Após Sehun "me puxar" ao caminho de volta de alguma das casas, ouvimos passos apressados e Sehun forá puxado pelo ombro.
-Essa noite, esse é meu prato de carne - Disse se referindo a mim - Já passou o seu tempo de brincar, Oh Sehun - Esbravejou e empurrou o loiro pra longe de mim.
Sehun e Kai eram conhecidos por serem inseparáveis no Colégio. Sehun - Quando bêbado - Sempre me contava sobre seu amigo, se conheciam desde a infância, e nunca se quer tiveram uma briga. Os olhos de Sehun alternavam entre um Kai afobado e aparentemente arrependido, seu ombro e a mim.
-Pense bem antes de tocar em mim - Empurrou Kai ao chão - E não ouse em tentar tocar no Luhan.
Kai parecia estar "farto" da situação, seu peito subia e descia de forma raivosa, seus punhos espremiam os dedos, deixando-os brancos, pelo forte aperto. Ele se levantou e ficou poucos centímetros de distância de Sehun, os mesmos se xingavam de coisas consideravelmente horrendas a ouvidos puros, pareciam animais brigando por uma fêmea no cio - Que no caso seria eu - Aquilo era um incômodo, mas eles pareciam não se incomodar, eu estava aliviado por finalmente não ter muita gente em volta do rio. Eles faziam gestos e sinais com as mãos, com certeza iriam se bater à qualquer momento. Sehun levantou seu braço fazendo sinal para Kai sair dali, e o mesmo estapeou a mão alheia.
Discutiram mais um pouco e depois começaram a dar pequenos empurrões um no outro, eu começava a me preocupar, pois a qualquer momento algum policial poderia passar ali, e aqueles dois se estapeavam como duas moças, era irritante. Era perceptível que eles não queriam iniciar uma briga, e muito menos começá-la, mas ali estavam eles, mostrando algum tipo de valentia.
-Parem com essa palhaçada - Enfiei-me entre os dois. Kai tentou me puxar pelo braço, mas foi impeço por Sehun.
-Mandei não tocar nele - Acertou um soco que encaixou-se perfeitamente com a bochecha do moreno.
-PAREM! VOCÊS ACHAM QUE EU SOU O QUE? UM OBJETO SEXUAL? AH, VÃO SE FODER - Saí dali em passos rápidos, mas logo depois, parei e virei para trás após ouvir o barulho de uma pancada e um pequeno grito abafado de Sehun. Fiquei por um tempo paralisado, a cena parecia estar em câmera lenta, os olhos de Kai arregalados, e Sehun correndo em minha direção. Kai segurava um pedra ensanguentada, quando polícias surgiram e o algemaram, JongIn tentou protestar, mas forá levado em flagrante, por agressão. Sehun me puxou e saiu em disparada.
Tentei pará-lo algumas vezes, mas ele parecia ter ensurdecido, aquilo era cansativo, corríamos mas não tínhamos rumo, ele apenas corria, e me puxava, segurava meu pulso com forças, e corria, o mais rápido que podia. Percebi que sua testa sangrava um pouco, perguntei diversas vezes o que levou Kai a fazer aquilo nele, mas não obti resposta. Aos poucos seus passos rápidos cessaram, mas sua respiração continuava entrecortada e rápida, o suor se misturava com o sangue de sua testa, e algumas poucas lágrimas escorriam lentas e receosas de seus olhos arregalados. Paramos em uma viela úmida e escura, ouvia-se os poucos grilos escondidos nos pequenos amontoados de mato.
Pousei uma de minhas mãos em seu ombro e passei a outra na ferida de sua testa, Sehun soluçava, de dor, mas não era uma dor carnal, eu via em seus olhos escuros, ele sentia-se mal. Minha mão pousada sobre sua ferida aberta, pareceu secar o pouco sangue que insistia em escorrer pelo buraco feito ali. A cada aperto que eu dava em seu ombro, ele fechava os olhos, e abaixava a cabeça, seus soluços encontravam-se mais secos que os anteriores. Aquilo me machucava.
Soltei minha mão dele a contragosto, e ele rosnou negativamente, logo depois, puxou-me para um abraço apertado, envolvi seu pescoço com meus braços. Eu sentia uma dor estranha, era como se algo em mim fosse arrancado. Saí dos seus braços, e o encarei novamente.
-Por que, Sehun... Por que? Olha pra você, por que você é tão diferente, você depende de horários. Só me responde isso - Disse limpando algumas lágrimas teimosas que escapavam dos meus olhos e dos dele - Por que você teve que se meter nessa "briga"? Se fosse no colégio, quem estaria assim, sou eu! Você e o Kai...
-Não fala dele! - Disse um tanto alto - Me desculpa... Eu só não queria que ele te tocasse.
-Se você quisesse isso, você me protegeria dele na escola.
-Esquece isso, tá? - Sua voz soou irritada - Escuta, isso faz parte de um trato com os garotos, tá certo? Não quero você nisso.
-Não me quer nisso? Sehun, você acabou de esfregar na minha cara que eu sou um pedaço de carne, um trato? ESSA BRIGA COM O KAI POR UM ACASO TINHA ALGUM TIPO DE SCRIPT? - Preparei minha mão para acertar seu rosto, mas fui impedido pelo mesmo.
Ele me puxou com força até ele, e riu fraco. Meu corpo não obedecia meus comandos, e permanecia imóvel.
-Você desconfia demais, sabia? - Roçou seu lábios nos meus, seu hálito era férreo, denunciando algum ferimento, mas eu permanecia imóvel - Eu poderia te comer aqui mesmo, você fica tão gostoso com raiva. Minha vontade é de te foder na frente de todos na escola, pra mostrar que o que eu faço contigo, não passa de pressão feita pelos "amigos" do Kai.
-Como? - Perguntei a centímetros de sua boca.
-Quero te foder, Luhan-Ah, ouvir seus gemidos, te encher de prazer - Sussurrou em meu ouvido fazendo-me ficar arrepiado - Quero ir fundo em você, te beijar, te lamber.
-Oras, Sehun-ah! O que pensa que está dizendo no meio da rua? A pancada afetou sua cabeça? - Seu riso soprado esquentou a área em que sua boca se encontrava, e que nesse caso, era meu pescoço, o que fez com que eu me arrepiasse novamente.
-Aigoo... E o que você vai fazer se eu continuar, Luhannie? - Sua mão direita alisou toda curva da minha cintura, descansando em minha bunda - Diga pra mim, o que vai fazer? - Apertou forte o local, fazendo com que eu gemesse baixo - Omo! Não faça sons como esse no meio da rua, Luhannie.
-Francamente! Vamos logo pra casa.
-Na sua? Oh, eu nunca provei sua cama, ela aguenta tu-
-SEHUN! - Gritei atraindo a atenção de dois caras que passavam, mas logo os mesmos saíram de fininho - Idiota! Não na minha casa, tenho visita.
-Isso quer dizer que nós vamos... - Me olhou com desejo, enquanto fazia desenhos imaginários simulando "o ato".
-Por Deus! Baekhyun está em casa, seria estranho entrar contigo todo quebrado em casa.
-Então vamos logo para a minha, só quero tê-lo hoje.
-Você está machucado, Oh Sehun.
-E você é chato, Xiao Luhan - Disse estalando a língua.
-Você... - Ele se pôs a andar na frente acenando para que eu apertasse o passo - Sinceramente... Você quer transar até mesmo quando está machucado, impressionante.
-Se reclamar mais, não anda amanhã! - Falou alto.
-Sehun! Não fale coisas desse tipo aqui, diga-me essas coisas sujas só quando estivermos em casa.
-Eu digo quando quiser. Assim as pessoas sabem que você é meu - Ficamos em silêncio por alguns segundos, ouvindo apenas as pedras que pisávamos - Ei, como está meu rosto?
-Muito Ruim!... Deixe sua camiseta em cima.
-Você só quer ver meu abdômen logo, não é, safadinho? - Levantou a camisa lentamente revelando o Abs que eu tanto almejo.
Andei em passos lentos em direção ao exibido.
-Aqui - apontei para o peito nu do maior - Ninguém bateu aqui, não é? - Enquanto ele balançava a cabeça freneticamente em sinal positivo, eu dei um tapa estalado no local - Tome vergonha na cara, e bota logo a camiseta no machucado, vamos logo.
=×××=
Finalmente estávamos na casa de Sehun, mas antes de virmos para cá, passamos em uma pizzaria e trouxemos duas pizzas para comermos aqui. Fiquei impressionado quando me deparei com o quarto do maior todo arrumado, isso é raridade, sempre que venho o quarto está em uma total desordem.
-Nossa, finalmente você arrumou. Sempre deixa isso aqui uma bagunça.
-Não esqueça que você me ajuda a bagunçar. É uma pena eu ter ficado horas arrumando, já que vamos desorganizar tudo com a nossa "festinha sexual da pizza".
-Esse nome ficou ridículo, Sehun. Primeiro eu vou cuidar disso na sua testa - Disse indo para o banheiro cujo estava o kit de curativos, digamos que eu saiba mais da casa do Sehun, do que o próprio - Onde estão seus pais?
-Onde pensa que vai? - Disse correndo atrás de mim e parando na porta do banheiro - Meus pais viajaram para ver minha avó.
Eu estava quase de quatro na frente do armário do banheiro, e o armário ficava na frente da porta - É uma arquitetura estranha sim - Por nada nesse mundo, eu achava esse maldito Kit, estava a ponto de desistir, mas tive a brilhante ideia de perguntar a Sehun.
-Sehun você... Ah! - O mesmo encontrava-se quase em cima de mim e pareceu se assustar com minha ação repentina - O que você ia fazer?!
-Ah! Não finja que não sabe, Luhan.
Eu estava quase deitado no chão do banheiro, enquanto Sehun engatinhava cada vez mais pra perto.
-Sehun, sua testa ainda sangra. Deixe-me cuidar de você. Se deixarmos assim, fará mal a você mesmo depois.
-Posso deitar com você depois, para assistirmos um filme? Prometo comer a pizza... E você também.
-Sim! Seu abusado...
=×××=
-Ótimo, aqui está seu novo acessório, uma gaze com esparadrapo - Disse guardando tudo que usei para testa de Sehun, que por Deus, fora um corte superficial.
-Não diga a ninguém que eu chorei quando você passou esse maldito álcool na minha testa. Venha, vamos comer - Meu puxou para deitar ao lado dele.
-Vou pensar.
Sehun colocou o filme mais chato da história do cinema, ele ria feito um louco com aquilo, e eu só prestava atenção na expressão de seu rosto ao sorrir. Sehun não desocupava a boca, estava comendo a pizza incansavelmente, já eu, dava uma mordida vez ou outra em minha fatia. Uma cena que pra mim foi ridícula pareceu ser cômica para Sehun, ele ria alto e estapeava a própria coxa, seu corpo não parava quieto. Bocejei e revirei os olhos.
-O que foi, Luhan-Ah? Não está gostando do filme? - Pausou o filme e olhou para mim, nossos olhares não se desviavam um do outro.
-O filme é chato - Cruzei os braços.
-Quer fazer algo mais divertido? - Seu olhar era feroz, parecia estar me fodendo através do contato visual.
-Hum, realmente está um ambiente gostoso para algo mais legal Sehunnie. Vamos levar as pizzas pra cozinha,e eu te mostro algo legal quando voltar.
-Isso me interessa - Disse encima de mim beijando meu pescoço.
-Então vamos, interesseiro.
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