História Doce sedução - Capítulo 14

O dia foi simplesmente incrível, depois de passar o dia nos divertido nos inúmeros brinquedos e no parque aquático, estávamos completamente exaustos. Claro que Benjamim tomou os devidos cuidados comigo, não deixando eu ir em alguns brinquedos.

Sophia dormia tranquilamente no banco de trás do carro.

-Acha que ela gostou?-Benjamim perguntou.

Ergui as sobrancelhas. –Você ainda tem dúvidas? Ela amou, e eu também.

Ele sorriu. –Sabia que vocês iam gostar. 

-Obrigada pelo dia, foi maravilhoso. 

Ele apertou minha coxa. –Não agradeça. Ver o sorriso de vocês duas é a melhor recompensa. 

Fiquei calada, Benjamim não cansava de me deixar sem palavras.

Quando chegamos Benjamim faz questão de carregar Sophia para não acordá-la. 

-Minha bebê deve estar esgotada, para estar dormindo uma hora dessas. –minha mãe disse pegando Sophia do colo de Benjamim. –Como foi o dia? 

-Ótimo. –disse sorrindo abertamente. 

-Olá. -disse Paulo. 

-Oi. E como foi o dia de vocês? –perguntei. 

-Foi muito bom. –disse Paulo lançando um olha para minha mãe. 

Ignorei o que eu tinha entendido e segui minha mãe até o quarto deixando Benjamim conversando com Paulo.

Mamãe colocou Sophia cuidadosamente na cama, ela nem sequer se mexeu, estava em um sono pesado.

Minha mãe se sentou na beira da cama, sua expressão estava tensa. 

-O que foi? –perguntei sentindo um frio na barriga.

Ela abriu um sorriso triste. -Precisamos conversar. 

Sentei ao seu lado, respirando fundo.

-Já está na hora de conversar sobre os últimos acontecimentos. 

Assenti, já estava na hora mesmo.

-O que sua avó fez, foi totalmente inesperado. Ela sempre teve sérios problemas com controle, mas nunca chegou a tal ponto. Não podíamos imaginar que ela pudesse ter qualquer tipo de doença psicológica. Não demos a devida atenção que ela precisava. –ela suspirou pesadamente e pegou minhas mãos. –Peço desculpas por isso. Você é minha filha, nunca devia ter deixado você, sei que tenho culpa pelo que aconteceu. Eu deveria ter me esforçado mais para ficar com você. Sei que você já está crescida, e sabe se cuidar muito bem. Mas não quero cometer o mesmo erro novamente. –meu rosto já estava coberto de lágrimas assim como o dela. –Por isso, quero que você venha comigo para o Rio. 

Soltei um soluço desesperado. Eu ansiava escutar isso há muito tempo, mas agora, a idéia de ir embora me cortava o coração. Antes não tinha motivos para querer ficar, agora tenho Benjamim.

Meu coração estava completamente dividido. 

-Mãe, eu não posso. –não conseguia pronunciar as palavras sem soluçar.

Minha mãe franziu o cenho, sua expressão se tornando rígida. –Parece que você mudou de idéia não é? 

Assenti. –Não que eu não queria morar com você mãe, você sabe que eu sempre quis isso. Mas agora tudo mudou, já estou adulta e sou apaixonada por Benjamim. A idéia de deixá-lo dói muito. Simplesmente não sou capaz.

Ela enxugou minhas lágrimas me olhando com ternura e compreensão. –Eu já esperava isso de você, vi isso estampando em seu rosto desde que cheguei aqui. Mas o que custava eu tentar. –ela completou com um sorriso triste.

-Sempre posso visitar você. –disse tentando amenizar a situação. 

Também cortava meu coração não poder ir com ela, sei que ela me amava e sentia minha falta, assim como eu dela.

-Não se preocupe comigo. Eu tenho Benjamim. 

Seus olhos se iluminaram. –Que bom que você conseguiu encontrar um bom rapaz como Benjamim, gosto dele e sei que ele a ama. Não sou eu quem vai atrapalhar esse amor. –ela fitou meus olhos. –Quero que saiba, que se você se sentir sozinha em algum momento, não hesite em me ligar. Ou se algo acontecer, e eu espero de coração que não aconteça, compro imediatamente sua passagem. Eu estou aqui filha. Dessa vez não vou deixá-la sozinha. 

Abracei minha mãe, deixando as lágrimas rolarem pelo meu rosto. Sentiria tanto sua falta, de seu abraço reconfortante, de seu sorriso que sempre ilumina tudo ao redor. 

Lembrei-me de quando chorava em meu quarto sozinha, me abraçava e fechava os olhos, imaginando seus braços ao meu redor me consolando e dizendo palavras doces.

-Você se tornou uma linda mulher, inteligente e com um coração enorme. Tenho muito orgulho de você. –ela acariciou meus cabelos com carinho.

-Obrigada mãe. Eu te amo muito. 

-Eu também te amo.

Pela primeira vez, tudo em minha vida parecia fazer sentindo.

No final eu teria que escolher, e escolhi ficar com Benjamim. Só espero estar fazendo a escolha certa. 

***

Quando saí do quarto da minha mãe, Benjamim não mais na sala. 

-Onde está Benjamim? –perguntei ao Paulo que estava assistindo TV.

-Ele foi para casa, disse que ia esperar você lá. –ele disse.

-Ah sim. Bom, eu já vou. Até amanhã. –me despedi com um aceno.

-Até. –disse ele com um sorriso.

Entrei no quarto de Benjamim, escutei o barulho de água vindo do banheiro. Tirei minha roupa e entrei silenciosamente no chuveiro, precisava dele nesse momento, de seu toque, de seu carinho. 

Ele aprecia perdido em seus próprios pensamentos, não notou minha presença até eu rodear seu corpo em um abraço, acariciei seu peito liso e másculo.

Ele se virou e me fitou, com seus lindos olhos cor de chocolate, seus dedos roçaram meu rosto. –Você estava chorando. –comentou.

-Sim, mas estou melhor agora. -sorri.

-O que aconteceu? Há algo de errado? Porque demorou tanto? –ele me bombardeou de perguntas. 

-Eu estava conversando com minha mãe. 

-Sobre o que? –ele não tinha pudor quando fazia perguntas.

-Ela queria que eu fosse com ela para o Rio de Janeiro. –disse.

Seu corpo ficou tenso sob meu toque, seus olhos ficaram aflitos. –E você vai? 

-Não, Benjamim. Sou incapaz de deixá-lo. –disse com calma.

Ele soltou o ar dos pulmões, seus olhos brilharam, e no minuto seguinte sua boca estava na minha.

Seu Beijo era faminto, cheio de desejo, sua ereção roçou meu sexo, que imediatamente doeu de desejo crescente. 

Soltei um gemido contra seus lábios, de repente ele me ergue encaixando todo seu comprimento dentro de mim, suas mão amassam minha bunda com força.

Como eu senti falta dele, dentro de mim.

Me agarrei a ele, querendo o máximo de proximidade possível.

A água escorria entre nossos corpos, Benjamim disse algo, não pude escutar por causa do barulho da água.

-Eu te amo. –ele disse com a voz rouca, procurando desesperadamente algo em meus olhos. 

Comecei a chorar, não de tristeza, e sim de alegria.

Aquelas três palavras, tão pequenas e simples, que ansiava ouvir.

-Vivian? –ele disse com a voz trêmula.

Ele estava com medo de eu não amá-lo também. 

Como ele podia pensar isso? Era impossível não amar Benjamim.

Não consegui dizer nada imediatamente, apenas fiquei ali, lhe encarando. 

Ele desligou o chuveiro, sem me tirar de seu colo. Ele me deitou cuidadosamente na cama, senti seu membro saindo de mim. Ele me enxugou lentamente, ele não me olhou nos olhos.

Tirei a toalha de suas mãos e peguei seu rosto, fazendo com que olhasse para mim.

Seus mostravam angústia. 

-Benjamim, eu te amo. –disse olhando para ele com intensidade.

Aquele sorriso apareceu em seu rosto.

-Eu te amo. Como nunca amei ninguém. –seu sorriso se ilumina. –Sou o homem mais sortudo do mundo, por ter o seu amor. 

E assim, Benjamim me mostrou o quanto me amava, fazendo amor comigo como se fosse a primeira vez.

***

Estávamos no aeroporto, minha mãe, Paulo e Sophia estavam prestes a embarcar. 

Abraço minha mãe, segurando a vontade de chorar. –Te amo mãe. Vou sentir saudades.

-Eu te amo. Vou sentir saudades filha. –ela diz com a voz embargada.

-Tchau princesa, vou morrer de saudades sua. –disse abraçando Sophia. 

-Eu também vou maninha. –ela fica com a expressão triste. –Porque você não vem com a gente também? 

-Agora eu não posso. Mas prometo que logo, logo vou visitar vocês.

-E você cuida bem da minha mãe e de Sophia. –disse dando um abraço em Paulo.

Ele sorriu. –Pode ter certeza que vou cuidar. 

Benjamim abraçou minha mãe e apertou a mão de Paulo. –E você rapaz. Cuide dessa mocinha. –disse Paulo piscando para ele.

Benjamim sorriu. –Sempre cuidarei. 

Benjamim pegou Sophia no colo e beijou sua testa. –Tchau Sophia. 

-Tchau Ben. –ela rodeou Benjamim com os bracinhos curtos dando um abraço apertado. –Quero que você visite também a gente com a Vivian. 

-Será um prazer. –disse Benjamim.

O alto falante anunciou que a hora de embarcar. –Parece que está na hora. –disse mamãe pegando as malas. 

Assenti a abracei mais uma vez. 

Enquanto eles saiam me agarrei a Benjamim. Eles partiram, mas agora não estava mais sozinha.