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História Do I Wanna Know!? - Norminah - I Wanna Be Yours


Escrita por: FarofeiraHansen

Notas do Autor


HALLO BITCHES!

Me amem menos que eu demoro mais rs. Prometi para uma serumana maravilhosa que voltaria na Quarta-Feira passada, e como vemos sou ótima com promessas, elas funcionam tão bem como minha heterossexualidade. Portanto, dentre uma semana de provas e um final de semana que mal dormi, consegui enfim finalizar esse capítulo rs.

Confesso, não estou 100% de volta, ainda falta revisar alguns capítulos e pensar no roteiro da fanfic, onde e quando empregá-lo, creio que jamais fariam questão de tê-lo, entretanto será necessário. Em uma semana, ou duas estarei de volta.

Capítulo 58 - I Wanna Be Yours


Fanfic / Fanfiction Do I Wanna Know!? - Norminah - I Wanna Be Yours


Dinah Jane Hansen Point Of View
Quinta-Feira, 09 de Junho de 2016 │ Miami, Flórida, Estados Unidos. │ Hansen's House│10:47pm.
"Por amor a gente fica. Por amar a gente espera". 

Costumam dizer que a chuva é a melodia mais perfeita pra sonhar, acontece que à alguns meses nem se quer fecho meus olhos. É a minha pessoa favorita para conversar ou mergulhar em um silêncio absoluto. Eu nem se quer importaria-me. 

Porque, sinceramente? Estava tão desacostumada à minhas rotinas de insônias, onde amanhecia escrevendo em um bloco qualquer de anotações e uma xícara de chá, que se voltassem à acontecer, meus pensamentos não se baseariam nos relatórios do dia seguinte, o que Seth pediria para o jantar, ou até mesmo minhas caminhadas matinais - essas que confesso totalmente deixadas para trás. 

Pois tudo se resumiria na mulata que seus lábios doces estava por marcar com um punhado de amor cada pequeno selo deferido em minha clavícula enquanto seus braços rodeavam-me o quadril. Eu encontrei ali um motivo para perceber que era muito cedo para pensar que é tarde demais e desistir de tudo. Ela, exatamente como no traçar de suas curvas, mostrou-me não somente o que à tempos era cega como os mais singelos atos de amor. 

E eu desisti, desisti de tentar desistir. 

Eu desisti de parar de pensar que todo e qualquer ato é um sinal, é um sentimento à mais. Desisti de todo e qualquer medo, pois sei, que quando segura em minhas mãos, não é pelo simples desejo de me manter com os pés firmes na calçada sem que antes atropelada por algum veículo em plena avenida. 

Contar roseiras nem sempre é tão produtivo assim, enquanto na vida nem tudo são flores, enxergamos como a mais plena burrice. Entretanto, as que plantei meses atrás, regando diariamente certamente afogaram-se ou encontram-se tão secas como minha garganta nesse exato momento. 

Despertei quando a morena prendeu por entre seus dentes meu ponto de pulso, e ignorando completamente o formigar entre minhas pernas me permiti abaixar a cabeça e suspirar. Afinal, ainda estávamos debaixo da chuva persistente e forte. Confusamente, Normani fez questão de deslizar seus delicados polegares por baixo de meus olhos, constatando a maquiagem completamente borrada quando os mesmos aparentavam uma coloração escura segundos mais tarde. 

:- Você me enxerga de uma forma tão especial. - Sussurrei trazendo seus olhos ao meu campo de visão na mesma velocidade que meu cenho se franziu em comum confusão. 

Eu era uma verdadeira confusão, uma confusão turbulenta quando em sua presença.

Uma confusão que aprendi à amar. 

:- Enxergo a tua essência. Uma alma bonita sempre encantou-me. E a aparência exterior é só um detalhe, quando a alma é bonita. Poxa Dinah!, você faz-me sentir uma adolescente.

:- Essas são as vantagens de ser Dinah Jane. - Brinquei arrancando-lhe uma risada gostosa. 

Normani não era somente dona de mim, como dos meus piores sentidos, capaz de ouvir muito mais que a graciosa forma sonora que tem de expressar-se. 

:- Como você faz isso? - Prossegui. 

:- Isso o que?

:- Você sorri e o mundo inteiro se ilumina. - Declarei, ela reagindo abaixou sua cabeça prendendo seu sorriso no morder de seus lábios. - Isso está errado, totalmente errado! 

Minha morena recuou alguns de seus passos que antes avançados, sua respiração que antes batia em minha clavícula exposta, agora ela levada naquela brisa congelante que colidia em nossos corpos. 

Encobri sua boca com ambas minhas mãos, ela após arregalar suas íris negras, agora sorria contra o abafado de meus palmos. Como bem sabia disso? Elas tinha bolsas abaixo dos olhos, essas tão naturais como elevar das maçãs de seu rosto. 

Ainda arrisco dizer que eram aqueles amplos e esbeltos sorrisos que só a ela pertenciam. 

E queria eu bem comprovar que não era essência do frio, muito menos da chuva, que era verdadeiro. Queria comprovar que era verdadeiro o que à tempos desacreditei.

Desacreditei até encontrá-la com seus óculos escuros adentrando por aquela cafeteria. 

:- Eu aprendi com você. - Comentou quando libertei-a de todo e qualquer ato involuntário de mover os lábios. 

Realmente queria ter crença de que perfeição não era somente o esvair das gotículas graúdas e acumuladas por seus cachos sedosos, esses agora encharcados. Acontece que Normani era a minha perfeita imperfeição, e eu aprendi a amá-la desse jeito, verdadeira, natural, imperfeita! 

:- A sorrir? - Novamente unia minhas sobrancelhas.

:- Não. - Ela riu deslizando seu polegar pelo formato de meu rosto, traçando-o com a almofada gelada e molhada de seu dedo. - A ter motivos para o fazer acontecer. 

Eu não preciso de guarda-chuva algum quando tinha seus braços. 

E comprovei totalmente aquela teoria abismada à conto de fadas dos mais melancólicos quando seus braços novamente me rodearam de forma inesperada, cheios de saudades, amor e zelo. Cheio daquela explosão de sentimento que Normani fazia-me sentir. 

Mesmo que tão familiarizada com aquela sensação, ainda me deixava levar pelas borboletas ventosas e agitadas em meu ventre.

Seus lábios marcavam meu rosto com beijos e carícias, ela que fazia questão de quebrar os míseros centímetros que nos separavam, agora abraçava-me o pescoço repousando sua cabeça entre suspiros em meu ombro. A camiseta social na qual optei usar horas antes no iniciar desse mesmo dia, agora encontrava-se totalmente colada em meus braços e tronco, imaginando o martírio por retirá-la, somente permiti à mim mesma rir e acariciar-lhe as costas molhadas como todo o corpo. 

:- Nunca se apaixonaria por outro? - Sussurrei. 

:- Nunca.

:- E se tivesse dois corações?

:- Ambos pertenceriam a você. - Enrugou a testa. - Porquê a pergunta? - Apoiou seu queixo sobre meus seios, assim beijando-me o  maxilar. 

:- Me desculpe. - Abaixei a cabeça envergonhada. 

Foram segundos para seus dedos gélidos esquivarem-se de meu tronco e segurarem meu queixo, de forma que assim fitasse-lhe os olhos negros e opacos com o escuro da noite fria. 

:- Porquê desculpas? Não vejo nada de errado acontecendo nesse momento, muito menos para culpar-lhe. 

:- Todos tem medo de alguma coisa, eu só... - Olhei para todos os cantos daquele condomínio, evitando fitar-lhe os olhos, mesmo que ainda segurando firme em meu queixo. 

:- É, eu sei. - Cortou-me. 

Na intuição de não somente recomeçar aquelas mesmas sensações anteriores, descaradamente encarei cada pequeno centímetro de seu corpo encharcado e bem marcado pelos tecidos colado em suas curvas. Se bruscamente a temperatura de meu corpo havia abaixado, havia algo entre minhas pernas que ainda aquecia-me.

:- Do que você tem medo?

:- De perder você. - Sussurrou. 

Essa mistura de tempo, sentimentos e presença, somente fechou mais a ferida que eu insistia em abrir. Normani comprovou amar-me da mesma intensidade que jamais jurei receber. 

Normani comprovou seu amor em momentos mais inusitados, singelos e naturais. E isso, era o que me importava.

:- Seus olhos te entregam. - Umedeci meus lábios com a ponta da língua, um ato totalmente desnecessário se olharmos para nossa situação inicial. 

:- Veja bem, meu amor, até um cego veria que estou perdidamente apaixonada por você. - Negou sorridente deslizando suas mãos por meus braços. 

Ela transmitia energia com a forma aquecida que suas mãos deslizaram por minha pele arrepiada fio à fio. Beijou-me o canto dos lábios e entrelaçou seus dedos aos meus. Nosso amor era energia, no entanto nada combinava com a queda d'água que caia ao nosso redor. 

Devido ao desentendimento do episódio anterior tivemos poucas dificuldades em adentrar à casa, essa onde a porta encontrava-se completamente aberta em um momento de devaneio. 

Optando por não usar sutiã devido ao decote e estrutura física daquela camiseta, poderia muito bem observar os rígidos bicos de meus seios com interferência da chuva gelada que arrepiou-me por completo. Mesmo que esses completamente visíveis, embora cobertos, sentia-me totalmente exposta. 

Minha morena podia sentir meus seios praticamente lhe perfurando, pois em sua súbita vontade optou por praticamente subir em meu colo, obrigando-me a cair do braço do sofá, ao estofado. Entretanto no estado que nos encontrávamos, renderia à nós manchas. 

E não somente me refiro ao estofado.

Tal como o encharcado de nossos corpos também não seja somente da tempestade que tomamos. 

Segurei em sua nuca trazendo-a mais ao meu encontro - se possível - de modo que nossos lábios com maior avidez e contato pudessem encaixar-se de forma desesperada. Um suspiro à mais quando prendia seus lábios, uma respiração quente escapando por sua boca entreaberta e corpo entregue. Um toque à mais com cada carícia que transmitia em sua nuca, no entanto explorando meu corpo em um todo deslizando suas mãos por meio de meus seios e repousando em meu quadril, ali cravando suas unhas em forma de respostas silenciosas. 

O vento soprava pelas frestas das janelas, cantarolando a ventania que batia contra o vidro tomado por gotículas que criavam forma em uma lentidão imensurável. O clarão aos céus estremeceu em um trovão mediano, levando Normani a saltitar assustada, de mesma forma que provocava-me risadas, conseguia ser graciosa com os olhos perdidos aos meus desvencilhando-se rapidamente. 

:- Vamos, Dinah, não quero que adoeça. - Não mais precisava de explicações ao que me era óbvio. 

:- Justo agora, Moni? - Resmunguei ainda fitando seus inchados lábios, mesmo que tomadas pela escuridão, me era perceptível. 

Ela assentiu silenciosamente no mesmo instante que reprimia seus lábios, soltando-os em um estalo mediano. Arqueei minha cabeça totalmente manhosa com suas não palavras, enquanto minhas mãos apertavam-lhe a cintura. Senti seus lábios tocarem meu queixo e uma risada ecoar pelo aquele cômodo onde era preenchido somente por nossas respirações anteriormente.

E no sofá que no episódio passado, eu chorava, evitei "chorar" uma segunda vez. 

Assenti com suas palavras, sentindo a ansiedade súbita de tirar todas aquelas tolas peças de roupas que tanto estavam a me atrapalhar.

Uma vez que uma Normani completamente nua puxa-me pelas mãos na intuição de trazer meu corpo para baixo da ducha de água quente, minhas pernas se tornaram tão bambas a ponto de confundir meu psicológico, esse que meus olhos não só cegavam-me no dilatar de minhas pupilas, como deixava-me tonta.

E os vinte e quatro degraus se compararam ao grande nada perto de meu cansaço mental, pois admito que o físico em instantes acabará cedendo a tal desejo imensurável. 

Inclinei minha visão para que aquela imagem cresça em minha mente, onde meus neurônios fizeram questão de captar a mensagem que meus olhos estavam a mandar, assim como também formulou cenas em minha mente totalmente fora de órbitas do jeito que eu estava agora. Meu coração estava em um ritmo fora do comum, onde meus ouvidos podiam escutar a batida dos mesmo a martelar em meus tímpanos. A sensação que eu tinha era que agora eu estava indo ao encontro de outro mundo, mas voltando para dar prazer a mulher que me causava todas esses efeitos mentais quanto também colaterais.

Para mim, o amor me representava de diversas formas, assim como os efeitos pelas quais as ações de minha namorada tem sobre mim também representavam o amor que eu sentia por ela. O colar de nossos lábios em um selinho, deixando meu coração mais manso, era um efeito inicial de amor. O modo como meu coração palpitava de ansiedade, quando passava alguns dias ou até míseras horas sem ter seu olhar cruzando ao meu e sua mão a acariciar meus cabelos, também era uma prova de amor. Tudo ao nosso redor conspirava por esse amor. Cada suspiros meus eram as principais provas de que cada ato seu trazia consigo uma sensação maravilhosa em mim.

E quando nem o barulho das graúdas gotas da ducha a rondar por meus ouvidos, com aquele mesmo estalar irritante que tem foi capaz de tirar minha atenção da pessoa que amo. Era o que acontecia comigo. Aquele barulho irritante, não tirou o foco de fitar cada cantinho daquela cintura do corpo esbelto que estava logo à minha frente. Bem... Em partes, isso realmente aconteceu, o barulho por algum tempo não me atrapalhou, mas o ecoar de seu som, começou a irritar bastantemente a mim.

Suspirei aliviada ao ter aquele horrível som longe de meus ouvidos, assim tive meus braços a envolverem sua cintura, trazendo mais seu corpo para mim, se é que isso era possível. Não considero o fato de desligar o chuveiro, esse que nos aquecia, embora totalmente desnecessário com minha situação inicial, mas sim a persistência de Normani simplesmente fazer-me esquecer de todo o redor se não a própria. Nossos corpos estavam tão juntos, que trazê-lo mais pra mim tornava-se uma coisa bem difícil. Eu estava a amar aquela situação, que saber que a qualquer momento teríamos que sair daquele aposente trazia para meu semblante um biquinho manhoso. Isso só de pensar, imagina quando realmente fôssemos o fazer. 

Sinceramente, de certo modo não saber distinguir o que mais estava a molhar-me; se eram as gotas aquecidas e cristalinas, essas que consequentemente de forma absurda escorriam pelas curvas bem moldadas da morena que mais parecia coberta por óleo, uma vez que aquelas mesma gotículas se dividiam em unidades por sua pele negra. Admito o fato de minha boca salivar a ponto de escorrer descaradamente aos cantos de meus lábios, resultado do tópico anterior. Ainda considerava uma terceira situação; essa que o formigar de minha vagina mais parecia adormecida com menta, queimando como gelo a ponto de não só aquecer-me por inteira, como fazer-me desfalecer em um ápice totalmente inesperado por um grande nada. 

O nada nomeado: Normani Kordei. 

Ou melhor; seu corpo totalmente nú à minha frente. 

Oh sim, aquilo molhava-me totalmente. 

O apertar de sua mão, que anteriormente foi colocada por mim em minha própria coxa, causava-me arrepios por todo corpo, assim, como sua outra mão acariciava minha nuca, trazendo-me uma sensação gostosa. Como já havia dito, aquela carícia faria com que a qualquer momento eu dormiria ali mesmo. Fechei e abri meus olhos, talvez aquilo despertaria-me.

Amar Normani era como se eu fosse um verdadeiro quebra-cabeça, onde metade de minhas peças estavam a sumir por qualquer parte desse mundo. Mas, antes mesmo que eu pudesse desistir de procurar quem realmente me completasse, com peças que se encaixassem bem em mim, ela surgiu, fazendo da minha vida, ou melhor, meu jogo o mais alegre de todos. Mesmo quando as suas peças se soltavam de mim, tornavam-se a juntar como se fosse automático, já que nossas vidas a partir dali estavam a se interligar.

Nossos defeitos não mais importavam quando se existia amor em cada carinho e olhar nosso. Se cada carinho meu, representasse-lhe o quanto eu a amava, ficaria a acariciar sua pele morena sem parar a cada minuto se quer. Como agora, o que foi o caso, já que meu polegar se passava por sua silhueta, em um carinho singelo e abismado.

Minha realidade era afirmar que estava perdidamente apaixonada pela garota da cafeteria e uma porção de waffles. Era doloroso, mas parcialmente recíproco, felizmente recíproco. Para amar o bem, uma vez na vida se é preciso viver o mal, um tanto mais esperta agora eu entendi. Basta fazer o melhor que puder, porque às vezes é lindo, às vezes é doloroso, às vezes é luz do sol, e às vezes é chuva. 

Me esconder do presente era burrice, esconder-me de estar presente era pior ainda. Eu estava presente, totalmente entregue desde o primeiro momento que me permiti sentir. Permiti sentir Normani. 

Eu não me cansava de depositar beijos em sua pele, era como se isso me mantinha fortificada. Era como se isso fosse a calcificação de meus ossos. Exagerado? Sim, mas era como eu me sentia ao lado dela e eu poderia dizer todas essas coisas em três simples palavras: "eu te amo".

Estranhei o homogêneo por sobre meus lábios, fazendo-me inclinar a visão ao rosto da mulata que aos poucos clareava deixando a ducha levar consigo o restante da maquiagem que a chuva não conseguiu levar. Ela manteve sua cabeça inclinada até que estranhasse a ausência de meus lábios aquecendo seu rosto, envergonhada fitou-me e assim pude admirar sua beleza natural resumida em pequenas espinhas adormecidas em sua testa, o pequeno arroxeado abaixo de seus olhos e marcas de expressões em suas sobrancelhas. 

Naturalmente bela.

Naturalmente Normani. 

Sorri amplamente em sua direção tranquilizando-a elevando minhas mãos ao seu rosto e selando sua testa longamente de mesmo modo que beijou-me o queixo no mesmo instante. 

:- Melhor? - Sussurrei próxima ao seu ouvido, deixando uma mordida seguido de um beijo no lóbulo de sua orelha. Acertei um tapa em suas nádegas, afastando-me para ouvir o soar fraco de sua risada.

O que resultou na quente respiração contra minha clavícula uma segunda vez. 

:- Você sabe que sim, sempre estarei quando ao seu lado. - Beijou-me o pescoço. 

:- Desculpe-me às vezes soar feito um cacto, agir como um e só alfinetar-lhe com meus espinhos. Mas garanto que caso aguentá-los, com toda certeza também receberá flores.

:- Eu gosto de seus espinhos. - Deu de ombros. 

Por mais que tal ação e situação que estávamos represente algo mais, não passaria de alguns amassos e beijos. Afinal, eu me encontrava naquele estante com fome, e minha forma mais saciável não vinha com rótulos, não mesmo. Encaixei-me entre suas pernas, passando minhas mãos por suas coxas, hora outra as apertando, fazendo com que a massa corporal que se encontrava em seus coxas, preenchesse minhas duas mãos. Deixei uma trilha de beijos desde seu pescoço, que foi exposto a mim quando arqueou sua cabeça totalmente prensada ao azulejo suado. Aquele local ficou avermelhado, já que algumas mordidas minhas também foram depositadas ali. Além dos beijos naquela região, minha boca também beijou seu maxilar, queixo, clavícula e o superior de seus seios pressionados aos meus. Erguendo meu olhar agora para seu rosto, fitei cada expressão sua. 

:- Gosta? 

:- Sei que nem sempre os dias serão lindos, mas sei que ao seu lado tenho forças para lutar, e todas as barreiras nos iremos quebrar juntos, todas as dificuldades que aparecerem servirá para nos fortalecer. - Poetizou envolvendo seus dedos em minhas madeixas úmidas. - Eu aprendi à amar seus dias chuvosos e nublados, do mesmo modo que seus espinhos. 

:- Espera receber flores? 

:- Eu gosto de Orquídeas. - Sorriu. 

:- Me desculpe. - Lamentei sugando seu ponto de pulso de forma que arrancava facilmente um gemido de sua boca, calado com sua dúvida. - Não quero ter você para preencher minhas partes vazias, quero ser tão completa que poderia iluminar essa cidade inteira. - Esquivei-me para encarar suas negras íris brilhantes. 

:- Eu não completo seus fragmentos. - Franziu o cenho. 

:- Tenha convicção ao falar algo, Moni.

:- E alguma vez não tive? - Arqueou as sobrancelhas. - Veja bem garota, da mesma forma que comprei band-aids para seus espinhos que me perfuravam, aprendi que o mais eficaz era ter sua presença e usá-los como esteriótipos. 

:- Não compreendo. - Suspirei girando a válvula metalizada diminuindo o fluir da água que logo para de cair sobre nós. 

:- O fato é que eu não completo seus fragmentos, eu os reconstruí, sabe, às vezes o corpo precisa de férias, às vezes de pessoas novas, você só precisava de sentimentos novos. E os pedacinhos estilhaçados, nós ignoramos. - Sorriu. - E só aí eu tive você, pois nós duas ateamos fogo em tudo. - Declarou risonha. 

:- É melhor que iluminar.

:- Francamente. - Gargalhou aceitando a toalha que a estendi. 

Mas do que isso realmente importava? Ela me aceitava assim. Meus pensamentos estavam a voar por uma imensidade profunda, certamente meus olhos encontravam-se fechados, mesmo que abertos, possibilitando mais ainda minha mente a viajar por qualquer mundo aí. Mundo qual existia ela. Tal ação minha de outrora estava cravada, fixada em minha memória. 

:- Eu garanto que está exausta. - Comentei modelando seus cachos com a toalha úmida das gotas absorvidas pelo tecido de algodão. 

:- Eu sei onde quer chegar com isso, Dinah. - Riu arqueando sua cabeça para trás, dando-me mais visibilidade de seus cachos alcançando o meio de suas costas nuas. 

:- Oh, sim, você me conhece, querida. - Beijei-lhe a nuca arrancando mais de seus suspiros inesperados. 

Estávamos a pelo menos cinco reconfortantes minutos em um silêncio agradável sobre aquela cama realmente espaçosa. Era bom optarmos por ignorar qualquer senso comum ainda tendo ambos os corpos encharcados, embora a tremedeira presente de minutos passados, sabíamos que a chuva não era nada à mais do que passageira, ou nem tanto duradoura. 

Afinal, Miami nessa época era exageradamente quente. 

A morena encontrava-se curvada, segundo seus resmungos por certa incômodo em seus pés, esses que tentava massageá-los dando-me a ampla visão de sua coluna moldando sua pele em uma perfeita silhueta. A hipótese que bem temos é que Normani é perfeita em todos os sentidos e a cada segundo na sua presença era completamente delirante. 

Sua clavícula estava visivelmente molhada, deixando pequenas gotas escorrendo pelo vale de seus seios, naquele mesmo momento tive total certeza de que estava fodida. Fodidamente apaixonada. 

:- Venha, você merece isso. - Tamborilei meus dedos contra o colchão indicando em qual lado deveria deitar-se, o que muito não resolveu. - Moni! - Sussurrei reprendendo-a.

:- Eu lhe provoquei muitas dores de cabeça hoje, Djz. - Suspirou. 

:- E eu lhe digo que não mais me importa. - Acariciei sua cintura deslizando minhas unhas por sobre sua pele enquanto aconchegava-me por trás de seu corpo.

:- Mas, Dinah! - Fechou os olhos exausta, enquanto por minha vez beijava-lhe os ombros e pescoço, ora ou outra afastando seus cachos. 

:- Você me faz tão feliz, Normani! Eu esqueceria esses momentos tristes facilmente, tratamos por esteriótipos, ignoramos. 

:- É louco ignorar algo tão... tão real em nosso consenso. - Suspirou e fitou-me por sobre seus ombros, sua forma vulnerável e o cansaço mental expressado em seus olhos caídos. 

Emiti um som similar à um chiado enquanto posicionava meu indicador em frente aos seus lábios curvados manhosamente, ela que por sua vez calada, apenas observou a trajetória de meus dedos desde o afastar de seus cachos, até o acariciar de sua face. 

:- Ele não pode mudar isso, não pode mudar o que fez com o meu coração, muito menos dizer algo à respeito. Não vamos manter um relacionamento até que o vemos falido, e estaríamos juntas apenas pelo medo da solidão. 

:- Dinah... - Receou e neguei prontamente selando-lhe os lábios para que de imediato pudesse calar-se. 

:- Talvez de tantas coisas dando errado em nossas vidas, acabamos por inventar o certo, temos essa conexão. - Murmurei. - Eu queria mesmo gritar ao mundo, mas isso seria algo muito roteirizado, e o toque de recolher dessa área provavelmente me levaria presa. -

Ri sem humor acariciando-lhe os quadris com ambas minhas mãos. 

:- Oh acredite, eu não quero isso para nós. 

:- Podemos fazer melhor que gritos. Eles não precisam saber, apenas nossos ouvidos que se apurem. - Sorri perversa fazendo-a gargalhar com a forma que movimentava minhas sobrancelhas sugestiva. 

:- Não fode, Jane. 

:- É o que eu mais desejo. 

E em um movimento rápido, no assustado grito vindo da morena, pude tê-la pressionada contra a cama, por sua vez, de bruços.

Confessando serem um tanto atraentes, embora não comparados à suas expressões dolorosas, provavelmente pela pressão ali colocada, já que esses praticamente espremidos contra o colchão. Internamente estava por rir do modo brusco que suas expressões mudaram ao deparar-me retirando a toalha que antes encobria-me meio termo. 

Agora era cem por cento.

Cem por cento nua, sentada sobre seu lombar e massageando suas costas, tentando, realmente tentando ignorar o fato de que seus gemidos eram de satisfação, e não prazer. 

Por procura de mais conforto deslizei meu quadril, fazendo com que meu sexo fizesse o mesmo sobre sua pele, sentando-me por fim sobre suas coxas, ela gemia baixo com o atrito enquanto à mim restava morder fortemente os lábios. Minhas pernas traçaram ao lado de seu quadril enquanto me inclinava para voltar aos atos totalmente relaxantes. 

Seu aroma estava absurdamente delicioso, embora desconfie da ausência do seu típico hidratante de framboesa, que por sua vez mais parecia impregnar em sua pele. Sua pele quente e naturalmente macia deixava-me em êxtase.

Mesmo que seus seios longe de minhas visão, sempre que meus dedos deslizavam pela lateral de seu corpo podia sentir o leve curvar deixando-me sorridente de forma inexplicável, nesse caso até mesmo a simples respiração de Normani já deixava-me fora do meu senso comum.

Era tudo inerte, inerte o suficiente para o meu redor não passar de um som distante, onde em uma bolha de sentimentos só havia nós duas. 

:- Dia 17 tem reunião na escola de Seth. - Anunciou. 

:- Qual o motivo dessa vez?

:- Dia dos pais. 

:- Nunca compareci. - Dei de ombros deslizando minhas unhas por sobre seus ombros. 

:- Isso poderia ser interessante para ele. 

Travei a mandíbula analisando-a, bem, de modo que estava com sua cabeça repousada em uma dos travesseiros, tal como seus braços, esses por baixo do objeto aconchegante. O rosto estava virado à direita, de olhos fechados e alguns cachos por encobrirem seu rosto, ela poderia ser admirada por mim sem se quer percebesse. 

:- Você acha? - Engoli em seco deslizando minhas mãos por suas costas enquanto ela assentia calmamente. - Mas somos duas mulheres.

:- E do que importa? 

:- Talvez não fosse tão agradável assim, Seth se acostumou, era assim em Vegas também. 

Me curvei deixando um beijo completamente molhado em seu pescoço, apertando novamente sua coxa quando intuitivamente minha mão ali parou. Silenciosamente ela apertou suas pálpebras, essas que por sua vez encobriam seus olhos, e no morder de seus lábios constatei que permaneceria assim, em silêncio. 

Constatei totalmente, completamente, ironicamente falha. 

Foram questões de segundos para o modo inerte de minha concentração estivesse espairecido na mesma velocidade que Normani virou-se bruscamente apoiando suas costas na cama. Embora não lá estavam em meus planos, apoiei minhas mãos em seu corpo para não perder equilíbrio sobre o mesmo, e quando dei por fim atenção a onde elas repousavam. 

Com seus rígidos mamilos entre meus dedos e ambos meus palmos rodeando seus seios confortavelmente em uma proporção perfeita. 

:- Constatamos que não está sentada em um lugar muito... favorável. 

:- Não? - Franzi o cenho forjando indiferença.

Por seus atos, tinha minha perna direita entre as suas, desse mesmo modo meu joelho podia sentir sua exitação, levando-me à pressioná-lo mais ainda contra sua intimidade extremamente pulsante. Piorando sua situação, mexia calmamente meu quadril deslizando minha vagina contra o interior contra sua coxa. 

Seus olhos fixos aos meus, tinham as negras pupilas dilatadas esbanjando luxúria e o desejo que provavelmente sentia, o que já me era perceptível à quilômetros dali.  

Aquela pele, aquele corpo me levava a loucuras em menos de segundos. Eu me perdia completamente em suas curvas. 

Era imprescindível o modo como ela me enlouquecia. Tentar entender o poder que Normani Kordei tinha sobre mim não era algo fácil.

:- Não mesmo. - Concordou lutando contra suas próprias pálpebras na intimidadora ação de se fecharem, desse modo segurou firmemente em meu quadril, apenas estimulando tais lentos movimentos.

Curvei-me alcançando seus lábios com extrema necessidade, eu precisava mostrá-la o quão atônita deixava-me, precisava recompensar todo efeito causado, sugando seus lábios para mim, mordiscando-os e seguindo sua língua naquela frenética sincronia, surpreendi-me com o quão distante havíamos chegado em minutos. Deslizei minha língua sobre o céu de sua boca, e ela que mordiscava meu lábios inferior, gemeu. 

Estranhamente alto demais para um simples ato. 

Sentir sua boca em encaixe perfeito, o hálito que mudava em constante sincronia era como o teto de gesso branco que no escurecer se tornava opaco, ora com, ora sem vida, ora alegre, ora triste, ora colorido, ora sem cor alguma, porém sempre, um teto de gesso branco, quando todo o desejo saí pela brisa daquela janela aberta. Podia sentir a cafeína adentrando por meus sentidos, o sabor adocicado dos waffles e algumas frutas vermelhas, desde à vodka de uma noite na praia, para o pouco que ingeriu em uma festa, a menta impregnada antes de dormir, ou nada presente ao acordar. Uma Normani de muitos sentidos, dona de todos eles, do possível ao impossível. 

Estranhamente única. 

Sentir sua respiração quente contra minha pele, e vice versa, era como me levar ao céu e voltar no minuto seguinte, sabia que o modo acelerado se tornaria descompensado mais tarde, mas cada segundo ficava cravado em minhas melhores lembranças. Memórias propícias.

O sangue bombeado por meu coração mais pareceu ser absorvido por minhas bochechas, que coraram e automático e minha boca secava por descaradamente fitar seus seios antes de rodear um de meus mamilos com sua língua antes de iniciar todo o excitante ritual com sua boca, dentes, lábios e dedos.

Sua boca aquecia revesadamente meus seios, o toque aveludado era tomado pela vermelhidão que os rodeava, pela marca de suas ações causando-me breves hematomas. Nos amávamos assim. 

Controlando minha pressão arterial, tal como o bombear rápido de meu coração martelando aos ouvidos, afaguei seus cachos envolvendo ali meus dedos enquanto cerrava os olhos entre sôfregos suspiros. 

Invertendo nossas posições, pude sentir o acomodar do colchão em minhas costas ainda úmidas, no entanto não a única naquela ocasião, já que uma Normani sobre meu abdômen mais parecia inquieta no balançar de seu quadril e sua excitação sendo distribuída por minha pele conforme o atrito quente de ambos os lado se fazia presente. Marcando-me como suas unhas arranhavam-me o braço. 

Seus ágeis dedos desciam desde o Monte de Vênus, a ponto de pressionarem seu clitóris já inchado e deslizarem por sua entrada completamente molhada, encharcada com todo aquele desejo que me reprimia em seus gemidos medianos, contando com a hipótese de que Seth dormia no quarto ao lado. Ela mais parecia totalmente entregue, e fitando um ponto estratégico de seu corpo comprovei isso, embora sempre que tentava encontrar com seu pulso e afastá-la de dar prazer à si mesma, era impedida por suas unhas cravando em minha pele ou totalmente abismada como ela fitava-me naturalmente. 

Seu sorriso totalmente alinhado iluminava aquele quarto e só era quebrado no arquear de sua cabeça gemendo arrastadamente de forma que contornasse sua garganta, ou com quando ela mordia seus lábios já alterados. 

Eu já não mais controlava o que sentia entre minhas pernas, se pudesse falar por mim, estaria gritando e subindo pelas paredes. Porém me conformei com o fato de que toda sua excitação não só molhava-me como tirava o que restava-me de consenso da realidade. 
Pois eu já sentia meus pés a formigarem de mesmo modo que fisgadas eram distribuídas desde minha espinha dorsal até o ventre. 

Afundei mais meus dedos em seus cachos ainda umedecidos, o que tratei de fazer com a língua sobre meus lábios, que logo tomaram um brilho incomum pelo pré-gozo de minha namorada, uma vez que meus dedos pressionando minha boca fazia-me sugá-los em cada pequeno vestígio restante lubrificando-os, ela era viciante.

E eu uma dependente, antes mesmo de experimentar o vício. 

Era inevitável desviar atenção de seus olhos tão chamativos. 

:- Eu deveria estapear-lhe. - Resmungou com seu rosto agora próximo ao meu, deslizando sua língua por sobre meus lábios, prendendo o inferior entre os dentes.

Um riso frouxo e sacana fora ouvido quando seus olhos tiveram a encontro dos meus, poderia ser mais um duplo sentido mal simulado. Queria ceder a fechar meus olhos e sentir cada toque de meus lábios, tal como queria observar perfeitamente bem todos aqueles atos de olho bem abertos, entretanto nada consegui muito bem formular. 

:- Isso me excitaria, morena. - Analisei sobre seus ombros o curvar de seus glúteos, aproveitando que estava curvada e não devidamente deitada sobre meu corpo. 

No morder de meus lábios me permiti gemer sem ao menos ser tocada, estimulada, ou qualquer outro ato do gênero. Meu pescoço estava a ser maltratado por sua boca, algo que estava a me deixar totalmente fora de mim. 

Encontrava-se com o abdômen contraído quando o rastro gélido se fez presente ao migrar de seus lábios, fazendo com que as borboletas em meu estomago resolvessem criar uma nova coreografia de tão inquietas como se encontravam.

:- Acho que não seria tão necessário assim. - Comentou contra minha pele, prendendo agora uma segunda vez entre seus dentes o bico de meu seio, tal como de modo que o puxou, o arquear de meu corpo foi em conjunto. 

Talvez no deslizar de meus dedos gelados teve por receber um breve susto, mas comprovei todas minhas teorias no arquear de seu quadril e as almofadas de meus dedos encostarem completamente em sua entrada, essa que de tão lubrificada facilmente deixava meus dedos deslizarem sem muitos esforços. 

No penetrar de meu dedo, pude perceber o ranger de seus dentes uns aos outros tal como a forte penetração, agora de suas unhas em minhas coxas marcando minha pele.

Quando penso que quando há vi pela primeira vez meu mundo seria todo mudado eu não me hesitaria em repetir tudo outra vez.

Todos os momentos que passamos juntas e todos os sorrisos me motivam a mais e mais.

Incrível, eu estava enlouquecida por tudo que ela me proporciona e tentar explicar poderia ser considerado coisa de louco para os demais. 

Mesmo eu conhecendo aquele corpo, me perdia encantada ao mesmo como se fosse a primeira vez.

Apenas aquela imagem me dava sensações que somente eu as entendia.

Supostamente isso não seria nem o começo quando nos tratamos de Dinah Jane.

As borboletas em seu estomago pareciam inquietas como tal, já que ainda estava a contrair seu abdômen, ora ou outra contorcendo-se. Enquanto fazia questão de marcar minha pele, firmemente segurava meu pulso levando a mim penetrá-la com mais um de meus dedos, de tal modo que com suposta pressão poderia senti-la completamente, internamente falando.

Ela mexia seu quadril deixando meus dedos inquietos mais submersos ainda, se era possível. Seus seios toda via seguiam aquele ritmo lentamente torturante, pressionei-lhe o clitóris inchado, enquanto fiz questão de repetir tal ato em sua nuca, trazendo-a para mim e tomando seus lábios com tamanha vontade um dia desconhecida por mim. 

Por nós. 

Entre olhares pregados comunicando-se em um silêncio cheio de segundas intenções e palavreado sujo, o que ouvíamos era o soar de uma penetração mediana um tanto ágil e os gemidos nada controlados de Normani.

Por partes, meus também. 

Seu corpo em espasmos desfaleceu caindo sobre o meu de forma trêmula conforme seu abdômen voltava aos padrões normais e seu sexo contraía em meus dedos. De forma que sua respiração me fizesse cócegas no curvar do pescoço, ela permitiu à si mesma relaxar de corpo e mente, comprovando isso pelo fato de que o restou em minha pele foram somente marcas.

Era como tentar estudar seus olhos e ao fim de uma longa pesquisa descobrir que nada veio a tona, ela era indescritível e ao mesmo tempo misteriosa, um misto com seus sorrisos ardentes em presença a sua silhueta psicodélica. Ela era perfeita em todas as palavras, sorrisos, olhares e até mesmo quando não se tinha intenção, como exatamente naquele momento. 

Suas pálpebras agora fechadas estavam a acompanhar a forma que tentava fortemente puxar o ar para si, esse que lhe era retirado. Tais como imagino, tinha os pulmões queimando como meu estômago, em uma bipolaridade anormal de ventania e um calor infernal. Fitou-me rapidamente quando meus dedos nãos mais à preenchiam, suavizando suas expressões para então de forma mínima sorrir quando observou-me o deliciar de seu sabor extremamente viciante. Meu ponto fraco? o mais idolatrado, tudo o que enxergava faziam turbilhões de pensamentos amedrontarem minha cabeça, enquanto era mutilada por sentimentos que explodiam incansavelmente em eu peito. 

Tal como o seu, subia e descia descontroladamente. 

Quando senti seu rosto ser afundado em minha clavícula eu beijei o topo de sua cabeça, sentindo a descompassada respiração que se eram expiradas por suas narinas. Pude perceber isso com o elevar de seus seios a encostar nos meus, deixando o local de minha pele molhada, já que seu busto se encontrava suado. Antes que muito tempo se passasse, me permiti desfrutar daquele silêncio, acho que nem saberia ao que responder o que meu corpo liberava-me à sentir, já que a melhor resposta naquele momento era somente tê-la por perto de meus atos. 

Se já não os bem conhecia, hoje teria o direito. 

Ou nem tanto, constando que não mais exausta parecia reagir. 

A vida tem como principal reflexão uma cicatriz. Ao insistir mexer na ferida, pior será a sensação de ter o sangue fluindo por sua pele, de tal forma que o machucado nem se quer cicatrize como bem desejamos. Entretanto, absorver a forma simples de ignorar, é como analisar sua própria mão e notar a existência de um machucado, esse nem se quer reparado ou sentido antes. Às vezes ignorar é essencial, em outros momentos, apertar os próprios dedos e convencer essa vontade é muito melhor que suas cicatrizes.

Elas carregam estórias, tal como são capazes de se multiplicarem. E a cicatriz que eu mais desejava ter, ela a maldita boca daquela mulata sugando minha pele logo abaixo de minhas costelas.

Como uma primeira vez, tornando-se única em suas e minhas lembranças. 

Minha visão tornou-se embaçada de completa falta de senso, inerte, nas nuvens. Porém pude perceber Normani puxando o lençol esbranquiçado sobre suas costas, encobrindo-nos aumentando o calor na nossa bolha de sentimentos florescidos. 

Meu corpo entrava em combustão contínua, tanto que afundar meu rosto contra sua clavícula exposta - como todo seu corpo - já não mais controlava meu consenso, já que a quente respiração voltava a minha face, considerando o fato de que sua boca marcava-me agora a barriga. 

:- Confesse, seu trabalho não é tão agradável como aqui. - Resmunguei cerrando meus olhos em sua direção, contraindo meu abdômen quando soltou uma breve risada contra minha pele. 

:- Sabes que ficaria contigo mesmo que houvessem outras mil opções. 

:- Iria me escolher? - Afastei-lhe uma mecha constituída com alguns cachos, acumulados agora por trás de sua orelha. 

:- Mil vezes se possível. - Sorriu sem mostrar os dentes acumulando suas madeixas em um coque um tanto frouxo ao topo de sua cabeça.

Provavelmente inexistente com alguns movimentos seus, a mulher ainda fazia questão de por pirraça deslizar seu íntimo contra o meu em um atrito agradável, agradável a ponto de fazer-me queimar em perfeita combustão uma segunda vez. Sentia alfinetes perfurando meus pés em cócegas contagiantes que nem mais os sentia. 

Meu corpo mais parecia anestesiado, ou 75% dele. Se soubesse do estado de meus olhos, diria que o brilhar deles poderia ser o perdido nas silhuetas da mulata que sem aviso prévio já massageava-me o nervo pulsante que acomodava seus dedos.

:- E minha cama? Escolheria ela também? 

:- Sei onde quer chegar com isso, Dinah. - Riu mordendo seus lábios. 

:- E... Anw... - Repeti seus ato sentindo o gosto metálico misturando-se ao meu hálito, ela riu, tão graciosa, tão verdadeira e desconexa, que fez-me questionar de que tudo aquilo era real. - E-eu já ouvi isso antes. - Pressionei meus olhos com certa dificuldade em ressoar minhas palavras naturalmente. 

Calando-me selou meus lábios em instantes.

O que ela não controlava minutos atrás, simultaneamente atingiu-me em uma velocidade surpreendente, realçando um tom alto ao mediano conforme sua língua circulava-me ambas as virilhas e o interior de minhas coxas, donde nem mesmo conseguia flexionar os joelhos. 

Apertei minhas unhas repousadas em sua nuca enquanto pressionava-lhe ao meu centro pulsante, que de total necessidade puxava-lhe os cachos modelados e cheios, ela ria contra minha pele extremamente sensível. O mesmo já latejava desejando-lhe preenchendo-me, tanto que não mais suportava o deslizar de sua língua de cima à baixo, estimulando-me calmamente, ora penetrando-me a entrada. 

Arranhando minha garganta em um desespero anormal, pior que whisky, me permiti gemer roucamente perdida com seus dedos invadindo-me enquanto ela ainda sugava meu clitóris, fazendo questão de penetrar em minha vagina ambos seus dedos em uma velocidade razoável. 

:- Me fode, N-normani... - Gemi arqueando minha cabeça tal como meu quadril, deixando o lençol, ou o que restava, já que boa parte preso em minhas mãos, totalmente desalinhado. - M-ais... Oh... Mais rápido! - Exigi.

Meu corpo fervia, e os dedos de Normani deslizando em meu interior, por minhas dobras, ora chupando minha intimidade, outrora lubrificando seus dedos com os olhos pregados aos meus, somente encharcava-me mais que muitos rios por aí. 

Eu pesava, pesava o dobro em suportar seu corpo sobre o meu e seu quadril incontrolável uma segunda vez fazendo seu sexo incansável deslizar pelo interior de minha coxa enquanto seus dedos dedilhavam-e submersos e inquietos. 

Deslizando por suas costas, minhas unhas criaram um relevo pela pele negra exposta, provavelmente avermelhada em alguns minutos, mas o que menos me importava no momento. Pressionando-lhe o lombar, e seguindo tal ritmo seu, deixei-me levar pelo atrito gostoso e prazeroso que era o colidir de nossos sexos, nossas peles e nossos desejos. 

Que em conjunto estávamos à desfalecer por ambos os ápices escorrendo ao meio de nossas pernas entrelaçadas ironicamente.

Ela abaixou-se ao ponto de sua respiração quente em conjunto com sua língua gélida provocarem um choque térmico idolatrado por meus sentidos, ela agora recolhia meu gozo com sua boca em estalos intimidadores, de olhos fechados e completamente satisfeita.

Embora acredite ainda que as borboletas em nossos estômagos talvez seja fome, fome absurda que não se encaixa à somente um desejo carnal. 

Ela novamente migrava seus beijos agora com os brilhantes lábios encobertos com meu ápice, subindo por minha pele naturalmente aquecida apoiou seu queixo sobre meus seios e sorriu com a língua entre seus dentes. 

Por fim fitei a janela que iluminava o quarto rente a luz amarelada vinda do lado de fora, observando assim aquela mesma ventania bagunçar os cachos da mulher que agora poderia chamar de minha. 

Ironicamente, os ventos sempre estariam entre nós. 

E observando minha morena dormindo solenemente, desejava internamente ser o peito que ela deitava feliz, tal como o mesmo que lhe acolheria em momentos de lágrimas.

Ser inteiramente sua. 


Notas Finais


Essa fic é a minha mais clichê possível, portanto espero que compreendam, e não desistam de mim! Sinto falta, no entanto toda opinião, crítica construtiva ou não, elogio e afins, são sempre bem-vindos!

All The Love, M. 🌸🍃


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