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História Do you wanna see jellyfishes? - Capítulo Único


Escrita por: Tanaka-kun

Notas do Autor


Olha eu aki de novo <3 estou um pouco atrasada com as ones, mas faculdade né...sabem como é... i.i

Agora estou trazendo uma com nosso lindo e fofo Clear <3

Espero que gostem assim como eu gostei de escreve-la :3

Capítulo 1 - Capítulo Único


Fanfic / Fanfiction Do you wanna see jellyfishes? - Capítulo Único

   

O som da água do mar batendo nos rochedos o acalmava. O vento batia em seus cabelos albinos, trazendo-o uma sensação de paz, como se pertencesse a aquele lugar. A sensação de seus pés tocando a areia molhada era única. Estava um pouco fria, e as leves ondas provocadas pelo vento chocavam-se contra sua pele. E principalmente a vista do belo mar aberto o encantava de tal maneira, que saíra da cidade grande para viver na costa, onde poderia olhar todos os dias para o mar.

 

   Clear - como era chamado - tinha um sonho, desde pequeno, de ver águas vivas. Daquelas bem grandes, dignas dos documentários que assistia na TV. Seu avô, que cuidara de si desde pequeno, contava histórias e fatos sobre estes seres, que o fizera ter tamanha paixão. Achava inacreditável em como os corpos delas eram compostos de noventa e oito por cento de água, alem de serem consideradas quase imortais.

 

   Moveu-se até o pequeno porto onde havia alguns barcos de pesca. Clear gostava muito de mergulhar no mar e pescar, fazia-o se lembrar do avô quando ele ainda era uma pequena criança e morava naquela região beira-mar, na ilha de Midorijima. Ele tinha um barco de pesca, e sempre o levava para conhecer as pequenas ilhas isoladas e silvestres, além das famosas cavernas subterrâneas que existiam ao lado de Midorijima. Pulou no barco que ganhara de herança do avô. Mesmo após sua ida à cidade grande logo após sua morte, ele nunca seria capaz de vender o barco que seu avô tanto prezava e se orgulhava.

 

   Ligou o motor e ouviu o característico ronco que passara tanto a gostar. Afastou-se do porto, dirigindo exatamente para onde seu avô o levava. As pequenas ilhas isoladas na costa de Midorijima. Clear gostava muito de ir lá quando precisava relaxar e pensar, ou se lembrar de seu avô, mas também quando queria mergulhar no mar. Adorava estar em contato com as águas.

 

    Boatos cercavam aquelas ilhas. Inúmeros relatos de naufrágios e desaparecimentos misteriosos ocorriam naquela região. Até hoje, contam os boatos, nenhum que se aventurou por aquelas ilhas durante a lua cheia, retornou para contar a história. Alguns poucos corajosos pesquisaram o local durante o dia, mas nunca encontraram nenhum vestígio. Outros já diziam terem visto criaturas estranhas e sombrias naquelas águas. Felizmente, Clear nunca foi de acreditar no sobrenatural, por isso nunca deu ouvido a tais boatos e continuou a ignorá-los. Na verdade, ele gostava de tais boatos, assim aquelas ilhas se manteriam intocadas, além de continuarem sendo seu refúgio secreto.

 

   Sorriu ao perceber que tinha companhia durante o caminho. Três golfinhos pulavam na água, nadando como se estivessem competindo corrida com o barco. Não pode deixar de olhá-los com admiração. Ao perceber que havia chegado onde queria, desligou o motor e ancorou o barco. Estava a uns poucos metros da praia. Colocou a roupa de mergulho, assim como todos os acessórios que precisaria, incluindo o cilindro de oxigênio, e pulou na água.

 

   Não havia coisa que ele gostava tanto quanto ver o fundo do mar. Os corais coloridos mostravam a vida que desabrochava ali, tal como os peixes de diversas cores e espécies. Tubarões brancos nadavam mais afastados de onde estava, mas Clear não tinha medo. Observou as cavernas subterrâneas um pouco mais afastadas, eram um pouco escuras e tinham várias bifurcações. Ele já havia se atrevido a contemplá-las e qualquer um que não tenha um bom senso de direção se perderia fácil lá dentro. Mas ao observar com atenção viu algo que o deixou surpreso e ao mesmo tempo um pouco assustado.

 

   Uma cauda.

 

   Não era de nenhuma espécie conhecida por ele. Parecia ser a mistura de uma cauda de golfinho com a de um peixe. Era de um belo tom de azul Royal, e balançava graciosamente. Pena que esta sumiu rapidamente, entrando nas cavernas. Clear nunca tinha visto nada do tipo, e a curiosidade não demorou em preenchê-lo. Nadou até o local, não encontrando a criatura misteriosa. Ele iria ficar bem, conhecia aquelas cavernas desde pequeno, não iria se perder, e também queria muito encontrar tal criatura.

 

   Continuou a procurá-la durante a tarde toda, e nem havia percebido as horas passarem, então decidiu voltar para o barco. O sol já havia se posto, e a noite já começara a mostrar sua graça. Clear estava bastante cansado e não hesitou em deitar e cochilar ali mesmo no barco. Geralmente ele voltava para casa antes de cair à noite, já que aquele local ficava realmente muito escuro. Mas por algum motivo, dessa vez não voltou.

 

   Abriu os olhos e a primeira coisa que viu foi ela. A lua, que governava cheia lá no alto.

 

   Ah, era lua cheia.

 

    Parecia ainda mais bonita do que costumava ver. Era magnífica. Estava toda branca, como se a cor a estivesse envolvido como um manto. Estava tão grande que teve a impressão de que o corpo celeste estava a palmos de distância da Terra. E podia enxergar suas imperfeições, pintadas em diferentes tons, desde os mais escuros até os mais claros. Porém, essas imperfeições não a deixavam menos bela, apenas completavam sua verdadeira perfeição. Seu brilho prateado refletia na água cristalina, inteirando o encanto sombrio daquele lugar.

 

   Levou sua mão até ela, como se a pudesse tocar. Sua pele alva e seu cabelo branco refletiam a luz da lua. Uma estranha sensação de paz se apossou de si e Clear apenas fechou os olhos, apreciando as leves ondulações no barco. Ele não acreditava nos boatos, nem em desaparecimentos ou criaturas estranhas sob a lua cheia, embora algo dentro de si lhe falasse o contrário. Mas ele não podia negar que aquela sensação era mágica.

 

   Yura yura yurameku nami no ma ni

   Kira kira kagayaku koe wa tada yure kanata e to

  

   Sua voz ecoava belamente. Essa era uma canção que seu avô lhe ensinara, então quando menos percebia, já estava a cantando. Era sobre águas vivas. Continuava cantando, mas calou-se ao ouvir outra voz que se juntara à sua. Era serena e graciosa, e o encantara no mesmo instante, como se pudesse largar tudo e viver o resto de sua vida apenas a escutando. Abriu os olhos, tentando ver de onde vinha o som, mas não encontrou nada além do reflexo da lua no mar. Logo a voz parou, e um desespero para ouvi-la de novo se acomodou em seu coração. Por isso, continuou a cantar, rezando para que ela voltasse a cantar.

 

    Yume miru kurage wa uta utau yo

    Yasashii umibe de nemu ru

 

   Um sorriso involuntário se abriu em seus lábios ao ouvir a mesma voz voltar a cantar, e esta parecia estar mais perto e mais alta. Sentia seu coração batendo rápido, mas não sabia o motivo. Levantou-se, enquanto encarava o reflexo da lua no mar, como se estivesse esperando ela vir até si. Um espirro na água a sua frente lhe chamou a atenção. Uma cauda? Mas sua atenção novamente fora desviada quando o barco deu uma leve tombada para o lado oposto para onde estava virado. E assim que se virou, perdeu completamente o fôlego, sendo incapaz de dizer uma simples palavra.

 

   A primeira coisa que viu foram olhos dourados, que lhe encaravam como se quisessem ler o mais profundo de sua alma. Longos cabelos azuis lhe molduravam o rosto, destacando ainda mais o dourado de seus olhos. A pele alva, tão alva quanto a sua própria, estava molhada e refletia a luz prateada da lua, tornando-a tão convidativa ao toque. Mas o que realmente lhe chamara a atenção, era a longa cauda azul Royal que balançava graciosamente atrás de si, fazendo pequenos redemoinhos na água conforme se movia.

 

   Clear estava encantado. Tanto pela beleza daquele ser à sua frente, quanto ao fato de este parecer humano, mas não o era. Saiu de onde estava, andando a passos lentos como se evitasse assustá-lo, e chegou perto dele. Ele não conseguia acreditar no que seus olhos estavam vendo. Observou-o abrir lentamente a boca, e no minuto em que começara a cantar, sabia que já havia se perdido complemente.

 

   Nada passava por sua cabeça além daquela voz. Ela o tragava para outro mundo, como se nada mais importasse, como se sua vida dependesse de ouvi-la. Via os lábios dele se mexerem devagar, e seus olhos estavam presos, parecia não conseguir encarar nada além deles. Estava enfeitiçado, e já não havia saída. Ouviu a mesma voz na sua cabeça, juntamente com a canção, mas desta vez estava conversando consigo.

 

   — Você quer ver as águas vivas?

 

   — Sim.

 

   Aproximou-se dele, tão perto que podia reparar em cada detalhe daquela íris dourada. Sentiu sua mão ser tocada por outra. Era tão macia e aveludada, não queria que aquele toque acabasse jamais. Percebeu sua mão entrar na água, mas como? Ele estava dentro do barco... ele só estava segurando a mão dele... E lentamente seus braços começaram a entrar na água, mas estava seduzido por aquela voz, tanto que não notara o fato de estar sendo puxado em direção ao mar. Só queria tocá-lo e ouvir sua encantadora voz.

 

   — Eu posso te mostrar as águas vivas...

 

   — Eu quero vê-las...

 

   — Você ficará muito, muito feliz em vê-las...

 

   — Sim. Muito, muito feliz...

 

   Seu corpo já estava quase fora do barco. Viu-o se aproximar mais de si, e seus lábios se juntaram em um doce beijo. Era incrível a maciez de seus lábios, podia se comparar ao toque das pétalas de uma rosa. Clear seria a pessoa mais feliz do mundo se pudesse ficar ali assim, para sempre. Fechou os olhos, queria aproveitar cada toque, cada gosto que sentia daqueles lábios. Nem mesmo quando fora puxado para fora do barco, e agora completamente submergido na água, ele não iria se separar daquele beijo. O ar faltou de seus pulmões, que queimavam implorando oxigênio. Sentiu seu corpo começar a ficar amolecido, e sua mente se embranquecer. Estava morrendo? Seu corpo, cada vez mais, era puxado para baixo. A lua, que antes dera sua graça, já não era mais visível lá no fundo.

 

   A última coisa que viu, antes de toda sua consciência ser tomada pelo vazio, era a bela cauda azul que se movia graciosamente na água.

 

   Clear nunca mais fora visto. Havia sido declarado desaparecido. Seu barco havia naufragado perto das ilhas isoladas de Midorijima e nunca fora encontrado. Nem mesmo seu corpo, que suspeitavam estar naquelas redondezas, jamais fora encontrado. Os boatos voltaram mais fortes do que nunca, e desta vez, quem passasse perto daquelas ilhas durante a lua cheia, podia escutar duas belas vozes ecoando na água sob a luz da lua.

 

   Yura yura yurameku nami no ma ni


Notas Finais


Eu amo sereias <3 e eu cheguei a conclusão, em uma bela noite sem sono, que o Aoba é uma sereia sem cauda :v Raciocinem comigo: ele tem uma voz que atrai os homens — as sereias tbm —, e dps o Slyblue quebra a mente deles com o Scrap — as sereias afogam os marinheiros e naufragam os barcos —. Viram? Igualzinho kkkkk Parei xD

Não sejam timidos e me digam o que acharam :3 ficaria muuito feliz com os comentarios de vcs <3

E para qm está lendo hj, boa noite de lua cheia muahahahah *cof* parei *cof*


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