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História Do trono ao cadafalso - Capítulo VIII


Escrita por: Evil_Queen42

Notas do Autor


Demorei, mas voltei ♡
Boa leitura.

Capítulo 8 - Capítulo VIII


Fanfic / Fanfiction Do trono ao cadafalso - Capítulo VIII

  "Ontem meu primo, Gaara, tirou o dia para vir me visitar, então descobri que estava equivocada ao crer que Sasuke e eu éramos os únicos a desejar nosso casamento. O fato é que, além de meu pai, vários membros de minha família se mantém ao lado do Rei, intrigando, manipulando, fazendo planos com meu nome. As fortunas dos Haruno têm prosperado como nunca antes, pois são considerados futuros parentes do Rei. Sasuke lhes concedeu terras, títulos e proximidade no convívio pessoal. Como uma família de aranhas, os Haruno tecem sua teia ao redor do Rei, atraindo-o com seus fios rosados, caçando a presa para saciar seus apetites. Tal atitude de minha família não me agrada, mas por hora não há remédio. Embora eu governe o coração de Sasuke, os homens governam este mundo. 

 

Gaara trouxe-me notícias de Orochimaru, que concentra seus esforços em conseguir a anulação do contrato de casamento do Rei. 

 

Sasuke enviou uma carta para membros do Clero, solicitando-lhes uma autorização para cometer o que foi compreendido como bigamia, uma vez que os pais da Princesa Izumi não estão dispostos a desfazer a aliança que beneficia ambos os países, mesmo que Sasuke tenha garantido que devolveria o dobro do dinheiro do dote que foi pago ao antigo Rei Fugaku pela mão da noiva. Gaara também contou-me que Orochimaru está aterrorizado por saber que ocupo cada vez mais espaço no coração do Rei, o que significa que posso ser uma ameaça para ele, consequentemente irá temer e respeitar minha pessoa quando eu for coroada. 

 

 Orochimaru conseguiu interceptar algumas cartas do Rei, Gaara me informou sobre isso também. Disse que Orochimaru também escreveu ao Rei, implorando para que desistisse de romper uma aliança, pois isso poderia trazer certa fragilidade a Konoha, cujo maior e mais forte aliado é o país de Izumi. E ainda assinava a carta com 'assinada pela mão trêmula de seu mais humilde servo'. Ora, que morra engasgado com suas agradáveis palavras! (...)" 

 

Mais tarde, naquela noite, Gaara retirou de uma bolsa de veludo um documento enrolado e lacrado, com o selo escarlate de Sasuke. Ele deveria entregar o documento para um homem que gozava da mais extrema confiança do Rei, para depois ser entregue a um membro do Clero que concederia a anulação do contrato de casamento. Gaara disse que não deveria abri-lo, mas Sakura desejava mais do que tudo ver o conteúdo do documento que certamente selaria seu destino como Rainha de Konoha.  

 

- Não deve fazer isso. - O rapaz ruivo insistiu - Este documento foi confiado a mim, se for violado facilmente saberão. 

 

- Eu gosto de Sasuke e quero me casar com ele, mas nunca podemos confiar cegamente em alguém, meu primo. - Disse a rosada - Quero saber exatamente o que o Rei pretende. Quais são as cláusulas do nosso casamento. 

 

Sakura sabia que estava segura ali. Não trabalhava mais como dama de companhia de Mikoto e, enquanto Sasuke viajava para o exterior a fim de resolver assuntos de Estado, a rosada resolveu ficar longe da Corte e ir para o castelo que ganhou de Orochimaru. 

 

Insistiu até conseguir convencer o primo a deixá-la abrir o documento.  Então ambos saíram dos aposentos de Sakura e desceram a escada em formato de caracol,  foram juntos até a cozinha escura, no momento deserta, devido ao horário. 

 

A rosada colocou uma panela com água para ferver e, com todo o cuidado, os primos abriram a carta com o vapor. Em seguida, à luz fraca de uma vela, leram as palavras escritas pela mão do próprio Rei para aquele que conseguiria a anulação do contrato de casamento. Talvez, por algum motivo, ou não, quisesse ver Sakura no trono.

 

Não era mencionado o nome da dama que Sasuke pretendia tomar como esposa, contudo a intenção era bem clara: Que fosse concedida ao Rei a autorização para desposar mulher  com quem poderia estar relacionado por uma afinidade de primeiro grau. 

 

- Não compreendo. - Disse a rosada após ler o primeiro parágrafo escrito naquele papel. 

 

- Sasuke já tomou Temari, minha irmã, também sua prima, como amante durante um longo período. - Explicou o rapaz dos olhos verdes, o que deixou Sakura um pouco espantada. 

 

Temari já não morava mais na Corte, devido a sua reputação após o caso com Sasuke. Shikamaru, marido de Temari, tinha um cargo não muito próximo ao monarca e preferiu que a esposa se afastasse da Corte após Sasuke ter se cansado dela.

 

Sakura não estava ciente disso até então, uma vez que pouco tinha contato com sua família materna, mas Sasuke sabia sobre o parentesco das duas. 

 

- Para o bem dela, espero que continue longe da Corte. - Sakura respondeu friamente - Acha que isso é prudente?

 

- O que, exatamente? 

 

- Sasuke fazer tal alusão à Temari. - Respondeu - O parentesco do Rei com Itachi é um dos motivos para ele pedir essa anulação. Afinal, Izumi estava prometida para Itachi, esse era o contrato original. 

 

- Não quero opinar sobre isso, Sakura. Apenas devemos terminar de ler o documento o mais rápido possível. 

 

Seguia-se a questão de Sasuke ter ou não o direito de se casar com uma mulher que pudesse anteriormente ter contraído matrimônio, embora sem que este fosse consumado. Obviamente que o soberano se referia ao caso que Sakura teve com Sasori. Sakura julgou prudente tal cláusula, uma vez que muitos duvidavam de sua virgindade; Todavia estava claro no documento que, mesmo que por ventura Sakura tivesse se casado - o que evidentemente não era verdade - nada havia sido consumado. Dessa forma, ninguém poderia se opor a sua união com o Rei. 

 

A Haruno dominou sua mente para não pensar em Sasori e no triste destino dos jovens, outrora tão apaixonados, mas impedidos de ficarem juntos. Contudo, aquilo já fazia parte do passado e deveria ser enterrado lá. Naquele momento, apenas o futuro interessava para Sakura, que almejava a coroa mais do que qualquer outra coisa.

 

Continuou a ler o documento, e não sabia se ria ou se chorava com as palavras ali escritas. Gaara também estava chocado. 

 

O Rei pedia permissão para se casar com uma mulher com quem já tinha mantido intimidades! 

 

- Essa cláusula é completamente desnecessária! - Exclamou e começou a selar o documento. Gaara a encarou com uma interrogação maliciosa no olhar.

 

- Não sabia que estava tão disposta a arriscar um bastardo. - Gaara falou calmamente, fazendo a rosada se enfurecer mais ainda. 

 

- Escute, Gaara... - Disse irritada - Não sou amante do Rei e não serei nada além de sua Rainha. Não me deitarei com ele antes de ter segura a coroa em minha cabeça!  Entendeu?

 

 - Eu pensei que seu pai fosse a pessoa mais dura da família. - O jovem soltou um riso anasalado - Vejo que me enganei. - Com a vela na mão, ele a guiou até a escada - Espanta-me, doce Sakura. 

 

- As circunstâncias transformam até a mais doce e inocente criatura, meu primo. 

 

[...]

 

Sarada ficou chocada. Encontrou no diário de sua mãe menções sobre Temari, mãe de Shikadai, cujo parentesco consigo ela desconhecia completamente. Sasuke já teve a loira como amante, e Deus sabia quantas mais. 

 

Seria assim se Sarada casasse? Teria que fechar os olhos para tudo, aguentar traições do marido e estar ciente dos antigos casos dele? 

 

- Não quero isso para mim... - A morena chorou. 

 

Doía pensar que seus conselheiros queriam empurrá-la para um casamento, o que mudaria sua vida por completo. Não queria ser reduzida, humilhada ou controlada por um homem. 

 

Secou suas lágrimas e voltou novamente seus olhos para as páginas do diário de sua mãe. Ainda estava chocada com o fato de que Sakura havia sido corrompida de uma garota  apaixonada e inocente a uma mulher fria e manipuladora. 

 

Pelas datas contidas no diário, Sakura não passou dias ou semanas como objeto de desejo do Rei... foram anos! Anos lutando contra as vontades de Sasuke, mantendo-o longe de sua cama, mas seduzindo-o para conseguir chegar ao topo.

 

De fato Sakura chegou na Corte ainda muito nova, amadureceu lá, sendo induzida a seduzir Sasuke, usada como um peão com o propósito de ganhar favores para a família. Deste modo, sua conduta não poderia ter sido diferente... 

 

"O Rei já não me persegue como antes. Como está certo de que casaremos, prefere que eu me mantenha virgem até nossa noite de núpcias. Isso me alivia, visto que não preciso mais lutar contra seus desejos e insinuações. 

 

Já se tornou pública a notícia de que serei Rainha, não Izumi. Muitos se opõem, claro, pois o fim do casamento com Izumi significa o fim de uma aliança poderosa, isso sem falar que ela é considerada mais adequada para se tornar uma consorte. Mas Sasuke é conhecido por ser um Rei mimado, e até mesmo cruel, então todos precisam se submeter às suas vontades e caprichos. Mesmo que seja um ótimo regente, ele não aceita que lhe neguem qualquer coisa que queira. 

 

Mikoto se mostra contra meu casamento com o Rei, mas não é ela quem mais me preocupa, pois está em avançada idade e creio que não tenha energia para impedir qualquer coisa. Quem realmente me preocupa é Shion, prima de Sasuke pelo seu lado materno; Ela cresceu na Corte, é tratada como irmã pelo Rei, recebe uma generosa mesada e tem suas próprias aias. Ela é venenosa e astuta como uma serpente, temo que consiga envenenar o monarca contra mim. 

 

O mais importante é que ainda possuo a afeição do Rei, mas não sei por quanto tempo. Nosso casamento ainda não tem data, há anos luto contra Sasuke e sua vontade de me possuir, e agora nosso amor será consumado somente após o casamento. Como um homem, que tem suas necessidades, consegue esperar tanto tempo para ter uma mulher em sua cama? Ele nega que tenha amantes, mas nessa vida aprendi que não devemos confiar totalmente em ninguém, nem nos membros de nossa própria família, tampouco num homem capaz de tudo para conseguir o que quer (...)"  

 

 Sakura já havia se mudado para os aposentos da Rainha, que antes seriam de Izumi. Estava sentada em uma poltrona perto da lareira que deixava o clima mais agradável naquela fria manhã de inverno. Bordava calmamente um tecido de linho branco, e com ela estava Karin, uma antiga amiga que conheceu logo que se mudou para a Corte. A mulher ruiva era prima de Naruto, um amigo do Rei que tinha grande afeição por Sakura e era um dos poucos a apoiar seu matrimônio. Sakura convidou Karin para ser uma de suas damas de companhia e a Uzumaki, lisonjeada, aceitou. Naquele momento a Haruno havia dispensado as outras aias, mas quis a companhia de Karin. 

 

A ruiva notou que Sakura não estava muito bem. Desde que a rosada era nada além de uma dama de companhia tentando fugir de um Rei que exalava desejo, Karin sabia decifrá-la; Sabia quando algo estava atordoando sua mente. 

 

- Lady Sakura. - Karin atraiu a atenção da mulher que levantou o olhar. 

 

Após tantos títulos de nobreza concedidos a família Haruno, e a própria Sakura que havia sido nomeada marquesa pelo Rei, ela passou a ser tratada como Lady. 

 

- Sim? - Esboçou um singelo sorriso para a mulher ruiva sentada a sua frente, aproveitando da mesma lareira para se aquecer. 

 

 - O que a perturba tanto, alteza? - Indagou com preocupação quase palpável - Vejo que não está bem.

 

- Sabe, Karin... - Ela parou de bordar, mas manteve o tecido em seu colo - O Rei começou os preparativos para o nosso casamento, a notícia se espalhou e eu deveria estar muito feliz por isso, mas... 

 

- Está receosa por deitar-se com o Rei?

 

- Não é isso. - Sakura sorriu sem jeito. Precisava admitir que isso também a deixava receosa, mas era o menor dos problemas - O processo de anulação do contrato de casamento do Rei com a princesa Izumi ainda não foi concluído. Ele ainda é, aos olhos da lei, noivo dela. 

 

- Os embaixadores já garantiram que será concedida a anulação, não há com o que se preocupar. 

 

- Como não há? - Suspirou - Só nos casaremos quando o contrato for considerado inválido, mas ninguém sabe quanto tempo levará para isso. Até lá, eu não serei vista como futura Rainha, mas como amante do Rei.

 

 - Vossa coroa está segura, alteza. Não precisa se preocupar. 

 

- Karin, por anos eu consegui resistir às vontades do Rei e me mantive virgem. Meu casamento ainda pode demorar meses, o que só adiará minha presença no leito de Sua Majestade. - Disse com aflição - Temo que ele procure amantes para saciar seu desejo de possuir uma mulher, ou que seu desejo por mim esfrie pela falta de intimidades. Compreende? 

 

- Por que não dá ao Rei o que ele quer? - Questionou simplesmente e Sakura arregalou seus olhos verdes. 

 

- Qualquer filho que eu dê ao Rei antes do casamento será chamado de bastardo! - Retrucou - Eu não posso arriscar, embora queira. 

 

- Que isso fique só entre nós, alteza... - O tom de Karin fez Sakura se mostrar interessada - Está com medo de gerar um filho fora do casamento, por isso quer se manter casta até a noite de núpcias... - A rosada assentiu - Virgindade não é sinônimo de ingenuidade. 

 

- Onde quer chegar? - Estreitou os olhos. 

 

- Por que não encontra outros meios para dar prazer ao Rei? - Sorriu de canto, então Sakura sentiu seu coração bater mais forte. 

 

- Outros meios? - Indagou com desconfiança - Por exemplo? 

 

- Com a boca, com as mãos... - Disse sugestivamente - Deixe que ele a veja, que a toque... 

 

- Ele não me achará vulgar por tomar tais atitudes? - A insegurança de Sakura era nítida. 

 

- Claro que não, alteza. - Afirmou - Ele verá que o tempo valeu a pena. Sua alteza saberá as preferências do Rei, saberá onde tocá-lo e como tocá-lo, o que tornará as coisas mais fáceis quando de fato ele a tiver por completo. 

 

- Me sinto suja por pensar em fazer tais coisas, mas acho que você pode estar certa. Isso pode mantê-lo longe de outras mulheres e acalmar seu fogo até ele finalmente me ter por completo. 

 

- Muitos casais fazem esse tipo de coisa enquanto aguardam o casamento, alteza. - Contou a ruiva.

 

- Ainda assim, mesmo que seja uma boa saída, me sinto... suja.

 

Sakura não escondia seu incômodo, mas não conseguia pensar em outra coisa para manter Sasuke longe de supostas amantes. Mulheres que desejavam frequentar o leito do Rei eram incontáveis; Sasuke se dizia apaixonado pela antiga aia de sua mãe, mas ninguém poderia garantir com total certeza que ele não pudesse cair nos braços de outra. 

 

- Alteza, mais cedo ou mais tarde isso vai acontecer. Estarão casados. 

 

- Eu sei, Karin, e quero muito que aconteça. Quanto antes eu der um filho para o Rei, melhor, pois minha posição estará mais segura e eu com certeza serei amada como Rainha após dar um herdeiro para a coroa, garantindo a sucessão do trono. - Explicou - Mas tenho medo de fazer qualquer coisa antes do casamento e acabar indo até o fim. 

 

- Lady Sakura, conseguiu conter o desejo do Rei por anos. Se ele não a amasse, não haveria de ter esperado tanto. 

 

 - Sim, eu sei...

 

- Então o Rei vai conseguir esperar até o casamento para tê-la por completo. - As palavras de Karin realmente acalmaram a rosada - Encontrar outras formas de fazê-lo sentir prazer pode ser útil para mantê-lo satisfeito e longe de outras mulheres até o casamento. 

 

Sakura ponderou por uns segundos, pensando se o Rei não a julgaria mal por tais práticas sugeridas por Karin; No entanto sentia ciumes só de imaginá-lo perto de outra mulher e talvez, se arrumasse outros meios de saciar suas vontades, ele ficasse longe de qualquer provável amante e cada vez mais apaixonado por Sakura. 

 

Mesmo que praticar tais intimidades antes do matrimônio fosse contra os princípios de Sakura, que fora ensinada por sua mãe que uma mulher honrada deve se manter totalmente pura até ser entregue para seu marido, a coroa de Konoha estava cada vez mais perto de si e por isso a rosada estava disposta a tudo! 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Comentários?
Bjs e até mais :*


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