História Do Ódio ao Amor - Conversa Seria

      Pov. Katniss 

Um barulho insuportável me acorda e quando eu abro meus olhos vejo que o barulho vem de um fone de ouvido que colocaram em mim, olho para o lado e vejo que Johanna está tão atordoada como eu

Johanna: -- mais o que é isso?

Katniss: -- também gostaria de saber, quase tive um infarto e fique surta ao mesmo tempo

Mal termino de fala e Peeta abri a porta do nosso quarto, ele fala em um tom baixo mais ao mesmo tempo autoritário

Peeta: -- está na hora de começar o treinamento, vocês têm cinco minutos para se arrumarem e tomarem café espero vocês na sala de treinamento

Johanna: -- foi você que fez isso?

Peeta: -- foi a única maneira de acorda vocês duas, sem acorda as outras pessoas do quarto

Johanna e Peeta começam a discuti maneiras de nós acorda sem deixar nós duas surdas, mais minha cabeça está em outra conversa que eu preciso ter com o loiro parado na minha frente, e essa conversa vai acontecer antes de qualquer coisa. Interrompo a discussão dos dois.

Katniss: -- antes de mais nada eu e você precisamos conversa Peeta.

Peeta olha para mim com uma cara de confuso, levantando levemente uma sobrancelha enquanto me responde.

Peeta: -- está bem, conversaremos antes do treinamento então, espero você lá na sala

Katniss: -- não demoro

Ele sai da mesma maneira calma e silenciosa com que entro no quarto e percebo que Johanna está me encarando, com cara de pânico

Johanna: -- me diga que você não está gravida?

Não sei se dou risada ou se fico brava com a pergunta dela

Katniss: -- claro que não to gravida, que ideia sem cabimento é essa Johanna?

Johanna: -- não me culpe, você mesma disse que não se protegeram naquela noite

Katniss: -- sim eu disse porem se eu estivesse gravida eu não saberia tão rápido assim

Johanna: -- as coisas andam tão loucas que não duvido de mais nada

Eu vou ao banheiro faço minha higiene matinal e sigo para a sala de treinamento, essa conversa com Peeta não pode mais espera, não depois de ontem.

Quando entro na sala de treinamento ele está sentado em uma das cadeiras me esperando, no entanto noto em seu rosto que seu pensamento está longe, muito longe.

Katniss: -- Peeta!

Peeta: -- sim

Me sento em uma das cadeiras ao seu lado e vou direto ao ponto, não gosto de rodeios.

Katniss: -- onde está meu pai?  E o que você está me escondendo sobre sua família?

Ele abaixa a cabeça como uma criança faz logo depois de tomar uma bronca ou de perder em um jogo, ele demora alguns minutos para me responde e quando começa a fala percebo em sua voz uma tristeza ou uma raiva não sei ao certo.

Peeta: -- sabe Katniss, dentro da agencia existe o supremo “ S ”, ele comanda tudo e todos, para simplifica ele é o cara que está caçando a gente

Katniss: -- e o que esse chefão tem a haver com sua família ou com meu pai?

Peeta: -- esse chefão é meu avô e ele está com seu pai

Katniss: -- espera, você sabia que meu pai estava correndo perigo e não me disse nada.

Peeta: -- eu só queria te proteger, evita que você fizesse uma loucura, só queria proteger você

Katniss: - não ouse dizer que queria me proteger, você mentiu pra mim e uma mentira não protege ninguém apenas adia o sofrimento. O que você ia dizer quando chegássemos aquela fazenda?

Peeta: -- eu ia dizer a verdade, foi seu pai quem me pediu para ser assim

Katniss: - não me importo com que ele te disse, você devia ter confiado em mim, eu não to dizer que eu não iria pira e querer ir atrás dele, mais eu sei que você não me deixaria ir e eu sentiria apenas luto. Mais você preferiu me fazer de trouxa

Peeta: -- Katniss eu...

Eu sinto uma dor sufocante, como se minha garganta estivesse se fechando, sei que a reação normal seria eu chorar, porem eu to cansada de chora e chora não vai salva meu pai. A tristeza de saber que meu pai está correndo perigo não é maior do que o ódio que eu estou sentido do Peeta por ter mentindo para mim, mesmo sabendo que estou cansada de mentiras.

Antes que eu perceba ou consiga controla meus atos, dou um soca da cara de Peeta, a raiva impede que eu sinta a dor na minha mão. Não posso grita com ele porque se Prim ou minha mãe escutar elas perderiam o chão e isso eu não posso deixar acontecer então controlo minha a voz

Katniss:  quando tudo isso acaba e meu pai for resgatado quero que suma das nossas vidas, para sempre

Me doeu muito fala isso, a dor do tiro que eu levei na perna foi pequena se eu comparar com essa que estou sentido, mais não vou chorar. Vou engoli essa dor pela minha irmãzinha e por minha mãe

Peeta nada diz seu rosto ainda está vermelho por causa do meu soco mais ele se mantem com a cabeça a baixada e quando volta a me olha está frio.

Peeta: -- Como você quiser Doutora  

Saio sem olhar ou responder ele, eu não suportaria fazer nem um dos dois. Antes de volta para o quarto eu respiro fundo ninguém pode suspeita de nada, se eles perguntarem sobre eu e Peeta direi apenas que brigamos o motivo eu invento na hora.

          Pov. Peeta

A primeira coisa que nos ensinam no exército é a esconder sua dor, mascara qualquer tipo de sentimento. E é isso que eu estou fazendo agora, enquanto olho a única mulher que eu já amei fechar a porta e sai da minha vida. Eu tinha um bilhão de explicações para dar a ela porem não iria adianta, afinal ela não iria escuta e nem uma dessas explicações pode justifica a minha mentira.

Ainda estou sentando quando o Doutor entra na sala de treinamento e se senta ao meu lado em uma da cadeira. Ele fica calado por um tempo, apenas me observando e isso está começando a me irrita.