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História Doce sedução - Capítulo 17


Escrita por: cherry_99

Capítulo 17 - Capítulo 17


Acordei no meio de um sonho, repleto por olhos cor de chocolate e de mel. Estava confusa, com os acontecimentos da noite anterior, me sentei na cama organizando meus pensamentos. 

Olhei a hora no relógio em cima do criado mudo. Ainda eram 6 horas da manhã. Não havia dormido quase nada, a noite foi tão longa sem Benjamim ao meu lado. 

Inúmeras vezes, pensei em ir até o apartamento de Benjamim e me detive, sabia que precisava ficar sozinha para chorar e entender o que eu estava sentindo. 

E agora, precisava mais que nunca dele.

Saí da cama sem me importar com minha aparência, ele certamente já estava acordado, era dia de semana, começava a trabalhar cedo. 

Bati em sua porta, esperando ansiosamente que ele ainda estivesse em casa. 

Não obtive nenhuma resposta, então bati novamente.

Nada.

Escutei meus batimentos cardíacos ficarem cada vez mais rápidos.

Será que ele estava chateado?

Bati mais uma vez, desejando desesperadamente que ele atendesse. Quanto mais o tempo passava, mais achava que ele não estava em casa.

Girei a maçaneta, e a porta se abriu com um estalo, me assustando.

Era estranho, como ele sempre deixava a porta aberta.

Entrei olhando ao redor, á sua procura. 

Quando entrei no quarto, ele estava saindo do banheiro com uma toalha enrrolada em volta da cintura, me dando um vislumbre do v que se formava abaixo do umbigo.

Ele ficou parado no lugar, quando notou minha presença. Corri até ele, me jogando em seus braços, senti a umidade do seu peito, recém lavado, em meu rosto. 

Ele cheirava tão bem. Era viciada em seu cheiro, na verdade, era viciada nele, por completo.

Ficamos assim, abraçados, por vários minutos.

-Me perdoa. –Benjamim quebrou o silêncio.

Afastei-me, apenas para encará-lo nos olhos. –Você não precisa pedir perdão. Eu que fui tola e ingênua, por acreditar em Daniel. Não se preocupe mais com isso, não vou, nem sequer, olhar na direção dele.

-Eu fui rude com você ontem. Assustei você, pude ver isso em seus olhos. Me desculpa, mas a simples idéia de perder você, me deixa completamente descontrolado. 

Minhas mãos estavam acariciando seu peito liso e duro. –Tudo bem. Vamos esquecer isso. –disse distraidamente.

Benjamim soltou um grunhido. –Eu senti tanto a sua falta, não dormi a noite inteira.

-Também não dormi. Foi uma longa noite. 

Minha mão desceu lentamente por seu peito, seus músculos se contraíram sob meu toque. 

-O que você quer Vivian? –Benjamim disse com a voz rouca.

-Você. 

Sem outra palavra, Benjamim me carregou em um movimento ágil e me jogou na cama. Beijando-me ferozmente, tirou minha roupa rapidamente, ele estava necessitado. Podia notar o quanto ele havia sentido minha falta.

Sua boca passeou por todo o meu corpo, distribuindo beijos e mordidas leves, me deixando excitada e sensível á cada toque.

-Você é minha, Vivian. Nunca duvide do meu amor. –disse quando estava dentro de mim, me possuindo, me provando que eu era sua.

***

Estava organizando o apartamento para a visita de Dyo e Priscila, ela tinha me ligado meia hora antes, avisando que viria para o jantar. 

Eu andava de um lado para o outro procurando algo para arrumar, Benjamim me olhava com um sorriso contido no rosto, aumentando meu nervosismo.

-Não entendo. –ele disse me seguindo com os olhos, quando comecei a arrumar as almofadas do sofá.

-O que você não entende? –perguntei, amassando a almofada para ficar fofa.

-O porquê de você estar desse jeito. Não parece que são apenas seus amigos que estão vindo aqui, e sim a presidente do Brasil. 

Revirei os olhos. –Estou completamente normal, Benjamim. Só estou ansiosa, meus amigos nunca me visitaram em casa. 

-Por quê? –ele ergueu as sobrancelhas surpreso.

-Minha vó nunca foi sociável, detestava pessoas “estranhas” em casa, tinha medo que ela os tratasse mal, então evitava fazer quaisquer convites. 

-Entendo. –ele disse passando os dedos distraidamente pela barba rala.

A campainha tocou, olhei nervosamente ao redor. 

-Vivian. –Benjamim se levantou e veio em minha direção. –Está tudo perfeito. Não precisa se preocupar.

Balancei a cabeça concordando, dei um selinho em sua boca e me apressei para abrir a porta.

-Amiga! –Priscila me agarrou em um abraço apertado. -Você parece ótima!

-Obrigada. –disse sorrindo. –Estava com tantas saudades de vocês. 

-Você já pode soltá-la Priscila. –Dyo reclamou.

-Você é tão chato. –rebateu Priscila me soltando.

Dyo apenas revirou os olhos para ela e veio me abraçar. –Sentimos sua falta. Essa semana pareceu interminável sem você. 

-Vocês não sobrevivem sem mim. –brinquei.

-Benjamim, finalmente vamos poder conversar direito. –disse Priscila dando um abraço em Benjamim.

Ele estranhou um pouco no começo, parecendo relutante ao corresponder o abraço. Ele teria que se acostumar, Priscila sempre abraçava as pessoas, para ela era como um aperto de mão.

-Hey Benjamim. –Dyo o cumprimentou.

-Como vão as coisas? –Benjamim perguntou educadamente.

-Tudo ótimo. 

-Seu apartamento é lindo. –comentou Priscila olhando ao redor da sala.

-Obrigada. Benjamim que decorou. 

-Nossa, você tem talento para isso. –disse Priscila admirada.

-Obrigado. Quando decorei, pensei em Vivian o tempo todo, queria fazer algo eu combinasse com ela. 

-De onde você tirou esse homem? –Priscila perguntou com os olhos arregalados. 

Soltei uma risada.

-Espera, mas como você sabia que a Vivi iria morar aqui? –Dyo perguntou.

Olhei para Benjamim, sentado no sofá, exibido seu sorriso confiante. –Eu pretendia fazê-la morar aqui, à algum tempo. 

-Sério? –meu coração estava se aquecendo.

-Claro. 

Fiquei encarando-o com surpresa estampada no rosto.

À quanto tempo? Tive vontade de perguntar.

-Eu sei que o amor é lindo, mas vocês podem parar de se encarar desse jeito na nossa frente? –disse Dyo, em tom de diversão.

Corei. –Ok.

-Não liguem pro Dyo. Ele é um sem graça mesmo. Então o que vamos comer? O cheiro está ótimo.

-É uma surpresa. Benjamim que preparou.

-Além de tudo, ainda sabe cozinhar? Esse homem não é de verdade. –exclamou Priscila.

-Eu te garanto que ele é de verdade. –disse lançando um sorriso para Benjamim.

O jantar foi divertido e agradável. Os meninos conversaram sobre futebol, enquanto eu e Priscila colocávamos a conversa em dia. 

Tudo era tão natural e tranquilo, que me deixei relaxar e aproveitar o momento. Observei Benjamim descontraído, conversando animadamente com meu melhor amigo. Fiquei satisfeita em ver que eles se davam bem. 

Dyo era o irmão mais velho que eu não tinha, e sua opinião sobre meu namorado era de extrema importância. Sabia que ele sempre me protegeria e iria querer o melhor para mim. E, para minha sorte, ele concordava que Benjamim era o melhor para mim. 

*******

         Minha semana de repouso acabou, e agora voltaria a trabalhar normalmente.

Fiquei fascinada pela eficiência de Benjamim, em cuidar de tudo enquanto eu estava no hospital. Minha vida deu uma grande reviravolta, não sabia se conseguiria lidar com tudo isso sem a ajuda dele. 

Estava vestindo minha saia e blusa social, quando senti duas mãos me agarrarem por trás. 

-Benjamim! –disse soltando o ar com o susto.

Ele riu e beijou meu pescoço, enviando uma onda eletricidade por meu corpo. 

-Queria falar com você, antes que fosse trabalhar. –ele disse em um tom mais sério.

Abotoei minha blusa e me virei para ele. –Soltando ouvidos. –brinquei.

A sombra de um sorriso se formou em seus lábios, mas logo foi substituído por uma expressão severa.

-Você tem certeza, de que ainda quer trabalhar para o Bittencourt? 

Suspirei.  –Já falamos sobre isso. 

-Eu sei, Vivian. –ele soltou impaciente. –Mas, eu tenho certeza de que o Bittencourt nutre sentimentos por você. Isso me deixa extremamente incomodado. Ele passa um bom período de tempo com você, certamente deve aproveitar ao máximo, para tentar conquistá-la. Isso não é aceitável, seu chefe ter uma queda por você.

Revirei os olhos. –É meu trabalho, Benjamim. Não posso simplesmente largá-lo, principalmente agora, que vivo por mim mesma. 

-Eu posso ajudá-la. Posso colocá-la em qualquer empresa que você quiser, e você ainda teria a vantagem de trabalhar em sua área. O que você vai ganhar, trabalhando de secretária, em um escritório de advocacia? 

Fiquei calada, não tinha argumento para isso. Se eu trabalhasse em minha área, teria mais experiência.

-Eu preciso pensar. –disse com relutância.

Ele passou as mãos pelos cabelos. –Você é tão teimosa. 

-Você já disse isso, muitas vezes. –brinquei fazendo bico.

Ele me beijou apaixonadamente.

 –É melhor pararmos por aqui. –disse quebrando o beijo. –Ainda tenho que trabalhar. 

-Não por muito tempo. –Benjamim murmurou.

***

Benjamim me deixou pessoalmente no escritório. Estava com uma sensação estranha, por voltar a trabalhar.

-O que você disse ao Dr. Bittencourt? –perguntei.

-Do que você está falando? –disse me olhando de relance e depois voltando sua atenção para o trânsito.

-Você sabe. Quero saber o que você disse ao Dr. Bittencourt quando devolveu os brincos. –expliquei pacientemente.

-Ah. –ele murmurou. –Nada demais. 

Ele estava sendo evasivo, o que me fez pensar que a conversa entre eles não havia sido pacífica.

-Benjamim, você não brigou com meu chefe, não é?

Ele ficou calado, evitando me olhar. 

Bufei. 

Seria tão constrangedor olhar nos olhos do meu chefe, depois de saber que meu namorado discutiu com ele. 

Não era nada profissional!

-Não acredito que você fez isso! –disse exasperada.

-Ele não vai mais assediá-la. –ele disse dando de ombros.

Revirei os olhos e fiquei calada até chegarmos ao escritório.

-Tchau Benjamim. –disse friamente, sem olhar para ele.

Ele segurou meu braço. –Não fique chateada comigo. 

-Me solta. Não quero me atrasar, basta o que você fez. 

Saí do carro e andei rapidamente até o hall, antes que ele me seguisse.

Agora teria que enfrentar meu chefe.

Bati na porta de sua sala e imediatamente ele respondeu. 

-Entre. 

Respirei fundo e entrei, meus olhos o procuraram pela sala. Ele estava sentado em sua grande poltrona, concentrado na tela do computador. 

-Como você está Viviane? Já se recuperou? –ele perguntou sem tirar os olhos da tela.

-Estou bem. Pronta para voltar a trabalhar e recompensar o tempo perdido. 

-Que bom. Eu fui visitá-la no hospital, mas você estava dormindo. –ele me olhou rapidamente. 

O fato de ele evitar me olhar nos olhos, estava me incomodando.

Benjamim falou mais do que deveria.

-Dr. Bittencourt. 

Ele finalmente me olhou nos olhos. –Diga. 

-Eu não sei o que você e Benjamim conversaram, mas eu peço desculpas pelo que ele disse, sei que isso não foi profissional da minha parte. Espero que o senhor não esteja muito chateado.

Ele passou a mãos distraidamente pela barba por fazer, me analisando. –Não peça desculpas. Você não tem culpa de seu namorado ser ciumento e super protetor. Confesso que eu faria a mesma coisa que ele fez, se você fosse minha. Entendo-o completamente. Porém, isso não quer dizer que eu desisti.

Se você fosse minha... 

Essas palavras ecoaram pela sala, senti os pelos da minha nuca se arrepiarem. Não quis fazer nenhum comentário sobre isso, dei mais atenção a sua última frase.

Rugas se formaram em minha testa. –Não desistiu do que exatamente? 

-Falamos sobre isso outra hora. Temos muito trabalho hoje, você fez uma grande falta aqui. –disse com um sorriso brilhante. 

Suspirei aliviada, ele tinha voltado a ser o chefe que eu conhecia. 

 Trabalhar era exatamente o que eu precisava.

***

Para minha surpresa, a manhã no trabalho foi tranqüila. O Dr. Bittencourt não tocou, em nenhum momento, no assunto constrangedor. Era como se não tivesse acontecido nada.

Estava saindo do escritório, quando encontrei Benjamim, como de costume escorado em seu carro de braços cruzados a minha espera. O sorriso encantador que surgiu em seus lábios, quase me fez esquecer que estava brava com ele.

Quase.

Mantive minha expressão séria, enquanto andava até ele. 

-Não adianta fazer essa cara feia, Vivian. –ele disse sem se abalar.

Ergui uma sobrancelha. –Você acha que eu não estou mais brava com você? 

-Tenho certeza. –seu sorriso se alargou. –Foi demitida? Seu chefe estava bravo com você? Tratou-a diferente? Acho que não amor. Você foi muito severa no seu julgamento. 

Esforcei-me muito para não corresponder aquele lindo sorriso, mas fui facilmente vencida por sua lábia. –Você tem razão. Porém, isso não quer dizer que foi normal. Me senti tão estranha e culpada, no começo ele nem me olhou nos olhos. 

Sua mão acariciou meu rosto. –Mas ocorreu tudo bem, não foi? Ele não assediou você?

-Não. –neguei rapidamente. 

A última coisa que desejava, era que Benjamim e o Dr. Bittencourt tivessem outra briga por minha causa.

Minha mente foi invadida pela lembrança do Dr. Bittencourt.

Na verdade, eu faria a mesma coisa que ele fez, se você fosse minha. Entendo-o completamente. Porém, isso não quer dizer que eu desisti.

O que ele quis dizer com isso? 

Algo me dizia que eu não queria saber.

-Vivian? 

-Hum. –murmurei.

-Você ficou pensativa. 

-Não é nada. –disse fazendo um gesto com as mãos. –Vamos almoçar? Estou morrendo de fome, e tenho que ir pra faculdade daqui á meia hora. 

-Ok. –ele disse resignado, certamente ainda queria saber o que eu estava pensando.

****

No restaurante, Benjamim perguntou de repente. -Você já decidiu se ainda vai trabalhar com o Bittencourt?

-Eu preciso pensar. –respondi calmamente.

-Você teve a manhã inteira para pensar, Vivian. –ele disse impacientemente.  

Lancei-lhe um olhar irritado. –Não é assim que as coisas funcionam. Não quero brigar com você de novo, no mesmo dia.

Ele ergueu as sobrancelhas. –Você é exasperante. Quero ajudá-la, e não brigar com você. 

-Desculpa. –disse tomada pela culpa.

Não estava com muita paciência. 

Ele tocou minha mão em cima da mesa. –Pense logo, estou ansioso para tirá-la daquele escritório. Não é o seu lugar, sei que você tem potencial, vi suas notas da faculdade, e são altíssimas. 

Meus olhos se arregalaram. –Como você teve acesso as minhas notas? 

-Eu tenho acesso á muitas coisas, Vivian. Isso não é nada confidencial. 

Franzi a testa o olhando intrigada. –Para pessoas normais, é sim. 

Ele piscou. –E quem disse que eu sou normal?

Soltei um sorriso fraco, enquanto imaginava que outras informações ele tinha sobre mim.

-Então? –insistiu.

-Ok. 

Ele abriu aquele sorriso e me beijou animadamente. 

-Mas uma condição. Não quero trabalhar diretamente para você, e vou trabalhar com o Dr. Bittencourt até que consiga uma substituta. 

-Tudo bem. Como você quiser. O que importa é que você vai estar bem longe do advogadozinho. 

Semicerrei os olhos. –Não fale assim dele. 

Ele levou as mãos pro alto em sinal de paz. –Ok. Não fique tão brava. Estava apenas brincando.

-Sei. –disse ironicamente. –Depois discutimos mais, está na hora de ir pra faculdade.

-Sim, senhora.




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