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História Do you remember ? - Memorie seven.


Escrita por: Bulblo

Notas do Autor


Helloooooooooooo
Eu resolvi aparecer com mais uma memorie uhuuuu

Eu quero agradecer demais por todoooos os favoritos, por todoooos os comentários e por é claro todaaaaaaas as visualizações.

Vocês nem sabem o quanto eu sou grata por tudo isso, vocês são incríveis !

Bom não vou mais enrolar, fiquem com mais um capítulo, espero que gostem
Kisses

Capítulo 14 - Memorie seven.


Fanfic / Fanfiction Do you remember ? - Memorie seven.

POV's Autora.
Uma semana depois.

O dia das mães sempre foi um dia repleto de amor, gratidão e felicidade. E Elena não pensava diferente, durante toda sua conturbada semana, esse dia seria o melhor para ela. Sim, conturbada, depois de sua discussão com Castiel, se é que aquilo poderia ser chamado de discussão, já que ela nem pode dizer o que queria de fato, Castiel passou a evita-lá totalmente. Quando ela se sentava na mesa do pessoal e Castiel estava presente, ele se levantava e saía, nem se quer inventava alguma desculpa, mesmo que não fosse convincente, nas aulas que tinham juntos, ele agora se sentava do outro lado da sala, longe do assento que possuía atrás de Elena, que era onde se sentava antigamente. Eles não trocavam nem se quer um bom dia, ele nem se quer olhava para ela. O único momento em que ele não podia escapar de ficar levemente próximo a ela, era durante o treino das líderes de torcida, pois era no mesmo horário que o treino do time de futebol americano. 

Ela se dirigia a floricultura que havia visto do outro lado do parque, perto do Crisp's, que era um lugar que agora ela nem se quer tinha vontade de ir. Ela já havia aprontado tudo, como era um sábado ela sabia que sua mãe acordaria por volta das dez da manhã para poder ir trabalhar, as coisas para o café da manhã já haviam sido compradas, e só havia uma coisa ou outra para se cozinhar na hora, mas Elena precisava de flores, elas seriam o toque especial, mas não podia tê-las comprado no dia anterior pois sua mãe as teria visto e isso estragar ia toda a surpresa. 

Ao entrar na floricultura, percebeu que ela era tão aconchegante por dentro quanto parecia ser por fora, prateleiras e mais prateleiras com diversos tipos de flores, cada uma mais bonita que a outra, e de frente a porta, mas a mais de seis metros de distância, ficava o balcão, onde havia embalagens, fitas e cartões a escolha, e atrás dele um senhora, de cabelos brancos e sorriso gentil. Elena se dirigiu em direção ao balcão e viu o sorriso da senhora se alargar.

— Bom dia, senhora.- Elena comprimentos sorrindo gentilmente.

— Por favor, me chame de Meggie, me sinto tão velha quando me chamam de senhora.- ela comentou fazendo um pequena careta e rindo junto a Elena.

— Eu sou a Elena.- a loira disse estendendo a mão sobre o balcão Meggie correspondeu o aperto de mãos. 

— O que procura de especial?- ela perguntou.

— Eu queria comprar flores para a minha mãe.- Elena respondeu e viu Meggie sorrir abertamente. 

— Eu vou chamar meu ajudante e ele pode te ajudar a procurar.- Meggie respondeu e Elena assentiu.- Castiel!

O corpo de Elena pareceu paralisar ao ouvir aquele nome, e ao ver a cabeleira ruiva entrando no logar, retirando lugar de borracha das mãos, e as colocando dentro do bolso do avental que cobria apenas uma parte de sua cintura até um pouco acima do fim das coxas. Os olhos cinzas dele se arregalaram ao vê-la em frente ao balcão.

— Você...me chamou...Meggie?- o ruivo tentava raciocinar.

— Sim, eu quero que você ajude essa moça a achar as flores certas para a mãe dela.- Meggie explicou.

— Mas, eu estou cuidando dos canteiros de flores.- Castiel argumentou.

— Isso pode esperar, agora eu preciso que você ajude essa moça, o nome dela é Elena...- ela disse mas Castiel a interrompeu.

— Nós já nos conhecemos.- ele exclamou.

— Ah, melhor ainda.- Meggie comentou e depois se retirou indo para os fundos da loja, deixando com que eles ficassem lá sozinhos.

— Você está procurando alguma flor em especial?- Castiel perguntou após alguns segundos em que permaneceram em completo silêncio.

— Para ser honesta, não.- Elena respondeu.- Poderia me indicar uma?

— Temos a perfeita para isso.- ele respondeu e andou em direção as rosas, pegando um dos buquês já prontos de rosas brancas.- Essas rosas foram umas das que menos venderam, mas para mim, pelo menos, o significado delas é o melhor, significam...


— Sou digno de você...- Elena completou e sentiu seu rosto corar quando percebeu o olhar surpreso do ruivo sobre ela.- Quer dizer, é o que as rosas brancas significam, não o que eu achei que...você iria dizer...para mim. Eu vou levar elas.

Ele assentiu e os dois se dirigiram em direção ao balcão novamente, Castiel colocou o buquê sobre a mesa, e soltou o laço que prendia as rosas, pegando um novo embrulho, um novo laço, é um cartão cor de creme. Elena sorriu ao ver que o embrulho era verde escuro, pois lembrou que aquela era sua cor favorita, não achava que ele havia escolhido aquele na intenção de agrada-lá, apesar de que o mesmo sabia que aquela era a cor favorita da garota. Ela observou enquanto ele tentava fazer um belo laço no embrulho, e franziu o cenho quando o viu escrever alguma coisa no cartão.

— Pode ficar tranquila.- ele disse quando percebeu que ela parecia confusa.- Eu só escrevi "obrigada por ser a melhor mãe do mundo, e por sempre estar ao meu lado. Eu te amo", nada demais.

— Não era eu que deveria ter feito isso?- ela perguntou com uma sobrancelha erguida.

— Eu sei que você não pensaria em nada melhor.- ele respondeu, ela poderia até achar que ele estava tentando tirar com sua cara, se não fosse a expressão seria que ele mantinha em seu rosto. Elena suspirou colocando uma mecha de seus cabelos atrás da orelha.

— Eu sinto a sua falta.- lá admitiu quando ele se virou de costas para confirmar a compra dela.- Eu só queria te dizer isso...eu sinto muito a sua falta.

— O valor da sua compra é de sete e quarenta e cinco.- ele disse após se virar, com sua cabeça levemente abaixada.

Ele concordou pegando o buquê nas mãos e colocando a nota de dez, que havia tirado do bolso da calça, sobre o balcão, saindo sem esperar seu troco. Saindo da floricultura e andando rapidamente para sair da vista de Castiel, que a acompanhou com os olhos até então.

— Está cometendo um grande erro a deixando ir, filho.- Meggie disse atrás dele.

— Não posso simplesmente fingir que nada aconteceu.- ele disse organizando algumas coisas que haviam sobre o balcão.

— Eu sei que ela te magoou, mas você não tem que pensar só nisso...- Meggie se aproximou ficando lado a lado à Castiel.- Você tem que pensar no ao todo, tenho certeza de que teve mais momentos bons do que ruins com ela, estou errada.

— Não...- ele murmurou se deixando pensar neles dois, se lembrou de quando se conheceram e ele derrubou refrigerante nela, se lembrou de quando se esbarraram na escola, de quando se abraçaram a primeira vez, de quando ele segurou sua mão, se lembrou da sensação do primeiro beijo. Mas também se lembrou da sensação que sentiu quando ela se afastou, quando ficou dias sem nem se quer falar com ele.- Por que eu tinha que sentir algo? Estávamos bem só sendo amigos.

— Não podemos escolher por quem se apaixonar, filho...- Meggie respondeu.- Você a ama, só precisa admitir isso para si mesmo, e para ela.

— Ela não quer que eu a ame, vai por mim.- Castiel assegurou se afastando do balcão.- Está bem? Se ela quisesse que eu a amasse, ela não teria me afastado, ela teria conversado comigo, ela teria...

— Dito que te ama também?- Meggie perguntou.

— Teria ficado comigo.- ele terminou.- Não estou pedindo para ela me amar, mas fazia tanto tempo que eu não sentia o que eu sinto por ela, eu só queria ter um pouco mais de tempo para aproveitar isso. Queria que ela tivesse ficado comigo, nem que fosse por mais uma semana, só para me acostumar com a ideia de não poder tê-la para mim.

— Você pode ter, filho.- Meggie respondeu sorrindo docemente para ele.- Só deixe de ser tão cabeça dura e vá atrás dela, eu ouvi quando ela disse que sente sua falta. Diga como também sente dela.

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Elena corria para evitar que os ovos queimassem pois se distraiu, enquanto tentava arrumar os bombons, que havia comprado no dia anterior, em forma de coração na mesa. Ao conseguir finalmente terminar de montar a mesa, suspirou aliviada, e sorriu ao ouvir os saltos de sua mãe baterem contra o chão, e adorou ver o olhar surpreso dela quando adentrou a cozinha.

— Feliz dia das mães!- Elena exclamou a abraçando forte.- Eu te amo tanto.

— Ah, eu também te amo, filha. Você não precisava fazer tudo isso.- rose disse ainda abraçando a filha.

— Mas é claro que eu precisava, você merece tudo isso.- Elena disse depois de se afastar, e então pegou o buquê de rosas em mãos.- Eu comprei para você!

— Que lindo filha.- Rose respondeu pegando o buquê e tirando o cartão que havia entre as flores.- Vamos ver o que temos aqui, "Assim como a Rosa branca, espero um dia ser digno de você."- Elena se surpreendeu ao ouvir o que a mãe havia lido, Castiel mentiu sobre o que havia escrito, e uma parte dela dizia que ele não havia escrito aquilo para sua mãe.- Que lindo filha, mas você sabe que é digna de mim.

— Você é uma mãe tão incrível que nem consigo acreditar.- Elena respondeu sorrindo abertamente.

— Agora vamos tomar café, não quero me atrasar.- Rose disse enquanto se sentava a mesa, e logo Elena a acompanhou.

— Nem acredito que você vai trabalhar no dia das mães.- Elena reclamou.

— A empresa precisa de mim filha.- ela respondeu e a loira suspirou assentindo.- Você falou com o Castiel?

— Ele trabalha na floricultura em que eu fui.- Elena respondeu.- E eu nem sabia disso, ele me atendeu mas nem parecia que era ele, na verdade nem parecia que era eu ali.

— Ele está magoado, Elena. Pelo o que você me contou, ele não te vê mais só como uma amiga, e leva um tempo até aceitar que a outra pessoa não sente o mesmo, ou sente?- Rose indagou.

— Eu não sei está bem?- Elena perguntou frustrada.- Eu não queria me envolver com ninguém, não depois de tudo que eu vi acontecendo entre você e o meu pai. Mas quando eu estou com ele, é como se a minha vontade de não se envolver com ninguém, sumisse. Ele se aproximou de mim de um jeito, e não importa o que eu faço, não consigo tirar ele da minha vida.

— Então por quê está tentando fazer isso?- a mãe de Elena segurou a mão dela sobre a mesa.- Eu sei que o que você viu acontecer entre seu pai e eu, te afetou, e sei que não quer isso para você. Mas Elena, Castiel não é o seu pai, não tem problema o deixar entrar na sua vida, e não tem porquê tirá-lo dela. 

— Mas mesmo assim, eu já estraguei tudo, ele não quer falar comigo nunca mais.- Elena disse soltando sua mão e passando ela pelo rosto.- Eu consegui, eu fiz Castiel Madox me odiar.

— Ele não te odeia, eu já disse, ele está apenas chateado.- Rose repetiu para a filha.- Mostre a ele como se sente, conte a verdade para ele.

— Vou dizer que eu quis afasta-lo pois estou me apaixonando por ele?- Elena perguntou fazendo sua mãe sorrir.

— Não só isso, conte sobre seu pai, ele merece saber.- Rose respondeu.

Elena não respondeu a mãe, ela não sabia como, não podia dar a certeza de que iria realmente contar isso para Castiel, tinha medo de contar tudo o que aconteceu e ele agir por pena depois. Esse foi o medo dela desde o início, contar e receber o olhar de pena dele em troca, ela odiaria isso.

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Elena lavava a pouca louça que havia usado para preparar o café da manhã, sua mãe já havia saído para o trabalho, e sua mente se passava pela conversa de mais cedo, estaria sua mãe certa? Será que já estava na hora de contar para Castiel sua história? Ou ela estaria se precipitando? As perguntas vinham em turbilhão em sua mente, até que ela resolveu deixar de lado sua mente, e ouvir o que realmente seu coração dizia, e ele dizia que sua mãe estava certa, e acima de tudo, dizia que ela estava apaixonada por ele e que por isso, deveria confiar nele.

Ela não achou que seu coração iria assumir o controle de seu corpo também, mas quando se viu em frente a porta de Castiel as uma hora da tarde, percebeu o quanto estava errada, e quando sua mão bateu a porta, percebeu o quanto sua ideia havia sido insana, mas ela não sentia vontade de voltar atrás. Ela bateu uma, duas, três vezes, mas ninguém abriu a porta, e no momento em que se virou para ir embora, encontrou ele, com suas calças sujas de terra, os cabelos presos em um rabo de cavalo feito de mal jeito com um simples elástico, e um olhar confuso sobre ela.

— O que faz aqui?- ele perguntou ainda confuso.

— Eu tinha que conversar com você.- a loira respondeu andando e parando de frente para ele.

— Eu não quero conversar com você, não agora.- ele disse passando por ela e se dirigindo a porta, já tirando as chaves do bolso da calça, ele estava pronto para entrar dentro de casa, e Elena não podia deixa-lô fazer isso.

— Minha mãe amava o meu pai!- ela exclamou e ele parou o que estava fazendo, ficando apenas de costas para ela.- Minha mãe o amava, quando eu era criança, eu sei que sim. Mas depois que eu cresci, ele mudou. Se tornou violento e controlador, e nós dois nos afastamos depois disso, não tínhamos nem uma conversa direito.

— Por que está me contando isso?- Castiel perguntou se virando e não se afastou quando ela se aproximou.

— Minha mãe não se separava dele, pois ainda não tinha como nos manter sozinha- Elena prosseguiu ignorando a pergunta dele.- Mas um dia, eu havia acabado de acordar mas continuei deitada. Até que eu comecei a ouvir uma gritaria vindo do andar de baixo, e eu fui correndo até lá, quando eu cheguei eles ainda estavam gritando, e quando eu vi que ele levantou a mão eu...eu entrei na frente dela, e então ele...me...bateu.

— Como ele pode fazer isso com você?- Castiel perguntou com raiva se deixando, se aproximar da garota, que apenas negou com a cabeça, em resposta a sua pergunta.

— Depois disso, minha mãe recebeu a resposta de um emprego aqui, como a casa já estava decorada, só precisamos trazer as nossas coisas.- ela continuou a explicar.- Ela mandou os papéis do divórcio e por sorte ele assinou eles. Depois de tudo o que eu vi a minha mãe passar, eu não quis mais me envolver com ninguém, não queria ficar presa em um relacionamento como a minha mãe ficou.

— Nem todos os caras vão ser como seu pai, Elena.- Castiel disse e pois as mãos nos ombros da garota, fazendo um leve carinho.- Eu realmente sinto muito por tudo o que aconteceu, mas...por quê resolveu me contar isso?

— Porque esse é o motivo de eu ter me afastado, eu não consegui lidar com isso.- ela admitiu e se afastou colocando seus cabelos atrás da orelha.- E eu sinto como se fosse igual a ele, e eu não posso ficar com alguém sendo igual a ele, eu...

— Para!- Castiel exclamou a interrompendo.- Você não é igual a ele, não seja absurda. Você é a garota mais maravilhosa que eu já conheci na minha vida, nunca se compare com aquele homem.

Eles se olharam por um longo tempo, Castiel ainda segurava a garota pelos ombros. Até que o mesmo suspirou a puxando para um abraço apertado, Elena envolveu a cintura do rapaz com seus braços, afundando seu rosto no pescoço do mesmo, enquanto Castiel manteve seu rosto encostado nos cabelos da menina, respirando fundo, deixando que o cheiro de tuti-fruti - que era resultado do shampoo que a garota usava - entrasse em suas narinas, e os dois se permitiram relaxar nos braços um do outro.

— Por que decidiu me contar tudo isso?- Castiel perguntou ainda abraçando a garota.

— Pensei que se te contasse o porquê não quis continuar com o que havíamos começado, eu poderia ter você de volta na minha vida.- ela desabafou, se afastando dele.- Esse semana que ficamos sem nos falar, foi horrível. E eu senti uma sensação que eu não quero sentir nunca mais, só quero que você fique comigo, mas não sei se posso dar o que você quer.

— Elena, eu não te pedi em casamento, nem em namoro.- Castiel exclamou e suspirou.- Eu só queria estar com você, se você não queria algo sério era só me falar. Mas eu só queria ficar com você.

— Vai por mim, você não quer ficar comigo, uma hora eu vou ter que lidar com o meu passado, e se você estiver comigo, isso vai te afetar.- ela disse e encolheu os ombros.- Você não quer entrar nessa bagunça toda.

— Eu quero.- ele admitiu.- Elena, você não precisa lidar com tudo isso sozinha.

Ela se manteve quieta, pensando no que dizer para convencê-lo de que não deveria querer ficar com ela, mas tudo que ela queria era desistir desta ideia e dizer para ele o quanto ela era louca por ele, mas que não merecia alguém como ele. Ela pensava, "Se não fui capaz de merecer o amor do meu pai, como serei capaz de merecer o amor dele?", mal sabia ela o quanto estava errada. Castiel, notando o silêncio predominante no ambiente percebeu que havia algo errado.

— Por que você veio me contar isso, Elena?- Castiel perguntou sério, mas recebeu somente o silêncio de Elena.- Responde a pergunta.

— Eu já disse o porquê.- ela respondeu dando de ombros.

— Você não falou tudo- ele se aproximou dela, segurando seu braço.-, eu sei que você está escondendo alguma parte.

— Eu...não...alguma parte..?- ela se perdia em meio as suas palavras, a proximidade de seus corpos fazia com que ela não conseguisse pensar direito, ela respirou fundo para parecer convincente.- Eu já contei tudo, não tem nenhuma outra parte.

Castiel olhou nos olhos dela tentando decifrar se aquilo seria verdade ou não, percebendo que não conseguiria fazer com que ela contasse, ele percebeu quando o olhar da garota desceu para os lábios dele, e ele lembrou de como gostaria de beija-lá, mas decidiu que não era o momento certo.

— Acho melhor eu te levar para casa- ele disse se afastando.-, é dia das mães e você deixou a sua sozinha.

— Não precisa, você deve querer entrar logo para, preparar algo para a sua mãe.- Elena forçou um sorriso.- E a minha mãe, teve que ir trabalhar hoje.

— A minha mãe não vem pra casa, assim como em todos os dias das mães.- Castiel disse sorrindo irônico, e se sentando em um dos degraus que haviam em sua varanda.

— Quando ela parou de vir?- Elena perguntou se sentando ao lado dele, ela não queria ir embora.

— Quando eu tinha quinze anos.- ele respondeu e suspirou.- Eu lembro de ter ficado esperando ela na cozinha, com flores e chocolate. Até que ela me ligou e disse que ia precisar trabalhar em um vôo que iria para a China, depois disso foi sempre um vôo diferente do outro.

— Eu sinto muito.- Elena disse olhando para o chão a sua frente.

— Ah, é só o dia das mães.- Castiel respondeu desdenhando.

— É mas, eu sei que deve sentir falta dela, e do seu pai também. Eu não consigo nem ficar um dia longe da minha mãe que já acho que vou pirar, nem sei como você consegue.- ela comentou e logo percebeu o que havia dito.- Desculpa, é claro que você não consegue...

— Na verdade consigo...- ele a interrompeu.- Foram tantos dias das mães, dos pais, natais, ano novo, aniversário, que eu nem sei mais como é ter eles aqui...

— Mas eles ainda são seus pais.- Elena completou.- Você ainda os ama, e isso te afeta.

— É, isso me afeta.- ele admitiu pela primeira vez em muito tempo.- Eu queria eles aqui quando subi no palco a primeira vez com o Lysandre e o Nathaniel, queria eles aqui quando descobri tudo sobre a Debrah. Eu queria eles aqui no meu aniversário, mas sempre tem mais uma droga de vôo, ou ficaram empacados no último aeroporto em que pararam. Parece que o avião é filho deles, não eu. Nem parece que se importam comigo.

— Ei, não fala isso.- Elena disse se aproximando e se arriscando a passar a mão pelos cabelos rubros dele, que por sorte aceitou o gesto.- Eles te amam, e eu tenho certeza que é tão difícil para eles não poder estar aqui quanto é para você.

Ela continuou acariciando os cabelos dele, mesmo depois dele virar seu rosto para olhar nos olhos dela, por um instante o coração da garota parou quando o viu se aproximar, mas ela relaxou quando o mesmo apenas encostou sua cabeça em seu ombro esquerdo, suspirando logo em seguida.

— Promete que nunca mais vai ficar sem falar comigo, e sumir sem me dizer o que está acontecendo?- Castiel perguntou ainda na mesma posição, e sorriu de leve ao sentir a garota voltar a acariciar seus cabelos.

— Eu prometo.- Elena garantiu e sorriu de leve.

E então veio novamente aquele sentimento dentro deles, o sentimento de calmaria, de que não precisavam temer nada naquele momento. E pela primeira vez, em muito tempo, Castiel sentir que realmente estava tudo bem.

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— Como conheceu a Meggie?- Elena perguntou enquanto os dois andavam lado a lado em direção a casa de Elena, Castiel havia insistido para acompanhá-la.

— Foi no aniversário da minha mãe no ano passado, eu fui comprar algumas flores, pois minha mãe havia dito que viria para casa, e eu estava bem animado. A Meggie me ajudou a escolher as flores, e nós conversamos um pouco.- Castiel respondeu, sorrindo enquanto se lembrava.- Alguns dias depois, eu estava voltando do Crisp's e decidi ir ver como ela estava. Lembro dela ter ficado tão feliz por me ver, ela me disse que precisava de um ajudante na floricultura. E eu me ofereci para ajudar ela, mas como meus pais me enviam dinheiro todo o mês, não achei certo cobrar algum salário dela, então eu apenas a ajudo. Não todo o dia por conta da escola, mas a ajudo bastante.

— Isso é muito legal da sua parte- Elena comentou sorrindo de canto.-, sabe eu sempre admirei essas pessoas que ajudam os outros, ela fazem parte de algo. Eu sempre quis fazer parte de algo assim.

Eles já haviam chegado a casa de Elena, e agora só se mantinham parados de frente um para o outro na varanda, de frente a porta. Eles possuíam um olhar feliz, estavam contentes por estarem conversando de novo, mas uma questão saltava em suas mentes, "Éramos amigos?". Castiel não sabia mais como ser apenas amigo dela depois de tudo, e ela também não sabia como ser amiga dele depois do que sentiu.

— Sabe, às vezes eu não consigo dar conta do trabalho com a Meggie, se estiver interessada, você pode ir comigo na próxima vez.- Castiel deu a ideia e recebeu um grande sorriso da loira.

— Eu iria adorar.- Elena concordou ainda sorrindo, e o ruivo retribuiu com outro sorriso.

— Sobre as coisas que você me contou- Castiel iniciou o assunto.-, obrigada, por confiar em mim.

— De nada.- Elena respondeu sorrindo fraco.

Os últimos raios do sol, chamaram a atenção dos olhos de Castiel, fazendo com que ele nem notasse quando Elena aproximou seus corpos, mas quando seu olhar voltou para ela, seus olhos desceram em direção a sua boca. E quando a garota se aproximou, ele fechou seus olhos se preparando para um beijo, que logo veio. As mãos do rapaz foram em direção ao rosto da garota, os segurando e acariciando levemente, enquanto as dela foram em direção a nuca de Castiel, puxando levemente os fios rubros que haviam lá. Após alguns segundos, seus lábios se afastaram, e logo Castiel puxou levemente o lábio inferior dela por entre os lábios.

— Por que isso?- ele perguntou sorrindo de canto.

— Eu não sei...- ela passou levemente a língua por entre os lábios.- Mas por algum motivo, quando eu olhei para você, eu quis...muito fazer isso.

Eles sorriram uma para o outro, e então ele a puxou para outro beijo, do qual foi prontamente retribuído, quando se separam, Castiel ainda possuía um sorriso no rosto, e Elena suspirou lembrando que deveria entrar.

— Acho melhor eu entrar, minha mãe, vai chegar daqui a pouco...- ela falava ainda sem jeito.

— Tudo bem, eu preciso ir embora, também.- Castiel concordou ainda sorrindo de leve.- A gente se vê, amanhã na escola?

— Claro!- Elena afirmou animada.- É, a gente se vê amanhã.

— Tchau!- ele acenou descendo a escada e indo embora.

— Tchau.- ela murmurou sorrindo enquanto fechava a porta.

Ela caminhou lentamente em direção a cozinha, pegando um copo de água, ainda com o sorriso em seus lábios, estava já pronta para pisar no primeiro pé da escada, para se jogar na cama e ficar por lá o resto do dia.

— Oi para você também, filha.- Elena se controlou para não derrubar o copo que segurava.

— Droga, mãe!- reclamou se virando e indo em direção a mesma que estava na sala.- Da próxima vez, avisa quando estiver na sala e eu estiver distraída.

— E essa distração tem haver com o ruivo, que estava na nossa varanda a alguns minutos atrás?- Rose perguntou sorrindo animada.

— Talvez...- Elena respondeu sorrindo feliz.

— Se acertaram?- ela perguntou e Elena assentiu sorrindo.- Disse que está apaixonada por ele?

— Pensei em deixar isso para outro dia.- Elena respondeu se sentando no sofá, e colocando o copo sobre a mesinha de centro.

— Qual é? Pensei que você ia deixar de frescura.- Rose bufou.

— Não é frescura.- Elena disse jogando uma das pequenas almofadas, que havia no sofá, na sua mãe.

— Inventaram outro nome para isso?- rose perguntou rindo levemente.- Querida, o cara tá na sua, por quê enrolar mais?

— Não estou enrolando mãe, só não quero me precipitar.- Elena disse colocando o cabelo atrás da orelha.

— Não vai estar se precipitando, ele está quase dizendo o mesmo, isso já está escrito na testa de vocês.- Rose respondeu dando de ombros.

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No outro dia...

Ao entrar pelos portões de Sweet Amoris, seus olhos correram pelo pátio, até encontrar seus amigos próximos a porta que dava de cara no corredor principal da escola. Se aproximou animada e fez com os dedos, sinal de silêncio para Rosalya e Melanie, que a viram chegar, e então pulou nas costas de Castiel, que sorriu ao perceber quem era.

— Bom dia, macaquinha.- ele brincou.

— Bom dia, árvore.- Elena brincou de volta, mas mesmo assim não desceu das costas dele.

— Vocês se acertaram?- Cassidy perguntou animada.

— Podemos dizer que sim.- Castiel respondeu e sorriu.- Agora se nós são licença, temos aula de química.

E com isso ele saiu correndo com a garota em sua costas, que ria enquanto tentava se segurar para não cair, ele a colocou no chão quando já estava perto da escada, e riu ao ver o quão bagunçado estava os cabelos dela.

— Não faz nem um dia que voltamos a nos falar, e já está tentando me matar?- Elena perguntou brincando com ele.

— Só queria ter mais, privacidade.- Castiel respondeu sorrindo de lado, e se aproximando.- Vai me dar o fora dessa vez?

— Não.- ela riu.

Então ele a beijou, e novamente eles tiveram aquele sentimento estourando no peito, mas quando suas bocas se separaram, de novo não disseram o que sentiam. Apenas sorriram um para o outro, pois estavam felizes.


Notas Finais


Gostaram? Amaram? Odiaram?
Digam o que acharam, comentem e favoritem.
Amo vocês
Mais uma vez obrigada por tudo
Kisses


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