1. Spirit Fanfics >
  2. Do I Wanna Know!? - Norminah >
  3. Date Me? (Capítulo Bônus)

História Do I Wanna Know!? - Norminah - Date Me? (Capítulo Bônus)


Escrita por: FarofeiraHansen

Notas do Autor


Hey amores!

A principio, a ausência aos poucos vai diminuindo... E queria deixar claro que capítulos bônus são pontos marcantes da Fanfic, portanto, espero que realmente gostem! 💕

Se tombarem, aguentem que tem mais! ksks

Para quem conhece a música, por favor, imaginem a versão acústica... Deixei o link abaixo, If I Could Fly, One Direction.

Enjoy!!

Capítulo 53 - Date Me? (Capítulo Bônus)


Fanfic / Fanfiction Do I Wanna Know!? - Norminah - Date Me? (Capítulo Bônus)


Normani Kordei Hamilton Point Of View 
Sábado, 04 de Junho de 2016 │ Miami, Flórida, Estados Unidos. │ Hamilton's Apartment │02:27pm. 
" As pessoas mudam, mas isso não significa que elas melhoram ".

A vida é muito curta para perder odiando alguém. Seu próximo amor não tem culpa do anterior. Amei a alma, antes mesmo daquele corpo psicodélico. 

A gente se engana demais nessa vida. A gente acredita, confia, se entrega. A gente erra, a gente cai, tropeça, quebra a cara, mas um dia a gente aprende. É, tudo de ruim que passamos um dia, se torna aprendizado no amanhã. Nos deixam mais fortes e prontos, para enfim, seguir em frente. 

Depois dos  quinze anos - ou até menos disso - , tudo muda. A responsabilidade parece pegar um pouco mais no seu pé. A vida tenta te derrubar e você por ser tão fraca cai. E pra levantar, é um sacrifício! Mas você não desiste e finalmente se levanta. Ou ao menos tenta. 

Depois que uma mulher descobre que é capaz de sobreviver mesmo quando está morrendo de amor, ela aprende a não ter mais medo de dizer adeus pra quem não merece ficar. Fazia muito tempo que eu não tinha vontade de sorrir para nada nem para ninguém, então era extraordinário que ele conseguisse perturbar assim os cantos de meus lábios.

Prendia a gargantilha banhada em ouro - ou alguma réplica disso - entre dentes, ao menos comprovei não ser verdadeira devido ao gosto metálico que entrava em conjunto ao meu hálito enquanto tinha meus olhos vidrados ao teto de gesso branco enquanto mais um daqueles incontáveis suspiros eram ouvidos perante o cômodo. Nem mesmo a televisão no volume mais mínimo, era capaz de impedir-me de ouvir as negações na outra linha daquela chamada que foi encerrada tão subitamente que minhas desanvenças se tornaram reais. 

Tédio. 

Joguei o aparelho sobre a espaçosa - e vazia para uma única pessoa - cama enquanto me aconchegava novamente com um travesseiro por trás de minhas costas cruzando minhas pernas. 

Eram minutos, muitos deles, lendo a mesma página a ponto de fixar tais palavras em minha cabeça, seria uma tarefa fácil, se não minhas preocupações ao outro lado do mundo, isso, de tamanha insegurança e o aperto que me era sentido no peito. O toque do celular pegou-me de surpresa, fazendo com um pequeno sobressalto, ainda sentada, se fizesse presente enquanto encarava o vibrante aparelho sobre a cama, não me dava o favor de encarar quem ligava-me, apenas na ausência, tornei-o em mãos cedendo a quem quisesse ouvir minha voz. Atendi em impaciência, era contraditório tal bipolaridade. Meus olhos permaneciam presos a um livro, esse que tinha sobre meu colo, uma história policial que não conseguia parar de ler. Irônico não?. Era bom estar sozinha, pelo menos tinha sua presença, de incontáveis páginas, mesmo que conhecidas por mim de ponta a ponta, sílaba á paragrafo, apenas. Ler um livro de suspense numa tarde fresca de ventania, me parecia agradável em meio ao silêncio que instalou-se naquele cômodo.

Tal como no apartamento inteiro. 

O sábado mal começara - ao menos ao seu ver - e me imaginava ali até seu fim, presa naquelas páginas. O som do toque atordoante de meu celular era uma intromissão, um estorvo. Mesmo que contra meus gostos, pelo fato de as esperanças perdidas, atendi em contragosto: 

A principio, o único som ouvido por mim era um chiado descomunal, um ruído ondular, como com que a ventania havia de ter penetrado no aparelho. Depois, um silêncio. Fui rápida em desligar no minuto seguinte, movimentando meus ombros sem certamente me importar, agora voltando total atenção a concentração de páginas a minha frente, tais essas aclamavam mais do que nunca serem lidas uma terceira vez. Mas assim que recomecei minha leitura, o aparelho vibrava novamente, atendi novamente e o mesmo ruído, levando-me a desligar uma segunda vez.

O que acreditei ser a mesma. 

Já irritada, pensava na oportunidade de desligar o mesmo, mas e se ela ligasse? E uma emergência talvez? Nem ao menos saberia como reagir. Afinal, porque estou me importando tanto com algo do gênero? Ela está bem, um pouco sumida, mas bem. 

Resisti, não faria isso. 

Voltei á minha leitura, já um pouco desconcentrada. Li e reli o mesmo trecho três vezes, na certeza de que o celular voltaria a tocar.

E tocou. Porém dessa vez havia uma voz.

A sua voz.

:- Moni? - A ver trêmula ao outro lado fez com que o mínimo sorriso se desmanchasse por meus lábios ressecados. 

:- Dinah? - Fechei o livro sentando-me adequadamente sobre a cama. - O que aconteceu? Porque chora? - Rapidamente tive meu cenho franzido devido sua pausada risada. 

:- Não estou chorando, é o vento. - Comentou descontraídamente tranquila, suspirei fechando meus olhos por um certa intervalo de tempo. Isso levou a mais chiado perante a ligação, era possível ouvir também suas descompensada respiração. - Sente o vento, Moni? - Falou num sussurro.

:- O que? 

:- Os ventos, conhece? Você já os sentiu? - Insistiu. 

:- Dinah... 

:- Apenas responda-me. - Cortou tais palavras que provavelmente pronunciaria. 

:- Como? - Engoli a saliva acumulada em minha boca enquanto com meu braço livre, o cruzava abaixo de meus seios. Talvez estivesse brincando, ou algo parecido. 

Pensava em desligar, mas ela logo prontificou-se. 

:- Alguns ventos vêm do deserto, outros do oceano, mas em sua trajetória eles varrem montanhas, despejando chuvas e tornam-se muito secos, cheios de eletricidade. Saiu isso, um dia no jornal. - Ela comentou risonha sendo tomada por um perceptível nervosismo.

Bastante perceptível. 

Olhei em direção a janela de persianas abertas daquele quarto mediano. Ao lado de fora, a copa das palmeiras dançavam enlouquecidas. E o vento começava a gemer nas frestas, como se quisesse entrar. Mais uma quente e bipolar tarde em Miami. 

:- Quando chegam às cidades, esses ventos elétricos provocam alterações no sistema nervoso das pessoas. - Prosseguiu. - E sabe o que acontece? 

:- As pessoas enlouquecem. 

 Insistivamente levantei daquela confortável cama tornando a deslizar meus descalços pés sobre o carpete em direção a janela, a mesma estava com os primeiros pingos de chuva em seus vidros limpos. Olhando por entre o balançar das grandes folhas daquelas palmeiras ao jardim, percebia a pouca movimentação lá fora, nada de sua presença. 

No mesmo instante ela continuou: 

:- É por isso que estou aqui. 

Novamente tive meu cenho franzido, o quão contraditório aquilo estava soando!?

:- Dinah? 

:- Foi quando me senti perdida nos seus olhos meio daquele apagão, quando a chuva forte na companhia do vento, atordoavam as paredes, e seus braços me acolheram por longos e reconfortante minutos enquanto eu chorava desesperadamente. Foi quando sujei seu rosto com boa parte da receita de nossos cookies, ou como percebia suas desavenças ao sentir meus atos escorrendo sobre seus cachos na pegajosa do ovo que quebrava sobre sua cabeça, o tempo subestimado supri nas garrafas de vodka. Ou como a primeira vez que senti seus lábios, ou seu gosto em minha boca, aquilo sim era uma grande ventania. O ciumes e a forma na qual resolvia revidar, quando assumia minhas palavras e desejos aos seus, mesmo que ainda sob efeito do álcool, quando não se importou em perder boa parte da festa para me ver bem, e me lembro perfeitamente de como se julgava deixando-me beber antes. Talvez eu tenha maneirado um pouco. - Riu de forma abafada, sua voz saia trêmula perante o frio, ela deveria estar do lado de fora de sua casa, ou algo do tipo. - Foi como me senti com aquelas borboletas malditas criando uma coreografia nova em meu estômago toda vez que meus olhos se cruzam aos seus. Sentir as borboletas no estômago por alguém é uma das raras e muito caras experiências que a vida nos dá. Não se trata de “achar bonitinho” e sentir atração física, de ter afinidades e companheirismo, é algo mais: é ver o mundo se transformar e perder o chão diante da emoção de estar perto, é sentir que num toque de pele, a eletricidade de um passa para o outro, numa corrente energética que alimenta ambos. É exatamente o que acontece com meu corpo e coração, Moni.

Meus olhos brilhavam mais que os poucos focos de luz elétrica daquele quarto, devido ao fato dos mesmo marejarem e tornarem-se ardidos por não piscar. Estava estática, isso, estática. Era a palavra certa.

Minhas expressões entregavam-me.

:- Percebe o nevoeiro? - Sua voz insistiu em meio aos simultâneos chiados do vento mediano. 

:- Sim. - Novamente suspirava tendo meus aflitos olhos perdidos na visão que aquela janela me proporcionava. 

:- Me senti assim nos seus braços, de forma calma. - Riu nasalmente.

Tinha minha visão embaçada como os vidros a minha frente, mesmo perante ao verão, algumas folhas ainda rolavam contra o chão da calçada, tinha meus negros olhos a marejar de forma que meu busto coberto por um fino casaco subisse e descesse descompensadamente. O frio se fazia presente, mas meu coração aquecia-me cada vez mais. 

:- E você, Moni? - Trouxe-me a realidade. - O que conhece sobre os loucos? Os poucos? Sonha acordada em suas noites perdidas ou em meio a uma multidão quando presa a seus pensamentos? Ou os ventos lhe impedem? - Conhecia-a o suficiente para saber que sorria ao outro lado da linha. 

E de forma abafada pelo bolo formado em minha garganta, apenas sussurrei: 

:- Os conheço, como a palma de minha mão... Tornei-me louca ao fitar seus olhos, viciada ao sentir seus lábios e dependente desse nevoeiro cada vez que sinto-lhe por perto... - Sorri abaixando meu olhar. 

O silenciou pairou como a ventania se acalmava. 

:- Moni, eu preciso de você. - Ela sussurrou ao outro lado da linha, fazendo-me apoiar no parapeito da janela. 

:- Eu também Dinah, está tudo tão tedioso e...

:- Eu estou falando sério. - Cortou-me calmamente.

:- E eu também. - Suspirei juntando as sobrancelhas. 

:- Seu filho precisa de ajuda com o balanço. 

:- Seth cresceu o suficiente para alcançá-lo. 

:- Moni, nosso filho só tem três anos. - Insistiu. 

:- Tudo bem, mas porque não ajuda-o então? - Perguntei perante a dúvida. 

:- Porque você sabe onde encontrá-lo, ele merece sentir o nevoeiro, correto!?

:- Talvez? 

:- Você sabe onde encontrá-lo.

E desligou. 

Okay, eu estava um tanto quanto confusa. Mas sabia muito bem onde deveria ir, ou na verdade, deveria ficar? 

Dúvidas...E foi suspirando que balancei minha cabeça clareando meus pensamentos e aconchegando meus sentimentos. 

Desviei minha ateção a roupa na qual vestira, era algo simples, e se estava confortável, me sentia bem. Arrumei o casaco neutro de tecido fino em meus braços calçando um par de saltos que estava jogando em um canto daquele cômodo. Minhas mãos se elevaram aos cachos movimentando-os de forma que tomassem maior volume e seu aroma marcante pudesse se intensificar mais com os fios separados. Assim afundei o aparelho celular contra um dos bolsos da calça antes de sair rumando meus passos por aquele apartamento rodando as chaves contra meus dedos á espera do elevador. 

Ela é um universo cheio de novidades. Um universo infinito. A cada minuto ela descobre algum sonho diferente em cada coisa simples de seu cotidiano turbulento. A cada minuto ela sente desejo de ser mais e melhor, mas quem consegue ser ruim á pouca idade? Veja o mundo, temos tempo demais para perder poupando vidas do que gastando as nossas. A cada minuto ela tem sede de voar e conhecer tudo que há além do horizonte. Mal sabe que tudo que ela toca, vira flor. Mal sabe ela o quanto sua presença transmite amor. Ela é tudo isso, até mais. 

Ela costuma dizer: “Eu sou uma pessoa comum, nada de incrível". Mal sabe, que ela é a própria música. Ela é o próprio romance. Ela é o próprio poema. Meu próprio amor. 

É uma pena ela não saber o quanto fica linda lendo um livro, um pequeno artigo no jornal ou em seu computador, tal como em seu escritório ou dando risada de qualquer coisa. É uma pena ela ver tantos defeitos e esquecer que o conjunto de características a faz ser única. Quando ela resolve dançar, mesmo sendo um pouco desajeitada, a energia do ambiente muda, em frente ao espelho, sob a cama, debaixo do chuveiro, ou até mesmo entre quatro paredes e a minha frente. Ela traz alegria, euforia, magia - até mesmo parada, dá pra acreditar?

Ela é tudo isso e muito mais. Ela deseja ser amada, mas não se esqueça que ela possui muita paixão por si mesma, paixão até demais. Poucos possuem esses privilégios. 

A brisa gelada tirou-me de devaneios quando meus músculos contraindo-se entre si, tornando minha situação mais embaraçosa do que os cachos ao vento. Era crítico. Suspirei cruzando meus ombros ao encolher meus ombros e tornar meus calcanhares ao longo da calçada vazia e nada agradável em uma tarde como aquela. Que diabos estava fazendo? 

Balancei minha cabeça negativamente ao maneá-la de forma que pudesse me afastar da vontade de sair correndo de volta ao conforto do meu apartamento. Suspirei de forma que me amedrontava-me mentalmente no minuto seguinte ao sentir algumas pontadas no peito. Talvez consequência do frio. 

Meus marejados olhos - esses pelo frio - elevaram-se a entrada de um dos parques da cidade, com certeza o mais marcante até então. Minha língua deslizava sobre meus ressacados lábios, tal como meus passos cruzavam ponta a ponta o outro lado da avenida olhando a todo ponto possível quando fora possível transparecer a maciez do gramado esverdeado. 

Direita, esquerda... Ou a saída, isso, saída! Eu estava tremendo naquele tempo. 

Cruzei meus dedos piscando rapidamente a ponto de algumas lágrimas caírem praticamente congelantes, de certo ponto em alguns momentos aquele vento se tornava abafado, relaxei meus músculos, ou ao menos tentei encarando a grande árvore próxima a ponte que cruzava o lago, e lá estava...

O balanço.

Engoli em seco a saliva presa em minha garganta, rumando meus acelerados passos em direção ao ponto fixado por meus olhos, mesmo que perdidos a cada folha que pisara causando um certo barulho descomunal. Meu abdomên tornou a contrair-se assim que meus olhos ofuscaram o corpo de minha garota sentada sob o balanço um tanto grande para uma única pessoa, esse onde sua base de madeira era apenas uma incógnita perante a suas cordas neutras cobertas por alguns lírios esbranquiçados e rosas vermelhas em pequenos botões semiabertos. 

Ela lembrara. 

Tinha um violão em seu colo, o que prontamente me fez franzir o cenho mais uma vez.

Porém o fôlego foi perdido completamente quando meus olhos enfim notaram algumas fotos em formato de polaroid, sendo mais específica, fotos nossas presas a cada galho da grandiosa árvore na qual tinha seus galhos renascendo aos poucos.

A primavera fora contraditória. 

Ela sorriu de forma tão simples, que era capaz de admirá-la por dias enquanto suas expressões eram tão meigas como uma criança em frente a seus pais após ser julgada por algo, com a língua entre dentes e os olhos semiabertos, tinha suas bochechas coradas, que me levaram a aproximar alguns passos sendo acolhida ao seu lado enquanto um de seus braços tornavam meu tronco depositando um sutil beijo sob minha têmpora.

Sorri mais ainda em resposta. 

:- Que loucura está fazendo, Djz? - Murmurei fitando-a enquanto me aconchegava sob o balanço com minhas pernas agora suspensas.

Realmente Seth nem ao menos chegaria perto de alcançar.

:- Só queria que me escutasse. 

:- Onde está Seth? - Olhei em volta, não estava muito movimentado para um Sábado, logo meus olhos ofuscaram suas expressões tediosas seguintes. Ri de modo fraco ao prender meu lábio inferior entre dentes e movimentar meus ombros de cima a baixo. - Desculpe. - Sussurrei e rapidamente selei seus lábios.

Ela sorriu. 

:- Eu quero que escute, tudo bem? - Assenti. - Eu não mando muito bem... - Fitou o instrumento apoiando em suas coxas cobertas pela calça na qual usara. - Mas sou capaz por você. - Encarou-me com um perverso sorriso. 

:- Vá em frente. 

E ao assentir, ela apenas suspendeu seus ombros, esses pareciam tensos. Pisquei momentaneas vezes enquanto minha atenção se intercalava conforme meus olhos, entre seu rosto e os acordes acústicos que soavam do violão onde começara a tocar, e cantar em sua rouca e ao mesmo tempo suave voz, no minuto seguinte.


If I could fly
( Se eu pudesse voar )
I'd be coming right back home to you
( Eu voltaria para casa pra te encontrar )
I think I might give up everything
( Eu acho que seria capaz de desistir de tudo )
Just ask me to
( Se você me pedir ) 

 

Eu não tinha minhas dúvidas que nunca me cansaria de ouvir suas palavras, sua voz, observar seus atos, expressões, traços, cada relaxar e contrair de suas pálpebras sem presença de maquiagem, o mover de seus lábios neutros e a forma na qual conseguia fazer perder o folego tão rapidamente. 

Hello... Estamos tratando por Dinah Jane! 


Pay attention, I hope that you listen
( Preste bem atenção, espero que você escute )
'Cause I let my guard down 
( Porque eu estou desprotegido )
Right now I'm completely defenceless
( No momento, estou completamente sem defesa )

 

Apoiei-me contra a frágil corda que nos sustentava naquela estrutura, resmungando baixinho ao sentir alguns espinhos perfurando de forma leve minha pele, mesmo coberta pelo casaco, enquanto semicerrava meus olhos tentando não atrapalhá-la. Porém dizem o amor ser assim, comparado á uma bela rosa, ela é  linda, encanta e tem um perfume sem igual. Mas ela também tem espinhos e é capaz de ferir se não tomarmos cuidado. Seus olhos baixos seguiram rapidamente o rumar de alguns botões ao vento, um tanto frágeis demais, indo a encontro do chão. 


For your eyes only
( Apenas para os seus olhos )
I show you my heart
( Eu mostro meu coração )
For when you're lonely and forget who you are
( Quando você estiver se sentindo sozinha e esqueça quem você é )
I'm missing half of me, when we're apart
( Eu sinto falta da minha metade quando não estamos juntos )
Now you know me
( Agora que você me conhece )
For your eyes only
( Apenas para os seus olhos ) 

 

Meus olhos fechavam-se conforme sua voz compenetrava meus ouvidos fazendo com que de modo automático sorrisse em resposta. Da forma mais cativante, á cegas, apenas na direção a polinésia mais nova. 


I've got scars
( Eu possuo cicatrizes ) 
Even though they can't always be seen
( Por mais que elas não possam sempre ser vistas ) 
And pain gets hard
( E a dor intensifica-se )
But now you're here
( Mas agora, que você está aqui ) 
And I don't feel a thing
( Eu não sinto nada ) 
Pay attention, I hope that you listen
( Preste bem atenção, espero que você escute )
'Cause I let my guard down 
( Porque eu estou desprotegido )
Right now I'm completely defenceless
( No momento, estou completamente sem defesa )
 

Em desavenças, despertei-me fitando o pequeno com suas mãos gélidas tocando as minhas com certa dificuldade, diferença de altura. Sorri de forma leve o trazendo em presença ao meu corpo, tornando meus braços em seu corpo quente e beijando o topo de sua cabeça assim voltando atenção junto ao mesmo, agora sob a loira. 


I can feel your heart inside of mine
( Posso sentir o seu coração dentro do meu ) 
I feel it, I feel it
( Eu sinto, eu sinto )
I've been going out of my mind
( Eu tenho estado louco )
I feel it, I feel it
 ( Eu sinto, eu sinto )
Know that I'm just wasting time
( Sei que estou apenas perdendo tempo )
And I hope you don't run from me
( E espero que você não corra de mim ) 
For your eyes only
( Apenas para os seus olhos )
I show you my heart
( Eu mostro meu coração )
For when you're lonely and forget who you are
( Quando você estiver se sentindo sozinha e esqueça quem você é )
I'm missing half of me, when we're apart
( Eu sinto falta da minha metade quando não estamos juntos )
Now you know me
( Agora que você me conhece )
For your eyes only
( Apenas para os seus olhos ) 

 

E sem nexo ela finalizava a um soar mais baixo, esse tão baixo quanto seus olhos fitando o gramado abaixo de nossos pés enquanto seus suspiros se faziam presentes quanto ao tremer de suas mãos agitadas. O que eram sorrisos aos curvar simultâneos de meus lábios, tornaram-se em confusão no mesmo instante, fracionando a felicidade refletida nas leves rugas em meus olhos. 

Sorria tão abertamente... 

:- Dinah? - Chamei sua atenção, fazendo-a fitar meus olhos, parecia perdida. - O que houve? - Tornei a avançar, agora uma de suas douradas mechas para trás de sua orelha, enquanto barrava a mesma de cair novamente em seu rosto sereno.

:- Eu queria te dizer algumas coisas. - Deitou o instrumento sobre suas pernas, agora cruzadas, sem desviar atenção de meus olhos. Mesmo sabendo que era o que desejava. 

:- Vá em frente. - Sorri de forma reconfortante recebendo em resposta um longo e nada compreensível silêncio. - Di...

:- Escolher... - Cortou-me prontamente, o que me fez calar. - Ahm... Escolher a pessoa com quem a gente quer passar a vida... É uma das decisões mais difíceis que tomamos. - Julgaria adorável seu cenho franzido e a forma que mordia sorrateiramente o interior de suas bochechas, porém suas palavras pareciam me interessar. Um estalado ao soltar as extremidades das mesmas, se fez presente por seus lábios entreabertos, que logo movimentaram-se a continuar. - De todas. Porque quando é errada, isso nos leva para baixo, cada vez mais baixo. - Seus olhos vidrados fitavam os meus como se quisessem sugar minha alma e corpo para si. - Um dia, me disseram que a vida nunca foi um conto de fadas, nem mesmo nos tempos mais antigos, a vida pode ser maravilhosa, se não se tiver medo dela. É uma peça de teatros que não permite ensaios, programados á amar, e nem ao menos conhecer como deveria realmente sentir-se. O universo sempre esta a nos testar como se procurasse por alguém capaz de superá-lo. Poderia ser meu pior dia, e você me fez sorrir naquela tempestade, interior e ao nosso redor. É como amar um jardim mesmo sem flores. - Com as costas de suas mãos, enxugou suas próprias lágrimas calmamente, eram finas e poucas, talvez emoção. - Mudanças acontecem, nem todas são positivas, mas elas nos tornam mais fortes, mais sã, mais... experiente com esse lance todo de viver, de amar. - Riu nasalmente de forma pausada, tombei minha cabeça para o lado fitando seus olhos com um brilho incomum. - O que quero dizer, é que... 

 Suspirou incontáveis vezes para então prosseguir: 

:- Um dia alguém vai se apaixonar pelo seu sorriso torto. Alguém vai precisar ouvir a sua voz antes de dormir e querer o seu bom dia para começar bem. Um dia alguém irá querer carregar as suas dores consigo e trazer um pouco de alívio. Esse alguém também irá aceitar as suas falhas, perdoar os seus maus entendidos e respeitar os seus silêncios mesmo que não entenda. Alguém com quem você poderá até ter… brigas exageradas, mas nunca irá embora, mesmo que sem motivos, ou muito deles. Alguém cuja palma da mão, você terá decorado cada detalhe e cravado a marca dos seus dedos entrelaçados, que envolverá seus cachos e lhe faria carícias em suas noites que o sono não vem. Um alguém fará você chorar e vice-versa, porém, terá um abraço que acolherá todos os erros, será seu refúgio. Alguém que talvez te odeie um dia e ame no outro - ou no mesmo -, mas que invada diariamente o seu corpo de sensações únicas, que o tempo de convívio lhe fará conhecer bem o suficiente. Um alguém que te leva junto toda vez que parte, e te faz oscilar entre a vida e a morte em segundos de amor. Um alguém cuja alma te pertence desde sempre. Um dia, um encontro marcará o que somente os olhos registrarão. Um dia, inesperadamente, alguém anula o resto do mundo para você. E você descobrirá, rapidamente, que esse alguém não poderia ser de mais ninguém, e nem você. - Sorriu de forma leve. - Então, ainda me pergunto, nessa cafeteria da vida, onde o açúcar caramelizado se torna o sabor mais impregnante em seus waffles, enquanto as lágrimas salgadas banhavam sua face na noite fria, mas se lhe cedesse meus braços, fazia as pazes e então... Você prefere um Cappuccino, um Caramel Macchiato, ou então aceitar esse meu pedido de namoro? - Questionou de forma descontraída arqueando suas sobrancelhas enquanto selava meus lábios recolhendo as expressões estáticas.

:- Dinah... - Sussurrei por um fio enquanto tinha meus olhos cansados e marejados.

Desacreditada. 

:- Seth tem isso. - O menor chamou nossas atenções mostrando a caixinha preta de veludo, o que aumentou o sorriso de Dinah enquanto concordava. 

:- A escolha é sua, Mani... - Fitou-me esperançosa. 

:- Eu... - Deixei tal frase sem continuação pelas palavras presas em minha garganta. Era um bom motivo. - Preciso responder? - Mordisquei meus lábios. 

E aquilo foi o suficiente para ter Dinah por um inteiro, os lábios nos meus e os braços firmes envolvendo meu corpo. Parecendo a pessoa mais feliz do mundo.

E éramos... 

"Todos os meus planos, passaram a ser nossos após você se instalar aqui". 
 


Notas Finais


Música: If I Could Fly
Artista: One Direction
°2015
https://www.youtube.com/watch?v=_0FsgAVKcek&t=7s

All The Love, M. 🌼🍃


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...