1. Spirit Fanfics >
  2. Doce sedução >
  3. Capítulo 6

História Doce sedução - Capítulo 6


Escrita por: cherry_99

Capítulo 6 - Capítulo 6


A casa era tão bonita por dentro, quanto por era fora.

Benjamim cozinhava escondidinho de frango, enquanto eu apenas ajudava cortando os legumes e lavando a louça.

Ele sabia que eu não possuía talento algum na cozinha.

Fiquei sentada na bancada apreciando a bela vista de Benjamim cozinhando, quando terminou, percebeu que eu o observava, e veio em minha direção.

-Você não deveria me olhar assim. –censurou-me.

-Por quê? –questionei, meus dedos brincavam com o botão abaixo da gola de sua camisa pólo.

-Fico com vontade de torná-la minha. –respondeu lançando-me um olhar ardente.

-Estou feliz em saber que te deixo assim, com apenas um olhar. –provoquei.

-Você está me provocando muito. Quero fazer tudo com calma, mas você não está colaborando.

-Não sei o que está acontecendo comigo. –confessei sem encará-lo.

-Ei linda. –ele segurou meu queixo para eu olhá-lo nos olhos. –Isso não é ruim. Gosto de vê-la assim, se soltando mais, despreocupada.

-Esse é o problema, Benjamim. Essa não sou eu, não sou de ficar provocando e fazendo insinuações.

-É você sim, Vivian. Com a grande diferença de que não há pressão de ser perfeita a toda hora. Você é humana, não precisa ser sempre a certinha. Mostre seu lado pecadora, também.

Sempre que me diziam isso, sentia-me mal. Não queria ser perfeita nem certinha. Eu simplesmente era assim. Tinha que ser para agradar minha avó, e acabou virando parte da minha personalidade.

-Eu quero mudar isso. Nunca gostei de ser considerada santa por todos.

Benjamim sorriu com ternura. –É bom ouvir isso. Não se preocupe mais com esse assunto. Seja você mesma, sem medo, sei que consegue.

Abri um sorriso.

-Agora, vamos almoçar?

-Sim, estou faminta.

          ***

 Após o almoço, me ofereci para lavar a louça novamente, e Benjamim as guardou, agilizando o trabalho.

-Você quer ir à praia? –perguntou Benjamim, após guardar a última louça.

-Sim. –respondi animadamente.

Ele enxugou as mãos. –Temos que ir ao quarto, colocar a roupa de banho.

Estava no banheiro, em dúvida de qual biquíni escolher. Vermelho ou preto?

 No fim escolhi o vermelho e me vesti rapidamente. Não consegui amarrar o fio da costa sozinha, tive que pedir ajuda.

Saí do banheiro, Benjamim me examinou por completo, fazendo eu me sentir exposta e querer me cobrir com as mãos.

-Você tem um corpo magnífico. –elogiou, vindo em minha direção.

Seu comentário me deixou mais envergonhada ainda.

-Você pode me ajudar a amarrar? –pedi, virando de costas para ele.

-Claro.

Seus lábios tocaram meu ombro, meu corpo respondeu instantaneamente com onda de tremores.

Benjamim terminou de amarrar e me virou de frente para si.

Ficamos nos encarando por alguns minutos em silêncio. Seus olhos estavam negros.

-Pronta? –perguntou por fim.

Assenti.

***

Quando meus pés tocaram a areia fui invadida por uma boa sensação. Amava a praia, a areia, o vento, o som das águas. Era tranqüilizante.

Benjamim estendeu a toalha na areia para sentarmos, e fez questão de passar o protetor solar em meu corpo.

-Agora é minha vez. –disse quando acabou.

Ele me lançou um olhar divertido e me entregou o protetor. –Ok.

O fiz deitar e comecei a passar protetor em seu abdômen, ele me fitava com uma expressão séria, havia um pouco de tensão no ar.

-O que foi? –perguntei.

-Você parece um anjo à luz do sol, com o vento balançando seus cabelos. –comentou distante.

Sorri sem saber o que dizer. Ele me puxou, me obrigando a deitar ao seu lado, e tomou meus lábios.

-Poderia ficar horas assim, só te beijando. –ele disse finalizando com um selinho.

De repente um sorriso de menino tomou conta de seu rosto, e antes que eu pudesse prever o que tramava ele se levantou, me erguendo do chão.

           –Benjamim, coloque-me no chão! –gritei aos risos.

-Vou te dar uma chance de fugir. Você tem dez segundos! –avisou, libertando-me. –Um... Dois...

Corri o mais rápido que pude, infelizmente, Benjamim era muito mais rápido que eu. Joguei água nele para tentar escapar e não adiantou nada. Meu peito arfava com o exercício inesperado, não tinha mais capacidade de correr. Joguei-me na areia e Benjamim se juntou a mim.

Nós dois estávamos rindo incontrolavelmente.

-Preciso de uma respiração boca á boca. –brinquei, simulando uma falta de ar.

-Eu cuido disso, linda.

Em um segundo ele estava em cima de mim, beijando-me loucamente.

Suas mãos passearam pelo meu corpo me provocando, e acedendo cada parte de mim. Rodeei sua cintura com minhas pernas para ter uma maior aproximação, mas não era suficiente.

-Benjamim. –implorei sem saber, exatamente, pelo quê.

-O que você quer, linda? –perguntou. Sua boca estava em meu pescoço, dando leves mordiscadas.

-Quero você. –sussurrei.

-Você tem certeza? –perguntou incerto.

-Sim. Quero você agora. –respondi sem hesitar.

Benjamim não esperou outra resposta, e começou atirar a parte de cima do meu biquíni. Beijou cada centímetro do meu corpo, suas mãos foram descendo.

Ele tirou rapidamente a parte de baixo. –Você é tão linda, não deixa de me impressionar.

Suas mãos tocaram meu ponto sensível. Gemi em resposta, e seus dedos hábeis começaram a massagear-me em movimentos circulares. Estava tão absorta no momento que nem me importava o fato de estarmos no meio da praia e que alguém poderia nos ver. Nada importava. Pela primeira vez esqueci o mundo ao meu redor, e estava gostando muito disso.

-Vivian, eu quero muito você, agora. –sua voz pedia uma confirmação.

-Eu quero isso também, Benjamim. Não me faça mais perguntas, apenas continue. –disse com a voz áspera.

Sem nenhum aviso, seus dedos penetraram em minha entrada. Contorci-me com o incomodo. Seus olhos grudaram nos meus, nesse momento tão intimo, senti que ele podia ver meu interior. A intensidade de seu olhar me tirou o fôlego.

Ele beijou meus seios em quanto seus dedos entravam e saiam em um ritmo lento, em um movimento rápido livrou-se de seu short.

 Fechei os olhos, a dor era o que eu mais temia.

-Vivian. Quero que você olhe para mim. –disse Benjamim. –Não desvie seus olhos, nem um segundo.

Assenti, mesmo sendo difícil encará-lo nesse momento.

Benjamim me penetrou lentamente. Mordi o lábio para não choramingar. Ele era grande, e dentro de mim parecia maior ainda. Sentia que estava sendo rasgada por dentro.

-Calma linda.  –disse, acariciando meu rosto.

Após algumas investidas, a dor foi sumindo aos poucos, se transformando apenas em um incomodo.

Suas estocadas ficaram mais rápidas e intensas,

Uma onda de eletricidade correu por todo o meu corpo e me senti nas nuvens, uma sensação muito prazerosa.

Benjamim se deitou em cima de mim repousando sua cabeça em meu peito, senti seus batimentos acelerados.

Ficamos assim, deitados no meio da praia, unidos como um só. As mãos dele acariciaram meus cabelos preguiçosamente, fechei os olhos apreciando a sensação.

-Você está bem? –perguntou atenciosamente.

            –Estou ótima.

-Quer deitar um pouco?

-Quero mergulhar antes. –sentei-me.

Ele ficou de pé.

Meus olhos caíram para a toalha. Estava manchada de sangue. –Meu Deus!

            –Isso é normal, Vivian. –me tranqüilizou.

-Eu sei. Só não pensei que iria sangrar tanto. –disse olhando para o que restou da minha virgindade. –Eu quero me vestir.

Finalmente havia notado que estava nua em uma praia.

-Estamos a sós aqui, ninguém pode nos ver. Vamos logo, a água deve estar ótima.

-OK. –murmurei, ainda envergonhada.

***

Após vários mergulhos, deitamos apreciando o pôr do sol. Era uma vista linda, com certeza nunca me esqueceria desse dia. Tudo foi tão perfeito que tinha medo de acordar, e ser apenas um sonho.

Deitei minha cabeça no ombro de Benjamim.

Desejava que esse dia não acabasse. Não queria voltar para casa, me sentia mal só de pensar que daqui á algumas horas, teria que encarar minha avó. Quando chegasse em casa, ela certamente teria alguma reclamação a fazer, ou arrumaria um motivo para brigar.

Estava me sentindo tão bem com a calmaria, sem a pressão cotidiana. Estava sendo eu mesma, sem medo como Benjamim havia dito. E era uma sensação ótima.

             Antes que pudesse impedir, meus pensamentos foram tomados por lembranças dolorosas. Lembrei-me da ultima vez que vi minha mãe. Seus olhos lacrimejaram com uma mistura de dor e tristeza quando tivemos que dizer adeus. Aquela imagem cortava meu coração, era impossível não chorar quando me lembrava. O jeito como ela se agarrou ao meu padrasto quando entrei na sala de embarque, quando nossos olhos se encontraram pela última vez, e seu rosto foi tomado pelas lágrimas.

Uma lágrima rolou em meu rosto e limpei rapidamente. Não queria que Benjamim notasse que eu chorava. Um nó se formou em minha garganta com meu esforço em engolir o choro.

Tentei pensar em coisas felizes, mas a onda de melancolia já havia me atingido. Não me ajudou muito, lembrar que Benjamim não sabia que no fim do ano não estaria mais aqui. Esconder isso dele estava me matando por dentro, não era justo com ele.

Um soluço escapou de minha garganta e me odiei por isso. Estava estragando o dia com meus dramas.

Detestava ser tão fraca.

Benjamim me olhou. Escondi meu rosto com as mãos enquanto tentava abafar meus soluços.  

-Vivian, o que foi? –ele perguntou.

Eu só balancei a cabeça negativamente. Tinha que me controlar e engolir o choro.

-Não esconda seu rosto de mim. –repreendeu tirando minhas mãos do meu rosto e me forçando a olhá-lo.

-Desculpa. –disse fungando.

-O que há de errado? Eu fiz alguma coisa? –Benjamim estava ficando apreensivo.

-Não. É que eu... –não sabia o que dizer. Queria muito falar tudo o que eu estava sentindo, mas não conseguia. Não era fácil organizar meus sentimentos para expressá-los.  –Foi um dia perfeito, Benjamim. Estou muito feliz.

 Ele me examinou com o cenho franzido. –Se foi um dia perfeito, porque está chorando desse jeito?

-Eu sou uma boba. Não ligue para isso. Só estou emocionada. –forcei um sorriso. –Já passou.

Enxuguei meus olhos com as mãos.

-Você não está arrependida...

-Não. –o interrompi. –Não estou nem um pouco arrependida.

-Vem cá. –disse Benjamim abrindo os braços.

Aconcheguei-me nele e ficamos em silencio até eu adormecer.

***

-Vivian. –escutei a voz suave de Benjamim. –Precisamos ir.

-Hum. –murmurei sem me mover.

-Vamos linda, já está na hora de ir.

Abri os olhos. Estava no quarto de Benjamim.

-Como vim parar aqui? –perguntei coçando os olhos.

-Você dormiu no meu colo e a carreguei até a cama. Você nem acordou, estava exausta. –disse Benjamim beijando meu ombro.

-Que horas são?

-Sete horas da noite.

-Nossa. –pulei da cama. –Está tarde, preciso voltar pra casa! Minha avó vai me matar.

-Calma. Falei com Dyonathan. Você precisa chegar em casa ás onze. Mas precisamos ir agora, ainda vamos jantar fora.

-Onde? –perguntei.

-Você vai saber.

Comecei a andar até o banheiro e senti uma dor entre as pernas.

-O que foi? –Benjamim perguntou me olhando atentamente.

-Está doendo. –disse pensando que fosse entender.

-Onde?

Revirei os olhos. –Entre as minhas pernas.

-Ah... Isso é normal. Vai ficar dolorido por um ou dois dias.

Franzi o cenho. –Você é algum tipo de especialista nesse assunto?

Ele riu. –Não, Vivian.

Estava prestes a questionar quando uma coisa me veio á mente: não usamos camisinha.

Engoli em seco.

Benjamim notou minha expressão. –O que foi?

-Não usamos camisinha. –disse com a voz trêmula.

-Eu sei disso. Posso provar que sou limpo de qualquer doença. –ele disse abrindo uma gaveta do criado mudo e pegando papeis de exames.

-Não é só isso, Benjamim. Eu não uso pílula. –o lembrei, estava me sentindo uma irresponsável.

-Não se preocupe. –disse vindo em minha direção. –Eu não faria uma coisa dessas a você.

Ele colocou em minha mão uma cartela de comprimidos. -Você tem que tomar amanhã.

-Isso não tem chance de não funcionar, não é? –questionei receosa.

-Não, é completamente eficaz.  Não há risco algum de gravidez indesejada.

Suspirei aliviada, uma coisa a menos para me preocupar.

                                          *****

O restaurante era lindo com uma decoração moderna que me lembrava o apartamento de Benjamim.

Estávamos sentados esperando nossos pedidos.

-Você vem sempre aqui? –perguntei casualmente.

-Sou dono desse restaurante.

-Ah...

Benjamim estava prestes a dizer algo, quando fixou seu olhar atrás de mim, sua expressão mudou rapidamente, parecia não gostar nada do que estava vendo.

Olhei para trás e vi um homem de cabelos castanhos, olhos claros e alto, vestido em um terno, vindo em direção a nossa mesa.

Seus olhos se encontraram com os meus e ele sorriu. Virei-me de volta para Benjamim sentindo uma sensação estranha.

-Benjamim. Que surpresa vê-lo aqui. –disse o rapaz sorridente.

Benjamim o olhou retraído. –O que você quer?

-Isso é jeito de falar comigo? –o rapaz retrucou se sentando ao meu lado sem cerimônia e olhando-me fixamente

-Acho melhor você ir. –Benjamim disse friamente.

–Qual é seu nome, linda? –perguntou o rapaz sem se abalar com o tratamento rude que recebia.

Seu jeito de falar me deixou incomodada, era o mesmo tom que Benjamim usava, quando me chamava de linda.

-Viviane. –respondi.

-É um prazer conhecê-la. Meu nome é Daniel. –ele pegou minha mão e a beijou.

Meu coração começou a bater acelerado, o contato inesperado me pegou de surpresa.

Ele demorou tempo demais para soltar minha mão, a puxei me afastando dele. Ele ergueu as sobrancelhas, demonstrando surpresa, me perguntei o porquê.

-Parece que você seu novo brinquedinho é bem arredio, não é Benjamim? –Daniel disse sorrindo maliciosamente para mim.

Quando entendi o sentido de suas palavras lancei um olhar para Benjamim, esperava que dissesse que eu era sua namorada e não uma qualquer, como Daniel insinuou.

Mas ele não disse nada.

Benjamim se levantou da mesa e me puxou pelo braço.

-Vocês já vão? Ainda não pude conhecer a Viviane melhor. -Daniel disse.

-Não me provoque. –avisou Benjamim.

-Ela é bem mais bonita que sua coleção inteira. –Daniel comentou.

-Você só pode estar querendo me tirar do sério! –exclamou Benjamim entre os dentes, sua mão apertou meu braço.

            Daniel soltou uma risada. –Caramba! O que há de errado com você? Até parece que essa garota é diferente.

Não queria acreditar no que estava ouvindo.  Estava atordoada sem saber o que pensar, tentei me desvencilhar de Benjamim, que me segurou com mais firmeza.

-Cala essa sua maldita boca ou eu quebro todos os seus dentes! –Benjamim ameaçou com uma voz estranhamente fria.

-Você não faria isso. Vai querer estragar a reputação do seu restaurante? –Daniel desafiou.

Benjamim não respondeu e saiu rapidamente sem dar oportunidade de Daniel dizer outra coisa.

Nunca tinha visto Benjamim tão bravo. Eu estava muito assustada. Ele abriu a porta do carro para mim sem me olhar nos olhos.

Quando entrou socou o volante com tanta força que soltei um grito com o susto.

Benjamim me olhou no mesmo instante e sua expressão se suavizou. –Me desculpa. Queria que você nunca o conhecesse.

Ele me puxou para um abraço apertado.

-Benjamim. –disse me afastando. –Estou tentando não tirar conclusões precipitadas. Mas está difícil. Você tem que me explicar o que foi isso.

-Eu só te peço um tempo e te digo tudo.

-Desculpa, mas assim não vai dar. –disse olhando para frente.

-Eu prometo que te conto. É uma história longa e delicada. E não quero estragar nosso dia. –Benjamim suplicou.

-Não sei, Benjamim. Esse tal de Daniel chegou falando coisas, e você não disse nada. Porque não falou que eu sou sua namorada? Pois do jeito que ele falava, acha que eu sou uma de suas conquistas.

-Não queria que ele fizesse outras insinuações, não dê ouvidos ao que ele disse, esqueça essa parte da noite. Por favor, só me dê um tempo e te direi tudo.

Não estava satisfeita com isso, mesmo assim resolvi dar uma chance a ele.

-Tudo Bem.

Benjamim abriu um sorriso fraco e me beijou apaixonadamente. Aos poucos fui amolecendo e me esquecendo do ocorrido.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...