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História Do I Wanna Know!? - Norminah - Hamilton-Hansen


Escrita por: FarofeiraHansen

Notas do Autor


Hallo Bitches 🍃

Amei amei a reação de vocês no capítulo anterior ksksk e tá aí a continuação, eu tentarei voltar ainda amanhã, pois o prometido eram três capítulos, porém optei por quatro...

Então aguardem! 💕

Capítulo 49 - Hamilton-Hansen


Fanfic / Fanfiction Do I Wanna Know!? - Norminah - Hamilton-Hansen


Normani Kordei Hamilton Point Of View.
Segunda-Feira, 30 de Maio de 2016 │ Miami, Flórida, Estados Unidos. │Notary Public Services│04:12pm. 
" Seja a luz que as pessoas precisam em suas escuridões". 

Pedir para que confie em mim e me de a mão sem olhar pra trás era o que desejava, quero a conhecer a cada dia e ter a certeza de que fiz a escolha certa. Quero conhecer todas as suas manias e defeitos, seus gostos e desgostos. Quero saber as suas histórias de crianças, e quero a contar tudo a meu respeito. Com você vai ser tudo perfeito, não por se tratar de amor, mas sim por se tratar de nós. Eu sinto que ela é diferente, temos companheirismo e cumplicidade. Somos mais do que atração física, somos aquela conversa gostosa de fim de tarde que dura horas, somos aquela xícara de chá que aquece as tardes frias de inverno. Somos a melhor companhia que poderíamos ter. Somos o que todo mundo quer ser, somos nós, e não apenas eu e ela. Confie em mim e vamos juntas construir uma bela história de amor baseada em nós.

Chega uma hora em que a gente se pergunta: será que eu sou bom mesmo? Será que sou boa pessoa? Será que faço as coisas certas? Será que fiz as escolhas que devia ter feito?. Bem, eu estava fazendo isso por Dinah. 

Por falar em Dinah, ela parece perceber que havia agindo estranhamente nos últimos dias, não por minha vontade, muito menos por ela, mas foi o que decidi fazer no momento, e espero que realmente dê certo. Encarei o ecrã de meu celular suspirando ao perceber o badalar do relógio, Lauren havia me ligado incontáveis vezes, e milhares de mensagens suas ocupavam a memória de meu celular, tanto que Dinah nem ao menos fez questão de vir atrás. Queria realmente saber se aquilo era algo bom, ou ruim demais. 

Meus desvaneios se esvaíram quando ouvi o soar da impressão daquele documento, sorri quase que no mesmo instante. A senhora ao fundo daquele balcão encarava-me com seus óculos frouxos a sua face, caíndo em seu nariz, indicando sua desconfiança, até porque, eu sorria feito uma idiota a simples espera de um papel. Ela o organizou dentro de um envelope mediano, entregando-me no minuto seguinte. 

:- Aí está. 

:- Obrigada, muito obrigada mesmo! - Sorri abertamente.

A senhora simplesmente deu de ombros voltando sua atenção. Posicionei uma de minhas mãos sobre a nuca, observando-a por um breve tempo, até o toque mental indicando que realmente estava atrasada. Tornei meus calcanhares podendo andar em direção as portas de vidro, puxando-a para dentro na forma de abri-lá, assim podendo sentir a temperatura quente colidir ao meu corpo gélido, embora preferisse aquele ar condicionado acalmando meus neurônios, precisava fazer isso por Dinah, nem que seja a última. 

Meus saltos colidiam contra a calçada um tanto movimentada, olhando a todos os cantos, do fim ao início da avenida, e sinal algum. Suspirei vencida imaginando uma outra alternativa, até então pude ver uma luz no fim do túnel - vulgo avenida - mais amarelada impossível, sorri abertamente fazendo sinal para com que o veículo parasse no acostamento. Abri a porta trás do carro amarelo, podendo fechá-la assim que já dentro. Suspirei em satisfação relaxando meus músculos. 

:- Tribunal Metropolitano, por favor. - Indiquei podendo perceber seu olhar encarando-me pelo retrovisor, ele assentiu arrumando seus óculos escuros antes de arrancar com o carro. 

Arrumei o colarinho da camiseta social, podendo abrir alguns botões e deixar que minha pele respirasse em meio a aquela sauna interior, aproveitei para passar meu polegar sobre minha testa limpando o acumulo de suor na região em pequenas gotículas. Nessas alturas Dinah já estaria naquele maldito tribunal. 

Por falar em Dinah, a mesma se culpava por realmente não ter planejado algo para meu aniversário no dia de amanhã, mas de fato eu realmente não me importava, sabia que toda aquela pressão estava lhe corroendo as energias por inteiro. 

Afinal pouco comemorava meus aniversários ao passar dos anos, afinal, vendo por partes, é um dia como qualquer outro. E de fato acordar sem ter mama enchendo meu rosto de beijos molhados, com seus lábios cobertos por um gloss de morango, marcando cada canto possível, virou costume quando percebi que isso jamais viria a acontecer. Até mesmo com quando cantarolava a mesma música de aniversário com um cupcake de chocolate em mãos, a princípio meu favorito. Lembrava-me de como teria que me apressar para apagar as pequenas velas antes que a cera derretida caísse em meus lençóis ou até mesmo sobre o bolinho. 

Quando se trata de meu pai, nunca tive muita coisa a dizer, até então só sei seu nome, pois o mesmo havia fugido - coincidência ou não - para Miami quando minha mãe me carregava em seu ventre a pelo menos quatro meses. Talvez tenha esbarrado a ele por aí, caso isso venha a acontecer, o que nitidamente creio ser impossível, mas caso alguma sorte caía sobre mim, sim sorte, eu simpelsmente o abraçaria. Abraçaria como nunca antes, transmitindo todo meu afeto, tudo o que me permitiu sentir a ausência de uma figura paterna. Mas jamais o julgaria por isso. Talvez tivesse seus motivos. 

Morávamos no Texas, até meus dez anos, quando mamãe e eu nos mudamos a Miami, para descobrir o que desconfiávamos. Leucemia e sua morte em poucos anos. Até então torno a comemorar sozinha.

Mas não reclamo. É apenas uma data, não?

Por isso não me importava em Dinah, a presença dela era um ótimo presente. Não precisava de nada mais especial que isso. 

Minhas mãos suavam frio, indicando meu estado de desconforto e ansiedade, eu não podia perder aqueles minutos preciosos, até porque tenho certa mania de deixar tudo para última hora. Meus pensamentos se foram assim como meu corpo que bruscamente foi para frente quando o veículo freou bruscamente fazendo minha respiração se tornar descompensada em milésimos de segundos. Ergui minha atenção ao trânsito que se formava, o congestionamento a frente tomava conta de boa parte da avenida. Suspirei vencida, havia esquecido desse detalhe.

Meus pés colidiam contra o chão do carro em nervoso, afinal aquela roupa por completo parecia querer esmagar meus músculos ao extremo. Mal conseguia respirar normalmente. Como Dinah consegue usar isso todo santo dia!?. Dei de ombros, tinha que me acostumar pelo menos pelas próximas horas. 

Peguei meu celular sobre meu colo, o mesmo vibrava compulsivamente indicando ser Lauren assim que percebo sua foto tomar conta do ecrã conforme a tela ligava e desligava a cada intervalo de tempo. Desbloqueio a tela podendo atender a suposta chamada elevando o aparelho ao ouvido respirando fundo.

:- Onde pensa que está? Normani você está atrasada! - Sua voz soava de forma firme porém desesperada no fundo. um tanto abafada. Imagino a pressão sentida dentro daqueles critérios judiciais. 

:- Eu estou presa no trânsito. 

:- Que bom exemplo hein? - Riu sarcasticamente me levando a franzir o cenho. - Porra! Ele vai tirar Seth de Dinah e aí sim vai ver a grande merda acontecendo. Tem noção? 

:- Fica calma, por favor. - Suspirei fechando meus olhos. 

:- Calma? Eu quero é... - Parou bruscamente quando pude perceber uma voz ao fundo. - Não é ninguém. - Lauren murmurou mais baixo que o comum. 

Revirei meus olhos olhando aos arredores ainda com o telefone no ouvido. Parecia ser Camila, não me importava um tanto. O trânsito parecia prosseguir mais parado que minha conta bancária, apenas podia sentir o vento fresco contra minha face, fazendo-me suspirar a cada cinco segundos. Eu precisava fazer isso. Por Dinah. 

Nem ao menos havia percebido que Lauren desligou tal chamada. Engoli em seco podendo afastar o aparelho do ouvido e observar o senhor que diria o táxi. Nem ao menos enxergava seus olhos devido ao óculos escuro que os cobria.

:- Não há nenhum atalho? - Questiono um tanto impaciente.

:- Desculpe, senhorita, mas está tudo trancado, e os atalhos provavelmente estariam assim. - Deu de ombros.

Como ele estava calmo de tal forma?. A cada minuto sentia meu corpo ficar cada vez mais tenso, se isso realmente pudera ser possível, o suficiente para minha respiração se tornar ofegante, a preocupação vir a tona, e a voz daquele maldito GPS apurar meus ouvidos. Aquela merda não parava!? 

:- Estamos longe demais? - Receei chamando sua atenção novamente.

:- A uns, quinhentos metros. - Conferiu o taxímetro acelerando o carro aos poucos conforme o decorrer do trânsito. 

Encarei o ecrã do celular uma última vez antes de vasculhar minha bolsa a procura da carteira, revirei a mesma lhe entregando uma nota de cinquenta dólares, não seria isso a viagem inteira, com certeza nem metade daquilo, mas não me preocuparia com isso. Apenas agradeci o deixando sem respostas, peguei o envelope saindo do carro apressadamente, podendo em fim encarar a calçada tão movimentada como antes. Suspirei e apressei meus passos sentido norte, não sabia muito bem como chegar, mas sabia que iria chegar. 

Eu queria poder gritar o mundo, para com que Dinah soubesse que eu não trocaria nossa vida por nada, se bem posso chamá-la assim. Nem mesmo pelo maior prêmio do mundo, pois duvido muito bem de que seu sorriso matinal seja um deles, a forma como me olha ou diz que realmente sente algo. Independente do que seja, ela sente e entendo seu lado, em momento algum julgaria como ousei tentar algum dia desses. Eu não trocaria nossas conversas, as mais bobas ou inteligentes, por nadinha. Não trocaria aquelas fotos que me manda no meio da tarde, fazendo alguma careta, suas ligações, as surpresas que ela me faz, ou até mesmo quando me importuna via mensagens a ponto de me acordar no meio da noite pedindo companhia. Maldita insônia. Não trocaria ouvir sobre o seu dia, nem mesmo a ver reclamando do trabalho ao meu lado, contando algum caso que aconteceu com ela anos atrás, só para não deixar um silêncio entre nós. Mas não trocaria nem mesmo nosso silêncio…Porém embora preferisse andar para frente, haveria sempre algo para rebaixar seus consentimentos, deixar suas expectativas no limite, um limite muito abaixo dos seus pés .Não trocaria aqueles momentos em que ela toca minha mão de leve, fica constrangido e desvia o olhar.

Queria simplesmente pedir que olhasse no fundo de meus olhos e me dissesse o que realmente poderia enxergar. É cedo demais para contradizer algo? Pois o que sinto parece me torturar. Corroendo por minhas veias levando cada pedacinho de meu corpo a um delírio sem fim. É cedo demais? Cedo demais para que olhem bem para e mim e leia no meu olhar como eu a quero? Pela vida inteira? Como almejo aqueles braços me rodeando sempre que preciso de colo? Talvez não me precisasse mais dele quando a tivesse por perto. Será que levaria a compreender que apenas quero segurar em sua mão, enfrentar meus medos, o mundo e o caos da vida lá fora? 

Eu preciso dela.

É como me acostumar com o meu estomago revirando em segundos, como borboletas presas querendo encontrar algum lugar para simplesmente fugir, mas elas sempre permanecem por lá. Seria contraditório demais perceber que toda vez que seu perfume atiçam minhas narinas elas se apuram? Assim como meus ouvidos quando sua voz soa próxima?. Estranho demais dizer que me perco nos melhores sonhos mesmo com os olhos devidamente abertos?. Quais efeitos resolveu acobertar sobre mim?. 

Meus pés latejavam, e tinha total certeza que aquelas avenidas movimentadas sendo cruzadas por passos apressados poderiam muito bem empoderar a vontade de que poderia torcer o calcanhar ao andar com os benditos saltos altos. Ou talvez quem sabe algo grave a altura. Por sorte não ventava, pois teria que me preocupar se a saia estivesse subindo ou não, mas estava justa o suficiente para subir milímetros conforme jogava meu quadril para o lado quando andava - praticamente correndo -. Poderia pedir ajuda, alguma informação, mas que diabos estaria fazendo da minha vida? Estando aqui a quase quinze anos e nem ao menos consegue decifrar onde fica uma construção de patrimônio público. Federal, que seja. Quem se importa, afinal? 

O tamanho do meu afeto é maior que qualquer outra escapatória naquele momento. Nós quebramos regras como se mudássemos o jogo. 

O nosso jogo. 

Encarei de baixo a cima a alta construção de branco rústico, esbanjando o pratimônio em melhores impressões, essas as primeiras. Me apressei, estava realmente atrasada, se não em cima da hora, não havia certa movimentação, o que me diria que Dinah estaria lá dentro, certo?. Prefiro pensar nessa oposição. Subi de forma apressada alguns poucos degraus de entrada, percebendo o ambiente silencioso, e ao mesmo tempo tão torturante. Alguns seguranças, mas nada a mais que encarassem meu corpo por debaixo dos óculos escuros, hora ou outra checava meu decote, talvez estivesse ressaltado demais? 

Não. 

Dei de ombros ouvindo o zumbir de meus saltos colidindo ao chão de porcelanato, tilintando o calçado de forma que aquele barulho ecoasse pelo extenso corredor de grandes portas, parei em frente a rústica - como todo o ambiente - e emadeirada porta de alguns metros de comprimento e largura. Ambos seguranças nem se quer se moveram, e sabia que na esperança falha de tentar adentrar, seria barrada. 

:- Eu preciso entrar. - Ditei simples encarando-os. Eles nada disseram, se quer pareciam expressar consentimentos possíveis. - Eu preciso entrar. - Repeti contendo minha vontade de voar para cima do pescoço de alguns deles.

:- Não podemos ceder passagem, senhora. - Um dos homens fardados se prontificou. 

:- Lá tenho cara de Rainha Elizabeth seu filho da... - Um deles arqueou as sobrancelhas, o que me fez travar e estremecer internamente deixando a frase sem nexo ou continuação. 

Suspirei.

 Se não daria certo pacificamente, talvez força funcionasse!? 

Péssima ideia Normani! 

Ao menos foi o que constatei quando um deles me empurrou pelos ombros, fazendo com que recuasse alguns passos. É muito provável que aqueles brutamontes seriam muito maiores em questão a força. Bem, ao menos tentei. Tentei e falhei cruelmente. E em menos de um minuto seguinte, já avançava novamente tentando ao menos conseguir abrir a porcaria daquela porta, se bem podia, um deles segurou-me pelo quadril, arqueando meu corpo do chão, enquanto o outro fazia cobertura daquela sala. Ele dizia para com que parasse, mas eu precisava, eu necessitava fazer isso. Me debatia como com quem sonha com seus piores medos, açoitada a olhar por debaixo da cama, mas de fato não era meu maior problema. As lágrimas vagavam sobre meu rosto, e em momento algum poderia deixar isso para trás, afinal não tinha outra escolha a não seguir tentar a ponto de esmurrar aquela porta, mas precisava fazer isso não por mim.

Jamais seria apenas por mim. Solucei me debatendo nos fortes braços que me rodeavam, tentando a todo custo adentrar a maldita sala tão próxima de mim. 

Jamais seria tão simples assim. 

Nunca foi e nunca será. Eu pensei que eu tinha coragem, mas eu percebi tudo errado. Eu só estava com medo das coisas mais importantes. Eu e a minha maldita insegurança, essa mania de achar que tudo vai dar errado, esse meu medo de acreditar... assumo que eu tenho uma grande vontade de sumir com o meu pessimismo. Tão boa para dar conselhos, péssima demais para usá-los comigo mesma.

Bufei por fim conseguindo despistá-los por alguns segundos quando meus soluços se tornaram mudos, os braços me afrouxavam aos poucos a ponto de sentir meus pés sobre o chão firme novamente. Limpei o canto dos meus olhos, assim como franzia o nariz controlando o subir e descer de meu peito constantemente. Foi então o suficiente para conseguir chutar aquela porta com toda a força acumulada pelos dizeres mentais, mas confesso que a mesma simplesmente abriu pelo simples fato de que alguém pelo outro lado a abria, nem ao menos me preocupei saber quem, se não fosse ao grito fino de Seth indicando muito bem que o arrastava pelas mãos. Mas precisava realmente me preocupar com um outro alguém ali presente.

Mas antes salvar a minha própria pele. 

:- Senhor juiz, eu tenho um decreto. - Aclamei chamando atenção de boa parte - se não todos - daquele aposento. 
Meus olhos perdidos pairaram sobre o corpo polinésio á alguns metros dali, Lauren sorria abertamente em minha direção, como com que chegasse no momento certo, Dinah soltou-se dos magros braços de Camila, fazendo com que pudesse tornar seus calcanhares a ponto de circular meu corpo como nunca, seu corpo em uma temperatura anormal. Pouco me importava sua maquiagem encobrindo sua face - mais penetrando abaixo dos olhos - , simplesmente a queria por perto. Podia muito bem entender tal situação com como quando ela tornou a chorar silenciosamente em meus braços, soluçando a ponto de fazer seu corpo tremer. Soava palavras de conforto tentando acalmá-la, mas em hipótese alguma conseguia tirar aquele pressentimento seu. Beijei seus cabelos perfumados feito jasmim e a pressionei contra meu peito tentando retirar toda aquela dor que sentia, e supri-lá para mim mesma. 

:- Senhorita, o tribunal está encerrado. - O empoderamento daquele homem de vestimentas pretas, e cá entre nós, patéticas, fez com que Dinah suspirasse contra a pele do meu pescoço. Mais principalmente a curvatura dele. 

:- É importante, Senhor. - Afaguei as costas de Dinah. - Eu só preferia que me escutasse, podemos reverter isso e encontrarmos uma solução melhor. - Encarei Lauren rapidamente que assentiu com um sorriso maior que o mundo. - Não pude entrar antes, pois esses brutamontes me impediram de tal ato. - Apontei com a cabeça de forma sutil aos seguranças que prontamente avançariam para cima de mim sem quaisquer consentimentos. 

Porém pararam em meio ao caminho conforme pedido do juiz.

:- Me convença. - Disse por fim após alguns minutos torturantes.

Sorri vitoriosa, sorriso esse que murchou quando Dinah se desvencilhou de meus braços, fazendo com que um vazio se instalasse em meu peito, ela permanecia ali, mas era o mesmo que estivesse a quilômetros de distância. Paralelamente dizendo. Engoli em seco observando-a enxugando seus olhos.

Me aproximei, não estávamos em ordens de um tribunal, mas sem formalidades. O que agradeço já que odeio brutalmente. Suspirei tentando manter minha pressão e batimentos cardíacos controlados. Abri o mediano envelope arrastando em sua direção sobre a superfície firme da mesa. Ele questionou silenciosamente ao arquear suas sobrancelhas.
Eu tinha que agir. 

:- Eu conheci Dinah a pouco menos de um ano, até temos um relacionamento afetivo. - Murmurei atraindo certos olhares. Mentir em plena justiça nunca chegou aos meus princípios de vida, mas Seth em quesito algum poderia estar presente á aquele homem. Talvez uma mentira pequena pudesse mudar isso. Sabia que se dissesse real data, seria expulsa daqui facilmente. - Seth principalmente se apegou a mim e realmente é como se estivesse sob controle da situação, não que amor seja o lance dessas coisas aqui. - Gesticulei com as mãos. - Mas acredito que o que imaginam é que com essas decisões as crianças venham a ser educadas das melhores formas possíveis. - O senhor assentiu. - Portanto, a nossa decisão, fizemos o que deveria ser feito. - Dei um meio sorriso ao senhor, percebia os olhares queimando minhas costas, estava um tanto tensa. Mas era necessário, poxa! - Esse documento prova que em forma de adoção unilateral, Seth é meu filho adotivo e bem... Ele tem sim uma presença paterna. - Sorri. 

O silencio parou entre aquelas quatro paredes, encarei as garotas sob meus ombros, percebendo uma Dinah estática com um minimo sorriso no rosto, uma Camila aconchegada entre os braços de Lauren e dona Milika, que até então não havia notado sua presença, parecia analisar a situação seriamente. O de vestimentas pretas tornou o documento em mãos, o observando por torturantes segundos antes de pontuar: 

:- Esse documento é de semana passada. - Arqueou as sobrancelhas negando enquanto guardava novamente dentro do envelope. 

:- Mas de qualquer forma estaria ocupando o lugar de um pai não presente nesses quase quatro anos, que até então não se deu por analisar o próprio nome na certidão do filho. Bom, caso não convença, saiba que a partir de isso entra em mãos públicas e perante a qualquer outro documento. - Apontei ao envelope. - Eu sou sim pai de Seth desde semana passada. 

:- Ela está certa. - Um dos seus braços direitos pontuou, fazendo o mesmo juiz o encarar, o mesmo assentia.

:- Bem... - Iniciou, se não antes interrompido. 

:- Estão mesmo abrindo mão a essa aí? - Siope, se bem me lembro o nome, aproximou-se arrastando Seth contragosto, de tamanha força que pusera sob seus punhos, fazia com que o menor resmungasse choramingando perante a dor que provavelmente sentia. - Ela nem ao menos pode ter o direito de chegar perto a Seth, não é nada dele a não ser a ficante daquela vagabunda ali. - Apontou para Dinah que encolheu seus ombros. 

:- Você não tem moral nenhuma para se sentir superior a uma mulher que em milhões de anos seria muito melhor que você e esse seu cérebro afetado por mais merda do que sai pela sua boca. - Rebati o encarando friamente. 

Quando seu olhar caiu sobre mim - e consequentemente meu corpo - pude perceber suas feições de desgosto e tais como suas sobrancelhas franzidas como seu cenho. 

:- Quem é você para falar de tal forma, sua sapatão de merda? - Me fuzilou fazendo com que chamassem sua atenção. Ele se aproximava cada vez mais fazendo Dinah se apressar em o parar.

Porém não me impedindo de prosseguir. 

:- Aquela que só não esmurra essa sua cara agora, pois mais tarde não haveria meios de desinfectar. - Reprimi meus lábios segurando na mão livre de Seth. - Se me dá licença. - Tentei soltar o pequeno daquele projeto de ser humano a frente.

Foi em vão, ele o puxava contra direção, me levando junto em uma única chance. 

:- Mas só sendo muito puta mesmo. - Negou entre dentes. 

:- Somers, Hamilton! - O juiz e seu maldito martelo ecoaram contra aquelas paredes, estremecendo meus ouvidos e provocando certo silêncio. - É esses os direitos que passará a seu filho? - O questionou, de fato Siope não soube o que responder, a não ser entreabrir seus lábios. - Imaginei. - Negou virando-se de costas voltando a conversar com seus superiores, tais como ele.

No mesmo momento de devaneio, puxei Seth a minha presença que prontamente abraçou minhas pernas soluçando baixinho. Dinah prontamente o pegou no colo, abraçando-o com tamanha força capaz de estalar os ossos do pequeno, que nem se quer resmungou. Sorri observando a cena, era como se aquilo refletisse algo que realmente sentia, era isso que queria durante os últimos dias. 

Senti Lauren me abraçando pelos ombros, e aquilo foi o suficiente para me fazer relaxar meus músculos, se não fosse por ela, talvez tudo estivesse perdido. Sorri em sua direção desviando tal atenção ao corpo polinésio de curvas alucinantes se aproximando com Seth em seus braços. 

:- Como conseguiu? - Sussurrou de tal forma capaz de apurar meus ouvidos. 

:- Tenho meus planos, amor. - Sorri. - Mas agradeça a ela. - Apontei a Lauren que sorria abertamente, capaz de romper aqueles lábios e Camila a castigar por isso. - Não teríamos tais resultados com isso. 

:- Ainda não temos uma resposta. - Dona Milika murmurou mais ao fundo, fazendo-me suspirar. 

:- Basta acreditar. - Camila afirmou colocando um fim em tudo aquilo. 

O pigarreio daquele mesmo senhor se fez presente tomando nossas atenções. Encarando-o tão rapidamente a ponto de meus batimentos se avançarem como com que corre uma maratona. Não era meu caso. Mas precisava a todo custo saber. 

:- Revigorando a situação, segundo o mais provável e o correto sob nossas afirmações, a guarda de Seth Hansen Amasio... Digo, Seth Amasio Hamilton-Hansen. - Sorri ouvindo-o. - Torna a ser de ambas, Normani Kordei Hamilton e Dinah Jane Hansen. 

E aquilo foi o suficiente para com que Dinah ao meu lado pudesse abrir o melhor sorriso de todos os tempos, era um tanto inexplicável descrever, devido aos diversos sentimentos nos quais ele poderia dizer. Mas foi o que levou a um abraço grupal e a sensação de estar em casa novamente. Deslocada como nunca, sentindo o calor de outros braços como nunca me permiti sentir. 

Pelos simples fato de confiar e deixar aquela insegurança de lado. 

Basta manter Siope bem longe do que um dia Dinah se dispos a chegar próxima. 


...

 

Fechei meus olhos por alguns milésimos de segundos ao sentir os carnudos lábios aquecendo minha bochecha direita, o que me levou a sorrir no mesmo momento. Estávamos em uma pizzaria, na qual até mesmo Regina se encontrava. Dinah a todo momento segurava em minha mão, agradecendo de todas as maneiras, línguas ou sinais, era visível sua felicidade estampada em seus sorrisos a cada cinco minutos consecutivos. 

:- Eu fiz o certo? - Receei encarando os almejantes olhos castanhos. 

:- É claro que sim. - Sorriu abertamente franzindo o cenho. - Por que ainda duvida? É o melhor dia da minha vida! 

:- Eu não sei. - Suspiro. - Talvez de não gostar da ideia, olha, não precisa levar a sério, tudo bem? é apenas um documento. - Cocei minha nuca em nervoso.

Sua risada fez com meus ouvidos se apurassem em ouvir e aprovar que era sim música, a música que gostaria de ouvir todos os dias de minha vida.

:- Está tudo bem, Moni, não se preocupe. Pode pensar o que quiser, Seth ama você, tal como eu, e não vejo problemas nisso. - Pousou uma de suas mãos sobre minha coxa, acariciando a região sem segundas intenções, fazendo-me sorrir levemente antes de juntar as sobrancelhas. 

:- Moni? - Perguntei risonha. 

:- Sim, Moni, não gostou? - Franziu o cenho, levando-me a rir, e simplesmente assentir beijando sua bochecha.

Não precisávamos de respostas concretas.

Observei minuciosamente tal discussão causada por Lauren e Camila, embora discretas, a latina tinha mania de ser escandalosa quando o assunto lhe causava certas gargalhadas, digamos que... altas. É, essa talvez seja a resposta correta. 

:- Eu falei para colocar mostarda na minha pizza, não inundar meu rosto. - Lauren Resmungou. 

:- Você sabe que não foi intencional. - A latina defendeu-se entre risos, fazendo a hispânica rolar os olhos. 

:- Com certeza. - Bufou.

Balancei a cabeça negativamente rindo baixo. Tornei a pegar minha fatia de pizza marguerita elevando-a a boca mordendo de forma generosa, com que todos os sabores explodissem em uma onda de satisfação conforme a degustava. Regina ao lado esquerdo de minha cadeira, observava minuciosamente enquanto bebericava seu refrigerante com uma lentidão surpreendedora. 

:- Vocês não vão ser assim, vão? - Questionou elevando seu olhar ao meu arqueando suas sobrancelhas. 

:- A o que realmente se refere? - Passei a ponta da língua sobre meu lábios, sentindo o gosto impregnado naquela região. 

:- Melosas. - Revirou seus olhos pousando o copo sobre a mesa. - Tia Lauren ficou toda sensível, nem parece a mesma de antes, tudo por causa disso, e é estranho. - Deu de ombros. 

Encarei Dinah rapidamente, a mesma encarava sua irmã mais nova com as sobrancelhas arqueadas, ri baixinho voltando minha atenção a Gina que nos encarava atenciosamente. Sinceramente, ela tinha apenas onze anos!? 

:- Porque seria estranho? - Dinah questionou.

:- Porque Normani é minha professora de dança. - Respondeu como se fosse óbvio. 

:- Você é minha irmã mais nova e nem por isso reclamo por te aturar. - Rebateu fazendo a pequena a encarar confusa e ao mesmo tempo incrédula. Lhe dei uma cotovelada próxima a costela, fazendo a loira gemer baixinho me encarando emburrada com um leve bico entre os lábios. - Falar verdade é pecado? - Questionou. 

:- Dinah, você é pior que criança. - Ri passando meu polegar no canto de seus lábios retirando o molho que havia se acumulado, deixando-a livre daquela sujeira desnecessária, ela sorriu levemente em agradecimento antes de se emburrar novamente. 
Aquilo era realmente infantil. Mas com quem estou tentando lidar!? 

:- Nessa parte eu concordo plenamente. - Dona Milika interveio enquanto tentava deixar Seth confortável em seu colo. O pequeno tentava pegar seu macarrão com queijo com o garfo de forma desengonçada, mas a todo custo o mesmo escorregava sobre o prato. A polinésia mais velha gesticulou apontando para Seth e Regina intercalada vezes. - Ela é pior que esses dois juntos. - Negou. 

:- Poxa mãe, que boa primeira impressão está passando sobre mim. - Bufou com um bico do tamanho do mundo sob seus lábios.

Ri internamente observando a cena em completo silêncio enquanto finalizava minha pizza. 

:- Tem certeza que é primeira impressão, Dinah? - Sorriu maliciosamente fazendo-a corar. 

Okay, eu já não estava mais rindo. 

:- Só não faça Normani fugir como todas as outras. 

:- Outras? - Questionei. 

:- As fracassadas que desistiram, não suportaram Dinah e partiram para bem longa. - Lauren sorriu falsamente, fazendo com que Jane revirasse seus olhos. 

:- Como você, Michelle? - Rebateu fazendo Camila encarar sua amada arqueando sua sobrancelha.

:- É, como você, Michelle? - Camila insistiu quando não obtiveram respostas.

:- Como as outras, amor. - Sorriu amarelo fazendo Regina rir minimamente. 

:- Na verdade não seriam fracassadas, elas fizeram o melhor da vida delas. - Dinah fuzilou a própria irmã com um olhar que julguei o suficiente para fazer a pequena arregalar seus olhos. - Digo, para com que você chegasse...Normani. - Sorriu frouxo. 

Dinah relaxou suas expressões entrelaçando seus dedos aos meus, sorri com o simples atos. 

:- Polque ninguém é como tia Mani. - Seth murmurou com a boca cheia atraindo nossas atenções. - Por isso mama ficou boba. 

:- O nome disso é amor, Seth. - Camila ditou por fim, fazendo-nos sorrir.

É ela tinha razão. 

E pela primeira vez após longos anos, senti a presença de uma família, se bem poderia dizer assim. Senti que poderia confiar naquela pessoas, como uma harmonia de uma canção qualquer. Só queria me prender e jamais soltar, mas a decepção é algo típico das vidas alheias e porque não a minha? 

Eu deveria ser menos pessimista e acreditar mais em mim. Acreditar mais em nós.
 


Notas Finais


Eu fiquei atordoada ksks sério, eu não tinha salvo - por burrice - mais da metade do capítulo, sendo que o computador desligou por completo, santo seja o Social Spirit por deixar o rascunhos salvo - já estava editando para postar - e grazadeus voltei hoje! ksksk

Qual presentinho Dinah vai dar a Mani? Sugestões...?

All The Love, M. 💕🍃


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