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História Do I Wanna Know!? - Norminah - Good Day And Bad Night


Escrita por: FarofeiraHansen

Notas do Autor


Hey Sweets 💜

Bom, é um pouco contaditório aparecer nesse horário por aqui, porém como dito no capítulo anterior, estou tentando manter um cronograma e esse capítulo só iria ser postado terça-feira.

Espero que gostem, foi na pressa e talvez decepcione pela escrita e afins. Enjoy! 😊

Capítulo 7 - Good Day And Bad Night


Fanfic / Fanfiction Do I Wanna Know!? - Norminah - Good Day And Bad Night


Dinah Jane Hansen Point Of View
Miami, Flórida, 31 de Março de 2016.

Tudo nessa vida tem uma final... Ninguém pode voltar a trás e fazer um novo começo. Mas qualquer um pode recomeçar e fazer um novo fim.

Qual era o motivo pra tudo aquilo? Tantos sorrisos falsos, noites embaladas por lagrimas e tristeza. Uma casa de bonecas, vidas arruinadas, vivendo apenas por status. Qual é o destino que a vida nos emprega? Entre sonhos vazios e gananciosos. A perfeita família, mamãe ama o papai, papai ama o mundo. Mas somos perfeitos a final de contas, o que as pessoas não vê a pseudo felicidade, se quer, sente. Portanto valerá as noites em claro, e o abalo constante do seu subconsciente, desde que aparentemente tudo esteja bem. Sorria mesmo que isso te faça sangrar por dentro. Seja fiel as suas descrenças, cada relâmpago de sua alma não te ajudará em nada, carregue seu coração gélido, não deixe ele derreter, essa será sua fraqueza. 

Minha primeira descrença no ser humano, mamãe alertou-me, mas era debochada, aliás, quando ela não foi? Todavia ainda que perversa, sabia da verdade. Eu era cega de mais para acreditar, então me deixei enganar. Rosas e chocolate, cartões e pelúcias, juras e promessas. Então a onde tudo isso foi parar? Oh, já sei! No poço lamentável de um cônjuge falido. Mas eu tinha que ser forte, me querer com todas as forças, essa era a pior parte. Eu não tinha crença em mim, em mais nada, para ser sincera. Convenhamos, era totalmente impossível.

Balbucio como se destroçar cada parte se mim, não fosse nada. Era assim? Simplesmente uma mentira, contada a um pobre ser ingênuo da malícia de, um, maldito mundo de hipócritas. Ele tomou o fato de me machucar, como uma hilária piada. Tonta, patética... A inocência mata. É isso ficou claro. Me entreguei a um lobo, como sua refeição mais fácil. Ele apenas aceitou, ou seja a culpa era minha? Não! Petulante ideia, eu sou culpada pela total sinceridade? Por gostar de um ser abominável? Não! Eu não era. Então vista seus cardigans, e se preparem para o sangue, que irá cair, em homenagem as doces garotas, que, viraram amargas, devido a insanidade mental de doentes acéfalos.

Aquela foi a noite mais fria, o vento era forte, remava a atmosfera como trovões rápidos e de grande estrago. Naquela noite me encontrava destruída, com os olhos inchados e olheiras intensas a baixo das pálpebras inferiores. Doía meu corpo, doía minha alma, doía o simples bater de cílios, doía o simples fato de respirar. Naquela noite eu me olhei no espelho, então naquela noite descobri, que, sofrer por amor não era patético, como eu zombava, era doloroso. A pior dor. O pior açoite. Então caí em silêncio, medo de ser questionada, eu não queria dar explicações, não queria platéia. Por incrível que pareça eu aprendi a gostar da minha companhia. Todavia tinha medo, medo de me apegar de mais e acabar me encapsulando dentro de mim mesma, medo da escuridão que pouco a pouco me engolia. Eu não contava com minha mãe, família ou qualquer um que seja. Eles estavam ocupados nos seus próprios mundinhos vazios. Como peças de um jogo de xadrez, comandados e adivinha quem comandava? O poder, a mentira e podridão. Logo eu não poderia encher minha boca e gritar o quão imundo eles eram, o que era eu perto do poder? O que era minha fraqueza perto de suas armas e tropas? Justo eu, garota tola e deprimida. Um grandioso nada. Então sorria!

Um sorriso impagável, regenerada.

Contei todos os meus erros. 

Há apenas um que se destaca na lista das coisas que eu fiz. Todos os meus outros crimes não chegam perto da expressão em meu rosto quando pude perceber meu maior pecado, aquele já cometido. 

Então, eu construí uma casa de um lar aos pedaços, escrevi uma canção com as palavras presas em minha garganta. Yeah, me levou um tempo, mas eu descobri como consertar um coração que um dia decepcionei. 

Agora, estou procurando em cada lugar solitário, cada esquina, chamando pelo meu próprio nome. Tentando me encontrar, mas eu realmente não sei para onde vão os corações partidos. Sentir a liberdade estufando meu peito, está no topo da lista das coisas que quero.

Estava correndo em círculos, eu e meu psicológico, qualquer um entre nós é o inimigo. Sombras veem com a dor da qual estava fugindo, mas me acertou em cheio.

O amor foi algo de que não ouvi falar o bastante, me levou um tempo mas eu descobri como consertar um coração que desapontei, reconstruindo em pedaços pontiagudos e camadas de sangue. Acordar todas as manhãs e sentir o lado vago na cama, o travesseiro intacto e sem o perfume impregnado na fronha branca.

Era um incômodo encarar o reflexo no espelho e não reconhecer minha face, ouvir as vozes de minha mente ecoando de modo repetitivo parecendo martelar minha cabeça. Meus olhos parecem mentir, me alto julgando naquele castanho intenso. Sentia medo de confiar e no final sair partida em duas partes, partes essas que não teria certeza se seria possível reconstruir novamente.

Estou me humilhando, mas talvez seja a melhor opção nessa incógnita que chamamos de: vida.

:- Mama! - Aclamou Seth visivelmente irritado.

Franzi o cenho saindo dos mesmos transes. Encarei o menor que tinha a face encharcada assim como o restante do corpo.

Era uma tarde ensolarada de Terça-Feira, desde os acontecimentos do dia anterior, minha cabeça ficou completamente conturbada, virando ao avesso sem aviso prévio. A preocupação causada por hipóteses de Somers e meu passado nem tanto distante, me preocupa até o último fio loiro de minha cabeça, porém a procura de Regina, levou-me ter mais um encontro com Kordei, sinto algo diferente quando na presença da mesma.

Foram poucos dias de troca de palavras, mas o suficiente para perceber o quão diferente é diante de meus olhos, um diferente relativamente bom, ela me transmite segurança e parece soar estranho para mim, como uma aberração.

Porém é apenas meu psicológico querendo me alertar de algo. Nunca pude sentir na pele o amor, apenas as dores causadas por ele. De tantas amizades, Lauren foi a mais imprevisível, capaz de suportar minhas piores crises e choros, foi a única a estar ao meu lado, como se todo o restante virasse matéria destruída, cinzas. Mas ao ver Normani, sinto que ganhei tal confiança em tão pouco tempo, que comparado a Lauren, seria relativamente estranho, personalidades diferentes mas os passos sempre serão os mesmos.

E foi assim que me decepcionei e me feri, confiando demais e...Dinah, nem todos são como ele!

Suspirei.

Para me afastar de todo estresse e preocupação que poderia me afetar naquela mesma tarde, resolvi me recompor por mim mesma. Esqueci relatórios e assinaturas, cancelei reuniões e qualquer imprevisto que teria dentro daquela empresa, esqueceria de tudo por mínimo que fosse. Apenas um momento meu e de meu filho, que como eu, estava completamente molhado.

Estava um calor insuportável, e isso era motivo as tempestades constantes aos finais de tarde, confesso ficar assustada com o último acontecimento, mas tudo parecia se acalmar nos braços aconchegantes de Normani.

Até as piores tempestades.

Seth aclamou a ideia de ir divertir-se no jardim, eu não negaria pedido algum com aqueles olhos brilhantes e os lábios finos curvados, formando um pequeno bico em sua face. A cena mais fofa que podia ter visto naquela manhã. 

O menor me surpreendeu quando molhou meu corpo com o esguicho do jardim, mesmo com a pouca estatura, tinha uma mente muito fértil, porém inteligente até demais para sua pouca idade. Sempre amei cultivar flores, dentre elas, rosas e orquídeas, sem poder me esquecer das tão belas peonias. O trabalho era capaz de me esgotar por completa, durante boa parte da semana, provavelmente teria destroços ao invés de flores, se não fosse a engenhoca fixa ao solo, jorrando água para todos os lados de modo atordoado.

O sol que infiltrava na água atirada a todos os cantos, deixava a formação de um pequeno arco-Iris, uma perfeita combinação de cores, na minha opinião. 

Minha regata se encontrava tão transparente, a ponto de deixar os vizinhos com uma entrada restrita ao meu sutiã visível devido ao tecido branco colado ao corpo. Confesso que deveria ser muito melhor para senhor Smith, um senhor ao auge de seus setenta e quatro anos, percebia algumas vezes seu olhar sobre minha janela quando abria as cortinas pelas manhãs, devidamente vestida dentro daquelas peças íntimas. 

Saúde não era o que lhe faltava. 

O motivo do pirralho indagar, foi o fato de correr por todos os cantos daquele Jardim sobre a massagem proporcionada aos meus pés quando tocados a grama fresca pelo sereno. Tinha seus pequenos braços cruzados em frente ao seu tronco, permanecia com os lábios curvados e a forma monótona em analisar meu corpo. Era realmente uma pequena miniatura minha.

Pequena pelo fato de mal alcançar minha cintura, porém seu cérebro podia muito bem funcionar melhor que o meu. Sem pestanejar.

Ele se aproximou puxando a barra de minha blusa quando devidamente posicionado a minha frente. Um sinal que usava desde muito pequeno quando queria atenção, me ajoelho podendo ficar a altura e sentir suas mãos tocarem meus seios ainda cobertos por duas camadas de tecido, ao menos ainda cobertos.

E novamente tinha meu cenho franzido.

:- Não pode! - Exclamou contraindo seu nariz. 

Mesma mania que a minha, já disse o quanto se parece comigo!?

:- Mas não tem ninguém vendo, meu amor. - Ditei passando minha mão sobre seus cabelos úmidos. - Qual o problema? 

Levantei meu corpo puxando o do menor junto ao meu, acolhendo-o em meus braços como se quisesse lhe proteger de algo, extinto materno

:- Ninguém pode ver, Seth não gosta. - Disse manhoso, era comum usar a primeira pessoa em suas frases. 

Ele que antes tinha sua cabeça apoiada sobre meu ombro direito, remexeu suas pernas na expectativa de de desvencilhar de meu corpo e ir a encontro do chão, assim conseguiu. Reatei minha coluna voltando a posição ereta, vendo o menor correr em direção ao esguicho que por algum motivo havia parado de funcionar.

Ele se agachou tentando resolver o problema, já não teria esperanças, pois como dito, a pouca idade é uma incógnita. 

Gargalhei quando o objetivo fixo ao solo jorrou água contra sua face, fazendo o pequeno recuar até cair ao chão sendo novamente molhado pela proporção de água.

Pude lhe ouvir resmungar algo indecifrável. Iria revidar dizendo algo, porém ao entreabrir meus lábios, ouvi a voz de minha mãe soar grave, o que deduzi sair da cozinha. Apanhei dois Hobbys na área externa do Loft no qual morava e vesti em meu corpo, fazendo o mesmo processo com Seth que rapidamente correu em direção cozinha.

O aroma era único, especiarias que só dona Milika sabia como aproveitar em suas melhores receitas.

Aquela Terça-Feira tinha aparência de Domingo, mas eu não reclamaria. Desde que assumi a presidência de meus bens financeiros, vulgo empresa, me provei de contatos semanais, passando horas e horas de descanso dentro de meu escritório. 

Cansativo, mas necessário.

:- Macarrão? - Perguntei fechando a porta envidraçada da área externa, que tinha acesso à cozinha, de onde vinha aquele aroma delicioso.

Calcei meus chinelos, ao receber o olhar repreendido daquela em que me concebeu, podiam se passar 20 dias ou 20 anos, sempre estaria ali para me relembrar das frases tão monótonas sempre ditas, era sim razão de pegar uma gripe andar descalça sobre o chão frio, mas releva aí né, mãe!? 

:- Com queijo! - Completou Seth que tentava alcançar o tabuleiro sobre a bancada, deixando seu pequeno completamente suspenso sobre a ponta de seus pés.

Foi falho quando minha mãe teve-o em mãos, seguindo em direção a sala de jantar, seguida pelo menor.

Me aprontei para ajudar a mais velha a por a mesa, peguei alguns talheres e copos, fazendo o irrelevante barulho dos objetos metálicos contra o vidro ao se chocarem, tratei de deixar tudo aos conformes sobre a mesa, na sala de jantar, onde no momento, todos, incluindo Regina, se encontravam. 

Como um encontro em família. 

Sentei-me ao lado de Regina, ficando de frente para minha mãe, que tinha Seth ao seu lado com um semblante faminto, que me fez rir baixo. Nos últimos meses havia crescido tanto, que me surpreendi com tamanha inteligência, lembrava-me dos passos desengonçados correndo em direção a Jauregui a pelo menos um ano, ou até menos, no aeroporto de Miami. 

Quando finalmente havia voltado de Vegas, Lauren havia voltado a poucos meses, foi a cúmplice de minha gravidez após um ano de namoro, a pior escolha da minha vida, não que meu filho fosse um erro, mas sim o fato de amar alguém e não ser correspondida.

 O apoio da morena foi o melhor de todos esses anos, o único, quando longe de minha família, e ver que o pequeno em pouco tempo completaria seus quatro anos, e me apertava o peito saber que não seria tão pequeno como costumava lhe chamar. Por mais cansativo que fosse, sentia falta das noites mal dormidas de anos atrás.

Era nosso costume sempre ter a cadeira posicionada na ponta da mesa, sempre vazia, como lembrança de meu falecido pai. Uma forma de respeito que costumamos agir, demos as mãos começando a tradição de agradecer em silêncio com os olhos fechados. 

:- Como vai a empresa, Dinah? - Perguntou minha mãe que servia Seth, que prontamente batia palmas animado.

Era sua comida predileta. 

:- Mais movimentada que o comum. - Repeti aquele processo com meu prato, colocando uma quantidade maior. - A senhora sabe... 

Ela afirmou levando uma garfada até a boca, quando devidamente pronta para responder, tornou a falar: 

:- Seu pai passava muito tempo naquele escritório, em alguns momentos chegava tarde demais em casa, era cansativo. - Concordei, extremamente cansativo. - Fico feliz que tenha seguido o exemplo dele, fazia um bom trabalho e creio que não é diferente no seu caso. - Sorriu.

Era notável o orgulho em sua bela fileira de dentes entre os lábios curvados em seu sorriso brilhante. Gostava de admirar. 

:- Sim, ele sabia muito bem lidar com as finanças e cuidava muito bem de cada seotr. - Comentei em meio a uma garfada e outra, estava realmente bom, não falando por obrigação. - O maior problema é resolver os negócios nos quais ficam pendentes. - Suspirei. - Coma suas cenouras, Seth. - Intriguei o menor que devorava o macarrão, deixando o vegetal de lado em seu prato, vendo-o torcer o nariz com uma careta em sua face.

Não queria chateá-la dizendo que aqueles realmente não eram meus planos para o futuro, porém com o tempo acabei me deixando levar, fluir e gostar de meu trabalho. Fácil não era, mas me motivava a continuar, não por mim, e sim, por ele. 

Antes que contestasse algo, Seth lhe cortou quando aclamou por atenção. 

:- Vovó, vovó. - Chamou pela mais velha, que levou seu olhar ao pequeno. 

:- Sim, amor? - Sempre os mesmos apelidos.

Levei meu olhar a Regina, que negava com a cabeça levemente. 

:- Polque mamãe dlisse que seios, são tão glostosos quanto Nutella? - Indagou inocentemente. 

A mais velha arqueou as sobrancelhas enquanto ainda mastigava uma certa quantidade de seu macarrão, Regina, que tentava pegar o mesmo, porém sempre fugia de seu talher de modo escorregadio sobre o prato, também parou com tais atos, me fuzilando enquanto reprimia os lábios. 

Peste.

:- Dinah disse isso, querido? - Perguntou após voltar sua atenção a Seth, que afirmou docemente com os lábios curvados em um bico, ela não hesitou em me fuzilar rapidamente, antes que o menor prosseguisse. 

Elevei minhas mãos em sinal de rendição, vendo Gina revirar seus olhos.

:- Slabe, ela disse para Tia Laur, que viu um vídeo na intelnet uma mulher lambia uma colher de Nutella, enquanto tlocava aqui - Tocou em seu peito. - Isslo é um seio? - Perguntou com dificuldade, devido sua boca que se encontrava cheia. 

Ela afirmou. 

:- Apenas isso? - Perguntou largando seu talher no prato devidamente vazio, tornando a pegar o guardanapo em seu colo, limpando o canto da sua boca em seguida. 

Apenas observava calada e completamente atenta a todo e qualquer palavra, enquanto apreciava minha refeição. 

:- Ela disse: " Cara, quelo plovar uma claverna da felicidade com glosto de Nutella".

Encarei o menor rapidamente.

:- Como sabe disso, Seth? - Intriguei exigindo uma resposta vinda do menor, que prontamente me fitou com desdém. 

:- Na ultima vez que Tia Laur veio aqui. 

Arqueei minhas sobrancelhas discordando. 

:- Você deveria estar dormindo, mocinho! - Apontei em sua direção com o garfo em mãos, arrancando uma gargalhada gostosa do mesmo. 

Após cessar, ele insistiu no assunto. 

:- O qle é claverna da felicidade, vovó? - Encarou a mais velha com aqueles olhos pidões.

O que não ganhava com suas chantagens!? 

O silêncio que havia se alastrado como fogo por toda cozinha, foi quebrado pela alta risada de Regina, que não se conteve em gargalhar da situação, deixando a comida em sua boca 'voar' para fora, enquanto tentava não se engasgar. 
Escandalosa. 

Dona Milika se encontrava perplexa pelo fato de ter chamado uma intimidade feminina de 'caverna da felicidade', provavelmente o que havia presumido, pois seu semblante lhe entregava, sabia de minha opção sexual, então aquilo não era algo indecifrável de sua parte. 

:- Bem amor, caverna da felicidade, é a saída da Caverna do Dragão. - Se embolou para dar uma resposta. - Sabe aquele desenho que costumamos assistir juntos? 

:- Ah, sim! - Seth sorriu. - Então eu quero experimentar a caverna da felicidade também! 

Engoli em seco com mais um olhar repreendedor. 

:- Não, não, não! - Se prontificou em responder, com os olhos arregalados. - Você ainda não teve nenhuma experiência amorosa ainda para descobrir do que gosta e do que quer. E bem, nada de experiências sexuais antes de seus 34 anos.

:- Por que eu não posso ter ex...expe...ex... - Elevou uma de suas pequenas mãos a testa, coçando-a em nervoso por não conseguir pronunciar uma palavra tão 'complicada', para seu vocabulário fértil. 

Minha mãe bateu em sua própria testa, nesse momento Regina chegava a se engasgar com seu próprio suco devido a risada muda da situação, recebendo um tapa meu sobre sua nuca. 

Ela rapidamente cessou me olhando tediosamente.

:- No futuro, você poderá ter, querido. - Foi o melhor que pudera responder. 

Me olhou uma ultima vez antes do assunto se encerrar por completo.

Ah, eu já estava morta! 


...

 

Meu tempo dentro do box já excedia a meia hora, podem me considerar uma culpada plea escassez de água. Todavia me sentia em total conjunto com meus ânimos, um lugar excelente para relaxar. Meus devaneios se fizeram pó quando o toque mental alertou-me de que já estava mais do que na hora de terminar com aquele banho, apenhei uma toalha branca ali próxima, envolvendo-a em meu corpo devidamente molhado. 

Momentaneamente me vi cega em todo aquele vapor, resultado após abrir a porta de vidro do box, definitivamente comprovei a tese de meia hora, ou mais até mais. Tratei de enxugar cada curva em meu corpo, dos pés a cabeça, encontrando-me com meu corpo, que naturalmente bronzeado, agora se encontrava avermelhado, devido a temperatura quente da água.

Vesti apenas um blusão que chegava até metade de minhas coxas, deixando suspensa a necessidade de uma sutiã naquele momento. Era o modo no qual me sentia confortável. Abri a porta do banheiro, tendo em vista o quarto iluminado apenas pelo abajur, a noite já havia caído, e a casa se encontrava devidamente iluminada.

Seth provavelmente estaria em seu segundo sono. 

Meu corpo deu um sobressalto ao ver um corpo sobre minha cama, corpo esse do terremoto ambulante nomeado Lauren Jauregui, que gargalhava pelo susto levado. Apalpei a parede em busca do interruptor, que prontamente iluminou o ambiente entre aquelas quatro paredes. 

:- Que história é essa de passar a tempestade inteira junto a professora de Regina? - Perguntou enquanto devorava um pacote de jujubas, que deduzi ser de morango, devido ao aroma que se estabilizou pelo quarto. 

:- Ela provavelmente deve ter lhe contado a história de ponta a ponta. - Respondi simples me jogando na comodidade que o colchão me proporcionava. 

Ela afirmou risonha.

:- Seth irá lhe cobrar por essas guloseimas - Prossegui roubando algumas das mesmas, jogando-as em minha boca no mesmo momento. 

:- Fizemos um acordo. - Piscou e eu ri. - Mas não fuja do assunto, o que aconteceu com ontem, eu estava preocupada! - Exclamou tentando transparecer raiva.

Fingida.

 

:- Eu apenas não entendi o motivo da ausência de Regina. - Comentei com minha cabeça apoiada sobre seu peito, a morena, que tinha uma de suas mãos deslizando sobre minhas costas, transmitia  uma segurança de outro mundo. - Ela lhe disse algo? - Fechei meus olhos aguardando por uma resposta.

Sua respiração estava tranquila, porém era nítido a forma na qual seu peito subia e descia no ritmo no qual inspirava e soltava o ar pela boca. 

Boca aquela dos lábios carnudos que atraíam qualquer um. 

:- Ela estava impaciente, pelos cinco minutos de atraso. 

:- Diferente de mim, Regina é pontual. - Pude ouvir sua risada baixa em concordância.

:- Ela disse que morava á alguns quarteirões daqui. - Fez uma pequena pausa, o que deduzi umedecer seus lábios, percebi que fazia isso repetidamente, como uma mania, nem tanto incomum. - E disse que todos os Domingos, era sua tradição fazer torta de amora. 

Ri baixo afirmando enquanto desvencilhava meu corpo do seu.

Ato que me arrependi segundos depois ao ouvir um forte trovão ecoando pelo lado de fora, fazendo-me encolher meu corpo em susto. Ela fez um soar de chiado, na esperança de me acalmar. 

Não obteve resposta, me perdi no soar de sua voz, no olhar sobre o meu e carícias sobre meus cabelos. Normani era diferente de alguma forma, forma essa que eu nem ao menos sabia explicar.

Afinal, precisava de alguma explicação!?

 

Lhe contei de ponta a ponta a história do anoitecer passado, Lauren que ouviu calada, apenas mandando-me olhares maliciosos e sons similares a gemidos, quando eu me perdia falando dos detalhes e palavras que Normani havia direcionado a mim.

Lauren não presta.

Depois do acontecido, mal havia conseguido dormir na madrugada passada, nem ao menos ir a serviço naquela empresa. Minha mente trabalhava em meio a diversas de milhares hipóteses, contorcendo, virando do avesso, ou até mesmo me privando de pensamentos positivos. Me matando por dentro. 

A morena não perdeu seu tempo em procurar mais informações, o que me surpreendeu, porém nem tanto, pois se estava aqui naquele horário, era pelo o que realmente me esperava. 

Tínhamos uma amizade como poucas, sabia com quem contar quando queria desabafar de algo que havia acontecido comigo. Se Anjos estivessem rondando a terra, Lauren e seus olhos verdes deveriam ser mensageiros de asas ocultas e identidades falsas.

Embora duvidasse de sua palidez.

:- Lembra do fato de Somers ser pego no México, devido ao tráfico de drogas? - Passou seu polegar pelo canto de seus lábios, retirando os cristais açucarados que se acumularam por ali. 

Me aconcheguei deixando minha cabeça descansar sobre o travesseiro.

A cabeça descansava, mas minha mente estava ativa vinte e cinco horas por dia. 

:- Como esquecer? - Revidei em minha resposta rápida, como se estivesse na ponta da língua, porem soou por impulso. - Isso tem algum problema? 

:- Ele foi preso nesse mesmo dia. - Enfiou um punhado em sua boca. 

:- Isso é uma ótima notícia. - Sorri encarando o teto sobre nós, de relance pude ver sua cabeça movimentar-se em negação. 

Arqueei minhas sobrancelhas. 

:- Ele está solto. - De solavanco me sentei sobre a cama encarando o verde de suas esferas que tomavam conta de sua face esbranquiçada. 

Às vezes parece tomar um banho de farinha de trigo, de tão branca. 

:- Mas... - Resmunguei sem algum rumo naquela frase, apenas receio.

Muito receio.

:- Dinheiro, o que aqueles superiores não aceitam por uma boa grana? - Levantou-se rapidamente deixando o pacote sobre a cama, que prontamente tive em mãos. 

:- Uma grana ilícita, como podem ser tão burros a ponto de chegar em uma situação deplorável como essa? - Questionei. 

Lauren fechou as cortinas, logo após as janelas. A brisa estava maravilhosa, mas o frio que transmitia era desagradável, ela pareceu ter algum dom de ler mentes. 

Era o que estava planejando em fazer naquele momento, porém foi mais rápida e lhe agradeço por isso. 

:- A grana não era falsa, e sim roubada. - Cruzou seus braços abaixo dos seios, deixando-os mais elevados enquanto cerrava seu olhar sobre mim, que devorava as guloseimas que antes suas. - Eles poderiam desconfiar, mas dinheiro é repassado tão rápido, que jamais duvidariam, afinal, tinha real valor, então é irrelevante. 

Suspirei. 

:- Mas, isso pode vir a nos prejudicar? 

:- Lhe prejudicar, eles não vão querer nada comigo.

:- Mas você esteve lá! - Indaguei. 

:- Apenas para você correr o risco e apostar meu corpo naquele jogo! - Aumentou o tom de voz, fazendo-me encolher os ombros. - Desculpe. - Sentou-se na ponta da cama, passando suas mãos sobre as madeixas morenas, deixando as unhas deslizarem sobre as mesmas. 

A mesma encarava o chão, estava mais pálida que o comum, poderia ser impossível, mas meus olhos não me enganavam.

:- Grana é como um bom whisky, sempre bom repetir a dose. - Comentou, fazendo-me ajoelhar sobre a cama tentando ter uma visão melhor de sua face.

Impedida pelos fios de suas madeixas, que caíam sobre seus olhos e rosto, complicando meus atos. 

Ela levantou-me de solavanco mais uma vez, rapidamente pegando seus pertences como se algo estivesse acontecendo fora daquela casa. Como alguém tem pressa e ansiedade em seu primeiro encontro, ou a uma entrevista de emprego. 

Sua veia à mostra - assim como a clavícula indicando seu baixo peso. - demonstrava seus sentimentos incomuns naquele mesmo momento. 

:- Eu preciso ir, Dinah. - Comentou acelerando os passos para fora dali, não perdi meu tempo indo atrás, Lauren poderia ser mais baixa, magra ou até mesmo fraca. Porém sua agilidade era muito melhor que a minha. - Até mais e...Boa noite! - Bateu a porta do quarto.

Revirei os olhos, jogando meu corpo para trás. 

Ela sabia de algo, ou era mais uma de nossas hipóteses, na qual eu não fazia ideia do que se passava. Aquilo estava me deixando confusa, mais que o comum 


... 

 

Foi um dia um tanto quanto cansativo, eu não sabia o que fazer para me distrair, mas era impossível quando eu não conseguia tirar aqueles pensamentos torturantes de minha cabeça, era impossível me concentrar em qualquer outra esperança em resolver aqueles problemas, que a cada momento, pareciam estar mais próximos, ou era impressão!? 

Afinal, qual distância nos separava dos pesadelos virem a tona e me atormentarem na realidade na qual vivo? Distante demais? Ou mais próximo do que imaginava? 

Acredito que eu não seja boa o suficiente. 

Queria sentir o calor me esquentando, a massagem recebida pela areia da praia por baixo de meus pés, ou até mesmo a comodidade da grama fresca pelo orvalho de todas as manhãs, como se fossem minhas últimas expectativas.

Expectativas em meio a esperanças falhas. 

A chuva que insistia em como de costume aos finais de tarde, agora se encontrava mais forte, deixando Miami mais cinzenta que o comum. Pela janela, gotículas de água escorriam em certa frequência, acompanhadas do vento de trazia certa 'agressividade' quando refletido contra o vidro da janela, ou até mesmo, a porta da sacada. Meu corpo já esteve em todas as demais posições, buscando pelo sono, rolando de um lado para o outro, em busca do conforto necessário, conforto aquele que não recebi, de todas as formas possíveis, tentei de tudo, mas o que não consegui, foi fechar minhas pálpebras e me entregar ao sono.

Mais uma vez falhei em minhas tentativas. Respirei fundo desprendendo-me da coberta que aquecia meu corpo, deixei que uma eletricidade subisse por minha espinha ao sentir o chão gélido em contato aos meus pés, famosos arrepios. Calcei as pantufas felpudas que prontamente acolheram meus pés de forma confortável e suave, sem incômodos ou frio que pudesse me impedir de sair daquele quarto.

Cruzei o corredor vazio, e silencioso, parando sobre a porta entreaberta do quarto de meus primogênito, apenas aproximei meu ouvido da estrutura de madeira, tentando ouvir algo, nada. Sabia que estava bem, portanto, me apressei em seguir na direção das escadas, tendo contato principal aos degraus que me levariam ao andar principal da casa, assim como o extenso corrimão, no qual tinha minha mão apoiada.

Se estava por lá, era para alguma utilidade.

Ao adentrar da na cozinha, deixei que o ambiente estivesse completamente iluminado antes que eu me aprontasse em preparar uma xícara de chá, colocando água para ferver enquanto o sono não vinha, por mais que tinhas energias estivessem esgotadas.

Remédio algum me ajudava.

Joguei uma cartela de calmante, já completamente vazia, no fundo da lixeira. Arrastando sem fazer barulho, uma cadeira, tornando a sentar rapidamente, tinha um pequeno bloco de anotações ali próximo, visivelmente os ingredientes e quantidades usadas no almoço de mais cedo.

Ri baixo arrancando aquela folha, que rapidamente atirei contra a lixeira. Uma boa jogadora de basquete, uh!? 

Alcancei uma caneta ali próxima, tornando a rabiscar uma folha em branco, apenas para passar o tempo. Embora os ponteiros pareçam congelar na madrugada fria, algo que não acontece quando o sono está bom e o despertador nos impede de prosseguir.

De rabiscos á desenhos, de desenhos á frases, de frases á versos. 

''Sou como um corvo num aramado, você é a distração brilhante que me fez voar para casa. Ou como uma barco na água, você é todos os raios e ondes que me acalmam a mente.

Porém há algo dentro do barco, afundando e correndo contra o tempo.

Mas eu sei, em meu coração, que você não é algo eterno, e sim, eu te deixei me usar desde quando nos conhecemos, eu estava cega, caindo em sua armadilha, e eu sabia, que você fingiria estar tudo bem para todos que conhece

Sou o primeira a admitir que sou imprudente, que me perdia em sua beleza, e não enxergava além de um passo, mas não sabia que em seu coração era só mais uma página.

Página essa que não escreve um livro, e sim uma mágoa.
 

Dinah Jane Hansen ''

 

A cada verso, deixei a caneta mais firme sobre minhas mãos, descobri que não podemos impedir nossos pensamentos, mas podemos acalmá-los.

Porém a chaleira me alertava de algo, meu chá estava pronto. 

Havia um demônio em seu sorriso que está me perseguindo, e  todas as vezes que me virava, ele só ganhava velocidade. Chegou um momento que finalmente percebi, que não havia com mudar a direção da maré, por mais que meu barco estivesse naufragando.

Onde quer que você esteja, este é meu lugar, estava pronta para partir, do que um dia tentei viver. Recomecei e aprendi. Pois sei que há um futuro em minha vida, que não consigo prever, embora sempre haverá o tipo que critica.
 


Notas Finais


Como me saí!? Espero que tenham gostado!

Em questão a Fanfic, estou planejando e sim, será NORMINAH! 😍

XoXo 💜💙


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