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História Doce sedução - Capítulo 29


Escrita por: cherry_99

Capítulo 29 - Capítulo 29


Uma semana depois...

Havia chegado a hora de deixar tudo para trás.

Estava no aeroporto, acompanhada de meus melhores amigos, meu pai, e a pessoa que recentemente havia entrado em minha vida, como um verdadeiro anjo da salvação.

Mesmo com tudo que havia acontecido, me considerava sortuda, pois nunca estava sozinha.

Meu coração se apertou, quando pensei que os deixaria para trás também. Afinal, era uma cidade distante, não os veria com tanta frequência, sentiria tanto a falta deles.

Abracei Dyonathan e Priscila.

-Caramba, como vou conseguir ficar tão longe de vocês? –murmurei.

-Eu ainda acho que você deveria ficar, mas... –Dyo interrompeu Priscila no meio da frase.

-Mas nós te entendemos, você tem grandes motivos para ir. E sempre vamos poder nos ver pela internet, ou visitá-la nos feriados. –disse Dyo, lançado um olhar severo para minha amiga.

-Isso vai ser divertido. Mesmo assim, vou sentir muito sua falta. –confirmou Pri.

-Não tem como evitar. Já estou sentindo saudades, e você nem entrou naquele avião.

Soltei uma risada fraca, sentindo a visão ficar embaçada pelas lágrimas.

Me virei para o pai que havia ganhado, a pouco tempo, que nem tive oportunidade de aproveitar. Vi tristeza em seus olhos negros, sabia que ele havia criado expectativas e planos, assim como eu, quando finalmente nos acertamos.

-O tempo não perdoa, não é mesmo? –ele disse com um sorriso.

-Verdade. Mas isso não é um adeus. Ainda temos muito tempo pela frente. –disse deixando-o me abraçar.

Era incrível a sensação de proteção que tinha quando estava em seus braços.

-Eu não cometerei o mesmo erro novamente. Nunca mais a abandonarei.

Chegou a vez de me despedir de Daniel.

Nessa semana, havíamos nos aproximado. Era como se o conhecesse a anos, e não a dias. Tínhamos uma grande afinidade, eu me sentia muito bem e confortável ao seu lado, apesar dos momentos constrangedores em que eu me sentia envergonhada por seu olhar, ou seu toque.

-Parece que é hora de dizer tchau, garota. –ele disse com um sorriso provocante.

Ele havia começado a me chamar de garota a algum tempo. Era uma forma de implicar comigo, por eu ser três anos mais nova.

Revirei os olhos. –Parece que sim, garoto.

Ele puxou para um abraço demorado. Me deixando constrangida pelos olhares curiosos de meus amigos e meu pai.

Priscila piscou, me fazendo desviar o olhar dela.

Não queria que ela pensasse que estávamos atraídos um pelo outro.

Nunca conversamos sobre isso, e em nenhum momento ele deu em cima de mim.

Eu gostava ainda mais dele por isso.

-Não pense que você vai se livrar de mim assim. Nos veremos logo, garota.

Me afastei para fitá-lo. –O que você quer dizer com isso?

-Paciência. –ele disse me dando um beijo carinhoso na testa.

Os auto falantes anunciaram que estava na hora do embarque. –Chegou a hora.

Olhei mais uma vez, para todos eles, com lágrimas nos olhos.

Eu sentiria muita falta deles.

***

Mesmo sendo uma viagem de poucas horas, foi extremamente assustadora. Quanto mais me afastava, mais sentia falta da vida que estava abandonando.

Nada seria como antes.

Tinha tanto medo de não conseguir ser feliz novamente, de que esse buraco que Benjamim formou em meu coração, nunca mais fosse preenchido.

Procurei pensar na conversa que tive com minha mãe dois dias atrás. Ela disse que tinha uma vida inteira pela frente, eu era tão jovem, havia tantas coisas para viver. Não podia me deixar abater por um primeiro coração partido.

Sabia que ela tinha toda a razão, ainda sim era difícil respirar, dormir e até mesmo sorrir esses dias.

Mas me empenhei bastante, para convencer a todos de que ficaria bem.

Quando cheguei em São Paulo, fui recebida com um cartaz cor de rosa chamativo, cheio de corações coloridos escrito “Viviane a melhor irmã do mundo” em uma letra desengonçada.

Sorri emocionada não ver os pezinhos de Sophia. Em seguida meus olhos encontraram os de minha mãe e meu padrasto Paulo.

Os abracei e peguei Sophia no colo. –Como senti saudades de vocês.

-Eu também, maninha. Sabia que você viria logo. Agora você vai ficar, né?

-Sim, eu vim pra ficar.

Ela olhou ao redor procurando por algo. –Onde está o Ben?

Percebendo o meu silêncio, minha mãe me salvou. –Ele não pode vir, está muito ocupado trabalhando. Vamos para casa, sua irmã deve estar cansada da viajem.

Sophia fez um biquinho, os olhos murchos de tristeza. –Espero que ele possa vir logo.

A dor familiar que esteve em meu peito retornou.

O Benjamim nunca viria. 



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