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História Doce Amigas Para Sempre - Primeiro Dia


Escrita por: BarbaraLion

Notas do Autor


Baseado em dramas pessoais e de amigos, para que menos adolescentes sejam tão confusos quanto eu fui!

Capítulo 1 - Primeiro Dia


Essa história se passa no interior dos muros da tradicional escola fundamental Alfa, na qual estudam os filhos da respeitável e distinta elite campinense baixa. 

 

O Primeiro Dia

 

Campina Baixa, alguma segunda-feira do mês de fevereiro do ano de 2003. Primeiro dia de aula. A expectativa era tanta que mal havia dormido na noite anterior. Os adultos costumam considerar a passagem para o ano novo como o marco para corrigir velhos comportamentos e adotar uma nova postura em busca de um objetivo, as famigeradas “resoluções de ano novo”, quase nunca cumpridas. Para mim, com 13 anos, o momento para implementar verdadeiras mudanças era o início do ano letivo. Não que alguém precise de uma data e motivo para querer se reinventar, mas acho importante ter uma data simbólica que te obriga a fazer o balanço da sua existência até então. 

E, nessa época, precisava acontecer tanta coisa na minha vida ainda! Eu sonhava em ser uma garota mais bonita, mais popular e com notas melhores. Não me considerava boa o suficiente, e sempre me projetava no futuro como uma garota articulada, engraçada, com sacadas inteligentíssimas e hipnotizantemente linda até nos mais singelos movimentos (nessa idade, ainda não tinha percebido que isso somente era possível por causa do jogo de câmera usado pelo cinema e pela televisão, e acreditava mesmo que alguém pudesse ser, na vida real, graciosa, ou sexy, sempre, até comendo hambúrguer de dois andares com molho).

Por enquanto, eu me virava com o que eu tinha. Pedi para minha mãe alisar o meu cabelo para que eu ficasse mais bonita no primeiro dia de volta às aulas. Meu cabelo era imenso e eu achava horrível. Por isso, na maioria dos dias, eu o usava preso em um rabo de cavalo bem no alto da cabeça, mas o primeiro dia merecia uma produção especial. Também vesti tênis novos, com cores suficientemente chamativas, para que eu pudesse me destacar mesmo usando o uniforme igual o de todo mundo. Na verdade, todo o meu uniforme e material escolar eram novinhos, só a mochila cor de rosa, que era enorme para o meu tamanho, e já estava meio surrada, continuou para esse ano.

 Minhas expectativas para 2003 eram: ficar mais arrumadinha, fazer todas as lições de casa (isso era realmente um problema), fazer novas amizades (talvez conseguir mais de 200 amigos no Messenger), mas, principalmente, me apaixonar. Eu precisava desesperadamente encontrar um cara que eu pudesse amar. Sentia que o amor e o desejo, em toda a sua intensidade, já estavam dentro de mim, mas faltava o objeto a quem deveria direcioná-los. Precisava conhecer um garoto que desse sentido a toda essa vontade, inexplicável e irreprimível, de fechar os olhos e se perder, sem os receios que nos circundam todos os dias sobre quase todas as coisas. Quando somos adolescentes não racionalizamos o amor, não procuramos o outro por medo da solidão, para nos sentirmos realizados pessoalmente, por dinheiro, ou para termos filhos, porque, nessa idade, tudo ainda é provável e possível, mas para transbordar a paixão que sentimos, não tanto pelo ser amado, mas pela vida, por todas as experiências e emoções que ainda ansiamos viver e sentir.

Enquanto essa pessoa incrível não aparecia, canalizava todo o meu amor no Kayky Brito, ídolo teen da época, que eu achava lindo demais, ou, às vezes, no Guilherme Berenguer, protagonista da vez do – interminável – seriado Malhação, mas ele era mais da minha amiga do que meu. Também sonhava vivendo o amor dos outros, por meio dos filmes de comédia romântica e dos livros de paixão adolescente.

Depois de transcorridos dois meses das férias de verão, passados quase na sua totalidade dentro de casa, sem nenhum incidente que mereça ser relatado, eu estava de volta ao imponente Colégio Alfa, frequentado pela distinta elite campinense baixa.

***

Não sei por que criei tanta expectativa, tudo estava igual, como eu havia deixado no ano passado. Apenas um ou dois professores diferentes. Nenhum aluno novo no meu ano, para a frustração dos meus delírios amorosos. E ainda descobri que eu me incluía entre os poucos alunos que não foi para a Disneylândia em dezembro.

No entanto, não posso negar que foi muito bom rever os velhos amigos de sempre, que me acompanham desde o maternal: Mariano, Daniela e Catarina.


Notas Finais


Espero que quem leia encontre verdadeiros amigos nessas páginas!


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