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História Doce Kyung Soo - Foi na primavera...


Escrita por: GodKyungSoo

Notas do Autor


SongFic KaiSoo baseada na música sweet caroline...

É uma das minhas primeiras fics do gênero lemon então espero que gostem.

Capítulo 1 - Foi na primavera...


Fanfic / Fanfiction Doce Kyung Soo - Foi na primavera...

Foi na primavera...

O frio ainda não havia ido embora quando o despertador tocou me jogando para fora de meus sonhos e me lançando em uma realidade solitária e ácida. Era sábado e a neblina cobria toda a cidade embora a primavera já houvesse chegado o mundo parecia ignorar essa informação... Vesti meu moletom, meu tênis de corrida e o capuz para então sair de casa deixando meu apartamento vazio. Corri para o parque e respirei o ar polinizado que só aquela estação era capaz de trazer. Corri rápido durante o maior tempo possível, minha roupa grudava com o suor frio que escorria do meu rosto. Eu estava exausto quando o sol apontou no céu deixando o mundo azul e vermelho...

Andei em direção a minha cafeteria preferida e me sentei perto do balcão, pedi um suco e torradas e fiquei observando os casais que pareciam brotar do inferno como as flores do chão. Eu me sentia amargo...

A garota com quem eu viverá nos últimos três anos havia ido embora, me deixando apenas um bilhete. Uma frase tinha sido o bastante para ela, eu não... Uma frase foi tudo o que nosso relacionamento significou para ela. E machucado do modo como eu estava toda e qualquer demonstração de afeto parecia um ataque direto a mim.

Eu era atraente, tinha dinheiro e popularidade e mesmo assim não tinha sido o suficiente para ela... Eu poderia ter todas as mulheres do mundo e agora eu teria, como minha vingança particular eu concertaria meu coração com os cacos do dela.

E a primavera tornou-se verão

Tudo mudará, todas as noites um mulher diferente em minha cama, todas as noites um nome diferente para lembrar e depois esquecer... Eu ainda acordava sozinho, eu ainda corria no parque e tomava o café da manhã no mesmo lugar. Mas agora eu já não lembrava dela com dor, todas as brigas, as birras e os momentos ruins tinham ido embora. Eu apenas me divertia sem compromisso de ter de aguentas as lamentações de uma mulher vazia... Eu me tornará vazio, não intelectualmente vazio como ela, mas sentimentalmente vazio como todos aqueles que se tornam incapazes de sentir seja amor ou raiva de alguém.

O verão chegou quente e úmido e enquanto minhas manhãs eram solitária e escuras minhas noites eram regadas a mulheres, musica e álcool.

Meu amigo Sehun me levava as festas mais caras e disputas. As mulheres faziam filas para passar uma única noite comido enquanto eu bebia e enchia a cara incapaz de lembrar seus nomes verdadeiros e chamando a todas por um apelido qualquer e universal. Eu ria, me esbaldava e dançava com um deus, eu era capaz de seduzir as mulheres mais lindas e causar inveja em todos os tolos que caiam de amores por elas que queriam apenas a mim. Mas eu era vazio e mesmo que sentisse preenchido com essas tolices, era apenas momentâneo e cada vez menos duradouro.

Quem teria acreditado que você viria...

A metade do verão já se fora e eu perdia gradativamente meu interesse por álcool ou festas. As multidões me faziam me sentir cada vez mais solitário e aflito, por consequência me isolando do mundo.

Eu não ouvira o despertador tocar e acordará tarde de mais para correr o que significava que só me restava tomar banho e improvisar nesse desvio de rotina nada costumeiro ou agradável. A água quente me fazia relaxar, minha pele morena ficava vermelha pelo calor excessivo e persistente e o banheiro se enchia de vapor deixando o box e os espelhos embasados. Eu só podia ver uma sombra de mim e ela ainda era bonita. Eu gargalhei com meus pensamentos tolos e me senti de bom humor pela primeira vez em muito tempo, talvez tivesse sido a boa noite de sono ou simplesmente o mundo estivesse sendo favorável para Kim Jong-in.

Subi a rua de vagar, o sol brilhava forte no céu e tudo parecia quente de mais até mesmo para o verão. Cheguei na cafeteria como de costume e sentei-me em uma mesa, mais uma vez quebrando a rotina. Pedi o especial da casa para o almoço e enquanto esperava eu senti um perfume doce...

Fiquei tentado a não olhar, mas era irresistível e instintivamente eu me vi encarando olhos grandes e negros, um nariz pequeno e delicado em conjunto com uma boca perfeita em formato de coração. Era um menino bonito, até eu que nunca sentirá atração por homens me senti completamente caído perante sua beleza. Sua pele branca o fazia parecer um anjo e eu fiquei tentado a perguntar seu nome, mas ele simplesmente se levantou e foi embora e eu fiquei ali fitando aquela criatura pequena e magnífica que despertará em mim um sentimento bastante conhecido e ainda assim diferente.

Mãos, mãos se tocando, estendidas

Me tocando, tocando você

Ah, doce...

Meus sonhos tinham sido um tortura e um deleite, o pequeno de olhos grandes e misteriosos havia me visitado durante a noite, em meus sonhos eu podia possuí-lo, em meus sonhos ele gemia meu nome, embora agora eu não consiga me lembrar de sua voz, em meus sonhos eu o beijava e era correspondido, suas pequenas mãos me tocavam em cada ponto sensível e me sentia em completo êxtase... Eu acordará afoito suando e tremendo, minha ereção ainda era evidente e eu precisava de alivio. Caminhei até o banheiro e liguei o chuveiro, a água quente relaxava meus músculos tensos enquanto minha mão descia vagarosamente até meu membro excitado, o segurando com força fazendo movimentos vagarosos para cima e para baixo e então cada vez mais rápido até me sentir gozar com ele em meus pensamentos. Imoral... Eu me senti sujo por pensar nele daquela forma. Mas me sentia louco com a simples lembrança de seu rosto.

Bons tempos nunca parecem tão bons

Voltei a cafeteria todo os dias esperando encontra-lo, mas ele não veio e a cada dia que passava sua lembrança me enlouquecia ainda mais.

Eu precisava encontra-lo, aquele pequeno demônio de olhos escuros e sedutores não poderia escapar de mim. Eu precisava tê-lo nem que fosse por uma única noite ou sua lembrança se perderia e meus sonhos se dispersariam a ponto de esquecê-lo.

Eu estive propenso a acreditar que eles nunca seriam

O tempo parecia paralisado, os segundos se tornavam horas, e os dias semanas, eu estava preso em um mundo paralelo e vagaroso e a única coisa capaz de me tirar dessa prisão era ele, que desaparecerá da minha vida antes mesmo de chegar. Eu estava prestes a desistir de procura-lo quando entrei na cafeteria e o vi sentado sozinho em uma mesa de canto com a cara enfiada e em um livro... Ele não notou minha presença do modo como notei a dele e não desviou os olhos de suas palavras mesmo quando eu me sentei em sua mesa de frente para ele, de frente para meu pequeno demônio de olhos grandes e escuros.

Ele lia “O Poema Sagrado de Dante” ou Divina Comédia para os leigos. Concentrado com seus pequenos óculos redondos e sua pele branca de porcelana, sua boca movia-se com o sabor das palavras, um desenho perfeito de um coração carnudo e vermelho, convidativa e atraente eu só conseguia pensar em beija-lo, morder seu doce lábio cor de morango e sugar toda a doçura que ele poderia ter.

Eu me tornava impaciente a medida que o tempo passava e eu continuava a ser ignorado... Antes que meu coração pulasse de meu peito e fugisse de mim para sempre eu tossi para chamar sua atenção. Seus olhos enormes se ergueram para encontrar os meus, seus olhos negros eram como um lago sem fundo na escuridão, indecifrável e cativamente, doce de uma maneira muito sensual.

“Quanto mais perfeito é algo, mais dor e prazer sentimos.” Disse eu repetindo as palavras de Alighieri, a frase se encaixava perfeitamente com ele  e com a situação em que ele me colocará. E também parecia-me uma boa maneira de começar um conversa.

-Como?

-É um trecho de Dante.

-Eu sei.

Ele continuou a me fitar com um semblante questionador e eu senti o meu mundo girar por não despertar nele o sentimento que ele despertava em mim. Ele me olhava calado e eu me senti pela primeira vez na vida intimidado.

-Eu gosto desse livro.

-Eu também.

-Qual é o seu nome?

Ele ergueu uma sobrancelha e eu me senti rude por não ter me apresentado, ergui minha mão para ele com meu sorriso mais confiante e poderoso.

-Eu sou Kim Jong-in.

Ele ponderou durante algum tempo e então segurou minha mão com força. Sua pele era delicada mas seu aperto era forte e por um segundo eu senti uma corrente elétrica passar do corpo dele para o meu e então um choque. Ele tirou sua mão assustado, e olhou para ela por alguns segundos para então me entregar novamente receoso, sua mão era pequena e delicada, seu toque era macio e apaixonante e eu ansiava por mais.

-Do Kyung Soo.

Ele sorriu quando eu repeti o seu nome como que para memoriza-lo embora ele já estive gravado em mim mais fundo do que ele suspeitava.

Conversamos sobre Dante, sobre sua obra e sua estrutura tão afiada e maravilhosa, citando seus versos mais sombrios e apaixonantes  até perceber que a noite já chegará e nos havíamos passado a tarde toda juntos sem se quer ver o tempo passar.

Quando nos percebemos no mundo novamente ele se levantou apressado se despedindo rapidamente e com poucas palavras, antes que ele saísse pela porta eu segurei-o pelo braço, ele se virou e nossos olhos se encontraram,  nossos rostos tão juntos que eu podia sentir sua respiração e o cheiro do perfume que me cativara da primeira vez que eu o virá. Eu senti meu corpo se desmanchar, quis puxa-lo para mim, abraça-lo, beija-lo e leva-lo para minha casa, mas tudo que fiz foi sussurrar.

-Posso te ver amanhã?

-Amanhã...

Sua voz era fraca e ele parecia prestes a gaguejar... Eu enfiei a mão no bolso de sua jaqueta, onde o vira guardar um marca texto, ele se assustou com o gesto inesperado, eu tirei tampa com a boca, ainda com medo de soltá-lo e escrevi meu numero em sua mão, orando para que ele me ligasse.  Quando em fim tive coragem de tirar minhas mãos dele, o vi virar e desaparecer mais uma vez para longe de mim.

Em casa eu tomei um banho demorado, vê-lo partir mais uma vez me fez sentir o peso do mundo sobre os ombros e eu me sentia exausto. A água levava a tensão muscular, mas era incapaz de apagar o toque daquelas mãos pequenas e macias que pareciam queimar em minha pele quente.

Eu deitei na cama com um sorriso idiota no rosto, eu me sentia nervoso, ansioso, esperançoso... Milhares de sentimentos brigavam em meu interior como demônios tentando conquistar um maior espaço ou o lugar mais elevado. 

De olhos fechados eu lembrava dele, do contorno do seu rosto delicado, da cor da sua pele branca, da escuridão de seus olhos infantis, do vermelho da sua boca perfeitamente desenhada... do toque de suas mãos pequenas e fortes...

O telefone vibrou, a tela brilhou indicando que havia uma mensagem... um número desconhecido fez meu coração parar e minha cabeça girar. Eu peguei o celular em um pulo me sentando na cama e errando duas ou três vezes antes de desbloquea-lo. 

Obrigado pela companhia.
 “O tempo passa e o homem não percebe.”.

Meu coração batia rápido e tão forte que machucava meu peito, mas era uma sensação boa... meu estomago parecia estar vazio... como se um buraco negro tivesse se estalado ali e meu rosto era dominado por um sorriso gigantesco. Eu estava realmente apaixonado e não sabia se isso era uma coisa boa ou não. Mas não me importava realmente... Fosse o que fosse eu me sentiria feliz em ser machucado por ele.

“Quanto maior é a sede, maior é o prazer em satisfazê-la.”

Minha resposta foi da mesma maneira que a sua viera... roubada de Dante para nos representar perfeitamente.


Notas Finais


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