém foi em vão quando suas mãos novamente me pressionavam ao auxílio de seu corpo contra a bancada. 

:- E não conheço? 

:- Eu mudei Siope, logo me diz ser ingênua. 

:- Mudou? Para mais vagabunda? - Intrigou com seu rosto próximo ao meu, sem ao menos pensar deferi um tapa sobre sua face fazendo-o ter as mesmas reações que as minhas. 

:- Para mais realista. Da forma que me teve, peço para mais ninguém se oponha a esse lugar, não que me pertence, eu quero distância disso, mas ninguém merece conviviver com você de forma tão desprezível, nem mesmo a pior pessoa do mundo. - Apontei para seu peito fazendo-o me encarar nos olhos. - Quem me dera poder enxergar naquela época o que pude perceber hoje em dia. - Bufei. - Você me fez enxergar coisa que jamais imaginei, mas preferia ter meus olhos mais abertos para descobrir que não passava de uma simples farça. Você pode ser o homem mais bonito do mundo, algo que relativamente não me cabe a sugerir e impor, até porque prefiro em outros casos, mas bem dizendo, estou muito melhor sem você, e hoje eu tenho certeza. Você até pode invadir meus pensamentos. - Percebi um sorriso no canto de seus lábios. - Mas eu ainda duvido de que sejam aqueles que não me tormentam, pois sei dividi-los, sei o que é bom para mim, e isso não cabe em minha lista. - O empurrei pelos ombros, fazendo-o cambalear alguns passos. 

:- O que anda insinuando? - Arqueou as sobrancelhas. 

:- Eu conheço seus jogos, e não acreditaria em mais nenhuma palavra sua, ao menos não dessa vez. Sei que são muito mais que qualquer Poker ou Roulette, sei que é muito mais que a grana que andam roubando por aí com esses seus contrabandos de merda, sei também que a qualquer momento poderia entregar você e sua família para os superiores. - Cruzei meus braços fazendo-o trincar a mandíbula. - Sei como faz seus jogos, sei tudo sobre você e não imagina o quanto, sei que provavelmente me ter, deu certo para você da última vez, mas foi uma última vez! - Parei brutalmente com tais palavras quando sentir sua mão segurar firme meu ombro, não lhe apresentei reação alguma. 

:- É o que vamos ver. - Encarava-me sem pudor. 

:- Em primeiro lugar, você deveria ter vergonha! Com esse seu jeito não consegue nem ao menos seduzir o policial quando estiver por trás daquelas grades enferrujadas! Talvez você devesse ficar na sua. Sei que na época meu coração mentia a minha frente, inventando desculpas e acreditar que era passageiro...Olha onde estamos? - Olhei aos arredores suspirando. - Vagabunda pra mim é o feminino de vagabundo: aquele que não possuiu ocupação. Vadia é o feminino de vadio, que vem do verbo vadiar: aquele que leva a vida ociosa. Piranha é um grupo de peixes carnívoros de água doce, que habitam a América do sul. Puta é uma mulher que trabalha honestamente usando o próprio corpo. E na mitologia grega é uma deusa menor da agricultura, que preside a poda das árvores. Agora mulher solteira? Ah meu amor! Mulher solteira é livre para fazer o que bem entender da própria vida. E não cabe à você, e nem a ninguém palpitar o que ela faz ou deixa de fazer, é ou deixa de ser. Quem não faz nada pra mudar o mundo está sempre muito empenhado em provar que a pessoa que faz alguma coisa está errada, melhor seria se usasse essa energia para tentar mudar, de fato, alguma coisa. Como diria minha avó: não quer ajudar, não atrapalha. O problema é exatamente esse. - Suspirei percebendo seus olhos mais escuros que anteriormente, suas mãos rumaram ao meu pescoço me prendendo contra a bancada mais uma vez, engoli em seco com certa dificuldade sem desviar minha atenção de seus olhos. 

:- Preste atenção, Dinah! - Sem pestanejar me calei. - Você não tem o direito de todo esse empodeiramento. 

:- Eu sou livre. - Resmunguei tentando me soltar, conforme me mexia, mais suas mãos apertavam meu pescoço. 

:- Não você não é! 

:- Não sou submissa a você. - Segurei em seus pulsos tentando o afastar, foi em vão, meus pulmões aclamavam por mais oxigênio, pareciam queimar, descompensando minha respiração, sentia meu corpo amolecer e meus músculos não responderem aos meus comandos. 

:- Não leve a vida tão a sério, Dinah, você não vai sair viva dela! - Riu, meus olhos pesavam conforme me debatia. - Porque tão séria? Isso é medo, Dinah? Tão destemida e agora se cala? - Conforme cada sílaba saía por sua boca, a minha se friccionava assim como minhas pálpebras, ele tinha um sorriso psicopata nos lábios. - É só o começo, querida. - Foi o que meus ouvidos me permitiram escutar antes que tudo se tornasse escuro. 
 

" Você não consegue explicar, mas sente". 
 


Notas Finais


EU NÃO ESTOU PREPARADA PARA CAMILINHA FAZER 20!!
Camila ainda tem 15 anos
Camila ainda tem 15 anos
Camila ainda tem 15 anos
Camila ainda tem 15 anos
Camila ainda tem 15 anos
Se ficar repetindo acontece...

All The Love, M. 😍💕


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